terça-feira, fevereiro 16, 2016

AS VESTES DO CARDEAL




A cor vermelha é o símbolo que distingue os cardeais. Nas suas vestes diárias podem usar batina preta com os detalhes em vermelho, além do solidéu e a cruz peitoral que igualmente possuem detalhes em vermelho. Essa cor lembra o sangue de Cristo derramado por nós, sua Igreja, e significa para os cardeais a disposição de testemunhar a fé fielmente até o martírio, se for necessário.


Além da cor vermelha, três símbolos acontecem nos consistórios que distinguem os cardeais, são eles: A entrega do Barrete vermelho, do anel cardinalício e da bula de nomeação, que atribui a cada cardeal um título ou diaconia de uma Igreja de Roma.


No rito do consistório, depois da homília do Santo Padre, ocorre a profissão de fé dos novos cardeais, retirada do credo niceno-constantinopolitano, manifestando a unicidade da fé da Igreja. Depois acontece o juramento de obediência de cada cardeal à Igreja Católica na pessoa do Papa e de seus sucessores. Bento XVI comentou em sua homília do consistório de novembro de 2012 que são palavras “carregadas de profundo significado espiritual e eclesial”: «Prometo e juro permanecer, a partir de agora e para sempre enquanto tiver vida, fiel a Cristo e ao seu Evangelho, constantemente obediente à Santa Apostólica Igreja Romana».


O Santo Padre, então, passa ao momento da entrega do Barrete, do anel cardinalício e da bula de nomeação. Todos esses símbolos exprimem de maneira muito clara a especial união dos cardeais com o Bispo de Roma e a sua missão de colaborar mais estreitamente com o Santo Padre no governo da Igreja.


Foto de: reprodução.





O Barrete vermelho (chapéu) é sinal da

dignidade do Cardinalato.


O Barrete vermelho é entregue pelo Santo Padre e é sinal da dignidade do Cardinalato. É neste momento que o Papa recorda ao cardeal que o barrete significa a disponibilidade de comprometer-se com força, até a efusão do sangue, pelo desenvolvimento da fé cristã, pela paz e tranquilidade do povo de Deus e pela liberdade e difusão da Santa Igreja Romana.


O anel sempre foi símbolo de uma união mais estreita, de uma aliança entre duas partes, como a aliança dos noivos representa a sua união, seu compromisso mútuo até que a morte os separe. O anel cardinalício é expressão de uma união mais forte entre o cardeal e a Igreja. Ele recebe o anel enquanto escuta do Papa essas palavras: “Recebe o anel das mãos de Pedro e sabei que, com o amor do Príncipe dos Apóstolos, se reforça o teu amor para com a Igreja”.


O terceiro símbolo, a entrega da bula de nomeação, reforça ainda mais a estreita união que possuem os cardeais e o Papa. Bento XVI na homília do último consistório lembra aos cardeais que “através da vossa colaboração com os Dicastérios da Cúria Romana, sereis meus preciosos cooperadores antes de tudo no ministério apostólico a favor da catolicidade inteira.”


Foto de: reprodução.





A bula de nomeação reforça a

união dos cardeais com o Papa.


As vestes dos cardeais, com sua característica cor vermelha, e os símbolos que os distinguem, são para nós, povo de Deus, testemunho de que existem hoje pessoas chamadas pelo Senhor que se comprometem inteiramente em guiar-nos pelos caminhos do Plano de Deus. Agradeçamos ao nosso Pai celestial por essas pessoas e rezemos por sua fidelidade na missão tão importante que lhes foi concedida.

segunda-feira, fevereiro 15, 2016

EVOLUCIONISMO : A FARSA DE CHARLES DARWIN


Descobertas científicas desmentem a teoria evolucionista, oposta ao Criacionismo.

Nossas escolas insistem em ensinar o Evolucionismo como um fato indiscutível

Desde as primeiras séries de nossos estudos vimos sendo familiarizados com uma explicação – no mínimo estranha – sobre a origem da vida: a teoria da evolução de Charles Darwin, soberana nos manuais de colégio.

No entanto, um grande número de escolas norte-americanas está excluindo de seus currículos o ensino do darwinismo. O motivo? Um fato certamente de pouca importância – e talvez por isso nunca seja mencionado no Brasil – : a evolução das espécies jamais foi provada cientificamente.

Paleontologia: faltam evidências

São extraordinárias as falhas e incongruências da teoria darwiniana. Há muito, ela deixou de ser unânime entre os pesquisadores, pois carece de métodos científicos e vem sendo desmentida por vários ramos da ciência. A paleontologia é atualmente o principal argumento contra tal teoria.

Observando o documento fóssil, fica claro a existência de uma sucessão hierárquica das formas de vida ao longo do tempo. Quanto mais antigos os estratos fósseis, mais inferiores são as espécies da escala biológica.

Esse aumento da complexidade das formas de vida no decorrer da história é bastante utilizado pelos evolucionístas como uma argumento a favor de suas hipóteses. Coloca-se esses animais em seqüência e tem-se a impressão de que uns descendem dos outros, como se constituíssem um filão genealógico, desde as formas de vida mais simples, até as atuais.

Mas há um problema que não pode ser ignorado: se a evolução de uma ameba, ao longo da história, deu-se de modo a resultar em seres mais complexos até chegarmos à vastidão infindável de organismos que temos hoje, então seria imprescindível que tenham existido milhares de formas de transição dos seres, passando de uma espécie até se tornarem outra, sucessivamente.

No que dependesse de Darwin seria assim. Entretanto, nunca foram encontrados esses animais de transição ¾ os elos perdidos ¾ entre as espécies.

Essa descontinuidade no registro fóssil é tão contundente para o evolucionismo, que o próprio Darwin afirmou que “talvez fosse a objeção mais óbvia e mais séria” à sua teoria. A confirmação da hipótese evolucionista ficou condicionada ao encontro dos elos perdidos. Mas passaram-se dois séculos e ainda continuam perdidos.

Quando vemos o aparecimento de novidades evolutivas, ou seja, o aparecimento de novos grupos de plantas e animais, isso ocorre como um estrondo, isto é abruptamente. Não há evidências de que haja ligações entre esses novos grupos e seus antecessores. Até porque, em alguns casos, esses animais estão separados por grandes intervalos de até mais de 100 milhões de anos.

O Dr. G. Sermont, especialista em genética dos microorganismos, diretor da Escola Internacional de Genética Geral e professor da Universidade de Peruggia e R. Fondi, professor de paleontologia da Universidade de Siena, no livro Dopo Darwin. Critica all’ evoluzionismo, afirmam nesse sentido que: “é se constrangido a reconhecer que os fósseis não dão mostras de fenômeno evolutivo nenhum… Cada vez que se estuda uma categoria qualquer de organismos e se acompanha sua história paleontológica… acaba-se sempre, mais cedo ou mais tarde, por encontrar uma repentina interrupção exatamente no ponto onde ¾ segundo a hipótese evolucionista ¾ deveríamos ter a conexão genealógica com uma cepa progenitora mais primitiva. A partir do momento em que isso acontece, sempre e sistematicamente, este fato não pode ser interpretado como algo secundário, antes deve ser considerado como um fenômeno primordial da natureza.”

O exemplo mais gritante de descontinuidade no registro fóssil é o que encontramos na passagem do Pré-Cambriano (primeira era geológica), para o Cambriano. No primeiro encontramos uma certa variedade de microorganismos: bactérias, algas azuis etc. Já no Cambriano, repentinamente, o que surge é uma infinidade de invertebrados, muito complexos: ouriços-do-mar, crustáceos, medusas, moluscos… Esse fenômeno é tão extraordinário que ficou conhecido como “explosão cambriana”.

Ora, se a evolução fosse uma realidade, o surgimento dessa vasta gama de espécies do Cambriano deveria imprescindivelmente estar precedida de uma série de formas de transição entre os seres unicelulares do Pré-Cambriano e os invertebrados do Cambriano. Nunca foi encontrado nada no registro fóssil. Esse é, aliás, um ponto que nenhum evolucionista ignora.

Outro fato é que os organismos sempre permanecem os mesmos, desde quando surgem, até a sua extinção e quando muito, apresentam variações dentro da própria espécie.

Ainda mesmo que um animal apresentasse características de dois grupos diferentes, não poderia ser tratado como um elo real enquanto os demais estágios intermediários não fossem descobertos.

A riqueza das informações fósseis vem servindo contra os postulados evolucionístas. Várias hipóteses de seqüências evolutivas foram descartadas ou modificadas, por se tratarem de alterações no registro fóssil (tal como a evolução do cavalo na América do Norte).

