quarta-feira, agosto 23, 2017

Mulher no altar? Isso é bíblico?




As mulheres não devem ir ao altar.

"As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar, mas devem estar sujeitas, como também o diz a lei. E se querem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa os seus maridos, porque é vergonhoso para uma mulher o falar na Igreja."

I Cor 14, 34-35

"No entanto nós temos ouvido com impaciência que o desrespeito pelas coisas sagradas chegou a tal nível que até mulheres são toleradas na administração dos altares sagrados e que um sexo que não é qualificado trata de todas as matérias que foram confiadas unicamente ao serviço do homem."

Concílio de Laodicéia, Canon 44

"O ministro servindo na missa não seja uma mulher, a não ser que, faltando um homem, por uma razão justa, precavendo para que a mulher responda de uma certa distância e de nenhum modo suba no altar.''

Papa Bento XIV, Carta Encíclica ''Allatae Sunt'', 26 de Julho de 1755. The Papal Encyclicals, vol. 1 (1740-1878), pág. 64

Concílio de Laodicéia (363-364):

"Mulheres não devem ir ao altar" (Can.44)

Papa Gelásio I (492-496) “No entanto nótemos ouvido com impaciência que o desrespeito pelas coisas sagradas chegou a tal nível que até mulheres são toleradas na administração dos altares sagrados e que um sexo que não é qualificado trata de todas as matérias que foram confiadas unicamente ao serviço do homem”.- Carta aos Bispos de Lucania, J. D. Mansi, Sacrorum consiliorum nova et amplissima collectio (Paris, 1901ff. ), vol. 8.44, cap. 26

Papa Bento XIV (1740-1758) citando Gelásio I (492-496) e Inocêncio IV (1243-1254): “O Papa Gelásio na sua nona carta aos bispos de Lucania condenou a maligna prática que foi introduzida de mulheres a servir o sacerdote na celebração da missa.

Uma vez que este abuso se alastrou aos gregos, Inocêncio IV o proibiu estritamente em sua carta ao bispo de Tusculum: ‘As mulheres que não se atrevam a servir no altar; este ministério deve-lhes ser totalmente rejeitado.’ Nós também já antes proibimos esta prática com as mesmas palavras em nossa tantas vezes repetida

Constituição Etsi Pastoralis, sect. 6, no. 21".- Encíclica Allatae Sunt, 26 de Julho de1755

Por que as mulheres não devem compor o corpo litúrgico?

Nota-se claramente no Evangelho.

A Virgem MARIA e Santa Maria Madalena não estavam na Santa Ceia. Elas serviam Nosso Senhor e os apóstolos.

Se a Virgem MARIA, Mãe de DEUS não participava das primeiras Missas, quem dirá nós, pobres inúteis?!

Nosso papel é o silêncio e a oração.

O PAPA COROINHA!


Em 1888, em um dos altares da Basílica de São Pedro, um sacerdote pronto para rezar a Missa, olhava inquieto ao redor, porque seu coroinha não aparecia. Um Bispo, que estava ajoelhado ali perto, aproximou-se dele com grande simplicidade e lhe disse:

– Permita-me, Padre, que seja eu o ajudante de sua missa?

– Não, Excelência, não o permitirei: não convém a um Bispo fazer de coroinha.

– Por que não? Garanto-lhe que darei conta.

– Disso não duvido, Excelência; mas seria muita humilhação. Não, não o permitirei.

– Fique tranqüilo. Depressa ao altar; comece: “Introibo ad altare Dei”…

Dito isto, o Bispo ajoelha-se e o prelado teve que ceder.

Assistido por seu novo ajudante, e o padre prosseguia a sua Missa com uma emoção sempre crescente.Terminada a Missa, o celebrante se desfez em agradecimentos perante o Bispo.

Aquele pio e humilde ajudante, vinte anos mais velho que o padre, era D. Giuseppe Sarto, o futuro Papa São Pio X.

terça-feira, agosto 22, 2017

IDOSA PERDE SEU TERÇO NA CASA DE PROTESTANTE,E AO TENTAR ZOMBAR DELA ELE FICOU SEM PALAVRAS COM SUA RESPOSTA


Havia uma senhora muito simples que vendia verdura na vizinhança. Certo dia Tia Joana, conhecida por toda a vizinhança, foi vender suas verduras na casa de um protestante e perdeu o terço no jardim dele. Passado alguns dias, Joana voltou novamente àquela casa. O protestante veio logo zombar de

Tia Joana dizendo: "Você perdeu seu Deus?”... Ela humildemente respondeu: "Eu? Perder o meu Deus?? Nunca!!"...o Protestante pegou então o terço e disse: "Não é este o seu Deus?"... Tia Joana Respondeu: "Graças a Deus o senhor encontrou meu terço muito obrigada"... Então disse o protestante: “Porque você não troca este cordão com sementinha pela bíblia”?
Tia Joana respondeu-lhe: “Por que eu não sei ler e com o terço eu medito toda a Palavra de Deus e a guardo no coração"... O Protestante insiste: "Medita a palavra de Deus? Como assim? Poderia me dizer?... Tia Joana pegando o terço respondeu: “posso sim, quando pego na cruz lembro-me que o filho de Deus deu todo o seu sangue na cruz
Para salvar a humanidade. Esta primeira contra grossa me lembra que há um só Deus onipotente. Estas três contas pequenas me lembra das três pessoas da Santíssima Trindade “Pai, Filho, Espirito Santo”. esta conta grossa me faz lembrar da oração que o Senhor mesmo nos ensinou, que é o Pai Nosso. O terço tem cinco mistérios que fazem as cinco chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo cravado na Cruz e a cada mistério tem dez aves Marias que me fazem lembrar-se dos dez mandamentos que o Senhor mesmo escreveu nas tabuas de Moises. O Rosário de Nossa Senhora tem quinze mistérios que são: cinco Gozosos, cinco Dolorosos e cinco Gloriosos.
De manha quando me levanto para iniciar a Luta do dia eu rezo os gozosos lembrando-me do humilde lar de Maria de Nazaré. No meio dia, no meu cansaço e fadiga do trabalho rezo os dolorosos a dura caminhada de Jesus ate o calvário. Quando chega o fim do dia, com as lutas vencidas eu rezo os gloriosos que me fazem lembrar que Jesus venceu a morte para dar a salvação.

E agora me diga onde esta a idolatria?
O Protestante depois de ouvir tudo isso disse: "EU NÃO SABIA DISSO. ENSINE-ME TIA JOANA, A REZAR O TERÇO?”.

*Testemunho verídico enviado por A.R.S, Esperança - PB.
Transcrito do Informativo "Ecos de Fátima", nº 14 , janeiro de 1998.



Menina escolhe o tema de Nossa Senhora Aparecida para sua festa de aniversário

Fonte: Angelus Domini
A Maria Glória ou como todos a conhecem, Glorinha de 5 anos realizou sua festa de aniversário no dia 16 de julho, com o tema de Nossa Senhora Aparecida.

Sua mãe, Elisandra, sofria com problemas hormonais e ovário policístico que a impedia de engravidar, até que um dia ela pediu a intercessão de Nossa Senhora para que ela tivesse a graça de ser mãe, um mês depois ela descobre que estava grávida da linda Glorinha. Ela nasceu no dia 20 julho.

Abaixo segue as fotos do aniversário da Glorinha:


Fonte: Angelus Domini

Fonte: Angelus Domini


Fonte: Angelus Domini

Fonte: Angelus Domini


Fonte: Angelus Domini

Fonte: Angelus Domini

Fonte: Angelus Domini

Fonte: Angelus Domini

Fonte: Angelus Domini

Existe canto da paz na Missa? E o gesto da paz, podemos modifica-lo?




Sobre o canto da Paz na Missa

O Papa Francisco assinou
no dia 7 de junho de 2014, e aprovou a Carta Circular, preparada pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, que orienta sobre o significado do Ritual da Paz na Missa. No documento, a Congregação afirma que a Igreja através desta carta, quer alertar os católicos de que momento da paz não é a hora de extrapolarmos nos abraços e cumprimentos. Muito menos hora de todos romperem o silêncio de forma abrupta, distribuir abraços calorosos, beijos, e até mesmo colocar o papo em dia. A carta atesta ainda que não é a hora de cantar músicas animadas, que estimulem palmas ou danças. Também exorta ao sacerdote que não deve abandonar o Altar para cumprimentar os fiéis.

As medidas se devem a simples observação, o momento da paz está inserido no Rito Eucarístico, um momento profundo onde o silêncio e a oração se fazem presentes, mas principalmente o próprio Cristo está sobre 0 altar. Portanto o momento da paz é simples: de maneira discreta e profunda, deseje a PAZ DE CRISTO a pessoa que está do lado esquerdo e direito. Feito isso, segue o rito. Não fiquemos acenando para a aquele amigo que está do outro lado da igreja. 


c) De todos os modos, será necessário que no momento de dar-se a paz se evitem alguns abusos tais como: 


– A introdução de um “canto para a paz”, inexistente no Rito romano [9].
– Os deslocamentos dos fiéis para trocar a paz.
– Que o sacerdote abandone o altar para dar a paz a alguns fiéis.
– Que em algumas circunstâncias, como a solenidade de Páscoa ou de Natal, ou Confirmação, o Matrimônio, as sagradas Ordens, as Profissões religiosas ou as Exequias, o dar-se a paz seja ocasião para felicitar ou expressar condolências entre os presentes[10].


