quarta-feira, dezembro 28, 2016

Hoje são celebrados os Santos Inocentes, crianças que morreram por Cristo



“Ainda não falam e já confessam a Cristo. Ainda não podem mover os seus membros para travar batalha e já alcançam a palma da vitória”, disse uma vez São Quodvultdeus (século V) ao exortar os fiéis sobre os Santos Inocentes, as crianças que morreram por Cristo e cuja festa se celebra neste 28 de dezembro.
De acordo com o relato de São Mateus, o rei Herodes mandou matar em Belém e seus arredores os meninos menores de dois anos, ao sentir-se enganado pelos Reis Magos, os quais retornaram aos seus países por outro caminho para não lhe revelar onde estava o Messias.
A festa para venerar estes meninos que morreram como mártires foi instituída no século IV. A tradição oriental os recorda em 29 de dezembro, enquanto que a latina, no dia 28 deste mês.
Posteriormente, São Quodvultdeus, Padre da Igreja do Século V e Bispo de Cartago (norte da África), deu um sermão sobre este lamentável feito.
“Que temes, Herodes, ao ouvir dizer que nasceu o Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demónio. Tu, porém, não o compreendes; e por isso te perturbas e te enfureces, e, para que não escape aquele único Menino que buscas, te convertes em cruel assassino de tantas crianças”, expressou.
O Santo ainda acrescenta: “Nem as lágrimas das mães nem o lamento dos pais pela morte de seus filhos, nem os gritos e gemidos das crianças te comovem. Matas o corpo das crianças, porque o temor te matou o coração”.
“As crianças, sem o saberem, morrem por Cristo; os pais choram os mártires que morrem. Àqueles que ainda não podiam falar, Cristo os faz suas dignas testemunhas”, enfatizou São Quodvultdeus.

Para entender melhor, leia: O que foi a matança dos inocentes? É um fato histórico?

quinta-feira, dezembro 22, 2016

A Igreja é obra de Deus e não do homem




Muitos levado pela falta de leitura e aprofundamento de nossas doutrinas, costumam achar que a Igreja é uma democracia onde podemos e devemos fazer o que bem entender, como se fossemos nós quem a governasse, como se o tipo de governo da Igreja fosse uma bagunça criada pelas mãos do homem. Muitos acabam transformando “a Igreja” numa repartição pública, onde se faz o que quer.

A Igreja de modo especial foi feita/instituída por Deus, e por ser de Deus, ela é um poder religioso, isto é, a Igreja é Teocrática e não democrática. Não podemos fazer na Igreja o que der na telha. Tipo do nada te vem na mente a ideia de colocar tambor de mina na Santa Missa e ao seu bel prazer passar por cima da autoridade divina desrespeitando a Deus, e transformam a Missa em um terreiro de umbanda – lembrando que isso nem se pode chamar de Missa.

A Liturgia é o homem que está a serviço de Deus. É Deus dando seu filho, seu cordeiro, filho único no calvário para a nossa salvação, e cada um de nós devemos contemplar esse mistério. A Liturgia é Deus quem faz, não foi a Igreja quem Criou. Nossas doutrinas, tudo o que temos na Igreja é obra de Deus, e não cabe ao homem modificar.

Sobre Teocracia, tal palavra quer dizer “governo de Deus”. A origem do termo é grega sendo derivado das palavras “theos” = Deus, e kratos, = poder = “Poder de Deus”. Por tanto, se você sai por ai dizendo que é um católico (a) convertido (a), mas por traz de tudo desrespeita as regras da Igreja e traz para dentro de nossas doutrinas coisas que não nos pertence, você está enganando-se a si mesmo e caindo no precipício, pois modificar a regras de Deus foi uma das armadilhas que Satanás usou e usa para enganar a humanidade.

Por fim, parem de modificar as coisas de Deus, porque isso é colocar-se no lugar dEle e ditar as regras. Nem preciso dizer quem foi que um dia quis fazer isso, colocar-se no lugar de Deus.

Não façam neologismo com a palavra de Deus, modifica-la é pecar gravemente, e a Igreja infelizmente está cheia de lobos querendo destruí-la, modificando as palavras contidas nos documentos, nas Sagradas Escrituras, livros e etc. Embora saibamos que eles não vão conseguir, não devemos ficar sentado.

A igreja é essa Teocracia da qual Deus é quem governa, “Tudo foi feito por meio dEle e sem Ele nada foi feito” (Jo 1,3) = ordenador de todas as coisas. Essa Igreja tem como representante um papa, que é o sucessor de Pedro, porém, por ser o papa humano como nós, também está sujeito aos erros, e nesses casos, quando erra, devemos ouvir a palavra de Deus e seu Magistério, porque ela é a verdade e a verdade é imutável.


Para finalizar: Povos, escutai bem! Nações, prestai-me atenção! Pois é de mim que emanará a doutrina e a verdadeira religião que será a luz dos povos. Isaías 51,4


Por Gilson Azevedo 22/12/2016

©Livre para copia e difusão com menção do autor

segunda-feira, dezembro 19, 2016

Você sabia que o pai da contabilidade é um frade O.F.M.?

Luca Pacioli. Luca Bartolomeo de Pacioli O.F.M. 

Luca Pacioli: o pai da Contabilidade 

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas obras, destacando-se a “Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá”, impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração.

A “Summa” foi o mais importante dos dez livros escritos (editada em 10 de novembro de 1494) mas, não o primeiro livro de Paciolo, pois, aos 25 anos, já com grande acervo cultural, produziu uma obra, dentro de sua grande vocação pelos números e cálculos.

Escreveu “Tratactus de Computis et Scripturis” (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 1494 na “Summa”, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.

Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV. Embora não seja ele o autor das partidas dobradas, nem um inovador de coisa alguma nos procedimentos destas e tão pouco o autor do primeiro livro de difusão contabilística, coube-lhe, todavia a primazia da primeira edição “impressa”, pois, várias outras obras, produzidas há milênios, eram todas manuscritas.

O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava inventário e como fazê-lo. 

Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram “Pro” e “Dano”; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.

Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada:

“Per ” , mediante o qual se reconhece o devedor;

“A ” , pelo qual se reconhece o credor.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje.

Além de marcar o início da contabilidade moderna, Pacioli abriu oportunidades para que novas obras sobre a Contabilidade fossem escritas. Através de seus pensamentos, hoje temos conceitos importantes do ramo da Contabilidade, pois ele possibilitou o desenvolvimento da noção de igualdade, equilíbrio de contas, etc. Infelizmente, o número de textos citando Luca Pacioli é bem reduzido. Aqui no Brasil, contando de 1941 até 2014, foi citado apenas 16 vezes.