O próprio pai da paleontologia, o Barão de Couvier, vislumbrou, nessa sucessão hierárquica do dos seres vivos, ao invés de uma evolução, uma confirmação da idéia bíblica da criação sucessiva. As grandes durações da história geológica, que à primeira vista parecem favorecer as especulações dos evolucionístas, fornecem, muito pelo contrário, objeções.

Cabe lembrar que Santo Agostinho, analisando a criação em seis dias no Gênesis, tem o cuidado de não interpretar dia como intervalo de 24 horas. O Santo Doutor interpreta dia como sendo luz, e luz dos anjostestemunhando a criação de Deus. Os seis dias falam de uma ordem na criação, e não propriamente de uma medida de tempo.

O mistério dos fósseis vivos.

Outra objeção à filogênese (evolução genealógica) é apresentada pelos fósseis vivos. Qual a razão que levou várias espécies, gêneros e famílias a atravessarem muitos “milhões de anos” (nas contas dos evolucionistas, é claro), sem sofrer o processo evolutivo que os evolucionístas gostariam de encontrar?

O celacanto é um peixe que aparece em estratos de 300 milhões de anos atrás. Conhecem-se fósseis desse peixe até em estratos do começo da era cenozóica, isto é, até 60 milhões de anos atrás. Pensava-se que o celacanto tivesse existido durante esse intervalo de tempo de 240 milhões de anos. Acontece que de 1938 para cá, vários espécimes, vivos e saudáveis, foram pescados no Oceano Índico.

Quer dizer: esse peixe atravessou 300 milhões de anos até nossos dias, enquanto que, de acordo com os evolucionístas, ao longo dessa duração houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos. (Obs: para o presente estudo, utilizamos a contagem de tempo hipotética dos evolucionistas. Sem que isso signifique uma adesão a esses números que buscam justificar a evolução).

Os foraminíferos e radiolários são seres unicelulares, cujas carapaças são responsáveis por grandes espessuras nas rochas sedimentárias. Os foraminíferos constituem uma das ordens biológicas que aparecem no Pré-Cambriano e que existe até hoje. Vários organismos se extinguiram ao longo do tempo que vai da era paleozóica superior a nossos dias.

Também fato científico estranho à Teoria. Porque esta faz remontar a origem dos animais pluricelulares aos animais unicelulares. Como explicar, então, que os foraminíferos e radiolários não se transformaram em animais pluricelulares, ao longo de tão dilatada história biológica? Grande mistério…

Seleção Natural: mecanismo anti-evolução

Alguém poderia perguntar: e a seleção natural, ocorre? Sim, ocorre. Mas não como Darwin a concebeu. Vejamos o famoso exemplo das mariposas da Inglaterra. Inicialmente elas tinham coloração clara. Acontece que a Revolução Industrial trouxe grande emissão de poluentes e os troncos das árvores ficaram mais escuros. Decorrido algum tempo, as mariposas teriam “evoluído”, tornando-se escuras.

Durante muito tempo, insistia-se que esse fosse um nítido caso de evolução. Mas o advento da genética mendeliana encarregou-se de negá-lo. Sabe-se hoje que, qualquer mudança nas características de uma espécie só ocorre por estar “contida” no seu material genético e a variação dar-se-á nos limites da carga genética dessa espécie, não passando disso. É o que aconteceu com as mariposas inglesas.

Elas eram claras e tornaram-se escuras porque em seu conjunto genético havia uma variação genética para a cor escura. As mariposas continuavam e continuam sendo mariposas. Assim como continuam a nascer mariposas claras.

Não houve, portanto, evolução. Na verdade, a seleção natural ocorre para que os seres permaneçam vivos em um meio ambiente cambiante. E à medida que possibilita a predominância das características mais vantajosas ou superiores em um determinado meio, torna os indivíduos mais parecidos e não mais diferentes. Portanto, não opera, uma diversificação. Ela trabalha como uma força conservadora.

Ademais, se a evolução existisse realmente, a seleção natural se encarregaria de barrar o seu processo, pois os seus mecanismos de atuação são antagônicos. Um ser vivo que desenvolvesse uma característica nova (patas, asas, olhos…) não se beneficiaria enquanto ela não estivesse absolutamente desenvolvida. Ao contrário, seria prejudicial. Por que a seleção natural iria favorecer um animal com um órgão em formação? Essa característica nova, além de não cumprir as funções da estrutura que a deu origem, ainda não desempenha a sua própria função porque ainda está em desenvolvimento.

Assim, pela teoria da evolução houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos e aves. Ora, um peixe que estivesse desenvolvendo características de anfíbios, patas por exemplo, nem nadaria e nem se locomoveria com destreza porque suas nadadeiras estariam se convertendo em patas. Pois bem, a seleção natural se encarregaria de eliminá-lo, por sua debilidade.

Golpe derradeiro: a genética

Quando ficou patente que a seleção natural por si só era incapaz de explicar o processo evolutivo as mutações foram escolhidas como uma tentativa de salvar a teoria evolucionista.

As mutações constituem a única hipótese potencialmente capaz de gerar uma característica nova. Entretanto, elas não ocorrem para adaptar o organismo ao ambiente e nem há condições de se saber o gene a sofrer mutações. É um processo absolutamente fortuito.

Erros de leitura do DNA – o que é realmente raríssimo – causam as mutações. A mutação só acontece se a alteração no DNA modificar o organismo. Em geral, esses erros não provocam nenhum resultado porque o código genético está engendrado de modo tão formidável, que torna neutras as mutações nocivas. Mas quando geram efeitos, eles são sempre negativos.

Com efeito, não há registro de mutações benéficas e a possibilidade delas existirem é tão reduzida que pode ser descartada. Em seres humanos, existem mais de 6 mil doenças genéticas catalogadas, por exemplo, melanoma maligno, hemofilia, alzheimer, anemia falciforme. Essas doenças – e grande parte das catalogadas – foram localizadas nos genes correspondentes. Assim se todas as mutações que as causaram fossem corrigidas, teríamos uma espécie de homem perfeito. Esse é, aliás, um indício de que esse homem perfeito tenha existido, como é ensinado no Gênesis.

A genética, ao invés de corroborar a hipótese evolucionista, desacreditou-a ainda mais. Atestou a impossibilidade de que um organismo deixe de ser ele mesmo. As famosas experiências do biólogo T. Morgam com a mosca da fruta (geralmente citadas em manuais escolares) elucidam muito bem essa questão: As mutações, em geral, mostram deterioração, desgaste ou desaparecimento geral de certos órgãos; nunca desenvolvem um órgão ou função nova; a maioria provoca alterações em caracteres secundários tais como cor dos olhos e pelos, sendo que, quando provocavam maiores modificações, eram sempre letais; os mutantes que se equiparam à mosca normal, no que diz respeito ao vigor, são uma minoria e, mutantes que tenham sofrido um desenvolvimento realmente valioso na organização normal, em ambientes normais, são desconhecidos.

Darwin fraudou

E se a realidade não colabora, pior para ela, diria Darwin. Os escândalos sobre falsificações foram uma constante na história do evolucionismo. O próprio pai da teoria fraudou. No seu livro “As expressões das emoções no homem e nos animais” foi utilizada uma série de fotografias forjadas a fim de comprovar suas hipóteses.

E ainda recentemente foi descoberto mais um embuste: o archeoraptor. Com uma imaginação bem apurada, muitos aclamavam esse achado como sendo a ligação entre as atuais aves e os dinossauros. Não passava de uma mistura mal-ajambrada de peças de diversos fósseis.

O evolucionismo não é científico!

Estamos diante de um fato insólito na história da ciência. A teoria da evolução, de Darwin a nossos dias, não só não se confirmou, mas se tornou cada vez mais insustentável. Entretanto, ela continua sendo defendida e propalada como verdadeiro dogma. É uma vaca sagrada contra a qual ninguém tem o direito de discordar, apesar de seu inteiro despropósito.

Porque tanta insistência? Haverá por detrás disso uma segunda intenção de seus propugnadores (ou pelo menos de uma parte deles)? Engels dá-nos uma pista numa de suas cartas a Marx: “o Darwin que estou lendo agora é magnífico. A teologia não estava destruída em algumas de suas partes, e agora isso acaba de acontecer”.

Reside nisso toda a questão. Aceita-se o evolucionismo para não se aceitar a Deus. Desde a sua origem, essa teoria esteve impulsionada mais pelo desejo de prover o ateísmo de fundamento científico, do que em encontrar a origem das espécies.