Observação: Se perceber que um canto da paz foi introduzido e que possivelmente vai haver extrapolações nos rito da paz, ajoelhe-se educadamente já contemplando o momento em que se pronuncia o Agnus Dei. Pois nesses casos, onde os psudos-fieis abusam do rito, é melhor retirar-se em oração para que não caia nas astúcias de Satanás em banalizar a Missa. Como visto, nunca existiu um o canto da paz na Missa, porém o gesto da paz sim, mas conforme a teologia da libertação foi tomando conta das comunidades, o momento da paz foi corrompido danado espaço ao recreio da Missa, onde pessoas passeiam como se estivessem em um parque de diversões e destroem todo o rito da Missa.  


Sobre o gesto do paz 

Este rito eclesial é um dos mais antigos e foi adotado logo nos primórdios da Igreja

Antes da Sagrada Comunhão, o sacerdote sempre diz aos fiéis: “Saudemos uns aos outros na Paz de Cristo”. Após isso, é tradição que todos se cumprimentem com um aperto de mão, dizendo “A Paz”, “A Paz de Cristo” ou “A Paz esteja com você”. O interessante é que este gesto litúrgico tem raízes antigas e faz parte da Missa desde os primórdios da história da Igreja.

O simbolismo espiritual deste ato é encontrado no Evangelho de Mateus, em que Jesus diz: “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta” (Mateus 5:23,24).

A atual Instrução Geral do Missal Romano confirma esse simbolismo e explica: “Segue-se o rito da paz, no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si própria e para toda a família humana, e os féis exprimem uns aos outros a comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no Sacramento. Quanto ao próprio sinal com que se dá a paz, as Conferências Episcopais determinarão como se há de fazer, tendo em conta a mentalidade e os costumes dos povos. Mas é conveniente que cada um dê a paz com sobriedade apenas aos que estão mais perto de si.”

As primeiras comunidades cristãs tomaram as instruções de Jesus e incorporaram o rito em suas celebrações da Eucaristia.

A Constituição Apostólica, documento escrito no século IV, instrui que, após a Oração dos Fiéis, “deixe o bispo cumprimentar a igreja e dizer: A paz de Deus seja com todos vocês. E os fiéis respondem, com o seu espírito. Depois, o diácono diz a todos: Saúdem uns aos outros com o beijo sagrado”.

O que nós chamamos de “gesto da paz”, a Igreja primitiva chamou de “beijo da paz”. Era um costume na cultura mediterrânea na época (e ainda é hoje) de cumprimentar familiares e amigos com um beijo.

Este gesto é encontrado em toda a história litúrgica da Igreja e, desde o tempo de São Gregório, o Grande, foi visto como um pré-requisito para a recepção da Comunhão.

Em outros ritos da Igreja, o beijo da paz assumiu diferentes formas. Joseph Jungmann explica em Missa do Rito Romano que “entre os sírios do Oriente, é costume que cada um aperte as mãos dos próximos e os beije. Ainda mais reservados são os coptas, que apenas se inclinam para o próximo e depois tocam sua mão”.

No século XVII, no Rito Romano, o beijo da paz estava restrito apenas aos presentes no altar e não era transmitido aos fiéis em seus bancos. Às vezes, era costume que o clero usasse uma placa com a palavra pax (paz) que era beijada por cada ministro e passada adiante.

Depois do Concílio do Vaticano II, a Igreja voltou a olhar o antigo costume e decidiu restaurar a ação original dos fiéis, confiando a cada conferência dos bispos a tarefa de determinar o sinal cultural mais apropriado.

O gesto da paz é um ato altamente simbólico, que pretende apontar para a disposição do coração em receber a Sagrada Eucaristia. Lembra aos fiéis que, para estarem em plena comunhão com Cristo, é preciso primeiro “Amar, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” (Marcos 12:30,31).

Atualmente, a Igreja respeita os costumes locais das paróquias. No Brasil, depois do surgimento de doenças contagiosas, como a gripe suína, por exemplo, muitos bispos aboliram o gesto da paz em suas comunidades.
 

quinta-feira, agosto 03, 2017

Maria teve pecado? Como se afirma no protestantismo?



Hoje triunfa a Santa Mãe de Deus e nossa! Caem os muros que nos separavam do Pai! A promessa de Deus, feita à serpente, é cumprida: “Porei ódio entre ti e a mulher...” (Gn 3,15) Sim, Satanás a odeia, porque não pôde tocá-la, eis que não foi permitido que Maria Santíssima fosse contaminada com a mancha do pecado original.

Como responder, entretanto, a todos aqueles que parecem ver nesse milagre uma contradição ao projeto de Cristo de salvar toda humanidade? Não entendendo o que é, na verdade, o dogma, proclamado pelo Bem-aventurado Pio IX, Papa, em 1854, a imensa maioria dos protestantes, atacam tal doutrina, chamando-a inconsistente e anti-bíblica.

Quanto a essa segunda afirmação (não ser bíblica), temos de abrir parêntese, para explicar que nossa Fé católica não é uma “religião da Bíblia”, como se poderia pensar. Deus mostrou Seu plano a homens santos e piedosos através dos tempos, completando Sua Revelação em Cristo, Seu próprio Filho, o Verbo feito carne (Jo 1,14), que enviou os Apóstolos a pregar tudo aquilo que Ele tinha ensinado (Mt 28,18-20) e ainda toda a verdade que lhes seria inspirada pelo Espírito Santo: “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á toda as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14,26) Não falou Cristo que o Espírito recordaria todas as coisas que a Bíblia diz que Ele falava, mas tudo, até mesmo aquilo que não nos é dito pelos Evangelhos a respeito de Nosso Senhor: “Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.” (Jo 20,30-31)

Aliás, a doutrina (falsa, evidentemente) que ensina que a verdade religiosa toda está na Bíblia é falaciosa. Lutero, o pai da Reforma Protestante, foi extremamente equivocado ao pregar o princípio da Sola Scriptura. Isso porque, se toda doutrina para ser verdadeira deve estar na Bíblia, onde nela está escrito tal princípio? Deve haver, pois do contrário, tal doutrina (de que toda a verdade está na Escritura) ou não é verdadeira, ou nem toda a doutrina está na Bíblia, o que mostra a contradição interna do aforisma.

Espantem-se alguns, mas ela não está presente nem explícita nem implicitamente na Bíblia!! Logo, o princípio protestante cai por água abaixo. E mais: a Escritura ensina de uma forma clara justamente o contrário do que afirmam os que crêem ser ela a única fonte da fé. “Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa.” (2Ts 2,15) Nem só na “carta”, i.e., na Bíblia, está o ensinamento apostólico e cristão, mas também nas palavras, naquilo que convencionou-se chamar“Tradição Apostólica”, ou “Tradição Oral”. Jesus nunca mandou que escrevessem nada, e sim que pregassem! Os Evangelhos, as Epístolas, os Atos dos Apóstolos, o Apocalipse são o resultado da pregação da Igreja e não o contrário! A Bíblia é filha da Igreja e não sua mãe! Isso é claramente crido quando averiguamos que o próprio cânon da Sagrada Escritura, ou seja, a lista dos livros que dela fazem parte, só foi definido muitos anos depois de a Igreja já estar organizada em todo o Império Romano... Foi a autoridade da Igreja Católica que disse, auxiliada infalivelmente pelo Espírito Santo, quais eram os livros corretos e quais não... Ora, esse cânon não deveria, aliás, estar na própria Bíblia, se a tese protestante fosse sustentável? Do contrário, foi a Igreja quem reconheceu a Bíblia como Palavra de Deus. Diz Santo Agostinho: “Eu não creria nos Evangelhos se não me levasse a isso a autoridade da Igreja Católica.”; e São Basílio Magno, que viveu entre os anos de 329 a 379, sendo um dos grandes escritores cristãos primitivos: “Sobre os dogmas e querigmas preservados pela Igreja, alguns de nós possuímos ensinamento escrito e outros recebemos da tradição dos Apóstolos, transmitidos pelo mistério. Com respeito à observância, ambos são da mesma força. Ninguém que seja versado mesmo um pouco no proceder eclesiástico, deverá contradizer qualquer um deles, em nada. Na verdade, se tentarmos rejeitar os costumes não escritos como não tendo grande autoridade, estaríamos inconscientemente danificando os Evangelhos em seus pontos vitais; ou, mais ainda, estaríamos reduzindo o querigma a uma única expressão” (O Espírito Santo, 27,36).