Paciolo foi coevo de Leonardo Da Vinci (1452-1514), Michelangelo (1475-1564), Maquiavel (1469-1527), Lourenço, o Magnífico (1449-1492), Girolamo Savonarola (1452-1498), Piero della Francesca (1420-1492) e de muitas personalidades de uma “época de ouro” da civilização Mundial que resplandeceu na Itália.

O frei italiano Luca Pacioli é um ícone de nossa história, não só porque teve a primeira obra impressa onde inseriu um Tratado sobre Escrituração por Partidas Duplas, mas, especialmente por ter rompido uma inércia e por fazer conhecido um dos mais importantes critérios de registro que toda a história da humanidade conheceu.

domingo, dezembro 18, 2016

MÁS NOTÍCIAS! SANGUE DE S. GENNARO NÃO SE LIQUEFEZ


Todo dia 16 de Dezembro ocorre o milagre de São Januário onde o Sangue guardado num relicário se liquefaz. Entretanto no dia de Ontem o milagre não ocorreu e o Cardeal Sepe assim como os fieis ficaram apreensivos. Segundo a tradição quando o milagre não ocorre é sinal de uma tragédia próxima ou pedido de conversão urgente para a Igreja, é raríssimo o milagre não ocorrer, as vezes passa séculos sem interrupção.

Más notícias vindo da Itália: o sangue de San Gennaro [São Genaro ou São Januário] não se liquefez. Os fiéis da catedral se inquietaram e o cardeal pediu orações.


Desde o primeiro milênio, o sangue de San Gennaro [272-305 d.C] se liquefaz três vezes ao ano. A liquefação consiste num milagre que ocorre quando o frasco que contém o sangue em estado sólido do santo se torna líquido. O fenômeno ocorre especificamente em três datas: (i) no sábado que antecede o primeiro domingo de maio, aniversário da primeira transladação; (ii) 19 de setembro, festa do martírio de Gennaro; (iii) 16 de dezembro, data em que atrui-se ao santo o prodígio de conter a erupção do vulção Vesúvio, em 1631.

Segunda a tradição, quando o sangue de San Gennaro não se liquefaz pode ser entendido como um prenúncio de grandes catástrofes naturais, pestes ou guerras, como ocorreram ao longo da história:

1. Peste Negra;
2. Explosão do vulcão Vesúvio;
3. Primeira Guerra Mundial;
4. Segunda Guerra Mundial.

terça-feira, dezembro 13, 2016

Por que o Jejum?


“voltai a mim de todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos de luto”(Jl 2,12).

“...os muros de Jerusalém estão em ruínas e suas portas foram incendiadas. Ouvindo tais palavras, sentei-me para chorar e fiquei vários dias desconsolado; jejuei e orei diante do Deus do céu”.(Ne 1,3-4).

“Os ninivitas creram (nessa mensagem) de Deus, e proclamaram um jejum, vestindo-se de sacos desde o maior até o menor. Homens e animais se cobrirão de sacos”.(Jn 3,5.8).

“...Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo demônio. Jejuou quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome”.(Mt 4,1-2).

“Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa”(Mt 6,16).

“Em cada igreja instituíram anciãos e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham confiado”(At 14,23).

“Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum.”(Mt 17,20).

“Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, freqüentes jejuns, frio e nudez!”(2Cor 11,27).

CATECISMO: 

“O quarto mandamento (‘Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja’)...”(§ 2043)
– Veja:

Mandamentos da Igreja.


“Os tempos e os dias de penitência ao longo do ano litúrgico(o tempo da quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja”.(§ 1438).

OUTROS: DOS DIAS DE PENITÊNCIA


Cân. 1249 Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados por lei divina a fazer penitência; mas, para que todos estejam unidos mediante certa observância comum da penitência, são prescritos dias penitenciais, em que os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo ainda mais fielmente as próprias obrigações e observando principalmente o jejum e a abstinência, de acordo com os cânones seguintes.

Cân. 1250 Os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são todas as sextas- feiras do ano e o tempo da quaresma.

Cân. 1251 Observe-se a abstinência de carne ou de outro alimento, segundo as prescrições da Conferência dos Bispos, em todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; observem-se a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta- feira da paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Cân. 1252 Estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade até os sessenta anos começados. Todavia, os pastores de almas e os pais cuidem que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão obrigados a lei do jejum e da abstinência, em razão da pouca idade. ]

Cân. 1253 A Conferência dos Bispos pode determinar mais exatamente a observância do jejum e da abstinência, como também substituí-la, totalmente ou em parte, por outras formas de penitência, principalmente por obras de caridade e exercícios de piedade.

sexta-feira, dezembro 09, 2016

A SUPREMACIA FEMININA



De todos os arvoredos nascentes, aquele, apenas o geminado pôde dar ao mundo sua continuação. De todas as espécies viventes de animais e vegetais, apenas um gênero deles pôde conceber diretamente seu semelhante.

O potencial que cinge, acossa, esmaga à tudo de maneira sutilmente explícita, com o temor e o fulgor que somente a extensa magnitude divina e feroz poderia ter: na justeza de Atena, na sensualidade de Afrodite Pandêmica, na assistência de Panaceia, no esplendor de Juno, na astúcia de Diana, ou mesmo na dissidência de Éris; em toda a história mundial conhecida, de Eva à Cleópatra, Rainha Vitória à “Dama de Ferro”, todas as personalidades femens que governaram a humanidade, possuem algo que às interliga, o sexo feminino; que faz com que possuam a própria energia vital da humanidade.

A figura feminina sempre foi uma figura de atração e enigma, mesmo antes da existência da civilização, bastam poucos minutos debruçando-se sobre a história mundial para dar-se conta de tal fato. É dela que originam-se os homens e à elas retornam do mesmo modo, o homem que procura o seio materno na tenra idade é o mesmo que o sorve em mulher, na maturidade. Não é a infinita superioridade que as perfaz, mas a sutileza com que persuadem o mundo. Não é a auto gestão que revela seu poder, mas a progênie de povos e nações auto geridos.

Ainda assim, o espírito perversor moderno, insiste em percorrer caminhos falhos, na insistência de dar original solução àquilo que já possui resposta, buscando suprimir a ignóbil existência abarrotada por suas dívidas com o passado, buscam expandir e não conter a devastadora energia feminina, num desenfreado apego à sua energia potencial criadora, absurdamente solta, sem as bases da prudência com o acréscimo da abastada paranoia, característica de nossos tempos. A caixa de Pandora foi aberta, e não saíram apenas os males do mundo, mas também as virtudes. Tal como disse Chesterton em sua Ortodoxia, “O mundo moderno não é mal. Sob alguns aspectos é excessivamente bom. Está cheio de virtudes insensatas e desperdiçadas. (...) Os vícios são de fato liberados e eles causam dano. Mas as virtudes também são liberadas; e as virtudes circulam muito mais loucamente, e elas causam um dano muito mais terrível. O mundo moderno está cheio de velhas virtudes cristãs enlouquecidas”, e em sua explicação final “As virtudes enlouqueceram porque foram isoladas umas das outras e estão circulando sozinhas”. Em resumo o que ocorre é justamente isso, proclamar a independência da virtuosa magia feminina de sua própria natureza feminina, tornando-a no fim apenas um ilusório hermetismo empobrecido.