Atribuir ao acaso toda a ordem perfeita e harmônica do universo é um inteiro disparate. O cientista que toma essa atitude joga para trás todos os parâmetros científicos (em nome dos quais ele fala)e lança mão de argumentos filosóficos que a própria ciência já desmentiu.

É impossível admitir o acaso como resposta para um fenômeno tão manifestamente racional como é o finalismo presente na organização do mundo. Mesmo Darwin sabia o quanto eram absurdas as suas formulações, e admitiu a que fins elas serviam: “estou consciente de que me encontro num atoleiro sem a menor esperança de saída. Não posso crer que o mundo, tal como vemos, seja resultado do acaso, e, no entanto, não posso considerar cada coisa separada como desígnio divino.”

Por tudo isso é que a teoria da evolução não pode reclamar para si a denominação de científica. A obstinação e a atitude de seus adeptos demonstram que o evolucionismo consiste em um movimento filosófico e religioso.

É uma concepção do universo para a qual nada mais é estável, tudo está sujeito a um eterno fluir. E mais ainda, tudo quanto há na vida social, desde o direito até a religião, foi fruto da evolução, inclusive a idéia de Deus.

Essa teoria se espalhou para todos os campos do conhecimento, sobretudo nas ciências humanas. E seus resultados foram funestos, não só para a pesquisa, mas também no campo prático, basta lembrar que ela serviu de fundamento para as mais mortais concepções de Estado que já existiram: o comunismo e o nazismo.

O evolucionismo funciona como fundamento do relativismo contemporâneo. Fato esse , aliás, o único capaz de explicar o porque de se defendê-lo com tanta contumácia, pois, uma vez derrubado este bastião, não há nada que justifique a ideologia relativista, nem na ciência e nem no senso comum das pessoas.

Enfim, encerramos mencionando a Quinta Via de Santo Tomás de Aquino, em que o Doutor Angélico lembra que a teleologia (fim inteligente) presente em todo o universo reclama a necessidade de Deus. “Vemos que algumas coisas, como os corpos naturais, carentes de conhecimento, operam em vista de um fim; o que se conclui de operarem sempre ou freqüentemente do mesmo modo, para conseguirem o que é ótimo; donde resulta que chegam ao fim, não pelo acaso, mas pela intenção. Mas, assim como a seta é dirigida pelo arqueiro, os seres sem conhecimento não tendem ao fim sem serem dirigidos por um ente conhecedor e inteligente. Logo, há um ser inteligente, pelo qual todas a coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus.”

sexta-feira, fevereiro 05, 2016

Qual a diferença entre frei e padre?

Há gente que pergunta com frequência: Frei é Padre? Qual estudou mais? Quem é mais importante? Quem é melhor?
Brincando para fazer pensar: tem frei que é padre e tem frei que não é padre. Tem padre que é frei e tem padre que não é frei. “Padre” e “Frei” são títulos como “Bacharel”, “Doutor”, entre outros. Vamos alinhavar isso:


Padre vem de “pater”, que significa “pai” em latim. É um título para o sacerdote: um homem retirado do povo para servir o sagrado, para santificar... como um bom pai de família. Ao falar em padre, normalmente se pensa em padre que trabalha numa paróquia. Pensa-se numa espécie de pai para a comunidade.
Frei vem de “frater” que significa “irmão”, “frade” em latim. Frade é membro de uma congregação religiosa, homens que vivem uma mesma regra e mesmo ideal, num convento. É título do religioso. Entre si e perante os outros, os frades se chamam de “frei”, uma abreviação de “frade”.

Sacerdócio – ser padre – é uma vocação. Como o casamento é uma vocação. Ser religioso é outra vocação (ser franciscano, jesuíta, salesiano, redentorista, dominicano, etc.; mais de uma dessas congregações seus religiosos são chamados de freis, como título interno. Os beneditinos se intitulam de “dom”). As duas vocações não se repelem. Colaboram.

Há freis que, além de se sentirem chamados a serem religiosos, membro de uma congregação ou Ordem, sentem-se também vocacionados a serem padres. Isso é possível. E são chamados de frei do mesmo jeito. E há os frades (freis) que não se sentem chamados para serem padres, permanecem freis – irmãos leigos. Dentro de um convento podem até ser superiores, assim como vocês conhecem “freiras”, “irmãs” no mundo feminino; temos os “freis” e os “irmãos” no mundo masculino. Então, um religioso que é ordenado padre tem dois títulos: Padre e Frei. O grau de sacerdócio é o mesmo. Nem há diferença nos estudos: todos os padres devem ter cursos de Filosofia e Teologia como base. Alguns se especializam em alguma matéria, tanto entre os chamados padres diocesanos (ou seculares) como entre os religiosos. E o frei – sendo padre ou não – deve cumprir os mesmos votos: Pobreza, obediência e castidade.

E lembre-se: Vocação é um chamado que carece de uma resposta. É uma opção, escolha. Não obrigação.
Está claro?

DE ONDE SURGIU A PALAVRA PÁSCOA E QUAL O SEU SIGNIFICADO?

O nome páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach" ("passagem"), que para os hebreus significava o fim da escravidão, uma abertura para o meio da libertação do povo judeu, pois conforme o Êxodo nos relata, sabemos que aquele povo estava passando(saindo), do escravismo das culturas e praticas do paganismo, estavam passando por um processo de reeducação e purificação, para que assim prestassem culto somente a Deus.


Ainda hoje as família judaicas se reúne para o "Seder", um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do jantar há leituras nas sinagogas, basta aprofundar-se no judaísmo, e veremos que eles reúnem-se para comemorar a Páscoa não por status de tradição, mais sim, num sentido de celebrar e relembrar da libertação do povo de Israel, que antes vivia da escravidão do Egito, corrompida pelos deuses e toda aquela cultura que desagradava e desagrada a Deus.



PASCOA NO CRISTIANISMO:


Para nós cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida. É a passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus.

Aquele povo era conduzido e estava sendo reeducado, marcados pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para "abrir passagem" aos filhos de Israel, que Moisés teria que conduzir para a Terra Prometida, Jesus é aquele que nos conduz a vida ETERNA. Cristo ao derramar seu Sangue na Cruz, abre para nós uma passagem, um caminho para a vida eterna, por este motivo, Cristo é a nossa Pascoa, que é considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria.


s médico-legista nos relatam, que quando um corpo perde todo o seu sangue, chega uma hora e que começa sair água... Refletindo nisso, sabemos que Cristo sangrou tanto na Cruz, que chegou ao ponto de sair água do seu corpo, indicando-nos assim, que Jesus já teria derramado todo o seu sangue quando o saldado romano o transpassou, pois no momento que o saldado romano o perfurou com a lança, derramou-se sobre os seus olhos uma água que o cegou.

Devemos buscar ser lavados com essa água, para que fiquemos cegos ao ponto de nunca mais enxergar o pecado, para que tenhamos a certeza de que essa pascoa que contemplamos, é realmente mais que um mistério, é a vida que Deus nos desejou desde o iniciou da criação, essa pascoa é para nós Católicos Apostólicos Romanos, o ponto central de nossas doutrinas.


É no dia da Páscoa de Nosso Senhor, que comemoramos a ressurreição de Jesus, sem essa ressurreição, estaríamos todos condenados, e certamente o mundo que hoje abrimos a boca para dizer que esta no fim, nem existiria mais.




                                                                                                           

Pax et bonum!

Por: Gilson Azevedo - 03/02/2016

terça-feira, fevereiro 02, 2016

Real significado do termo (Naquele Dia).



Bem meus irmãos, existe uma dificuldade dentro do protestantismo no entendimento de certos termos teológicos usados nos escritos Bíblicos, pois há aquela falta de espiritualidade dentro do protestantismo além daquela fé baseada em cima de dez versículos isolados retirados de seus contextos originais, como se não bastasse todas essas questões levantadas nesse artigo, nossos amigos protestantes lêem a Bíblia Sagrada se esquecendo da cultura em que ela fora escrita, sendo assim, a leitura Bíblica dentro do protestantismo é feita através dos dicionários de língua portuguesa se utilizando dos termos segundo o que está definido nesse dicionário.

Esse é o maior erro protestante, pois a Bíblia Sagrada é interpretada através do dicionário teológico, só assim conseguimos entender o real significado dos termos usados pelos Profetas, Jesus Cristo e os Apóstolos.