Ademais, dar à Escritura uma autoridade conferida por ela mesma é cair no erro, descrito por Aristóteles, chamado de petição de princípio. Não posso crer na Bíblia somente porque ela me manda crer, pois esse pode ser o mesmo argumento de um muçulmano para provar que o Corão está certo. Além do mais, só poderia obedecer o que a Bíblia manda se eu cresse nela. Inicia-se um círculo vicioso, a tal petição de princípio. A autoridade da Escritura vem da Igreja Católica, e a desta vem de Deus!

Logo, não é porque o dogma da Imaculada Conceição não está na Sagrada Escritura, de forma direta, que não se pode crer nele. O que não pode é estar o tal dogma frontalmente contra o conteúdo bíblico. E não está, como veremos mais adiante. Alguns objetam que sim, armam-se da perícope em que é descrito o Cântico de Maria, o Magnificat, onde a própria Virgem Santíssima, chama a Deus de “meu Salvador” (Lc 1,47). Para eles, respondemos com o restante desta meditação, ensinando-lhes o verdadeiro sentido do dogma comemorado hoje, e, desde já, transcrevemos o que São Pedro, príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa, escrevia: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal.” (2Pe 1,20)

Fechando o parêntese, crido por mim como necessário nesses tempos de confusão teológica, em que parece que um novo “Concílio de Trento” deva ser convocado, voltemos ao assunto.

Do que trata, inicialmente, o conteúdo da formulação dogmática da Imaculada Conceição de Nossa Senhora? Como todo dogma, não é uma nova doutrina, revelada na proclamação daquele, pelo Espírito Santo. Não! A doutrina cristã, católica, foi totalmente revelada aos Apóstolos. A Revelação cessou com a morte do último deles, São João, por volta do ano 100, em Éfeso, Igreja da qual era Bispo. Embora revelada, não foi a doutrina completamente explicitada e totalmente entendida em seus mínimos detalhes, como bem explica o Venerável Cardeal Newman, ex-clérigo anglicano convertido ao seio da Igreja verdadeira, em sua magnífica obra “Essays on the development of the Christian Doctrine” (Ensaios sobre o desenvolvimento da Doutrina Cristã), infelizmente sem tradução recente para o português.

Feita essa consideração básica sobre os dogmas – para os leitores que não tenham a devida e tão necessária formação sobre o tema –, podemos dizer que Maria, segundo a proclamação de Pio IX, foi preservada do pecado original no momento de sua concepção. Por isso, chamamos de Imaculada Conceição. Ela o é desde aquele primeiro instante.



Os protestantes esbravejam dizendo: “Mas, Maria mesmo disse, no Magnificat, que seu espírito exultava de alegria em Deus, seu salvador! Se ela tem salvador, é porque tem pecado! Se ela tem pecado, com pode ser imaculada?” Nada mais errado do que atribuir à redenção feita por Cristo na cruz um conceito atrelado ao tempo e ao espaço... Se fosse assim, não poderíamos ser salvos hoje, pois o evento “salvação” está historicamente distante 2000 anos – ainda que a Santa Missa o atualize e o torne real e novamente presente.

Continuando a resposta à dúvida dos protestantes, podemos dizer que existem dois modos de salvar uma pessoa de um rio, por exemplo. Um deles é atirando-se a ele ou então lançando uma corda, um bote, o que seja: salvamos a pessoa depois de ela estar no rio. O outro modo, é impedindo que a pessoa caia no referido rio. Não se pode dizer, de maneira alguma, pelo menos não sem risco de darmos a nós mesmos um atestado de incapacidade intelectual, que a segunda maneira não é um verdadeiro e autêntico salvamento.

Nós fomos salvos já no rio, ou seja, no pecado. Maria, diferentemente, foi salva antes de cair no rio, antes de ser contaminada pelo pecado original, transmitido geração após geração devido ao erro inicial de Adão e Eva. Objetam os protestantes que nós, católicos, cremos que ela não foi salva por Cristo e que, por isso, estamos destruindo a universalidade da Redenção e as próprias palavras da Virgem no Magnificat, quando chamou a Deus de salvador. Estariam eles certos se sustentássemos que Maria foi preservada do pecado pelos seus próprios méritos, sem o concurso da graça, o que não é verdade, como já mostramos. Maria foi sim, salva. E nisso, estamos todos concordes. Todavia, foi salva antecipadamente, em previsão dos méritos de Cristo.

Sim, pois Deus, que está fora do tempo e é onisciente – tem conhecimento de tudo! – sabia que Jesus, o Verbo, iria morrer pelos nossos pecados, e pelos méritos advindos de Seu sacrifício vicário no Gólgota, e, por essa presciência, por essa previsão, salvou, por aqueles mesmos méritos de Nosso Senhor, a Santíssima Virgem, ainda antes de ela ser tocada pelo pecado original, de modo a restar imaculada. É difícil de compreender se queremos reduzir Deus às nossas idéias e tolher-lhe o poder, como fazem muito alguns teólogos protestantes da época da Reforma, seduzidos pelo espírito humanista e relativista reinante naquele tempo.

Eis o que diz o texto da Bula Ineffabilis, que definiu o dogma hoje comemorado: “A Santíssima Virgem Maria foi, no primeiro instante da sua concepção, por um único dom da graça e privilégio do Deus Altíssimo, em vistas dos méritos de Jesus Cristo, o Redentor do gênero humano, preservada isenta de toda a mancha do pecado original.” (DS 1641) Mais claro, impossível!

Dissemos antes que, mesmo que não se ache expresso na Sagrada Escritura semelhante ensinamento, a Bíblia o suporta. Tão bem disso sabe a Santa Igreja que, no Evangelho da liturgia desta solenidade, é narrado o episódio da anunciação do anjo São Gabriel a respeito da Encarnação do Verbo de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo. É nessa passagem, quando o arcanjo saúda a Virgem, que encontramos um forte argumento bíblico (se bem que ele não seja necessário após termos dito que a Revelação não está toda na Escritura, e sim na Tradição conforme interpretada pelo Magistério da Igreja Católica). Expressa-se o incorpóreo (é assim que os bizantinos chamam os anjos) pelas palavras “ave, cheia de graça” (v. 28) Tomemos o texto grego, idioma em que foi originalmente escrito por São Lucas o seu Evangelho, e veremos que a expressão que traduzimos por “cheia de graça” – e que costumamos repetir todos os dias na “Ave-Maria” – é muito mais precisa e rica, não encontrando semelhante em nossa língua pátria. O anjo, conforme o grego de Lucas, chama Maria de kecharitomêne, que significa não só “cheia de graça”, mas algo como “completa, totalmente cheia de graça a ponto de não restar nem um sinal de mancha”, “repleta da graça, sem lugar para o pecado.” Esse é o sentido da saudação do anjo, que, aliás, Maria não entendeu (v. 29). Ser agraciado é algo que ela entenderia, e por isso não faz sentido que tenha se posto a pensar no que seria a saudação, nem que seu coração se tenha perturbado, como segue o versículo. Se tal ocorreu é porque a notícia foi espantosa: Maria viu-se não só agraciada, mas totalmente cheia da graça, e com a nova de que não tinha espaço para o pecado, para o erro, para aquilo que a afastaria, naturalmente, de Deus.

Em Nossa Senhora, não há lugar para o pecado, não só porque ela se privou de cometer os pessoais – coisa que, com a ajuda da graça, é possível, segundo Santo Agostinho –, como também nem mesmo o pecado original, aquela mancha transmitida à toda a descendência adâmica, a tocou, enchendo de ódio a Satanás, “autor e princípio de todo pecado.”

É esse, aliás, o ensino dos Padres da Igreja – aqueles primeiros escritores cristãos, cheios de autoridade, santidade e ortodoxia, que atestavam o depósito da doutrina apostólica logo nos seus inícios, e, por isso mesmo, autorizados, hoje, a dirimir toda dúvida, eles que perto estavam de Cristo. Santo Éfrem, poeta sírio, chamado de“Harpa do Espírito Santo”, compositor de muitos cânticos da liturgia dos ritos siríaco, maronita, caldaico e mesmo bizantino e romano, já escrevia: “Vós e Vossa Mãe sois os únicos que são totalmente belos em todos os aspectos, pois em Vós, Ó Senhor não há mácula e em Vossa Mãe nenhuma mancha.”(Carm. Nisib.27) Outrossim, Santo Agostinho, o Doutor da Graça, advoga que todos são pecadores, “exceto a Santa Virgem Maria, a quem eu desejo, por causa da honra de Nosso Senhor, deixar inteiramente fora de questão quando se fala de pecado” (De natura et gratia 36,42)

Podem alguns, depois de tudo isso, ainda contrariar a posição da Santa Madre Igreja, e argumentar que Maria então não teve participação em sua salvação, pois foi escolhida desde antes, não só para ser imaculada, mas para ser a Mãe do Salvador. Tal tese, entretanto, não recebe a guarida da razão. Sim, Maria teve participação. Foi livre. Tanto que, no último verso do Evangelho de hoje, São Lucas nos recorda as palavras da Santa Mãe de Deus:“fiat mihi secundum verbum tuum.” “Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (v. 38) É pelo conhecimento prévio da anuência de Maria, que Deus a escolhe de antemão. Desfaça-se o aparente paradoxo! Ele não diz seu “sim” a Deus porque Ele a escolheu e predestinou para isso, e sim Ele a escolheu e predestinou porque sabia, ciente de tudo que é, que Ela diria aquele “sim”. Para Deus, voltamos, não há tempo, Ele é eterno.