Isolar a persuasão feminina da moderação resulta apenas em uma repulsiva manipulação, tal como a sensualidade autônoma de comedimento é a própria luxúria dramatizada, isolar sua força enérgica de sua sensatez equivale á própria insanidade. “Tornemos homens fracos, façamos mulheres loucas!”, poderia resumir o empenho de nosso século. Todas as catástrofes e violência sofridas ao longo dos anos na humanidade não poderiam justificar a postura ultrajante dos prosélitos da modernidade.

Violência sexual, violência física, violência psicológica, violência doméstica; acaso violência em sua essência não seria apenas violência? A infração, coerção e intimidação de um sujeito utilizando-se de força bruta. A errônea percepção sobre um ser distinto, supostamente superior em essência causou o equívoco. Pode-se considerar, claro, os diferentes tipos de infração, as diferentes motivações, as diferentes perspectivas sobre um ou outro ato, dezenas de explicações, mas há uma força, que permeia a todos os atos violentos, e independente de sua configuração ou do sexo que os pratica e contra o sexo á que se dirige, ele caracteriza-se como pura e propriamente um atentado, atentando contra a razão, atentado contra um indivíduo semelhante e mais que tudo, um atentado contra si mesmo. “Amai ao próximo como a ti mesmo”, o segundo mandamento como lei, aqui é quebrado, é mais que claro o papel da usura. E não adentrando nas justificativas correligionárias do direito penal, abarrotadas de perspectivas ideológicas completamente arbitrárias advindas da sociologia e da psicologia social, que há muito, abandaram o verdadeiro objetivo de suas ciências; agora servindo apenas de perfazentes de uma realidade paralela completamente anárquica de visão progressista. Mas sim considerando sua premissa primeira, a violência em nossos tempos parece eximir de si, como muitos outros atos maléficos, a culpa.

Delrymple disse “A violência, portanto, não é jamais uma pura e simples reação a condições sociais adversas. Não é como a chuva, que cai tão logo se verifiquem as devidas condições climáticas. E tampouco é em si mesma um sinal de injustiça social ou de uma situação política intolerável”. Não se justifica por si mesma, não contorna em diferentes cores seu traçado, tal como a violência contra o homem e contra a mulher não ganham faces diferentes frente à sua execução.

Homens e mulheres são absolutamente diferentes, de naturezas orgânicas, fisiológicas e anímicas distintas, mas, apesar de suas diferenças, o que move a violência em ambos os casos partirá de uma mesma essência, uma das faces do mal em sua forma executiva, contra o “eu” e contra o “outro”. Tal essência confluente que não abrirá espaço para o modo de penalidade moderno. A intenção de mergulhar na ótica mais profunda da violência contra a mulher levou as leis jurídicas e todo seu entorno consequente, apenas em um mar sem fim de especulações apocalípticas, sobre o mal do mundo e a subjugação feminina. Erram, não apenas por utilizar de filosofias suplantadas, mas na tentativa audaciosamente pérfida de trazer tais ideais filosóficos á realidade. Como pode-se considerar o funcionamento da condição humana em seus vícios, se, se ignoram as bases dessa natureza? Por que homens subjugam uns aos outros, não apenas mulheres? Por que mulheres também praticam violência, não apenas os homens? Mulheres também torturam, mulheres matam, mulheres persuadem, seduzem e são cruéis, tanto quanto os homens e por sua perícia podem tornar-se tão cruéis quanto e até mais. Como se explicam então essas questões? Á partir do ponto de vista contemporâneo, tais ações não são possíveis, se são, serão puro ato de justiça, uma bela filha da infâmia, geradora e disseminadora do caos, perfeito modo de proteger a violência que supostamente procuram suplantar. Á medida que se procura ver seres humanos, como propriamente seres humanos, nada mais que humano, muito provavelmente, essas questões serão respondidas.

A sensualidade desmedida, a explicitação das categorias mais baixas de preferência e valoração do ser, como indivíduo, demonstram verdades horrendas, aquém não apenas da desvirtuação e do mal gosto, mas de uma intenção caracteristicamente suicida, e de maneira assustadora, a nível coletivo. O deixar-se dominar pela barbárie através das próprias escolhas, desistir de qualquer polimento, em prol do fascínio pelo engrandecimento da própria decadência. Como bem relembra Mário Ferreira dos Santos em Invasão Vertical dos Bárbaros, “Os instintos bárbaros dos homens ameaçam soltar-se totalmente e, quando soltos, a sua fúria leva à destruição total. A história já nos revelou momentos semelhantes, como se viu na ação dos bárbaros em suas invasões. Uma humanidade sem leis destruiria toda a cultura e, se não for contida, terminará por destruir a si mesma.” E isso aplica-se ao novo papel que os sujeitos sociais vêm tomando, e as mulheres, a energia geradora, vigorosamente fértil e sempre mítica figura, agora toma ares de vilão, energia destruidora, infértil, causadora do caos. Shakespeare, ilustra brilhantemente através da sua peça A Megera Domada o papel bem vindo á mulher e que, quase profeticamente, se tornaria o retrato explícito do contrário á mulher moderna:
 
“A mulher irritada é como fonte
remexida: limbosa, repulsiva,
privada da beleza; e assim mantendo-se,
não há ninguém, por mais que tenha sede,
que se atreva a encostar os lábios nela,
a sorver uma gota. Teu marido
é teu senhor, teu guardião, tua vida,
teu chefe e soberano. É ele que cuida
de ti; manter-te, arrisca a vida,
com trabalho penoso em mar e terra;
nas noites borrascosas , acordado;
de dia, suportando o frio, enquanto
dormes em casa no teu leito quente,
tranquila e bem segura. Não te pede
outro tributo além do teu afeto,
mui sincera obediência e rosto alegre,
paga mesquinha de tão grande dívida.
A submissão que o servo deve ao príncipe
é a que a mulher ao seu marido deve.
E se ela se mostrar teimosa, indócil,
intratável, azeda rebelada
contra as suas adoráveis exigências,
que mais será senão por isso abjeta
traidora sim, traidora do seu próprio
devotado senhor? Tenho vergonha
de ver que são tão simples as mulheres,
para fazerem guerra onde deveriam
de joelhos pedir paz ou pretenderem
dominar, dirigir, mandar em tudo,
quando servir lhes cumpre tão-somente,
obedecer e amar? Por que motivo
temos o corpo delicado e fraco,
pouco afeito aos trabalhos e experiências
do mundo, se não for apenas para
que nossas qualidades delicadas
e nossos corações de acordo fiquem
como nosso hábito externo? Deixai disso,
vermezinhos teimosos e impotentes!
(...) Nossa força é fraqueza; somos criança
que mui ambicionando logo cansa.
Abatendo o furor nos exaltamos.
Ponde a mão sob os pés de vossos amos.
Caso o meu queira, a mim já está pronta,
para mim não consiste nisso afronta.
(V.ii)
                                                           