Nesse artigo eu vou trabalhar em cima do termo (Naquele Dia ou Aquele dia), esse termo é encontrado em vários textos Bíblicos, porém o sentido teológico dele é relacionado ao (Juízo Final com a Segunda vinda de Jesus Cristo), ou seja, na maioria dos textos em que esse termo é empregado o autor está se referindo ao (JUIZO FINAL).

Entendendo que o termo (Naquele Dia) se refere ao Juízo e a Segunda vinda de Jesus Cristo, conseguimos também interpretar o que Jesus Cristo profetizou nesse texto.

Mateus 24:

34. Em verdade vos declaro: “não passará esta geração antes que tudo isto aconteça”.
35. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.
36. Quanto “ÁQUELE DIA” e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai.

Esse é o texto chave para uma exata compreensão do Apocalipse, porém pouco compreendido pelos protestantes, o mau entendimento desse texto gera todas as aberrações que vemos hoje em dia dentro da divisão protestante.

No texto diz que tudo aconteceria naquela geração, menos algo que aconteceria (NAQUELE DIA), sabendo que esse termo (Naquele Dia ou Aquele Dia) se refere ao Juízo Final e a Segunda vinda de Jesus Cristo, fica fácil entender o texto, Jesus diz que todas as tribulações aconteceriam naquela geração menos o Juízo Final, pois o Juízo final só o Pai saberia o dia, ou seja, Jesus Cristo acertou (100%) as suas profecias, pois as tribulações ocorreram naquela geração com a Destruição do Templo e o Juízo só acontecerá quanto o Pai determinar.

Vou colocar outros textos onde o autor se utiliza do mesmo termo se referindo ao Juízo Final e a Segunda vinda de Jesus Cristo.

Mateus 7:

22. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres?
23. E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!

Observem que esse texto se refere ao (Juízo Final) quando Jesus Cristo voltará e julgará a humanidade, nesse texto o autor usa o termo (Naquele Dia) para ser referir ao Juízo.

Lucas 6:

23. Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas.

Nesse outro texto o autor se utiliza do termo (Naquele Dia) para se referir ao galardão que receberemos no céu na volta de Jesus Cristo e seu Juízo.

I Tessalonicenses 1:

10. Naquele dia ele virá e será a glória dos seus santos e a admiração de todos os fiéis, e vossa também, porque crestes no testemunho que vos demos.

O texto de Tessalonicenses é o mais claro possível, São Paulo utiliza o termo (Naquele Dia) para se referi exatamente a Segunda vinda de Jesus Cristo.

II Timótio 1:

15. Sabes que todos os da Ásia se apartaram de mim, entre eles Figelo e Hermógenes.
16. O Senhor conceda sua misericórdia à casa de Onesíforo, que muitas vezes me reconfortou e não se envergonhou das minhas cadeias!
17. Pelo contrário, quando veio a Roma, procurou-me com solicitude e me encontrou.
18. O Senhor lhe conceda a graça de obter misericórdia junto do Senhor naquele dia. Sabes melhor que ninguém quantos bons serviços ele prestou em Éfeso.

São Paulo novamente utiliza o termo (Naquele Dia) para relatar um pedido de misericórdia a Deus no dia do Juízo para seu amigo já falecido.

II Timotio 4:

6. Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima.
7. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.
8. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.

Bem, já nesse outro texto São Paulo falando do seu martírio diz que receberá a coroa da justiça como recompensa de tudo o que ele fez pelo Reino em seu ministério, porém ele não deixa de relatar que receberá essa coroa (Naquele Dia), ou seja, no Juízo.

II Pedro 3:

9. O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam.
10. Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém.
11. Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade,

Para terminar, eu vou usar o texto de São Pedro, onde ele diz que Jesus Cristo voltará (Naquele Dia) e não retardará a sua promessa, mas qual seria essa promessa? O próprio texto diz:

II Pedro 3:

4. Eles dirão: Onde está a promessa de sua vinda? Desde que nossos pais morreram, tudo continua como desde o princípio do mundo.

São Pedro se referia exatamente a Segunda vinda de Jesus Cristo e seu Juízo, assim fica claro o real significado teológico desse termo (Naquele Dia).

Resumindo, quando Jesus Cristo diz em (Mateus 24) que tudo aconteceria naquela geração, ele se referia as Tribulações, fome, peste, guerras etc.

Porém nos próximos versículos ele diz que (Aquele Dia) ninguém saberá o dia, apenas o Pai, ou seja, as Tribulações aconteceram naquela geração durante a Destruição do Templo menos a Segunda vinda de Jesus Cristo e seu Juízo.

Autor: Cris Macabeus.

JESUS PROMETEU AO BOM LADRÃO NA CRUZ QUE O LEVARIA PARA CÉU NAQUELE DIA?



EU TE DIGO HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO
(Lc 23, 43)

Em síntese: O artigo demonstra que a pontuação correta é "Digo: Hoje estarás..."; isto tanto em virtude da lógica do texto quanto pelo testemunho da tradição.

A resposta de Jesus ao BOM LADRÃO em Lc 23, 43 é classicamente entendida como sendo "Hoje estarás comigo no paraíso". Eis, porém, que, a partir do século XIX, há quem a queira entender como se segue: "Eu te digo hoje: Estarás comigo no paraíso". Examinaremos a questão depois de abordar a temática correlativa que é a da "fé sem as obras".



1. Fé sem obras

Resumindo o ensinamento da S. Escritura a tal respeito, diremos:
Na verdade, tanto a fé como as obras são necessárias à salvação apenas de modos diversos.

A fé é dom gratuito de Deus; não vem concedida, portanto, em recompensa de boas obras praticadas pelo homem pagão, pois qualquer esforço anterior ao dom de Deus é inadequado para atingir a ordem sobrenatural à qual o Senhor quer elevar o homem e à qual pertence a fé (é claro, porém, que um não-cristão, vivendo dignamente, se vai preparando ou dispondo para receber o dom de Deus).


Uma vez abraçada, a fé leva à prática de boas obras. Estas então se tornam necessárias para que a fé não seja morta e inútil. É o que a Sagrada Escritura ensina explicitamente:

"De que serve, meus Irmãos, alguém dizer que tem fé, se não pratica as obras? Pode porventura a fé salvá-lo?" (Tg 2, 14).
"Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta" (Tg 2, 26).

A árvore frutífera tem que dar frutos; sem estes, nem seria árvore frutífera. De forma análoga, quem possui a fé tem que praticar boas obras, sem as quais nem possui a fé viva.

O famoso exegeta Cornélio a Lápide (+1637) ilustra bem a inseparabilidade de fé e obras mediante a seguinte comparação: um doente recém-curado de sua enfermidade pode dizer: 'Este médico me salvou'. Na verdade, porém, não foi o médico só quem o salvou da moléstia, mas o médico por meio dos remédios, da dieta, do tratamento que ele prescreveu e que o enfermo observou voluntariamente. Assim a fé se assemelha ao médico: indica, "receita" as outras virtudes, as obras, os sacramentos como meios necessários à salvação; a ninguém será lícito separar a ação da fé e a desses meios de santificação, como a ninguém é lícito separar a orientação do médico e a eficácia dos remédios, atribuindo toda a cura exclusivamente à palavra do médico. Na verdade, tanto o médico como o remédio concorreram para a cura; da mesma forma, fé e obras colaboram para a salvação eterna. - O fato de dizer o doente: "Este médico me salvou" não impede que diga também: "Ótimo remédio, esse; a ele devo a minha cura".

Estas proposições parecem bem claras. Por que então hesitam os irmãos evangélicos em aceitá-las?

A sua hesitação deve-se, em grande parte, ao receio de que a valorização das obras humanas derrogue ao sacrifício e à obra salvífica de Cristo; tal valorização poderia sugerir que o homem produz de per si, independentemente de Jesus, alguma coisa que lhe mereça a vida eterna. - Eis, porém, que também a doutrina católica repudia tal conclusão; para ela, o valor das boas obras se deve exclusivamente aos méritos de Cristo aplicados aos fiéis; é Cristo quem, após haver dado a graça da fé, dá ao cristão a graça de produzir os frutos dessa fé ou as obras boas. Tudo, portanto, se reduz por trâmites diversos, ao dom do Salvador; o homem, sem este, nada pode fazer (cf. Jo 15, 5). Esclarecido este ponto, parece que não resta mais motivo de divergência entre católicos e protestantes no tocante ao papel da fé e das obras na santificação; a Sagrada Escritura ensina peremptoriamente a necessidade daquela e destas.

Mas então que dizer do BOM LADRÃO, que se salvou sem obras boas, convertido na hora da morte?