“Do antigo adversário nos veio a desgraça, mas do seio virginal da Filha de Sião germinou aquele que nos alimenta com o pão do céu e garante para todo o gênero humano a salvação e a paz. Em Maria, é-nos dada de novo a graça que por Eva tínhamos perdido. Em Maria, mãe de todos os seres humanos, a maternidade, livre do pecado e da morte, se abre para uma nova vida. Se grande era a nossa culpa, bem maior se apresenta a divina misericórdia em Jesus Cristo, nosso Salvador.”

Diz a Igreja que Maria Santíssima é já hoje aquela que nós um dia poderemos ser: livres do pecado, e no Paraíso de corpo e alma – após nossa ressurreição. Por essa razão, a ela se aplica o título de “ícone escatológico da Igreja”. Ícone é aquilo que representa alguma coisa, uma imagem. Escatológico porque se refere aos bens futuros, quando da vinda de Jesus para julgar os vivos e os mortos. Igreja que somos todos nós, incorporados a ela pelo batismo. Maria é hoje o que nós seremos um dia se perseverarmos na santidade. Quanto de ti anseia por essa vida santa? E os meios necessários para consegui-la têm sido utilizados? Roga a ela, porque é tua mãe, e pede auxílio para seres santo. Maria, que nem os protestantes conseguiram destruir, e que, em tempos de crise, ajuda a humanidade e a Cristandade contra os erros que ameaçam nossa Fé, imaculada como ela, há de, aos moldes de sua intervenção miraculosa na destruição da armada turca muçulmana nas águas de Lepanto – curiosamente na mesma data, séculos antes, do ataque ocidental ao poderio islâmico de Osama Bin Laden, no Afeganistão, 7 de outubro – interceder para que, na tua vida, sejas vencedor contra teus vícios, apoderando-te da virtude, com ela e São Paulo, clamar: “Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.” (Rm 8,37)

Finalizo, convidando a todos, para que recitemos juntos a “Salve Rainha”, na língua da Igreja Ocidental. Saudemos a Santíssima Virgem, com o secular canto que a ela é entoado, após as Completas, na Liturgia das Horas, e que é especialmente querido por todos os que se colocam sob sua maternal proteção:

Salve Regina, Mater misericordiae. Vita, dulcedo, et spes nostra, salve. Ad te clamamus exsules filii Hevae. Ad te Suspiramus, gementes et flentes in hac lacrimarum valle. Eia ergo, Advocata nostra, illos tuos misericordes oculos ad nos converte. Et Iesum, benedictum fructum ventris tui, nobis post hoc exsilium ostende. O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria. Ora pro nobis, Sancta Dei Genetrix. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

Por Rafael Vitola Brodbeck

quarta-feira, agosto 02, 2017

Uma defesa Bíblica de Maria



Maria como a Rainha Mãe

Existe uma palavra aramaica, Gemera, que significa "Rainha Mãe. Tradicionalmente, ao lado do trono do Rei, existe um segundo trono. Muitos afirmariam que o segundo trono pertenceu à esposa do Rei, mas em Israel ele pertencia à mãe do Rei. A gemera era uma posição oficial e que era conhecida por todos (inclusive por Jesus e seus discípulos). Sua função era ser advogada do povo; qualquer pessoa que tinha um pedido ou solicitava uma audiência com o Rei fazia-o através dela. Ela era uma intercessora, apresentando os desejos e interesses do povo para o Rei. Isto não significa que o Rei era inacessível, ou que o povo tinha medo ou era incapaz de falar com ele. Isso meramente significava que o Rei honrava sua mãe e tratava os pedidos dela com especial consideração. Da parte das pessoas do povo, elas se sentiam muito próximos à ela, como se fossem também seus filhos.
Tal função é mencionada em:

* 1Reis 15,13: "Até Maaca, sua avó, depôs da dignidade de rainha-mãe".
* 2Reis 10,13: "Somos irmãos de Acazias, e descemos a saudar os filhos do rei e os filhos da rainha-mãe".
* Jeremias 13,18: "Dize ao rei e à rainha-mãe: humilhai-vos, e assentai-vos no chão".

Seu lugar específico de honra e intercessão é dramaticamente ilustrado em 1Reis 2,13-21:

"Então veio Adonias, filho de Hagite, a Bate-Seba, mãe de Salomão. Perguntou ela: 'De paz é a tua vinda?'. Respondeu ele: 'É de paz'. E acrescentou: 'Uma palavea tenho que dizer-te'. Disse ela: 'Fala'. Disse ele: 'Bem sabes que o reino era meu, e todo o Israel tinha posto a vista em mim para que eu viesse a reinar, ainda que o reino se transferiu e veio a ser de meu irmão; pois foi feito seu pelo Senhor. Agora um só pedido te faço; não mo rejeites'. Ela lhe disse: 'Fala'. Ele disse: 'Peço-te que fales ao rei Salomão (pois não to recusará), que me dê por mulher a Abisague, a sunamita'. Respondeu Bate-Seba: 'Muito bem, eu falarei por ti ao rei'. Quando Bate-Seba foi ter com o rei Salomão, para falar-lhe por Adonias, o rei se levantou a encontrar-se com ela, inclinou-se diante dela, e se assentou no seu trono. Mandou que pusessem um trono para a mãe do rei, e ela se assentou à sua mão direita. Disse ela: 'Só um pequeno pedido te faço, não mo rejeites'. E o rei lhe disse: 'Pede, minha mãe, porque não to recusarei'. Disse ela: 'Dê-se Abisague, a sunamita, por mulher a Adonias, teu irmão'".

De particular importância são as seguintes observações:

1. Adonias supunha que a rainha-mãe poderia defender seu interesse perante o Rei; ou seja, ele confiava nela.
2. A reação do Rei é notável: ele se levantou para vir ao encontro de sua mãe e prestou-lhe o seu respeito.
3. Um trono foi providenciado para ela; ela se sentou à direita do Rei.
4. Seu poder de intercessão é enfatizado pela repetição da idéia de que o rei "não a recuse".

O mesmo fazemos hoje com Maria. Nós acreditamos que ela se aproximará do Rei para defender os nossos interesses. Porém, neste instante, muitos protestantes dirão: "Não podemos chegar até Ele por meio de ninguém; podemos tratar diretamente com Deus". Sim, podemos e devemos fazê-lo. Porém, duvido que o mesmo protestante que usou esse argumento JAMAIS pediu a um amigo seu para que orasse por ele ou com ele. Pedimos a nossos amigos para que orem conosco ou por nós, não porque achamos que é impossível se aproximar diretamente de Deus, mas porque formamos uma família em Cristo e porque é agradável. Nós nos preocupamos com os outros e pedimos sempre a Deus para que conceda os interesses daqueles que amamos. Por que limitar esse cuidado e assistência somente àqueles que estão vivos hoje na terra? São Paulo nos diz que somos rodeados por uma nuvem de testemunhas - será que essas testemunhas não demonstram um mínimo de preocupação para conosco? O Apocalipse no nos diz que as preces dos santos elevam-se como incenso perante Deus (Ap 8,4). Por quem estariam orando? Em Tobias, lemos: "Quando tu e Sara fazíeis oração, era eu (arcanjo Rafael) quem apresentava as vossas súplicas diante da glória do Senhor e as lia" (Tobias 12,12).

Se pedimos para nossos irmãos vivos para orarem por nós, poderíamos deixar de fazer o mesmo para aqueles que já se encontram presentes diante de Deus? E se pedimos para aqueles que estão diante de Deus, como poderíamos deixar de pedir a intercessão daquela que é a mãe do Rei? A Tradição (aquela mesma Tradição - lembre-se disso - que nos deu a Bíblia) nos diz que quando Jesus estava agonizando na cruz, disse certas palavras a seu discípulo [João] que são aplicadas a cada um de nós; tais palavras são:

"Eis aí a tua Mãe..."

Maria como a Arca da Nova Aliança

Este ponto nos dirige diretamente para o dogma da Imaculada Conceição de Maria; entretanto, tratarei mais detalhadamente sobre esse assunto (bem como suas objeções) um pouco mais abaixo.

A Arca da Antiga Aliança abrigava os Dez Mandamentos, que eram a Palavra de Deus. Na Bíblia, São João chama também Jesus de Palavra (=Verbo) de Deus e Maria, por carregá-lo em seu ventre, tornou-se a Arca da Nova Aliança. A Arca da Aliança é santa e pura. Se Maria tivesse o pecado original, ela não poderia ser pura e, conseqüentemente, também não poderia ser a Arca da Nova Aliança. Este conceito é apresentado na Bíblia quando comparamos o Antigo Testamento com o Novo Testamento. Observe estas semelhanças:
Antigo Testamento: quando a Arca da Aliança foi trazida perante o rei Davi - "Temeu Davi ao Senhor naquele disse, e disse: 'Como virá a mim a Arca do Senhor?'" (2Samuel 6,9).