Claro que em sua opulência, tal peça não ficou livre da crítica dos movimentos de “empoderamente feminino” moderno. Pesquisas feministas e artigos, fizeram críticas severas ao texto, dizendo tratar-se de uma “subjugação á personagem feminina forte”. Não é necessário adentrar mais profundamente nessa discussão, o importante aqui é notar que desde sempre a figura feminina teve um papel crucial em diferentes polos da sociedade, mesmo no provérbio bíblico judaico-cristão, vemos a insitência nas dosagens da personalidade feminina "Melhor antes morar num canto lá do eirado, que com mulher rixosa sob o mesmo telhado". (Pv. 21,9) Catarina não diferente, chocou por sua personalidade deveras descomedida, e por permitir a liberação excessiva de sua extensão enérgica feminina, algo que, magicamente, somente as mulheres possuem naturalmente e aprendem a utilizar com prudência já em tenra idade. A figura feminina é a origem do todo, Gaia é mulher, criadora de todas as ordenações do mundo, a mãe Terra igualmente, possuindo em si toda a fertilidade; Deus, é masculino mas para gerar a si mesmo como homem recorreu ao ventre feminino. Ave Maria, disse o anjo, cumprimento de honra e graça, nunca dantes proclamado, apenas á mulher prodigiosa tal foi referido. Por uma mulher, Dante viajou, Inferno, Purgatório e Paraíso; A Divina Comédia é divina, mas por minutos é possível perguntar-se, Divino Deus ou Divina Beatriz? Ulisses por vinte anos percorre sua Odisséia para conquistar os dons que sua deusa protetora Atena o prometera. Em todos esses episódios, fictícios ou reais, a mulher opulente sempre está presente, seja na personalidade incisiva de Atena, ou na virginal docilidade de Maria. A mulher gera, tudo á ela retorna; ela dá a vida e também a tira; pode gerar homens fortes que irromperão nações ou tornar homens fracos que dela farão seu próprio santuário.

Não é de mais força feminina que a sociedade necessita, é do reconhecimento que tal força por si só já é existente, mas sem virtudes, sem a prudência para o comedimento e boas escolhas das ações, sem a justiça para o bom julgamento dos atos e a influência responsável, sem a fortaleza, para confiar em si mesma e lutar quando preciso, sem a temperança para a auto conservação, a humildade e a disciplina para auto crescimento, a força simplesmente sucumbe em si mesma, torna-se nada mais que uma fúria irracional e desmedida, que destrói a tudo que alcança e finda por eximir a si mesma. Esse é o reflexo de muitos dos movimentos políticos contemporâneos, em especial ativistas, que sem objetivos claros, isentos de bases construídas na lógica original, totalmente disformes, tornam-se apenas confrades da destruição em massa, das famílias, das relações interpessoais, da sociedade, de si mesmos.

Por Rebeca Dias


O Livro de Ouro da Mitologia Grega – Thomas Bulfinch, 2001.
Contos e Lendas da Mitologia Grega – Claude Pousadoux, 2001.
Shakeaspeare, A Invensão do Humano – Harold Bloom, 2001.
Ortodoxia – Chesterton, 2008.
Personas Sexuais – Camile Paglia.
Virtudes Fundamentais – Josef Piper, 1960.
Artigo – A Pobreza do Mal – Theodore Delrymple, Revista: Dicta e Contradicta.
Odisséia –  Homero, 1978.
A Bíblia Sagrada – Padre Antônio Pereira de Figueiredo.
Bíblia em Versos –  Isnard Rocha, 1992.

terça-feira, dezembro 06, 2016

Os Cruzados queriam pilhar. As intenções boas eram mascaras



Curso Cruzadas Parte: 2
Veja a parte 1 AQUI


REFUTANDO ESTÁ MENTIRA

Uma opinião comum entre os historiadores é a de que o aumento da população na Europa originou uma crise, devida ao excesso de “segundos filhos” de nobres, treinados nas artes bélicas de cavalaria, mas sem terras ou feudos onde se estabelecer.

Por esse motivo, as Cruzadas seriam uma válvula de escape, mandando esses homens belicosos para longe da Europa, onde pudessem obter terras para si à custa dos outros.

Os pesquisadores atuais, graças à ajuda de bancos de dados computadorizados, desmontaram esse mito.

Hoje sabemos que os “primeiros filhos” da Europa foram os que responderam ao apelo do Papa em 1095, e também nas Cruzadas seguintes.

Empreender uma Cruzada era uma operação extremamente cara.

Os Senhores tiveram que hipotecar suas terras para angariar os fundos necessários.

Além do mais, não estavam interessados em reinos no além-mar. Como os soldados de hoje, o Cruzado medieval orgulhava se de estar cumprindo o seu dever, mas queria voltar para casa.

Após o espetacular sucesso da Primeira Cruzada, com Jerusalém e grande parte da Palestina em seu poder, quase todos os Cruzados voltaram.

Somente um pequeno grupo ficou para consolidar e governar os territórios recém-conquistados.

Foram raras as pilhagens.

Embora de fato sonhassem com as grandes riquezas das cidades do Oriente, praticamente nenhum Cruzado conseguiu recuperar os seus gastos.

Mas não foram nem o dinheiro nem as terras o principal motivo que os levaram às Cruzadas: o que queriam era fazer penitência pelos seus pecados e merecer a própria salvação fazendo boas obras em terras distantes.


Continua... 

Curso em refutação aos mitos das cruzadas.

Autor: Thomas F. Madden.

As Cruzadas foram contra pacíficos muçulmanos que nada fizeram contra o Ocidente?



Curso Cruzadas Parte: 1

Não há nada de mais falso. 

Desde os tempos de Maomé, os muçulmanos lançaram-se à conquista do mundo cristão. 

E fizeram um ótimo trabalho: após poucos séculos de incessantes conquistas, os exércitos muçulmanos tomaram todo o norte da África, o Oriente Médio, a Ásia Menor e a maior parte da Península Ibérica. 

Em outras palavras: ao findar o século XI, as forças islâmicas já haviam capturado dois terços do mundo cristão. 