Não se pode dizer que essa alma arrependida não tenha praticado alguma obra boa. Proclamou, sim, publicamente a inocência de Cristo e, com profunda humildade, reconheceu as suas culpas. Estas já são obras boas. Não se queira restringir o conceito de atos bons à prática da esmola e da assistência social. Na verdade, o BOM LADRÃO traduziu a sua fé em uma atitude prática, repudiando os seus pecados e colocando-se à disposição do Senhor Deus para fazer o que Este lhe mandasse. Ora isto é essencial para a salvação. Se o Senhor lhe tivesse concedido a oportunidade de viver mais tempo sobre a terra, haveria feito frutificar a sua fé em outras muitas obras. Só não o fez, porque a Providência houve por bem transferi-lo para outra vida. Donde se vê que o episódio do BOM LADRÃO não derroga ao princípio de que as boas obras são necessárias à salvação (necessárias, é claro, desde que o Senhor Deus dê a possibilidade física de as praticarmos; se não a dá, vale-nos a disposição interior).


2. "Digo-te: hoje estarás..." ou "Digo-te hoje: estarás..."?

Escreve um leitor:

'Tenho ultimamente me defrontado com uma questão referente as palavras de Jesus na Cruz.
Trabalho numa academia de ginástica (a maior de Curitiba/Paraná 2200 alunos) e tenho alunos de várias crenças. Conversando com alunos adventistas fui questionado sobre a frase EM VERDADE TE DIGO HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO. Me questionam afirmando sobre a vírgula ou dois pontos ficaria: EM VERDADE TE DIGO HOJE: ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.

Me dizem sobre a má tradução do texto sem a devida atenção a pontuação correta e referem-se ao texto grego.
'Em verdade te digo, hoje estarás comigo no Paraíso". Isto indicaria que Jesus iria para o Paraíso naquele dia, e lá encontraria o chamado "BOM LADRÃO" no mesmo dia! E isto não está de acordo com o contexto da Bíblia, que revela o estado da morte como um sono, e que os mortos não sabem que o próprio Cristo ao ressuscitar, não permitiu que Maria o tocasse, pois Ele ainda não tinha subido ao Pai. S. João 20, 17.

A frase correta, de acordo com todo o ensinamento bíblico, é assim: "Em verdade te digo hoje, (vírgula) estarás comigo no paraíso".

1. A questão da pontuação do texto acima teve origem no século XIX, suscitada pelo credo dos Adventistas e das Testemunhas de Jeová. Estas denominações, professando que a alma morre no fim da vida presente, quiseram remover a objeção que contra esta sua crença se poderia levantar a partir do citado texto de Lc 23, 43. Por conseguinte, em vez da forma tradicional: "Digo-te: hoje estarás...", propuseram novo modo de ler: "Digo-te hoje: estarás...", novo modo que permitira admitir a morte da alma ao se separar do corpo e ressurreição da mesma em época posterior.

2. Como dirimir a questão?

a) Em primeiro lugar, é preciso lembrar que nem os autógrafos nem as cópias mais antigas da Sagrada Escritura traziam sinais de pontuação; os antigos, ao escrever, por vezes nem separavam as palavras entre si.

A pontuação do texto, por conseguinte, foi (e devia ser) introduzida pelos leitores do S. Evangelho.

b) Desde que, no decorrer da história, os códigos começam a apresentar divisões de palavras e frases, colocam dois pontos entre "Em verdade digo-te" e "hoje estarás"; assim a circunstância "hoje" é relacionada com "estarás", e não com "digo-te". Durante dezoito séculos ninguém discordou desse modo de entender o texto sagrado; foi o Adventismo que no século passado (inspirando-se de critérios doutrinários preconcebidos, e não de regras exegéticas) tentou pela primeira vez modificar a pontuação.

Que dizer dessa atitude?

c) Já o fato de se tratar de inovação tão tardia torna muito suspeita a posição adventista. Será que durante 1.800 anos ninguém entendeu devidamente tal passagem do S. Evangelho?

Além dessa circunstância histórica, merece ser ponderada a lógica mesma do texto. Com efeito,

d) Não era necessário que Jesus declarasse estar falando "hoje", pois ninguém suporia que, respondendo ao BOM LADRÃO do alto da cruz, Ele estivesse falando "ontem" ou "amanhã"... Torna-se irrisório, portanto, relacionar "hoje" com "digo-te". Este advérbio só tem significado na frase se é ligado a "estarás", pois na verdade poderia o BOM LADRÃO estar com Cristo no paraíso "amanhã" ou ainda mais tarde. Precisamente a ênfase da declaração de Jesus está no "hoje"; é essa prontidão em atender ao pecador arrependido que Jesus e o Evangelista São Lucas querem realçar.

A lógica do texto, portanto, pede, sem deixar margem a hesitação, que se coloque o "hoje" do lado de "estarás" (após os dois pontos) e não do lado de "digo-te" (antes dos dois pontos).

e) Note-se também o seguinte: os inovadores afirmam que o BOM LADRÃO morreu (em corpo e alma) no dia em que Jesus lhe falou; está agora no sepulcro, devendo ser ressuscitado em breve, quando Cristo instaurar um reino de mil anos na terra. Será então submetido a nova provação, a fim de "decidir se ficará com Jesus ou não. Caso deseje ficar com Jesus, o Rei legítimo, o BOM LADRÃO obterá a vida eterna sobre a terra" ("The Kingdom is at hand", 1944, publicação das Testemunhas de Jeová).

Como se vê, segundo esta explicação, a felicidade do BOM LADRÃO ficava dependente de nova provação, que teria lugar cerca de 2.000 anos depois que Jesus lhe disse na cruz: "Estarás comigo no paraíso". Ora uma tal promessa, assim condicionada, deslocada para um futuro tão remoto, já perdia a sua nota de palavra consoladora e misericordiosa; não corresponderia ao sentido geral deste episódio, que visa a incutir a surpreendente misericórdia com que Jesus atende ao pecador contrito.
As palavras de Jesus ficariam, por conseguinte, diluídas ou mesmo destituídas de sentido.

Para confirmar a clássica interpretação, seja citada a apócrifa "Declaração de José de Arimatéia", em que se lê uma frase que só permite ligar "hoje" com "estarás". Assim, no parágrafo 4o: "Em verdade te digo, Dimas, que hoje estarás comigo. -Amen lego soi, Dima, hóti sémearon mefemou esei" (em grego).

f) Pergunta-se, porém: como pôde o BOM LADRÃO estar no paraíso ou na bem-aventurança celeste a partir do dia mesmo em que Cristo morreu? A alma de Jesus não "desceu ao limbo" antes de ressuscitar ao terceiro dia?

Jesus não prometeu a visão face a face para aquele mesmo dia, mas assegurou ao ladrão arrependido a sua união definitiva com o Redentor. Ora estar unido a Cristo é ser feliz, equivale a estar no paraíso. Como diz S. Ambrósio, "viver é estar com Cristo; por isto, onde está Cristo, aí está a vida, aí o reino" (In Lc, ed. Migne XV 1834).

3. E os textos do Eclesiastes?

1. Desejosos de provar que a alma humana morre no fim desta sua existência terrestre, os adventistas e Testemunhas de Jeová apelam freqüentemente para o seguinte texto do Antigo Testamento:

"A sorte dos filhos do homem e a sorte dos animais são idênticas.
Como um morre, assim morre o outro;
Ambos possuem o mesmo sopro;
Não há vantagem do homem sobre o animal.
Pois tudo é decepção.
Tudo vai para o mesmo lugar;
Tudo vem da poeira.
E tudo volta para a poeira.
Quem pode dizer se o sopro dos filhos dos homens se dirige para o alto
E o sopro dos animais desce às regiões subterrâneas?" (Ecl 3, 19-21)

a) Para entender esta passagem, será preciso reconstituir a mentalidade do autor sagrado (sabemos que a Palavra de Deus na Bíblia utilizou sempre o modo de pensar e falar dos homens de cada época, sem contudo ceder ao erro).
Foi somente aos poucos que o Senhor Deus revelou as verdades concernentes à sorte póstuma do homem. Os judeus apenas tinham certeza de que a alma ou o núcleo da personalidade sobrevive ao corpo; separando-se deste, julgavam que ela ia para o "cheol", lugar subterrâneo onde ficava em estado de sonolência ou inconsciência (cf. E. Bettencourt, Para entender o Antigo Testamento c. XII).