Novo Testamento: quando Maria foi visitar sua parente Isabel, que estava grávida de João Batista - "De onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?" (Lucas 1,43).

Antigo Testamento: quando o rei Davi dançou de júbilo porque ele estava na presença da Arca, que continha a Palavra de Deus - "Quando a Arca do Senhor entrava na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela. E vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do Senhor, o desprezou no seu coração" (2Samuel 6,16).

Novo Testamento: quando o profeta João Batista saltou de júbilo no ventre de sua mãe, Isabel. Ele fez isto quando ouviu a voz de Maria, que estava grávida de Jesus, o qual também é chamado de Palavra (=Verbo) de Deus - "Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre, e Isabel foi cheia do Espírito Santo" (Lucas 1,41).

Antigo Testamento: os israelitas encheram-se de grande júbilo porque estavam muito próximos da Arca que continha a Palavra de Deus - "Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a Arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas" (2Samuel 6,15).

Novo Testamento: mostra como Isabel e João Batista se encheram de júbilo por estarem na presença de Maria, que carregava a Palavra de Deus - "Exclamou ela [Isabel] em alta voz: 'Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. Ao chegar-me aos ouvidos a voz da tua saudação a criancinha saltou de alegria no meu ventre' (Lucas 1,42.44).

Se tudo isto é verdade, que Maria é a Arca da Nova Aliança, então ela deve ter sido pura e não poderia haver qualquer tipo de pecado em sua alma. O fato de que Maria tenha nascido sem pecado original tem sido um ensinamento muito claro não apenas da Igreja Católica como também dos fundadores do Protestantismo. Apenas recentemente algumas denominações protestantes se afastaram desta doutrina tradicional do Cristianismo.

"É uma doce e piedosa crença esta de que a alma de Maria não possuía o pecado original; assim, sua alma estava completamente purificada do pecado original e embelezada com os dons de Deus, por ter recebido de Deus uma alma pura. Portanto, desde o primeiro momento de sua vida, ela estava livre de todo o pecado" (Martinho Lutero, "Sermão sobre o Dia da Conceição da Mãe de Deus", 1527).

Não há outro "símbolo" que eu gostaria de discutir antes de falar de Maria no Novo Testamento e tal símbolo é o de Maria como "portão de entrada". A melhor explicação que vi sobre esse assunto foi postado em uma lista de discussão - embora não me lembre qual, nem o nome de seu autor. Apresento essa explicação logo abaixo, com um mínimo de edição da minha parte, e peço desculpas de não poder dar o devido crédito ao autor, pelo motivo exposto.

Quando Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém, ele montava um jumentinho, o qual ainda não havia sido montado por ninguém (Mc 11,2-10). Ele também foi encerrado em uma sepultura nova, a qual também não havia sido usada antes (Jo 19,41). Estas coisas não eram necessárias, mas assim aconteceu - tanto com o jumentinho quanto para a sepultura usados por Cristo, mas jamais usados por qualquer outra pessoa - simplesmente para indicar o quanto especial era Jesus.

No Antigo Testamento também existem símbolos que prefiguram pessoas ou eventos do Novo Testamento. A pessoa ou evento do Novo Testamento que é prefigurada no Antigo é chamada de arquétipo. O arquétipo no Novo Testamento é sempre importante. Adão, por exemplo, é símbolo de Cristo, cf. Rm 5,14.

O profeta Ezequiel refere-se a uma porta que é o símbolo de Maria:
Ezequiel 44,1-3: "Então me fez voltar para o caminho da porta do santuário exterior, que olha para o oriente, a qual estava fechada. Disse-me o Senhor: 'Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela. Porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela, estará fechada. Quanto ao príncipe, ele ali se assentará como príncipe, para comer o pão diante do Senhor; pelo caminho do vestíbulo da porta entrará, e por esse mesmo caminho sairá".
Ezequiel 46,8.12: "Quando entrar o príncipe, entrará pelo caminho do vestíbulo da porta... Quando for o príncipe [...], a porta oriental lhe será aberta, [...] então ele sairá e a porta será fechada assim que ele sair".
O príncipe é o símbolo de Cristo. E a porta prefigura Maria, já que através de seu ventre que Jesus veio ao mundo. Tal passagem demonstrava que a porta estava reservada para o príncipe, prefigurando que o ventre de Maria estava reservado apenas para Jesus. Como no caso do jumentinho e da nova sepultura, como vimos acima, era adequado e oportuno que a graça de Deus guiou Maria a aceitar uma vida de virgindade consagrada, de maneira que sua Virgindade Perpétua é sinal que aponta para a extraordinariedade de Jesus Cristo.


Maria como Intercessora

Ainda que todos os cristãos tenham o poder de interceder uns pelos outros, a pureza e santidade do intercessor aumentam o poder da súplica. A Bíblia está repleta de exemplos do Senhor "escutando" as preces dos justos. Eis alguns casos:
Provérbios 15,8: "O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento".
Provérbios 15,29: "O Senhor está longe dos ímpios, mas escuta a oração dos justos".
Tiago 5,16-18: "A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e orou com fervor para que não chovesse, e durante três anos e seis meses não choveu sobre a terra".
Provérbios 28,9: "O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominada".
1Pedro 3,12: "Pois os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos à sua súplica, mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal"
Salmo 32,6: "Pelo que todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas a ele não chegarão".
Daniel 9,21-23: "Estando eu, digo, ainda falando na oração, o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente, e tocou-me à hora do sacrifício da tarde. Ele me instruiu, e me disse: 'Daniel, agora vim para fazer-te entender o sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para declará-la a ti, porque és muito amado...'".
2Crônicas 6,29-30: "Toda oração e súplica que qualquer homem ou todo o teu povo Israel fizer, conhecendo cada um a sua praga e a sua dor, e estendendo as mãos para esta casa, ouve tu dos céus, do assento da tua habitação. Perdoa, e dá a cada um conforme a todos os seus caminhos, segundo vires o seu coração (pois só tu conheces o coração dos filhos dos homens)".

Agora, uma vez que a Bíblia demonstra tão claramente que aqueles que são justos ou corretos são ouvidos pelo Senhor, e já que também sabemos que aqueles que se encontram no céu não são impuros nem injustos (caso contrário não teriam como resistir à presença de Deus), então nós podemos afirmar que as preces dos santos têm um poder e eficácia muito maiores do que às daqueles que ainda se encontram sobre esta terra, que ainda caminham na imperfeição.

De acordo com isto, percebemos que as orações intercessórias de Maria, que é a Mãe de Deus e mais pura que qualquer outra pessoa humana, têm um poder ainda mais especial.

