quinta-feira, junho 30, 2016

A tocha olímpica e os cristãos no paganismo


É incrível como os desinformados tratam a tocha olímpica como se fosse um objeto qualquer, isto é, a contemplam sem saber o que ela representa, e olha que não me refiro a qualquer pessoas, me refiro a vários cristãos que triscam na tocha do paganismo e depois vão a igreja para comungar o Corpo de Cristo.

A tocha olímpica nada mais é que uma evocação de uma crença em Prometeu, que segundo os desprovidos de conhecimento, teria ajudado na criação dos homens. A lenda diz que ele teria acendido uma tocha em um disco solar, com um fogo roubado de Zeus para que assim pudessem evoluir e distinguirem-se dos outros animais. Como castigo, Zeus ordenou a Hefesto acorrentá-lo ao cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou abutre) ia dilacerar o seu fígado que, como o mito diz que Prometeu era imortal, ele se regenerava e sofria mais. Sabemos que todos os jogos da Grécia antiga, eram os mais solenes e concorridos, e eram celebrados em homenagem a Zeus, maior divindade do Olimpo. Segundo alguns registros, nos Jogos de 776 a.C., já estava instituído o ritual de acender a tocha. E essa tradição de manter um fogo aceso durante os Jogos remonta à antiguidade, quando se efetuavam sacrifícios a Zeus. Nessas cerimônias, os sacerdotes acendiam uma tocha, e o atleta nu que vencesse a corrida até ao local onde se encontravam os sacerdotes, teria o privilégio de transportar a tocha para acender o altar do sacrifício.

De facto, essa tocha é mais uma obra de Lúcifer para fazer um monte de bestas ficar correndo com um fogo pelas ruas, em sacrifício ao paganismo.


Por: Gilson Azevedo 

segunda-feira, junho 27, 2016

Um dos maiores erros modernos: Confundir Fé com sentimentalismo



Esse artigo não está relacionado a modéstia, entretanto está relacionado a devoção e vida interior, a qual está intimamente ligada a nossos comportamentos e atitudes. Por isso, acho de extrema importância a abordagem destes temas aqui no blog. Principalmente porque vemos muito em nosso grupo do whatsapp e também na página pessoas que confundem a Fé com sentimentalismo! E alguns ainda vem com aquele ar de "docilidade" e "fábios de melos" e cia dizer frases prontas de que "precisam amar mais" por exemplo, quando veem alguém condenando alguma heresia ou algo que fere a fé católica. Tais erros são muito comuns nos meios católicos.

Certa vez presenciei uma cena lastimável, a qual creio que serve de exemplo para o começo de nosso artigo, estava eu rezando o terço em uma Igreja, fora de horários de missas, estava com uma amiga, e logo entrou uma mulher. Ela entrou na Igreja, foi até o sacrário que estava no altar, se ajoelhou, ergueu as mãos como fazem os protestantes e começou a "orar em línguas" como os protestantes pentecostais, chorar, falar com voz ritmada, colocava a mão no sacrário, fez uma tremenda baderna no lugar santo! Sendo que ali é lugar de SILÊNCIO E ORAÇÃO. Isso até atrapalhou a recitação do terço que estávamos fazendo.

Nem preciso dizer o quanto isso é absurdo, depois a mulher saiu da Igreja como se nada tivesse ocorrido e foi embora. Para ela, estar próximo a Deus é sentir, é fazer alarde, barulho, é aquele sentimentalismo de seitas pentecostais de esquina. (Exemplo: Assembleia de deus).

Alguns carismáticos chegam até a afirmar que quem não "ora em línguas" não tem o Espírito Santo, ou ainda que você precisa "sentir Deus" ali naquele momento no grupo de oração, aí então você está próximo dele.