Ora o autor do Eclesiastes não quis sondar os mistérios do Além, ainda não desvendados pelo Senhor; não quis também escrever uma obra de filosofia ou metafísica; tal não era a sua índole pessoal. Por isto, no seu opúsculo limitou-se a indicar um roteiro prático, baseado no bom senso ou na experiência cotidiana, a fim de auxiliar os seus leitores a viver dignamente a vida presente. Após muitas divagações, ele formula em poucas palavras esse roteiro no fim do livro:

"Conclusão: bem ponderadas todas as coisas,
Teme a Deus e observa os seus mandamentos,
Pois nisto consiste o ideal de todo homem.
Deus levará a juízo todas as obras,
Tudo que está oculto, tanto o bem como o mal" (Ecl 12, 13s)

b) É dentro de tal perspectiva que se deve entender o texto de Ecl 3, 19-21.

Como dizíamos, o autor não tinha a intenção de propor sentenças de filosofia a respeito da alma humana. Apenas queria falar na qualidade de observador que leva em conta a realidade como ela aparece imediatamente, a fim de tirar daí algumas conclusões práticas.

Ora é inegável que tanto o homem como o animal irracional morrem, sem que se possa perceber o que é feito do seu princípio vital após a morte. "Ambos possuem o mesmo sopro" diz o autor (Ecl 3,19): a palavra "sopro" aqui é tradução do vocábulo hebraico ruah, que significa o respiro das narinas ou a respiração; é certo que tanto o homem como o animal irracional respiram e que a respiração cessa após a morte. Segundo a observação popular, "não há neste particular vantagem do homem sobre o animal". É somente a filosofia (corroborada, aliás, pela teologia) que ensina ao estudioso que, apesar da identidade de aparências, a sorte póstuma do homem difere da do irracional, pois o princípio vital do homem ou a alma humana é imortal (a alma humana, sendo espírito, não se compõe de partes; por isto também não se decompõe, não morre), ao passo que o princípio vital do irracional, sendo material, é composto e morre. O autor sagrado, que, segundo dissemos, não escrevia na qualidade de filósofo, mas na de observador popular, só tinha em vista os sinais exteriores e sensíveis da vida, que, sem dúvida, cessam do mesmo modo em todos os viventes; daí as suas afirmativas, à primeira vista, desconcertantes. - Verificando essas coisas, porém, o autor não intencionava negar a sobrevivência da alma humana. Em outras passagens do Ecl, ele a professa explicitamente, asseverando, por exemplo, que a alma vai para o "cheol" (cf. 9,10) e mencionando o juízo de Deus sobre o indivíduo após a morte (cf. 8, 12; 11, 9; 12, 13).

Donde se vê que errôneo seria querer negar a imortalidade da alma na base do citado texto de Eclesiastes. O escritor a admitia, sem dúvida, apenas desconhecia as suas modalidades.

2. Outro trecho muito explorado ao lado do anterior é o seguinte:

"Para o homem, enquanto permanece agregado à sociedade dos vivos, há esperança; mais vale um cão vivo do que um leão morto. Os vivos, com efeito, sabem que hão de morrer, ao passo que os mortos nada sabem; não recebem mais salário, pois já não há recordação deles" (Ecl 9, 4s).

Após quanto foi dito atrás, esses versículos já não causam dificuldade ao intérprete. O autor, como sabemos, compartilha a opinião dos seus contemporâneos, segundo os quais a morte introduz o cerne do indivíduo (o refaim)em estado de inconsciência. Sendo assim, ele quer incutir que é na vida presente, servindo fielmente a Deus e utilizando moderadamente as ocasiões que Este lhe concede, que o homem deve procurar a felicidade. Para os vivos, qualquer que seja a sua condição (o cão simboliza o gênero de vida mais duro possível), fica sempre a esperança de conquistar certo bem-estar neste mundo, ao passo que para os mortos, mesmo para os mais nobres (simbolizados pelo leão), já não resta possibilidade de obter algum bem (pois, julga o autor, estão levando vida inconsciente).

Assim se vê que o Eclesiastes constitui uma etapa no caminho da revelação sobrenatural, etapa que deveria ser completada pelos últimos livros do Antigo Testamento (Daniel, Macabeus, Sabedoria) e pelos do Novo Testamento, onde é explicitamente professada a bem-aventurança póstuma. O autor do Eclesiastes mostra apenas não ter conhecimento desta ulterior etapa, mas nada diz que não se concilie com a doutrina dos demais escritos do Antigo e do Novo Testamento, pois em absoluto ele não nega a imortalidade da alma.

Dom Estêvão Bettencourt (OSB)

Tribulação (A FUGA EM DIA DE SÁBADO).


“Rogai para que vossa fuga não seja no inverno, nem em dia de sábado; porque então a tribulaçãoserá tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será”(Evangelho de São Mateus, Capítulo XXIV, Versos XX e XXI)

TRIBULAÇÃO (Apocalipse) – para obter o real entendimento sobre esse tema, devemos nos fazer duas perguntas:

Primeiro – Quem iria receber essa aflição como castigo?

Segundo – Por qual motivo?

Sem possuir esse entendimento, suposto exegeta, fará apenas uma conjectura subjetiva segundo o seu anseio pessoal, deixando de lado o racional e dando espaço para o emocional em sua interpretação; dentro dessa confusão psicológica, muitos exegetas protestantes, transformam o livro do Apocalipse em seu manual de perseguição contra a IGREJA CATÓLICA. É comum encontrar dentro da divisão protestante esse tipo de exegeta, pois, os mesmos, nutridos pelo ódio satânico proliferado no “Jardim do Éden”, dedicaram-se na deturpação do livro.

Segundo os rebelados, suposta tribulação, corresponde a uma futura guerra interplanetária onde, “Darth Vader”, o homem de preto, virá dos céus com sua cavalaria infernal jogar tormentos divinos sobre os CATÓLICOS, sendo assim, ele destruirá todo o planeta, enquanto, os santinhos protestantes, triunfarão em seu deleite celestial, festejando no mais alto dos céus, a glorificação eterna. Essa foi a visão lunática e puramente emocional, agora, eu, Cris Macabeus, vou mostrar a visão racional, concreta e objetiva, pois, em meus artigos, não existe espaços para “achismos”.

Observando os dois versos (Acima) do Evangelho de São Mateus, parece estar fora de um contexto, porém, esses versos, nos transmitem informações relevantes para o entendimento da tribulação do Apocalipse. O verso fala sobre uma FUGA, no qual, seria importante que não ocorresse em dia de SÁBADO! Nesse artigo, eu irei trabalhar em cima dessa informação.

QUEM IRIA RECEBER ESSA AFLIÇÃO COMO CASTIGO?


Eu peço ao leitor que reflita a seguinte afirmação: “Rogai para que vossa fuga não seja [...] em dia de SÁBADO”. Em cima dessa afirmação, eu pergunto aos leitores: Existe algumCATÓLICO no mundo que guarde o SÁBADO JUDAICO? Deixo para que o leitor (Católico, ou, Protestante) reflita sobre essa pergunta e encontre uma resposta coerente.

Na verdade, nem os protestantes guardam o SÁBADO JUDAICO, aliás, nem os próprios adventistas guardam o SÁBADO JUDAICO[1]. Eu nem vou indagar sobre os ateus, budistas, hinduístas, umbandistas etc. Nenhum desses seguimentos possui a guarda do SÁBADO JUDAICO como preceito religioso.

Qual é o único lugar, etnia e religião, no qual, possui a guarda do SÁBADO como preceito religioso? Resposta simples: A cidade de JERUSALÉM e a religião JUDAICA.

Não existe outra alternativa.

Para os rebelados da desinformação satânica, só era permitido a um JUDEU andar cerca de 1.110 metros em dia de sábado[2], pois, era uma lei civil e um preceito religioso dentro da cidade de JERUSALÉM. Esse preceito, biblicamente, ficou conhecido como: UMA JORNADA DE SÁBADO.

“Voltaram eles então para Jerusalém do monte chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, distante uma jornada de sábado” (Atos dos Apóstolos, Capítulo I, Verso XII)

Observância do descanso de SÁBATICO:

“Considerai que, se o Senhor vos deu o sábado, vos dá ele no sexto dia alimento para dois dias. Fique cada um onde está, e ninguém saia de sua habitação no sétimo dia” (Êxodo, Capítulo XVI, Verso XXIX)

Não faz sentido uma profecia dessas para uma religião, ou, seguimento, no qual, não possui a guarda do SÁBADO como um preceito religioso, até porque, todos os apologistas sabem perfeitamente que, a observância do SÁBADO, era uma aliança entre Deus e os ISRAELISTAS, os povos gentílicos, no caso, não estavam incluídos nessa aliança.