A Antiga Tradição Cristã a respeito de Maria
"Filho de Deus pelo desejo e poder de Deus, nasceu verdadeiramente de uma Virgem" (S. Inácio de Antioquia, "Carta aos Magnésios", ~110 dC).
"E novamente, como Isaías havia expressamente previsto que Ele nasceria de uma virgem, ele declarou o seguinte: 'Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e seu nome será chamado "Deus-conosco"'.. A frase 'Eis que uma virgem conceberá' significa certamente que a virgem iria conceber ser ter relacionamento. Se ela tivesse relacionamento com qualquer um que fosse, ela não poderia ser virgem. Mas o poder de Deus, vindo sobre a Virgem, a encobriu, e a induziu a conceber, embora ainda permanecesse Virgem" (S. Justino Mártir, "Primeira Apologia", 148-155 dC).
"A Virgem Maria mostrou-se obediente ao dizer: "Eis aqui tua serva, Senhor; faça-se em mim conforme a tua palavra". Entretanto, Eva foi desobediente; mesmo enquanto era virgem, ela não obedeceu. Como ela - que ainda era virgem embora tivesse Adão por marido... - foi desobediente, tornou-se a causa da sua própria morte e também de todo gênero humano; então, também Maria, noiva de um homem mas, apesar disso, ainda virgem, sendo obediente, se tornou a causa de salvação dela própria e de todo o gênero humano... Assim, o problema da desobediência de Eva foi eliminado pela obediência de Maria. O que a virgem Eva causou em sua incredulidade, a Virgem Maria eliminou através da sua fé" (S. Ireneu, "Contra as Heresias", 180-199 dC).
"A Virgem Maria, tendo sido obediente à palavra de Deus, recebeu de um anjo a alegre notícia de que iria dar à luz ao próprio Deus" (S. Ireneu de Lião, "Contra as Heresias V,19,1", 189 aD).
"Apesar de permanecer virgem enquanto carregava um filho em seu ventre, a serva e obra da sabedoria divina tornou-se a Mãe de Deus" (Efraim o Sírio, "Canções de Louvor 1,20", 351 aD).
"O Verbo gerado do Pai do céu, inexpressavelmente, inexplicavelmente, incompreensivelmente e maneira de eterna, nasceu há tempos atrás da Virgem Maria, a Mãe de Deus" (S. Atanásio, "A Encarnação do Verbo de Deus 8", 365 dC).
"Se alguém disser que a Santa Maria não é a Mãe de Deus, ele está em divergência com Deus. Se alguém declarar que Cristo passou pela Virgem como se passasse por um canal, e que não se desenvolveu divina e humanamente nela - divina porque não houve a participação de um homem, e humanamente segundo a lei da gestação - tal pessoa é também herege" (S. Gregório de Nanzianzo, "Carta ao Sacerdote Cledônio", 382 dC).
"Nos ajuda a compreender os termos "primogênito" e "unigênito" quando o Evangelista diz que Maria permaneceu Virgem "até que deu à luz ao seu filho primogênito" [Mt 1,25]. Nada fez Maria, que é honrada e louvada acima de todas as outras: não se relacionou com ninguém, nem jamais foi Mãe de qualquer outro filho; mas, mesmo após o nascimento do seu filho [único], ela permaneceu sempre e para sempre uma virgem imaculada" (Dídimo o Cego, "A Trindade 3,4", 386 dC).
"Entre todas as mulheres, Maria é a única a ser, ao mesmo tempo, Virgem e Mãe, não somente segundo o espírito, mas também pelo corpo. Ela é mãe conforme o espírito, não d'Aquele que é nossa Cabeça, isto é, do Salvador do qual ela nasceu, espiritualmente. Pois todos os que nele creram - e nesse número ela mesma se encontra - são chamado, com razão, "filhos do Esposo" [Mt 9,15]. Mas, certamente, ela é a mãe de seus membros, segundo o espírito, pois cooperou com seu amor para que nascessem os fiéis na Igreja - os membros daquela divina Cabeça - da qual ela mesma é, corporalmente, a verdadeira mãe" (S. Agostinho, "A Virgindade Consagrada 6,6", 401 dC).
"Entretanto, quando eles perguntaram: 'Maria é a mãe de um homem ou a Mãe de Deus?', nós redundemos: 'De ambos'. O primeiro pela natureza do que ocorreu e o segundo pela relação. Mãe de um homem porque era ser humano que estava e que saiu do ventre de Maria; e Mãe de Deus porque o homem que nasceu era o próprio Deus" (Teodoro de Mopsuéstia, "A Encarnação 15", 405 dC).
"Agora, herético, você dirá (qualquer um de vocês que negar que Deus nasceu da Virgem) que Maria, a Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, não pode ser chamada de Mãe de Deus, mas somente de Mãe de Cristo e não de Deus, porque nenhuma mulher - afirmará você - pode dar à luz a alguém mais velho do que ela própria. A respeito deste estúpido argumento [...] deixe-nos provar por testemunhos divinos de que tanto Cristo é Deus como Maria é a Mãe de Deus" (João Cassiano, "Sobre a Encarnação de Cristo contra Nestório 2,2", 429 dC).
"O próprio Verbo, vindo por sua vontade à Bem-Aventurada Virgem, assumiu para si o seu próprio templo da substância da Virgem e saindo dela, fez-se completamente homem de modo que todos pudessem vê-lo externamente, mas sendo verdadeiramente Deus internamente. Portanto, Ele preservou sua Mãe virgem mesmo depois dela ter dado à luz" (S. Cirilo de Alexandria, "Contra aqueles que não desejam professar que a Santa Virgem é a Mãe de Deus 4", 430 dC).
"Assim como os marinheiros são guiados ao porto por uma estrela, também os Cristãos são guiados ao céu por Maria" (S. Tomás de Aquino).

Também os "reformadores" [protestantes] foram fiéis defensores de Maria:
"Creio firmemente que Maria, conforme as palavras do Evangelho que afirmam que de uma Virgem nos nasceria o Filho de Deus, permaneceu sempre pura e intacta Virgem durante e depois do nascimento de seu Filho" (Ulrich Zwinglio, citado em "Corpus Reformatorum" v.1, p.424).
"Ele, Cristo, nosso Salvador, era o fruto real e natural do ventre virginal de Maria... Isto aconteceu sem a participação de qualquer homem e ela permaneceu virgem mesmo depois disso" (Martinho Lutero, "Sermões sobre João", cap. 1 a 4, 1537-39 dC).
"[Maria é a] maior e a mais nobre jóia da Cristandade logo após Cristo... Ela é nobre, sábia e santamente personificada. Jamais conseguiremos honrá-la suficientemente" (Martinho Lutero, "Sermão do Natal de 1531").
"É uma doce e piedosa crença esta que diz que a alma de Maria não possuía pecado original; esta de que, quando ela recebeu sua alma, ela também foi purificada do pecado original e adornada com os dons de Deus, recebendo de Deusuma alma pura. Assim, desde o primeiro momento de sua vida, ela estava livre de todo pecado" (Martinho Lutero, "Sermão sobre o Dia da Conceição da Mãe de Deus de 1527").
"Certas pessoas têm desejado sugerir desta passagem [Mt 1,25] que a Virgem Maria teve outros filhos além do Filho de Deus, e que José teve relacionamento íntimo colo ela depois. Mas que estupidez! O escritor do evangelho não desejava registrar o que poderia acontecer mais tarde; ele simplesmente queria deixar bem clara a obediência de José e também desejava mostrar que José tinha sido bom e verdadeiramente acreditava que Deus enviara seu anjo a Maria. Portanto, ele jamais teve relações com Maria, mas somente compartilhou de sua companhia... Além disso, nosso Senhor Jesus Cristo é chamado o primogênito. Isto não é porque teria que haver um segundo ou terceiro [filho], mas porque o escritor do Evangelho está se referindo à precedência. Assim, a Escritura está falando sobre a titularidade do primogênito e não sobre a questão de ter havido qualquer segundo [filho]" (João Calvino, "Sermão sobre Mateus", publicado em 1562).

"Não se pode negar que Deus escolheu e destinou Maria para ser a Mãe de Seu Filho, garantindo-lhe a mais alta honra. Isabel chama Maria de "Mãe do Senhor" porque a unidade da pessoa nas duas naturezas de Cristo era tal que ela poderia ter dito que o homem mortal gerado no ventre de Maria era, ao mesmo tempo, o Deus eterno" (João Calvino, citado em "Corpus Reformatorum" v.45, p.348).

A Virgindade Perpétua de Maria

Todos os cristãos crêem que Maria era virgem quando deu à luz a Jesus. "Mas Maria disse ao anjo: 'Como pode ser isso se não conheço varão?' E o anjo lhe respondeu: 'O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te encobrirá. Então a criança que irá nascer será chamada santa, o Filho de Deus'" (Lucas 1,34-35).

Quando José ficou sabendo que Maria estava grávida, ele já era noivo dela, embora ainda não vivessem juntos. Ele quis romper o compromisso pois sabia que aquela criança não era sua.

"Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo: 'José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo" (Mateus 1,20).

Tudo isto foi previsto no Antigo Testamento e aconteceu para que se cumprissem as profecias dadas por Deus ao povo judeu: "Pois sabei que o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem concebeu e dará à luz um filho e pôr-lhe-á o nome de Emanuel" (Isaías 7,14).

O ensinamento da Bíblia sobre esta matéria é tão claro que todas as denominações cristãs concordam sobre a sua interpretação.

Os católicos crêem que Maria permaneceu virgem e não teve outros filhos. Algumas denominações, porém, afirmam que Maria teve outros filhos. Elas dizem isto por causa que a Bíblia às vezes menciona os "irmãos do Senhor". Mas, nos tempos bíblicos, todos os membros da família, inclusive primos, eram considerados "irmãos". E também vemos que, na Bíblia, o termo "irmão" é várias vezes usado para se referir a pessoas que não são irmãos no mesmo sentido em que entendemos a palavra hoje.

Eis alguns exemplos bíblicos:
Gênese 14,14: "Quando Abrão soube que seu IRMÃO fora levado prisioneiro, fez sair seus aliados, seus familiares, em número de trezentos e dezoito, e deu perseguição até Dã".
O "irmão" em questão nesta passagem é Lot. Mas, era Lot irmão de Abrão? Não. Ele era o filho de Arão, irmão falecido de Abrão (v. Gênese 11,26-28). Portanto, Lot era sobrinho de Abrão.
Gênese 29,15: "Então Labão disse a Jacó: 'Por seres meu IRMÃO, irás servir-me de graça? Indica-me qual deve ser teu salário".
Acaso era Labão irmão de Jacó? Não, ele era seu tio.
A explicação, então, é simples: não existe palavra hebraica ou aramaica para "parente". Os escritores teriam assim que usar os termos "irmão" ou "irmã", ou escrever "o filho da irmã do meu pai". É evidente que preferiam usar a palavra "irmão".