A Palestina, terra de Jesus Cristo; o Egito, berço do monaquismo cristão; a Ásia Menor, onde São Paulo estabeleceu as primeiras comunidades cristãs. 

Não conquistaram a periferia da Cristandade, mas o seu núcleo. E os impérios muçulmanos não pararam por aí: continuaram pressionando pelo leste em direção a Constantinopla, até que finalmente a tomaram e invadiram a própria Europa.

Se uma agressão não-provocada existiu, foi a muçulmana. Chegou-se a um ponto em que só restava à Cristandade defender-se ou simplesmente sucumbir à conquista muçulmana. 

A Primeira Cruzada foi convocada pelo Papa Urbano II em 1095 para atender aos apelos urgentes do Imperador bizantino de Constantinopla, Aleixo I Comneno (1081-1118). 

Urbano convocou os cavaleiros cristãos para irem em socorro dos seus irmãos do Leste. 

Foi uma obra de misericórdia: livrar os cristãos do Oriente de seus conquistadores muçulmanos. 

Em outras palavras, as Cruzadas foram desde o início uma guerra defensiva. 

Toda a história das Cruzadas do Ocidente foi a história de uma resposta à agressão muçulmana.

Continua... Os Cruzados queriam pilhar. As intenções boas eram mascaras

Curso em refutação aos mitos das cruzadas. 


(Autor: Thomas F. Madden.)

segunda-feira, dezembro 05, 2016

Você sabia que o champagne foi criado por um monge da Igreja católica?


A História do Champagne

"Estou bebendo estrelas." Dom Pérignon 

"Estou bebendo estrelas", teria dito Dom Pierre Pérignon, monge beneditino, tesoureiro da abadia de Hautvillers, ao beber pela primeira vez o espumante vinho de Champagne, que ele teria "descoberto". No entanto, a história real por trás dessa lenda diz que Pérignon, durante boa parte da vida, tentou é criar uma maneira de acabar com a espuma que seus vinhos produziam.

Foi Pérignon, quem prescreveu usar somente uvas tintas, como a Pinot Noir, para produzir os vinhos brancos (lembrando que todo vinho é originalmente branco e só ficam tintos caso sejam macerados com a casca tinta). Contudo, os vinhos da região costumavam apresentar um grave "defeito". 

O defeito que deu origem ao espumante 

O Champagne é um vinho espumante originário da região de Champagne, que fica a 150 quilômetros de Paris. A sua descoberta, foi feita pelo  monge Dom Pérignon (1668-1715), como já disse acima. Dom Pérignon é hoje uma marca desse tipo de vinho. 

Ele era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, naquela região francesa e ficou curioso com a afirmação dos vinicultores de que certos tipos de vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados. Acontece que, nesse processo, os gases estouravam as rolhas ou arrebentavam as garrafas. 

Dom Pérignon então experimentou garrafas mais fortes e rolhas amarradas com arame, conseguindo obter a segunda fermentação dentro do recipiente... e assim surgiu um vinho espumante e delicioso que depois seria batizado de Champagne.

Até 1846, o Champagne era uma bebida de paladar doce, não existindo o seco (brut) ou o meio seco (demi-sec). Foi uma firma inglesa que primeiro encomendou um vinho espumante sem açúcar, durante certo tempo somente consumido na Inglaterra. Hoje o mundo inteiro (inclusive os franceses) aprecia e consome o Champagne seco, mais vendido que o doce.

Mesmo sendo criado no final do século XVII, só no reinado de Luís XV (1710-1774), o Champagne tornou-se uma bebida famosa. Sua amante, Madame Pompadour, que ficou conhecida também pelo apoio que dava às artes, exaltava a bebida. Dizem que a origem do formato das taças usadas para se tomar o vinho foi inspirada no formato dos seus seios. Que seja. Meio estranho, mas a origem é essa. 

Mas, durante a Revolução Francesa, o Champagne tornou-se uma bebida maldita por sua associação com a nobreza e o luxo da corte francesa. No Império de Napoleão o vinho foi reconduzido ao seu lugar de destaque. A primeira marca de luxo do Champagne (Cuvée de Prestige) foi feita por ordem do Czar Alexandre II, quando da ocupação da França pelas tropas russas. As primeiras embalagens foram feitas em garrafas de cristal puro. Daí a marca Cristal. O sucesso do vinho atingiu o apogeu na Bèlle É poque e a partir daí acabou conquistando todo o mundo.



Neste final de ano, como sempre é feito, milhões de pessoas em todo o mundo estarão estourando champagnes, inclusive nós, brasileiros, tudo isso, graças ao monge 
Dom Pérignon

Você sabia que o avião da tragédia com o time chapecoense levava o nome de um demônio?



Você sabia que o avião da tragédia com o time chapecoense levava o nome de um demônio? Não! Então vamos ver aqui o que é uma "LAMIA"

As lâmias (do grego laimos, "garganta") eram seres (demônios) da mitologia grega.

Em grego moderno, a expressão "της Λάμιας τα σαρώματα" ("varrida de Lâmia"), refere-se a negligência e desmazelo e se diz "τό παιδί τό 'πνιξε η Λάμια" ("a criança foi estrangulada pela Lâmia") para a morte súbita de uma criança no leito.

As imagens que fazem demostrações de uma "LAMIA", geralmente as pitam como uma mulher com o corpo metade mulher e resto de serpente. 


Pintura de uma LAMIA


Algumas referências voltadas para a bíblia (lembrado, demônios existem e vivem atuante no mundo) diz que a tradução da Bíblia feita por São Jerônimo (vulgata) o nome de Lilith foi traduzido por Lâmia em uma passagem do livro de Isaías, como podemos ver abaixo:

et occurrent dæmonia onocentauris et pilosus clamabit alter ad alterum ibi cubavit LAMIA et invenit sibi requiem. ( Isaiae, 34, 14)
"Nela (a terra de Edom) se encontrarão cães e gatos selvagens, e os onocentauros chamarão uns pelos outros; Lâmia frequentará esses lugares e neles encontrará o seu repouso".

Já a bíblia Ave Maria, traduziu esse versículo como:

Nela se encontrarão cães e gatos selvagens, e os sátiros chamarão uns pelos outros; espectro noturno freqüentará esses lugares e neles encontrará o seu repouso. (Isaías 34,14) O nome LAMIA foi retirado.

Mas no versículo 15 acrescentou algo fazendo referencias à uma serpente:

A serpente lá fará seu ninho e porá ovos, chocá-los-á e fará sair da casca os filhotes; lá também se ajuntarão os abutres, nenhum estará ausente. (Isaías 34,15) Serpente como sabemos, é referencias a um demônio, como, por exemplo, Satanás que é visto/figurado como serpente nos textos Sagrados.