“Os israelitas guardarão o sábado, celebrando-o de idade em idade com um pacto perpétuo. Este será um sinal perpétuo entre mim e os israelitas, porque o Senhor fez o céu e a terra em seis dias e no sétimo dia ele cessou de trabalhar e descansou” (Êxodo, Capítulo XXXI, Versos XVI e XVII)

Pelo visto, a protestada faltou nessa aula!


Os gentílicos, não tinham que temer uma FUGA em dia de SÁBADO, sabendo disso, eu pergunto: Qual o verdadeiro significado dessa profecia?

Reposta reflexiva: imaginem um JUDEU, fariseu, da linhagem dos que crucificaram o Salvador, fugindo de JERUSALÉM, durante a tribulação, podendo percorrer apenas alguns metros no dia de SABÁDO! Esse é o verdadeiro sentido dessa profecia.

Por sua vez, reforçando essa ideia, Jesus Cristo afirma que a FUGA, no qual, seria importante não ocorrer em dia de SABÁDO, seria proferida apenas para a cidade de JERUSALÉM, isso está bem claro nos três primeiros Evangelhos, Observem:

“Quando virdes estabelecida no lugar santo a abominação da desolação que foi predita pelo profeta Daniel (9,27) - o leitor entenda bem - então os habitantes da Judéia fujam para as montanhas”(Evangelho de São Mateus, Capítulo XXIV, Versos XV e XVI)

“Quando virdes a abominação da desolação no lugar onde não deve estar o leitor entenda, então os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (Evangelho de São Marcos, Capítulo XIII, Versos XIV)

“Quando virdes que Jerusalém foi sitiada por exércitos, então sabereis que está próxima a sua ruína.Os que então se acharem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; os que estiverem nos campos não entrem na cidade. Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito” (Evangelho de São Lucas, Capítulo XXI, Versos XX, XXI e XXII)

Obs.: Jerusalém, capital da Judeia nos tempos Bíblicos.

ÉH meus caros rebelados, só existe um lugar no mundo, no qual, Jesus Cristo mandou o povo fugir (SAI DELA MEU POVO), esse lugar é: JERUSALÉM.

“Ouvi outra voz do céu que dizia: Meu povo, sai de seu meio para que não participes de seus pecados e não tenhas parte nas suas pragas” (Apocalipse, Capítulo XVIII, Verso IV)

Quem quiser saber mais sobre o assunto, sai dela meu povo, acesse meu artigo: sai dela meu povo – Roma, ou, Jerusalém.

Como sempre faço em meus artigos, eu cito fontes Bíblicas e Históricas, sendo assim, nesse momento, eu irei reforçar essa ideia, citando o pensamento dos Cristãos primitivos.

Observem como Euzébio, bispo de Cesareia, afirma que, essa passagem (SAI DELA MEU POVO), se cumpriu antes da guerra, no qual, sobreveio sobre Jerusalém como castigo pelos seus crimes, assim, a Igreja de Jerusalém seguiu fielmente as profecias de Jesus Cristo (SAI DELA MEU POVO).

“Também o povo da igreja de Jerusalém, por seguir um oráculo enviado por revelação aos notáveis do lugar, receberam a ordem de mudar de cidade antes da guerra e habitar certa cidade da Peréia chamada Pella. Tendo os que creram em Cristo emigrado até lá desde Jerusalém, a partir deste momento, como se todos os homens santos tivessem abandonado por completo a própria metrópole real dos judeus e toda a região da Judéia, a justiça divina alcançou os judeus pelas iniquidades que cometeram contra Cristo e seus apóstolos, e apagou dentre os homens toda aquela geração de ímpios” (História Eclesiástica de Euzébio de Cesareia Livro III, Capítulo V, Verso III)

Quem quiser saber mais sobre os crimes de Jerusalém, acesse meu artigo sobre: a mulher que está embriagada.

Bem, eu gosto muito de citar Flávio Joséfo, pois, o mesmo, sendo fariseu, possui uma visão imparcial sobre essa questão. Mesmo não sendo Cristão, Flavio Joséfo cita em suas obras, o famoso: SAI DELA MEU POVO – no caso, se referindo a Jerusalém durante a destruição do templo em 72 A.D.

“E na festa chamada Pentecostes, à noite, entrando os sacerdotes no templo, como de costume, para exercer suas funções, dizem que primeiramente perceberam movimento e ruído de golpes, e logo um grito em uníssono: Saiamos daqui! E o que é mais terrível: um homem chamado Jesus, filho de Ananias, homem simples, camponês, quatro anos antes da guerra, quando a cidade desfrutava da maior paz e do máximo esplendor, veio à festa, pois era costume que todos erigissem tendas em honra a Deus, e de repente começou a gritar pelo templo: Voz do oriente! Voz do ocidente! Voz dos quatro ventos! Voz sobre Jerusalém e sobre o templo! Voz dos recém-casados e casadas! Voz sobre todo o povo! Dia e noite gritava isto por todas as vielas. Mas alguns cidadãos notáveis, irritados pelo mau agouro, prenderam o homem e maltrataram-no, enchendo-o de feridas. Mas ele, que não falava em proveito próprio nem por conta própria, continuava gritando aos presentes o mesmo que antes. Pensando então os chefes que a agitação daquele homem era algo demoníaco, conduziram-no ante o procurador romano. Ali, dilacerado com açoites até os ossos, não suplicou nem derramou uma lágrima, mas, tornando sua voz tão chorosa quanto possível, a cada ferida respondia: Ai, ai de Jerusalém” (A Guerra dos Judeus de Flávio Joséfo, Livro VI, Capítulo XXXI, Parágrafo CDLXXVI)

Observem a clareza do texto, nele diz: “antes da guerra, no dia de pentecostes, escutaram umGRITO dentro do templo dizendo: SAIAMOS DAQUI” – Caros leitores, eu não estou me referindo a um Cristão que sabiam da profecia, pelo contrário, estamos falando de um JUDEU, fariseu, que não tinha Jesus Cristo como Messias, mesmo assim, ele registrou aquilo que seus compatriotas testemunharam como sinais de que a tribulação estava a caminho. Nem vou citar a parte do texto onde diz: AI, AI JERUSALÉM – pois, o mesmo, se encontra no livro do Apocalipse capítulo XVIII (riso).

Antes de dar continuidade ao artigo, eu quero responder a um futuro questionamento protestante, pois, com certeza, eles irão perguntar: “Se você está afirmando que a tribulação viria apenas para Jerusalém, e os Cristãos, não seriam perseguidos e martirizados”?

Esse questionamento é a resposta para segunda pergunta do artigo:

POR QUAL MOTIVO OCORREU A TRIBULAÇÃO?

Sabemos que a tribulação sobreveio sobre a cidade de JERUSALÉM, isso ficou claro na primeira parte do artigo, agora temos que entender o MOTIVO desse castigo, pois, Deus é justo, jamais iria cometer uma injuria tirânica.

Bem, respondendo o futuro questionamento protestante, simplesmente eu digo: sim, os Cristãos seriam severamente perseguidos, porém, esse é o MOTIVO de JERUSALÉM receber aTRIBULAÇÃO como CASTIGO. Lendo o Evangelho, conseguimos entender perfeitamente que,OS JUDEUS IRIAM PERSEGUIR OS CRISTÃOS, assim como perseguiram os profetas do (AT) e perseguiram Jesus Cristo, o Salvador.

Basta interpretar corretamente o Evangelho:

“Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim [...]. Mas, antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às SINAGOGAS e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim. Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho [...]. Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. Sereis odiados por todos por causa do meu nome” (Evangelho de São Lucas, Capítulo XXIV, Versos IX ao XVII)

Nesse maravilhoso texto do Evangelho de São Lucas, diz claramente que, antes de tudo acontecer, os Apóstolos seriam perseguidos, no entanto, o texto afirma que essa perseguição, seria por conta dos JUDEUS. Prestem atenção como ele cita os termos: SINAGOGA, VOSSOS PAIS, VOSSOS IRMÃOS e etc. Lógico que os Cristãos também foram perseguidos em outros lugares, porém, essa perseguição fora de Jerusalém, se deu por conta do exílio causado pela perseguição que eles sofreram destro de Jerusalém.

Vamos relembrar:

Primeiro – Pedro e João foram açoitados em praça pública.

Segundo – Estevão é martirizado em Jerusalém.

Terceiro – Tiago irmão de João foi decapitado em praça pública.