Assim você vê que, em termos bíblicos, "irmão", "irmã" e "irmãos" pode significa parentes próximos, parentes de sangue ou até mesmo amigos íntimos como, por exemplo:
1Reis 9,13: "Ele disse: 'Que cidades são estas que me deste, meu irmão?' E deu-lhes o nome de 'terra de Cabul', que persiste até hoje".
2Samuel 1,26: "Tenho o coração apertado por tua causa, meu irmão Jônatas. Tu eras imensamente querido, a tua amizade me era mais cara do que o amor das mulheres".
Também pode significar um aliado:
* Amós 1,9: "Assim falou Javé: 'Pelos três crimes de Tiro, pelos quatro, não o revogarei! Porque entregaram populações inteiras de cativos a Edom e não se lembraram da aliança de irmãos'".

Alguns também vêem nas palavras: "José não conheceu Maria até o momento em que deu à luz a Jesus" um significado de que, após o nascimento de Jesus, ela teve relações com José. Contudo, na Bíblia, o termo "até que" simplesmente significa "o que se deu no passado" e não tem a mesma conotação que temos em português, significando "algo que aconteceu após".

A Bíblia menciona uma mulher que não teve filhos até "o tempo de sua morte" (v. 2Samuel 6,23). Será, então, que produziu descendentes após sua morte? ;)

Uma pesquisa cuidadosa no Novo Testamento nos mostrará que realmente existe um exagero de expressão se dissermos que Maria teve outros filhos:

Quando Jesus foi encontrado no templo, com a idade de 12 anos (Lucas 2,41-51), não se menciona a existência de outros filhos, embora toda a família tivesse peregrinado junto. O povo de Nazaré refere-se a Jesus como "o filho de Maria" (Marcos 6,3) e não como "um dos filhos de Maria". A expressão grega inplica que Ele era seu único filho. Na verdade, ninguém nos Evangelhos é chamado de filho de Maria, ainda quando são chamados de "irmãos do Senhor".

Existe ainda um outro ponto que requer uma compreensão da antiga cultura oriental. Em tal cultura, o termo "irmão" era usado para se referir aos mais velhos - parentes com mais idade cuja função era dar conselhos aos mais novos. Em João 7,3-4, encontramos os "irmãos" de Jesus aconselhando-o a deixar a Galiléia e ir para Judéia, para que seus discípulos pudessem ver as suas obras. Se os "irmãos" forem compreendidos neste sentido, conforme a cultura oriental, eles certamente seriam mais velhos que Jesus, o que elimina de vez a possibilidade de serem seus irmãos de fato, já que todos nós sabemos que Jesus era o filho primogênito de Maria.

Finalmente, devemos considerar o que aconteceu aos pés da Cruz (João 19,26-27). Se Tiago, José, Simão e Judas fossem mesmo irmãos de Jesus, porque Jesus fez vistas grossas a esse fato e confiou Sua mãe ao Seu discípulo João? O Evangelhos nos diz que "a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa". Por que ela iria para a casa de um discípulo se ela tinha pelo menos mais quatro filhos?

Maria, a Mãe de Deus

O fato de que Maria é a Mãe de Deus é meramente lógico:

Uma mulher que dá à luz a um filho é a mãe desse filho +
Maria deu à luz a Jesus = Maria é a Mãe de Jesus

Maria é a mãe de Jesus+Jesus é Deus (é uma Pessoa Divina - 2ª Pessoa da Santíssima Trindade)=Maria é a Mãe de Deus

Ou, simplesmente, podemos ler na Bíblia:

Lucas 1,42-43: "Com um grande grito, exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?'"

Agora, mais um pouco de lógica:

Maria é "a mãe do meu Senhor"+O Senhor é Deus=Maria é "a Mãe do meu Deus"

Para contradizer esta verdade é necessário afirmar que Jesus não é Deus ou dizer que Maria não deu à luz a Jesus.

Algumas denominações protestantes evitam chamar Maria de Mãe de Deus porque eles acham que isso a coloca no mesmo nível de Deus [como se ela fosse uma deusa]. Ao invés, eles preferem dizer que ela era a mãe do "homem Jesus Cristo". Isto, porém, trai a verdade e coloca a teologia protestante num dualismo previsível. Cristo Jesus é UMA pessoa e não duas. Ele é UMA pessoa que possui duas naturezas: é inteiramente humano e inteiramente divino. As duas naturezas, contudo, são unidas em UMA só Pessoa. Podemos dizer que as nossas mães são mães da nossa "natureza"? Não, mas simplesmente dizemos que elas são nossas mães - de nós, como pessoas. Eu não estou dizendo que Maria gerou ou deu vida à natureza divina de nosso Senhor, uma vez que ele é UMA Pessoa e não duas. A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade "se fez carne" - isto é o que chamamos de "encarnação" (do latim caro que significa carne. De onde ele obteve a carne? Se Jesus é Deus e Maria é Sua mãe, como é logicamente possível dizer que Maria não é a Mãe de Deus?

A Imaculada Conceição de Maria

Comecemos com as objeções... A posição protestante pode ser resumida da seguinte forma:
Não há qualquer suporte bíblico para se falar de Maria. Paulo afirma em sua carta aos romanos que "não há nenhum justo, nem um sequer: todos pecaram e estão privados da glória de Deus". Logo, se Maria nasceu sem pecado, não precisava de nenhum Salvador, pois ela estaria salva por si mesma.

Para começar, há evidência escriturística para a pureza única de Maria (imaculada conceição) - basta comparar a Arca da Aliança que guardava os Dez Mandamentos e Maria como a Arca da Nova Aliança e como a porta (v. parte I, item b).

Porém, a objeção mais comum é o uso das palavras de Paulo, de que "todos pecaram". A palavra usada para "todos", na versão original em grego, que é a linguagem utilizada por Paulo, é "paz". Tal termo, entretanto, não tem caráter exclusivista, que não admita exceção, mas tem o significado de "esmagadora maioria". Podemos ver na Bíblia outros exemplos em que a palavra "todos" é usada, mas claramente admitindo exceção:
"Pessoalmente estou convicto, irmãos, de que estais cheios de bondade e repletos de TODO conhecimento e em grau de vos poder admoestar mutuamente" (Romanos 15,14).
Neste texto, "todo" certamente não significa "sem exceção alguma". Se havia todo conhecimento, sem exceção, então os romanos teriam TODO o conhecimento de Deus!

Como esta última objeção, também não é verdade de que Maria, tendo nascido sem mancha do pecado original, não precisaria de um Salvador. A redenção vem da cruz de Cristo, inclusive para Maria. Ele não nasceu sem pecado por seu próprio mérito, mas por um ato de misericórdia da parte de Deus. Se acreditamos que Jesus nos salva do pecado e da morte mesmo depois de termos cometido pecados pessoais, porque deveríamos negar a idéia de que Ele salvou a mulher que escolheu para ser a Sua Mãe do pecado e da morte antes mesmo do seu nascimento? A imaculada conceição de Maria produziu-se pela graça da Cruz e não por qualquer coisa que ela tenha feito ou por poder próprio dela. Maria de maneira nenhuma é uma Salvadora. Porém, ela é a Mãe do Salvador e, como tal, precisava ser tão pura quanto possível.

Nossa fé está repleta de exemplos da obra de Deus em formas misteriosas e miraculosas, alimentando Seu povo no deserto, concedendo filhos àquelas que são incapazes de engravidar, curando os doentes, ressuscitando os mortos, recebendo carne e tornando-se homem... Observe que, em vista de tudo isso, porque nos seria difícil acreditar que Deus misticamente aplicou os méritos e graças obtidos no Calvário à Sua Mãe, já que ela foi digna o possível para ser a Arca da Nova Aliança, a Mãe de Deus? Nós sabemos que, já que Ele é Deus, ele é capaz de fazer isto se assim o quiser. A única questão que fica remanescente é: "qual a probabilidade de Deus ter desejado para a mulher que escolheu para trazer Jesus Cristo ao mundo ter sido tão pura e merecedora de uma graça que nenhum outro ser humano poderia ter?". Talvez soe melhor fazendo uma declaração negativa: "qual a probabilidade de Deus ter permitido que Jesus Cristo viesse à carne, sendo nutrido por nove meses num ventre ou tendo nascido ou sido amamentado e educado por uma mulher corrompida pelo pecado original?".

Fonte: Site "The Bible Defends Catholic Church!".
Tradução de Carlos Martins Nabeto

A MISSA PASSO A PASSO NAS ESCRITURAS



1- ACOLHIDA - SAUDAÇÃO INICIAL DA MISSA:

" Graça seja convosco, e paz, da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo." (1 Cor 1,3)

"2 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação," (2 Cor 1,2 - 3)

"O Deus da esperança vos cumula de todo gozo e paz em vossa fé, até transbordar de esperança pela força do Espírito Santo" (Rm 15, 13).

2- ATO PENITENCIAL:

" 30 e eis que dois cegos, sentados junto do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamaram, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós. 31 E a multidão os repreendeu, para que se calassem; eles, porém, clamaram ainda mais alto, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós." Mt 20,31)
E eis que uma mulher Cananéia, provinda daquelas cercania, clamava, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim, que minha filha está horrivelmente endemoninhada. (Mt15,22)

3- O GLÓRIA:

"Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade." (Lc 2,14)
Nesse hino exaltamos Cristo por aquilo mesmo que Ele é:
Senhor (Fl 2,11), Cordeiro (Jo 1,36), Filho de Deus Pai (Mc 1,11).