Existem muitos "céticos" que deixam de lado a existência de demônios, e que diz acreditar em Deus, mas basta percorrer, por exemplo, um terreiro de umbanda, e você verá o nome destes demônios serem invocados, alguns que têm nomes de deuses mitológicos, demônios estes, que vivem dia e noite fazendo de tudo para destruir a humanidade, levar-nos ao precipício.

Coincidência ou não, "LAMIA" é o nome de um demônio cultuado desde a antiguidade, nomes da qual não devemos invocar, pois os demônios não brincam de ser demônios.

O texto é apenas para explicar ou tentar entender o por que de um avião ter esse nome. Não vamos criar conspirações do caso, mas sabemos que videntes, espiritas e umbandistas, tem pactos com o demônio, e coincidentemente, um vidente tempos atras, disse que um avião cairia e mataria todos os jogadores, como vocês podem ver neste vídeo abaixo.  





Bom, eis ai um texto bom pra debater e falar do caso.

Só pra constar, no avião está escrito LaMia, separado, as traduções em italiano quer dizer: LA MIA = "MEU", já em espanhol, a palavra MIA se escreve MÍA. Coloco aqui uma frase base para o entendimento sobre para quê serve "LA MÍA",:

Para vosotros vuestra ley moral, y para mí la mía!
Vós tendes a vossa religião e eu tenho a minha!


Por que é meu? E quem sou eu?

Demônios existem quer queira ou não e estão ai para destruir. 


Esse texto não tem a meta ou intuito de dizer que a tragédia tem algo relacionado com pactos e/ou etc.. é apenas para tentar saber - coisa que até agora eu também não sei - o por que de "LAMIA". O texto também é pra enfatizar e lembrar que demônios existem, pois as pregação mortas de hoje, sobretudo homilias de padres, já não se fala mais disso, pois criou-se a ideia de que dizer isso, é coisa de protestante.

Demônios existem quer queria ou não e estão ai para destruir.

“João Paulo II fez vários discursos sobre Satanás no nível doutrinal, mas o mais conhecido é o discurso que ele fez diante da Gruta de São Miguel Arcanjo, perto de San Giovanni Rotondo, perto do Padre Pio”, disse o pe. Gabriel Amorth em uma das suas últimas entrevistas, concedida à TV2000.

Ele se refere ao dia 24 de maio de 1987, quando São João Paulo II pediu “ajuda ao arcanjo São Miguel para lutar contra o diabo”. O papa tinha ido ao santuário de Foggia, na região italiana da Apúlia. “O diabo ainda está vivo e trabalha no mundo”, declarou o pontífice, “e da sua obra decorrem o mal e as desordens presentes no homem e na sociedade”.

São João Paulo II reafirmou que, conforme a promessa de Cristo, “as portas do inferno não prevalecerão, mas isto não significa que estejamos isentos da provação e da batalha contra as armadilhas do maligno”. 


Via Gilson Azevedo
©Livre para copia e difusão na integra com menção do autor. 

7 coisas que você precisa deixar de lado para ter um casamento feliz



Um casamento alegre e forte exige desapegar-se de certas atitudes e ideias preconcebidas

O casamento é como uma dança – requer que ambos pratiquem e trabalhem em conjunto. Às vezes, um ou o outro irá tropeçar ao longo do caminho. É importante deixar os erros pelo caminho, de forma que a dança final possa ser um belo reflexo do amor de um pelo outro.

No meu papel como fundadora da marriage.com, eu tive a oportunidade de trabalhar com conselheiros que se especializaram em ajudar os casais a construir casamentos fortes. Mary Kay Cocharo, uma terapeuta que tem trabalhado com casais e famílias há mais de 25 anos, disse-me que, às vezes, construir um vínculo mais forte significa esquecer algumas noções preconcebidas sobre o casamento.

Curiosa, eu pedi para ela compartilhar sete dicas para os casais… Siga-as, e o seu casamento será mais forte:

1) A ideia de um par perfeito

Você realmente acha que o companheiro(a) perfeito existe? E se ele ou ela existe, o que faz pensar que eles gostariam de estar com você? É aqui que você desiste da ideia de que seu marido ou sua esposa deva se esforçar para ser uma versão “perfeita”.

“Parece-me que, muitas vezes, as mulheres, em particular, casam-se com o ‘homem dos seus sonhos’, e em seguida, colocam-no imediatamente em um programa de ‘reabilitação’ para fazê-lo mudar para o homem que projetaram! Isso, como você pode imaginar, confunde e irrita os homens”, diz Mary Cocharo.

Então, como é o marido ou esposa “perfeito”? Pergunte a 10 pessoas, e você obterá 10 respostas diferentes. Trish, de Los Angeles, disse que seu companheiro ideal seria alguém que fizesse pequenas coisas para ela. Seu marido, Carl, com quem ela é casada há cinco anos, disse que o par perfeito seria alguém que fosse muito amorosa. Ambos precisavam ser amados de suas próprias aneiras. Nenhum dos dois estava certo ou errado.

Ao invés de colocar a sua energia em tentar “consertar” ou “mudar” o seu cônjuge, esqueça essa ideia. Gaste sua energia celebrando o que você ama na pessoa que está com você, e fazendo de você mesma o melhor que possa ser.

2) Comparando o seu relacionamento com outros

Olhando ao redor em Nova Iorque, Mike não poderia deixar de notar outros casais. Este casal sempre está abraçado ou de mãos dadas. Outro casal foi simpático e extrovertido, sempre convidando outras pessoas para um jantar. Ainda outro casal parecia ter tudo – bons empregos, tempo para fazer exercícios etc. Às vezes ele volta para sua esposa, Nina, e pergunta por que eles não são mais como qualquer um desses casais.

É difícil não comparar seu relacionamento com outros. Mas se você quer um casamento feliz, você precisa abandonar as comparações. O que Mike não sabia era que o casal de mãos dadas estava trabalhando sua falta de intimidade; o casal que convida para a noite de diversão tem problemas para se comunicar, e ter outras pessoas por perto serve como uma boa distração; e o casal que parecia “ter tudo” estava, na verdade, cheio de dívidas e estresse.

Lembre-se que a grama do vizinho não é sempre mais verde. Você e sua esposa são pessoas únicas, e seu relacionamento é especial. Deixe de olhar para fora de seu relacionamento e foque apenas em vocês dois, assim você não terá a necessidade de comparar.

3) Necessidade de estar certo

Jacob e Sarah são casados há mais de 12 anos e vivem na Flórida. Eles lutaram com unhas e dentes por anos contra um problema em seu casamento – se deveriam ou não ter uma TV em seu quarto. Ele queria, porque gosta de relaxar e assistir a um show antes de adormecer em sua cama. Ela odeia a ideia, porque acha que o quarto deve ser uma zona livre de distração. Quem está certo?