Quarto – Depois de Tiago, Pedro seria o próximo a ser executado.

Quinto – Paulo de Tarso, só não foi martirizado em Jerusalém, porque, ele se utilizou de sua cidadania romana e apelou para o tribunal de CEZAR.

Sexto – Relatos históricos afirmam que, os outros Apóstolos e discípulos, também foram perseguidos e martirizados em Jerusalém, assim como Tiago, bispo de Jerusalém.

Observem o texto a seguir:

“Depois da ascensão de nosso Salvador, os judeus acrescentaram ao crime cometido contra ele a invenção de inúmeras ameaças contra seus apóstolos: Estevão foi o primeiro que eliminaram, apedrejando-o; depois dele, Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João, a quem decapitaram; e depois de todos, Tiago, o que depois da ascensão de nosso Salvador foi o primeiro designado para o trono episcopal de Jerusalém e morreu da forma que já descrevemos. E os demais apóstolos sofreram milhares de ameaças de morte e foram expulsos da terra da Judéia. Porém, com o poder de Cristo, que havia-lhes dito: Ide e fazei discípulos de todas as nações em meu nome, dirigiram seus passos para todas as nações para ensinar a mensagem[...]. A partir deste momento, como se todos os homens santos tivessem abandonado por completo a própria metrópole real dos judeus e toda a região da Judéia, a justiça divina alcançou os judeus pelas iniquidades que cometeram contra Cristo e seus apóstolos, e apagou dentre os homens toda aquela geração de ímpios. Mas passando por alto o que lhes sobreveio e o que lhes foi feito pela espada e de outras maneiras, acho necessário apresentar apenas as calamidades causadas pela fome, para que os que leiam este escrito possam saber em partecomo não tardou muito para que os alcançasse o castigo divino por seu crime contra o Cristo de Deus” (História Eclesiástica de Euzébio de Cesareia, Livro V, Capítulo III, Versos II ao VII)

Realmente, eu não preciso interpretar esse texto, pois, o mesmo, só confirma o que foi relatado por mim, nele diz que, após, JERUSALEM ter crucificado o seu SENHOR, os JUDEUperseguiram severamente os Cristão e Discípulos, no qual, muito foram mortos. Para enfatizar melhor esse texto, eu vou expor a pregação de Jesus Cristo onde ele afirma que,JERUSALÉM é a cidade que mantou SANTOS, APÓSTOLOS E PROFETAS.

“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Edificais sepulcros aos profetas, adornais os monumentos dos justos e dizeis: Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos manchado nossas mãos como eles no sangue dos profetas [...]. Testemunhais assim contra vós mesmos que sois de fato os filhos dos assassinos dos profetas. Acabai, pois, de encher a medida de vossos pais! Serpentes! Raça de víboras! Como escapareis ao castigo do inferno? Vede, eu vos envio profetas, sábios, doutores.Matareis e crucificareis uns e açoitareis outros nas vossas sinagogas. Persegui-los-eis de cidade em cidade, para que caia sobre vós todos o sangue inocente derramado sobre a TERRA, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o templo e o altar. Em verdade vos digo: todos esses crimes pesam sobre esta raça. Jerusalém, Jerusalém, quematas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne seus pintinhos debaixo de suas asas... e tu não quiseste! Pois bem, a vossa casa vos é deixada deserta” (Evangelho de São Mateus, Capítulo XXIII, Versos XXIX ao XXXVIII)

“Ai de vós, que edificais sepulcros para os profetas que vossos pais mataram. Vós servis assim de testemunhas das obras de vossos pais e as aprovais, porque em verdade eles os mataram, mas vós lhes edificais os sepulcros. Por isso, também disse a sabedoria de Deus: Enviar-lhes-ei profetas e apóstolos,mas eles darão a morte a uns e perseguirão a outros. E assim se pedirá conta a esta geração do sangue de todos os profetas derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi assassinado entre o altar e o templo. Sim, declaro-vos que se pedirá conta disso a esta geração” (Evangelho de São Lucas, Capítulo XXI, Versos XLVIII ao LI)

Os textos dos Evangelhos e o texto de História Eclesiástica assemelham-se entre si, pois, falam do mesmo assunto, porém, existe outro texto na Bíblia Sagrada, no qual, assemelhasse a esses dois, vamos refletir!

“Vi que a mulher estava ébria do sangue dos santos e do sangue dos mártires de Jesus; e esta visão encheu-me de espanto” (Apocalipse, Capítulo XVII, Verso VI)

“Foi em ti que se encontrou o sangue dos profetas e dos santos, como também de todos aqueles que foram imolados na TERRA” (Apocalipse, Capítulo XVIII, Verso XXIV)

Observem como esses dois textos do Apocalipse se encaixam perfeitamente nos outros textos citado (Acima). Tanto o Apocalipse, como os Evangelho e História Eclesiástica, cita a cidade que matou: Santos, Apóstolos e Profetas. Nesse momento, eu peço ao leitor, com toda a humildade, fixe seu raciocino na palavra TERRA (grifado por mim em vermelho), essa é aCHAVE para descobrir, quem é a PROSTITÚTA DA BABILÔNIA. Observem:

O Evangelho de São Mateus diz a respeito de JERUSALÉM: “para que caia sobre vós todo o sangue inocente derramado sobre a TERRA”.

O Apocalipse diz a respeito da PROSTITUTA: “Foi em ti que se encontrou o sangue [...] de todos aqueles que foram imolados na TERRA”.

Quem quiser saber mais sobre o assunto, habitantes da terra, acesse meu artigo: Quem são os Habitantes da TERRA.

Será coincidência, ou, o Apocalipse refere-se a mesma cidade mencionada por Jesus Cristo no Evangelho de São Mateus? As duas cidades estavam machadas por todo o sangue derramado sobre a TERRA.

E AGORA ZÉ?


Para terminar esse assunto, deixarei mais um relato histórico, onde, Euzébio, bispo de Cesareia, afirma que, essa profecia, referente à FUGA EM DIA DE SÁBADO, se cumpriu no segundo ano do reinado de Vespasiano[3], ou seja, em 72 A.D.

“É justo acrescentar a pregação infalível de nosso Salvador pela qual mostrava estas mesmas coisas quando profetizava assim: AÍ das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais [...] Estes acontecimentosocorreram deste modo no segundo ano do império de Vespasiano, segundo as predições de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que, por seu divino poder, havia visto de antemão estas mesmas coisas como se já estivessem presentes e havia chorado e soluçado, segundo a Escritura dos sagrados evangelistas, que inclusive acrescentam suas próprias palavras: umas, as que disse dirigindo-se à mesma Jerusalém:” (História Eclesiástica de Euzébio de Cesareia, Livro VII, Capítulo III, Versos I ao III)

Será que todo o mundo está errado (Jesus Cristo, João, Euzébio, Joséfo, Mateus, Lucas entre outros), só a protestada está certa?

Conclusão:


A tribulação, foi um castigo enviado por Deus a cidade de Jerusalém, pois, a mesma, além de ter se prostituído com deuses de outras nações durante toda a sua história, preferiu adorar aCEZAR do que Jesus Cristo, como se não bastasse, é a única cidade que conseguiu MATARtodos os profetas enviados por Deus durante o antigo testamento. No novo testamento, essa mesma cidade, conseguiu perseguir e matar vários Apóstolos e Discípulos, sendo que, aqueles que não foram mortos, foram exilados de Jerusalém e entregues as autoridades pagãs. Por fim, é o único lugar no mundo que temeria uma FUGA EM DIA DE SABÁDO.

E mais uma vez acaba AS MENTIRAS DO APOCALIPSE PROTESTANTE.

Autor: Cris Macabeus.

Notas:

[1] – O sábado judaico, segundo o calendário lunar bíblico, cai em dia diferente do calendário gregoriano, no qual, é um calendário solar.

[2] – Cyclopedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature (Enciclopédia de Literatura Bíblica, Teológica e Eclesiástica) declara: “Por causa das leis rigorosas relacionadas com a observância do sábado [...], foi decretado que nenhum israelita devia caminhar no sábado além de certa distância, chamada de jornada de um sábado”. Essa distância foi estipulada em 2 mil côvados, que corresponde a cerca de um quilômetro.

[3] – Em 72 A.D. Jerusalém foi tomada pelas forças do comandante romano, Tito. As muralhas e o Templo (que o rei Herodes, ampliara e embelezara, tornando-o portentoso) foram destruídos, e o resto da cidade voltou a ficar em ruínas.

Fonte: Cris Macabeus