4- A LITURGIA DA PALAVRA:

Esta é a palavra que o Senhor ordenou ... " (Ex 35:4)

"Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor:" (2 R 20,16)

" E à casa do rei de Judá dirás: Ouvi a palavra do Senhor:" (Jer 21,11)

E ensinava nas suas sinagogas, e por todos era louvado. E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. Lucas 4,14-21

"Por isso nós também, sem cessar, damos graças a Deus, porquanto vós, havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes." (1 Tes 2,13)

"Apresentemo-nos diante dele com ações de graças, e celebremo-lo com salmos de louvor." (Sl 95, 2).

"falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração" (Ef 5,19)

"Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado." (Jo 15,3)

5- ORAÇÃO DA ASSEMBLEIA:

"Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens," (1 Tm 2,1)

"Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada como também o é entre vós," (2 Tes 3,1)

6- OFERTÓRIO:

"14 e oferecerá a sua oferta ao Senhor: um cordeiro de um ano, sem defeito, como holocausto, e uma cordeira de um ano, sem defeito, como oferta pelo pecado, e um carneiro sem defeito como oferta pacífica; 15 e um cesto de pães ázimos, bolos de flor de farinha amassados com azeite como também as respectivas ofertas de cereais e de libação. 16 E o sacerdote os apresentará perante o Senhor, e oferecerá a oferta pelo pecado, e o holocausto; 17 também oferecerá o carneiro em sacrifício de oferta pacífica ao Senhor, com o cesto de pães ázimos e as respectivas ofertas de cereais e de libação. " (Num 6,14-17)

"E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo." (Gn 14,20)

"Certamente darás os dízimos de todo o produto da tua semente que cada ano se recolher do campo." (Dt 14,22)

"Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas, e entrai nos seus átrios. " (Sl 96,8)

"No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar." (1 Coríntios 16,2)

7- SANTO:

"Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir." (Apo 4,8)

"1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. 2 Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória." Isaías 6, 1-3

8- CONSAGRAÇÃO:

"19 E tomando pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. 20 Semelhantemente, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto em meu sangue, que é derramado por vós." (Lc 22, 19-20)

"23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; 24 e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. (1 Cor 11, 23-25)

9- ANUNCIAMOS SENHOR A VOSSA MORTE OU TODAS VEZ QUE SE COME...:

26 Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. (2 Cor 11, 26)

10- O PAI NOSSO:

"Portanto, orai vós deste modo:
Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal." (Mt 6,9-13)

"Ao que ele lhes disse: Quando orardes, dizei:
Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; e perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos deve; e não nos deixes entrar em tentação, [mas livra-nos do mal.] " (Lc11,2-4)

11- O CORDEIRO DE DEUS:

"Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (Jo1,29)

" No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."(Jo 1,29)

12 - SENHOR, EU NÃO SOU DIGNO QUE ENTREIS...

" O centurião, porém, replicou-lhe: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; mas somente dize uma palavra, e o meu criado há de sarar." (Mt 8,8)

13- A COMUNHÃO:

"Porventura o cálice de bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?" (1 Cor 10,16)

"e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações." (At 2,42)

"É nessa vontade dele que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre." (Hb 10,10)
"27 De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. 29 Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. " (2 Cor 11, 27-29)

14- BENÇÃO FINAL:

"O Senhor te abençoe e te guarde; 25 o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; 26 o Senhor levante sobre ti o seu rosto, e te dê a paz. 27 Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei. " (Num 6, 24-27)

15 - IDE EM PAZ:

"Ao que lhes disse o sacerdote: Ide em paz; perante o Senhor está o caminho que seguis." (Jz 18,6).

Maria, Mãe de Deus ou de Jesus?



"A Virgem Maria não é a Mãe de Deus, como dizem os protestantes. Ela é a mãe de Jesus Cristo".

Se isto é o que eles acreditam, então eles criaram vários erros.

1. Em (João 1,1) diz o seguinte," No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus" e em (João 1,14) diz: " E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" Estes dois versos dizem que Deus foi feito carne. A substância da carne de Deus na segunda pessoa, que é Jesus Cristo, veio de onde? Veio de Maria!

2. Quantas pessoas é Jesus Cristo? Uma ou duas? Para acreditar que Maria só deu à luz a Jesus Cristo humano, os protestantes estão dividindo Jesus Cristo em dois, um Jesus humano e um Jesus Divino. Aí está um erro doloroso. Para provar ao contrário, é só conferir na própria Bíblia, em (Filipenses 2,5-7) onde notamos um Deus que é um homem, é também um homem que é Deus. Jesus Cristo é um, e não dois. Lembremo-nos também quando Tomé chama Jesus de "Meu Senhor e meu Deus", (João 20,28) .

3. Os protestantes ao negar Maria como Mãe de Deus, estão refutando (Lucas 1, 43) da qual, Isabel fala com as palavras dada a ela pelo Espírito Santo. "Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?"

É importante deixar bem claro que Maria gerou o Homem - Deus (Romanos 9,5) "e todos os Anjos o adoram" (Hebreus 1,6). Maria é, realmente, mãe de Jesus Cristo, homem e Deus, conforme o testemunho da Escritura (Gálatas 4,4). Ela torna-se a mãe da pessoa de Jesus, na plenitude de seu ser humano e divino. Por exemplo: Jesus não disse ao filho da viúva: "a parte de mim que é Divina te diz: Levanta-te! " Jesus fala simplesmente "Eu te digo: Levanta-te". Na cruz, Jesus não disse: "minha natureza humana tem sede" mas exclama: "tenho sede".

Podemos e devemos chamar a Virgem Maria "Mãe de Deus" porque o termo da maternidade não é a natureza, mas a pessoa. E a Pessoa em Cristo é a 2ª da Santíssima Trindade, o Filho. Em Maria se realiza, pois este mistério: ser Ela "Mãe de Deus e de Deus filha. Ela participa do mistério do seu Filho, que é Deus e Homem ao mesmo tempo.

Assim como (Gênesis 3,2-7) apresenta a mulher (Eva) envolvida com o tentador e o pecado para a ruína do gênero humano, assim (Gênesis 3,15) apresenta a mulher (Eva feita Mãe da Vida por excelência ou Eva plenamente realizada em Maria) intimamente associada ao Messias na obra de Redenção do gênero humano. Assim a mulher (Eva, Mãe da Vida), que introduziu o pecado no mundo, será também a introdutora da Salvação ou do Salvador no mundo. O papel de Eva é recapitulado por Maria.

Eva é portadora da desobediência e da morte com o seu "não" a Deus; Maria, ao contrário, traz a fé, alegria e a vida com o seu "sim". O Anjo mau falou à mulher infiel a Deus, o Anjo Gabriel falou à mulher fiel a Deus; no primeiro caso, a mulher colabora para a morte; no segundo caso, a mulher (a nova Eva, a verdadeira Mãe da vida) colabora para a vida.

"Podemos assim dizer que Maria é o templo do Senhor, o Sacrário do Espírito Santo. O tabernáculo e a Arca da Aliança, são figuras da Virgem Maria. Ela é o sacrário vivo do Espírito Santo, porque se tornou a Mãe do verbo Encarnado. Basta percorrer as páginas das Escrituras para ver que Deus não habita no meio do pecado".

Portanto, Maria foi pensada, amada e predestinada para ser o templo do Espírito Santo e Mãe do Deus Encarnado.

Se Maria fosse somente um instrumento ou uma mulher comum, como se afirma no protestantismo, o próprio demônio poderia se apresentar a Jesus e dizer: "Onde está sua honra e sua glória?" Sem sombra de dúvidas, a Bíblia a Tradição e o Magistério da Igreja, deixa bem claro que a Virgem Maria é Mãe de Deus. É claro que não podemos esquecer que, Ela não é Mãe de Deus na Primeira Pessoa, e sim na segunda Pessoa que é Jesus Cristo.

Por Jaime Francisco Moura

A Mais antiga oração Mariana



"À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas Em nossas necessidades, Mas livrai-nos sempre de todos os perigos, Ó Virgem gloriosa e bendita!".


A oração "Sub tuum praesidium" (À vossa proteção) é a mais antiga oração a Nossa Senhora que se conhece. Encontrada num fragmento de papiro, em 1927, no Egito, remonta ao século III. Tem uma excepcional importância histórica pela explícita referência ao tempo de perseguições dos cristãos (Estamos na provação e Livrai-nos de todo perigo) e uma particular importância teológica por recorrer à intercessão de Maria invocada com o título de Theotókos (Mãe de Deus). Este título é o mais importante e belo da Virgem Santíssima. Já no século II era dirigido a Maria e foi objeto de definição conciliar em Éfeso em 431. O texto primitivo do qual derivam as diversas variações litúrgicas (copta, grega, ambrosiana e romana) é o seguinte: Sob a asa da vossa misericórdia nós nos refugiamos, Theotókos; não recuse os nossos pedidos na necessidade e salva-nos do perigo: somente pura, somente bendita.