Abrindo um parênteses para os comentários que já estou imaginando que terão, sim eu já fui da Rcc, já participei durante muito tempo, mas graças a Deus eu saí e aprendi a verdadeira doutrina Católica. E sei exatamente o que ocorre por lá, como ocorre e o que pensam, fui um deles. Para quem ainda não leu, deixo aqui meu testemunho de Conversão ao catolicismo onde eu abordo o tema. Bem como uma sessão de artigos somente sobre a Rcc e suas práticas no seguinte link: Estudo sobre as críticas do Movimento Carismático. Absolutamente todas as objeções frequentes estão presentes nestes artigos que citei, o segundo link vai direto de encontro a vários outros artigos que fazem parte do estudo (que ainda não está finalizado). Todos foram escritos por mim que estão em meu outro blog que também fala do catolicismo. Então antes de qualquer comentário, crítica ou objeção leiam os artigos citados! Pois comentários abaixo desse artigo que tratam de temas já abordados nos links citados nem serão aceitos aqui no blog, pois subentende-se que a pessoa ignorou todos os argumentos já postados anteriormente e sequer teve o trabalho de abrir os links e lê-los. Opiniões e dúvidas são bem vindas, mas quando elas tem fundamento e base, e se alguém não tem interesse em se quer ler algo a respeito do que cremos, porque iríamos ter o trabalho e publicar sua opinião? Enfim, antecipo estes detalhes para que tudo fique em seu devido lugar. Agora vamos ao que realmente importa!

Fé não é sentimento

Não, você não precisa "sentir" Deus quando está na Igreja, você não precisa ficar com os braços arrepiados quando ouve uma música sentimental e logo pensar que é Deus que tá te "tocando". Não... você não precisa chorar, cair no chão, nada disso mostra que a pessoa está próxima a Deus! Nossa Fé Católica está baseada no uso da RAZÃO. Vamos começar com uma pergunta: Porque você crê em Deus?

Muitos dirão, porque "eu sinto" ele na minha vida. Porque eu "sinto" ele presente e etc. Mas isso não prova a sua existência. Eu responderia assim:

Eu creio em Deus porque existem provas de que Ele existe. São Tomás de Aquino deu provas da existência de Deus, existem diversos milagres comprovados cientificamente que provam sua existência, e portanto seguindo o uso da razão, Ele nos criou, nos deu a vida, nos deu tudo o que temos. E é meu DEVER segui-lo e corresponder a esse amor. Podemos agora mostrar alguns exemplos de que o SENTIR nem sempre vem de Deus! O demônio também pode nos trazer sentimentos de euforia e alegria (aquele sentimentalismo de euforia e alegria passageira presente nos cultos pentecostais das seitas e também na Rcc, como o vídeo postado anteriormente):

1. Vemos nas seitas protestantes, as pessoas tendo o mesmo sentimento de euforia e sentimentalismo. Geralmente estas pessoas saem alegres do culto indo para casa dizendo que estão próximos a Deus, somente porque "sentiram" sua presença. O que mais tem nos cultos protestantes é o sentimentalismo: músicas melosas, mãos erguidas para o alto, gritarias, choros, etc. Nada disso prova a presença de Deus!

2. E todo esse sentimentalismo vemos também entre 'católicos' modernistas (Rcc por exemplo). Exatamente o mesmo sentimento, de pessoas que acham que precisam "sentir-lo" para estar próximo a Ele. O estranho disso tudo é que quando eu era da Rcc via muitas pessoas que nem tinham sequer confessado tendo os mesmos sentimentos, pessoas que estavam em pecado mortal sentindo exatamente o mesmo, o que eu chamo de euforia coletiva! Não... nada disso mostra a presença de Deus!

Deus Pai diz a Santa Catarina de Sena sobre as Consolações Espirituais

Este livro é muito bom, se chama O Diálogo, escrito por Santa Catarina de Sena, doutora da Igreja. No livro, esse sentimentalismo (alegria quando rezamos por exemplo) Deus Pai chama de "Consolações Espirituais". É você se sentir bem enquanto reza ou faz seus exercícios espirituais. Aí Deus Pai diz que estes sentimentos podem vir d´Ele, ou do DEMÔNIO. Deus Pai admite que o demônio também faz as pessoas sentirem consolações espirituais! Acho que isso explica os exemplos citados anteriormente, do porquê até hereges de outras seitas possuem consolações, sem nem sequer comungar e confessar. Vou postar aqui exatamente com as palavras de Deus Pai:

"Filha querida (...) vou atender agora aquele teu pedido, relativo à minha presença durante as visões ou demais manifestações que alguém julgue ter. Disse que o sinal distintivo de que estou visitando a alma é a alegria, o desejo das virtudes e sobretudo, grande humildade e amor. Tu me perguntaste porém se a alegria não pode iludir a alma. Desejas estar do lado mais seguro, queres um sinal definitivo de que não padeça engano. Vou falar-te de uma possível ilusão e sobre o modo de saber quando a alegria é autêntica ou não. A ilusão possível é esta: alegra-se uma pessoa, quando obtém aquilo que desejava. E quanto maior for seu desejo, menos atenção prestará a causa da alegria. A posse do objeto desejado, o prazer sentido impedem que sua consideração seja clara e distinta. Isso acontece com as almas que gostam de consolações espirituais e vivem à procura de visões, depositando maior interesse nelas que em mim. Já te disse que esta é a atitude que estão no estado do amor imperfeito.Eles se aplicam mais em obter consolações do que em amar. (...) Quem ama as consolações espirituais, alegra-se grandemente ao recebê-las. Contente em possuir quanto desejava muitas vezes se rejubila por artifícios do demônio. Já ensinei que as visões ou consolações provocadas pelo demônio começam causando alegria, mas que depois se transformam em sofrimento e remorso, num vazio da caridade e das virtudes que leva a pessoa ao abandono da oração. Portanto se a satisfação e a alegria não estiverem acompanhadas de amor pela virtude; se a pessoa não for humilde e muito caridosa, é sinal de que a tal visita não procede de mim, mas do diabo. Como disse todo prazer espiritual não acompanhado de virtude, revela claramente que sua origem provém do apego à autoconsolação. (...) As pessoas apegadas às consolações costumam receber muitas visitas do diabo em forma de luz.(...)" [1]

É exatamente o que eu citei anteriormente. Muitas vezes vemos os protestantes (que não possuem virtudes, estão em pecado mortal, sequer confessam) tendo sentimentos de histeria, alegria em seus cultos, vemos também uma Igreja inteira, cheia de carismáticos todos "sentindo" alegria, entretanto nem todos possuem virtudes, aquilo nada mais é que sentimentalismo e não a presença de Deus verdadeira. A verdadeira fé é aquela alicerçada no uso da razão, creio em Deus porque Ele existe e me ama, o sigo porque Ele merece, rezo porque preciso d´Ele e quero amá-lo. E essa fé é cheia de virtudes e caridade (obras de caridade, comunhão, oração, devoção). E tudo isso vem seguido de CRUZ, muitas vezes as pessoas mais próximas a Deus são as que mais sofrem! E não as que mais estão felizes e alegres! Já foi postado no blog um artigo escrito por Santo Afonso de Ligório, onde o mesmo diz que as pessoas mais próximas a Deus são as que recebem maiores cruzes. Deixo o link para ler: "Deus dá maiores cruzes àqueles que Ele mais ama".

Santo Afonso de Ligório também diz que maior será a tua recompensa se você seguir a Deus sem sentir nenhuma consolação. Se você não tem vontade rezar, não tem vontade ir a Igreja, não sente gosto para as coisas de Deus e ainda assim as faz por Amor, maior será a tua recompensa, e é quando você está mais próximo a Deus! Aí sim, esta sim é a Fé Católica, pura e autêntica! E isso não foi dito por mim, foi dito por um doutor da Igreja:

"Diz São Francisco de Sales que a verdadeira devoção e o verdadeiro amor de Deus não consistem em sentir consolações espirituais nos exercícios de piedade, mas em ter uma vontade resoluta de só querer e fazer aquilo que Deus quer. É só para este fim que devemos orar, comungar, praticar a mortificação e qualquer outra virtude que agrada a Deus, muito embora façamos isso sem satisfação alguma e no meio de mil tentações e aborrecimentos de espírito. “Pelas securas e tentações”, diz Santa Teresa, “o Senhor experimenta os que O amam. Posto que a secura continue durante toda a vida, não deixe a alma de fazer oração; virá tempo em que será bem paga por tudo.” (Santo Afonso de Ligório) [2]