A resposta curta é: os dois e nenhum dos dois. Esta é mais uma daquelas questões que não têm uma resposta certa ou errada (você descobrirá que o casamento está cheio desse tipo de resposta). Ainda assim, Sarah mostrou a Jacob estudos sobre como uma TV no quarto afeta o relacionamento tentando provar que ela estava certa. Mas o que ela realmente precisava fazer era tentar compreender as razões do marido, assim como ele às dela.

Existem alguns valores não negociáveis que devemos apoiar, mas, em um casamento, você deve considerar sempre a outra pessoa. Pergunte a si mesmo, é mais importante estar “certa” ou ter um casamento feliz? Será que esta coisa particular significa tanto para mim? Será que o que você está discutindo realmente importa, afinal?

4) Deixe as mágoas passadas

Casamentos simplesmente não podem seguir adiante se um dos parceiros se prende em mágoas passadas. Isso foi um grande problema com o casamento de oito anos de May e Alex. Ela simplesmente não deixava de lado um grande mal que ele tinha feito no passado, e isso estava prejudicando sua capacidade de seguir em frente.

Talvez tenham acontecido brigas ou incidentes no passado que você esteja guardando. Se você estiver preso a isso, é importante procurar um aconselhamento para descobrir como superar a situação.
Mary Cocharo observa: “Se você está vivendo um conflito, não significa que você escolheu a pessoa errada para se casar. Isto simplesmente não é verdade. Conflitos nos relacionamentos são o crescimento tentando brotar. É o seu convite para ser um parceiro melhor para sua amada”.

5) Pensando que vocês se parecem

Hillary adora sair e praticar exercícios, mas seu marido Paul, com quem se casou há seis anos, prefere ficar em casa, lendo ou assistindo à televisão. Nos primeiros anos de seu casamento, ela implorou para Paul ir com ela em caminhadas ou praticar esportes – ele concordou porque a amava e queria passar mais tempo com ela. Depois de um tempo, no entanto, ela percebeu que ele não estava gostando muito de seus passeios.

Então ela encontrou uma amiga que também gosta de caminhar e passou a ir com ela, como alternativa; Hillary também entrou em uma academia. Paul a encoraja a praticar exercícios, ele fica muito feliz e a cumprimenta quando ela chega em casa. Atualmente, eles passam tempo juntos indo ao cinema ou saindo para jantar.

Só porque você é casado não significa que você tem que fazer tudo junto. Na verdade, um pouco de tempo separados pode ajudá-los no desenvolvimento individual, o que contribui para uma experiência mais rica quando se reúnem.

6) Acreditando que o sexo sempre será fantástico

Cocharo aconselha: “Você precisa deixar de lado a ideia de que o sexo sempre será fantástico como era no início. O sexo pode ser realmente incrível no começo… mas tenha em mente que você ainda pode ter um sexo quente, conectado, emocionalmente ligado e mais tarde adicionar novas experiências em seu relacionamento também”.

7) A ideia de que ter filhos irá melhorar automaticamente o seu relacionamento

Cocharo sugere: “Esqueça a ideia de que as crianças vão melhorar o seu relacionamento. Não me interpretem mal, mas vocês com certeza ficarão ligados em torno do amor e do compromisso com o bebê. Mas vocês vão, muito provavelmente, também ficar privados do sono, irritados e sem muito tempo para o seu casamento como antes da chegada do bebê”.

Então, o que os novos pais devem fazer? “Este é um bom momento para simplificar o seu calendário social e se voltar para dentro, em direção ao relacionamento. Separar algum tempo apenas para vocês dois, mesmo que seja uma caminhada de 20 minutos ou um chamego de 10 minutos. As crianças ocupam e merecem um grande compromisso de tempo e energia de seus pais, mas não se esqueça que o fundamento da família é o relacionamento entre marido e mulher”.

*Malini Bhatia é fundadora da Marriage.com, um site que oferece recursos, informações e uma comunidade que apoia casamentos felizes e saudáveis. Malini tem experiência global em gestão e comunicação internacional. Casada há 11 anos, vive em Los Angeles com seu marido e suas duas filhas.

Como vencer as crises no matrimônio?





Até o matrimônio mais feliz está sujeito a crises, que precisam ser vistas como um fenômeno de crescimento do amor conjugal e não como razão para a separação. Um matrimônio cujos cônjuges jamais discordam é preocupante. Será que eles são iguais em tudo ou uma personalidade está se sobrepondo à outra, que por sua vez não se revela ao outro na sua verdade? Uma passagem bíblica me faz lembrar os falsos relacionamentos, aqueles que precisam amadurecer, e cujo crescimento é às vezes bem doloroso: “Subirei contra um povo tranqüilo e os tirarei de sua falsa paz”. E há uma passagem nos Escritos da Comunidade Shalom que, acredito, completa o ciclo que vai da falsa à autêntica paz matrimonial: “A verdadeira paz não vem dos homens, mas de Deus”. Dependendo de como será vivida, cada crise, mesmo a mais penosa, pode levar ao aprofundamento do amor entre os esposos e ao fortalecimento cada vez maior do matrimônio. Vamos refletir sobre isto?

Uma escolha livre

Antes de tudo, talvez seja preciso compreendermos que o matrimônio não é “questão de sorte”, como alguns costumam dizer. Ele é fruto de uma escolha livre que cada um fez. É verdade que há esposos que se escolheram apressadamente e por razões pouco consistentes, mas nunca podemos esquecer que, através do Sacramento do Matrimônio, Deus nos concedeu uma graça da qual podemos lançar mão para que seja ratificada esta escolha e “aumentada” a semente da afeição que um dia tivemos um pelo outro. Esta semente, que nos moveu a subir ao altar, pode, pela graça de Deus, desabrochar e crescer como uma grande árvore cheia de frutos e frondosos galhos capazes de fazer sombra e “abrigar toda espécie de pássaros”, como diz o Livro do Profeta Isaías.

Esta livre escolha não é uma “cruz” para se carregar pela vida como um “fardo”. A cruz do matrimônio vem de fora, do demônio e do pecado dos homens, como a cruz que Jesus um dia carregou por amor a nós. O nosso esposo ou esposa jamais é a “nossa cruz”. O demônio bem que gostaria que pensássemos assim… Mas se Jesus tivesse pensado assim nós nunca poderíamos ser salvos. A cruz pode vir do pecado do outro, mas ela não é o outro. O outro é uma bênção, um presente de Deus na minha vida; o outro é um mistério, um desafio, o instrumento que eu preciso para chegar a Deus, felicidade suprema!
Por isso, nos momentos de crise de nada adiantam as agressões, as lamentações ou revanches. Também de nada adianta culpar a famosa “incompatibilidade de gênios”, pois não existem pessoas absolutamente iguais. Ao contrário de afastar, toda diferença pode ser ajustada, ao ponto de nos fazer funcionar como rodas dentadas de uma máquina, cuja força consiste justamente em se ajustarem nos pontos desiguais. Se alcançarmos isto, viveremos um amor vitorioso sobre nossos pecados e suas conseqüências, experimentaremos concretamente no matrimônio a vitória de Cristo, e a verdadeira paz será alcançada.

A adaptação

Um longo matrimônio pode vir a atravessar muitas crises. Uma delas é a crise na adaptação física e/ou psicológica, que pode surgir no início do matrimônio e ser superada, entretanto pode ser camuflada por anos a fio, até que um dia exploda tragicamente. Cada um dos esposos traz para o matrimônio modelos às vezes muito fortes das relações entre os pais, de sonhos que por muito tempo alimentaram sua imaginação, mas que não correspondem à realidade. Pretender adaptar o outro a seus modelos ou ressentir-se com ele por isto é grande prova de imaturidade, e razão suficiente para orar sobre si mesmo ministrando a Palavra de Deus que diz: “Eis, desta vez, o osso dos meus ossos e a carne da minha carne!… Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para ligar-se à sua mulher, e se tornam uma só carne” (Gn 2,23.24).

As crises financeiras, pelas quais passam os cônjuges, podem afetar seriamente a relação conjugal, se estes não buscarem em Deus a graça para resistir às suas conseqüências, e conservar a unidade. Neste momento, podem surgir acusações mútuas, sentimentos de inferioridade ou superioridade, e a falta do dinheiro pode se tornar o “bode expiatório” de ressentimentos antigos ou da preguiça de dialogar.

Às vezes pensamos que a infidelidade começa quando um dos parceiros se entrega a uma “paixão”, mas ela pode começar bem antes, no coração, quando começamos a nos fechar em nós mesmos, analisando os erros um do outro e desnudando-o diante de terceiros. De nada adianta tal atitude que, além de “envenenar” o relacionamento, pode nos colocar na mão de falsos conselheiros, que infelizmente se alimentam e até se alegram em aumentar a divisão entre os dois.

É claro que existem também aqueles que têm boa vontade em ajudar, mas não conseguem ver que neste tipo de confidências apenas um dos dois teve o direito de falar e na maioria das vezes trará somente suas “razões”, pois não consegue ver as do outro. Ocorre-me um trecho do Evangelho que nesse momento se encaixa com perfeição para prevenir os arranhões diários que podem minar o amor dos esposos: “Por que reparas o cisco que há no olho do irmão, e não vês a trave que está no teu?” (Mt 7,1-5).

Outra crise bem séria é a do envelhecimento das relações, a famosa “perda da novidade”, que pode acabar em infidelidade. Esquecidos de que todo ser humano será sempre um mistério e uma novidade, um ou ambos podem projetar seu próprio tédio interior no rosto do outro, e achar que vão reencontrar a alegria numa outra companhia. Não raro, depois de algum tempo o cônjuge que buscou uma nova aventura acabará se encontrando com seu próprio cansaço, e queira Deus que ainda haja como retornar, pois já terá envolvido muitos outros na sua decisão precipitada.

Permanecer fiel

O que leva um casal, que foi capaz de enfrentar tantos desafios juntos, a desistir num momento que deveria ser o mais feliz e tranqüilo de sua relação? Este, que seria o período da colheita, o tempo mais rico e precioso da vida conjugal, transforma-se tantas vezes em motivo de descaso ou implicâncias mútuas. O medo do envelhecimento, da morte corporal também pode gerar a falsa ilusão de que uma companhia mais jovem pode lhe trazer de volta os anos “perdidos” ou retardar um tempo tão precioso que é a terceira idade. Gostaria de colocar aqui o pensamento de uma mulher que viveu bem todas as fases da sua vida e certamente estava cheia de Deus quando o externou: “Acho que as diversas etapas de nossa vida temos que vivê-las alegremente na graça do Senhor. A velhice bem vivida é uma fonte de paz, já que temos passado a época de maiores trabalhos, restando-nos aguardar a vinda do Senhor para gozá-lo eternamente”.
Contudo, o trágico disso é que, seja qual for o motivo da crise, tem ficado cada vez mais freqüente a idéia de que o divórcio é a única solução para o problema, de modo que cada um possa “ir para o seu lado” como quem desfaz um acordo de negócios.

É claro que quando a violência física, psicológica ou moral torna um dos cônjuges um perigo para a saúde do outro e dos filhos, a separação pode ser o único meio de preservá-los, mas nunca podemos esquecer que ela é incapaz de gerar a quebra do vínculo matrimonial, pois o divórcio civil de nada adianta no plano religioso. Espiritualmente, ainda somos responsáveis um pelo outro até o dia da sua morte. E mesmo que o outro já não esteja disposto a uma reconciliação, será sempre digno do nosso perdão, do nosso respeito, das nossas orações, porque Jesus mereceu isto por ele na Cruz.

Por isso, ao invés de desistir no meio da luta, vale a pena perseverar até o fim, ou, se por acaso ocorreu a separação, orar e esperar com paciência, pois ainda pode ser que um dia Deus nos conceda a graça de “casar pela segunda vez” com a mesma pessoa, o que será um gesto humano extraordinário. Este segundo casamento, obviamente não consiste nem requer repetição do rito matrimonial, nem o relacionamento do casal será repetitivo, porque um homem e uma mulher renovados estão ali, ainda mais lúcidos do que antes, dispostos a retomar sua unidade. Mas seu “novo casamento” se beneficiará da experiência adquirida antes para que o amor seja retomado onde houve a ruptura.

O Evangelho de São João narra que Jesus ressuscitado apareceu aos seus discípulos reunidos e proclamou: “A paz esteja convosco”. Vitorioso, cheio de poder, Cristo é a nossa paz, o Shalom do Pai, que vem estabelecer entre nós a paz verdadeira, não baseada em nossos desejos egoístas, nem em uma justiça meramente humana, nem na ausência de diferenças, porque esta paz seria uma ilusão. Por isso precisamos deixar que Ele pacifique a nossa confusão interior, a luta das nossas paixões, nosso egoísmo, e transforme nosso orgulho e vaidade em mansidão e humildade. O sacramento do Matrimônio traz consigo o remédio certo para este amor que deve crescer sempre: A oração e a Eucaristia, que trazem o Cristo vivo para dentro de nós, renovando estas graças e as multiplicando dia após dia. Que Jesus, nossa paz, renove ainda hoje em sua casa o amor familiar onde este necessitar ser renovado!

Bibliografia consultada:

Philippe, Marie-Dominique. No coração do Amor. São Paulo: Paulinas, 1997.

Ana Carla Bessa