E ainda:

"São Tomás ensina que a verdadeira devoção não está no sentimento, mas no desejo e firme resolução de se submeter prontamente à vontade de Deus. De que natureza era a oração de Jesus no jardim das oliveiras? Cheia de secura e desgosto! Apesar disso, foi a mais devota e meritória que jamais houve sobre a terra. Ele dizia: 'Pai, não como eu quero, mas como vós quereis.' (Mc 14,36)." Santo Afonso de Ligório [3]

Mais um do mesmo livro e autor:

"(...) Isso se dá com muitas almas que Deus chama a um amor especial: trilham no princípio o caminho da perfeição, mas só enquanto acham nele consolações sensíveis; quando, porém cessam os doces sentimentos, tornam-se negligentes e recomeçam o seu antigo modo de vida. É um defeito geral de nossa natureza corrompida que nós procuramos, em tudo o que fazemos, a nossa própria satisfação. Por isso precisamos nos convencer que o amor de Deus ou a perfeição não consiste em doces sentimentos e consolações sensíveis, mas em vencer o amor-próprio e cumprir com a vontade de Deus." Santo Afonso de Ligório [3]

Teria muito mais escritos de Santo Afonso de Ligório para postar, mas para o artigo não ficar mais longo do que já está, creio que as citadas já bastam! Para ler o artigo completo de Santo Afonso de Ligório sobre o tema, clique no link: Da Paciência na desolação Espiritual.

Outros Santos Advertem sobre o perigo da busca por experiências sensíveis na vida espiritual.
São João da Cruz: Subida do Monte Carmelo, p. 217ss, Capítulo XI

" É conveniente fechar a entrada de nossa alma a essas visões, negando-as todas. Rejeitando as más, evitam-se os erros do demônio e, quanto às boas, não servirão de obstáculo para a vida de fé"

"O demônio se regozija muito ao ver uma alma admitir voluntariamente revelações e inclinar-se a elas"

" A alma presa às graças sensíveis permanece ignorante e grosseira na vida de fé, e fica sujeita muitas vezes a tentações graves e pensamentos importunos"

" Cautela nessas comunicações exteriores e sensíveis sem jamais as admitir – a não ser, em certas circunstancias muito raras e sob o parecer de alguém com muita autoridade, e excluindo sempre o desejo delas"

"O demônio fica muito satisfeito quando percebe que uma alma deseja receber revelações ou sente inclinações por ela, visto que neste caso se lhe oferecem muitas ocasiões e possibilidades de insinuar e de destruir nela a fé." [4]

"Em segundo lugar, porque é muito fácil haver engano, ou risco de o haver. O Demônio não precisa senão de uma porta aberta para armar mil embustes. Em terceiro, porque a própria imaginação, quando há um grande desejo, leva a pessoa a acreditar que vê e ouve aquilo que deseja, tal como os que, querendo uma coisa durante o dia e pensando muito sobre isso, sonham com ela à noite."

Santa Teresa D´Ávila [5]


“Aqueles que querem viver na Vontade de Deus não devem desejar obter (...) revelações ou sentimentos sobrenaturais que superem o estado ordinário daqueles que têm por Deus um temor e um amor muito sinceros. Pois, um semelhante desejo só pode vir de um fundo de orgulho e de presunção. A Graça de Deus abandona a alma tomada por esse desejo e deixa-a cair nessas ilusões e nessas tentações do diabo, que a seduz em visões e em revelações enganosas. É desse modo que o demônio semeia a maior parte das tentações espirituais de nosso tempo e que as enraíza nos corações daqueles que são os precursores do Anticristo”.
São Vicente Ferrer [6]

“Tem-se visto em nossa época, muitas pessoas que creem que foram muito freqüentemente raptadas em êxtases; e ao cabo, descobria-se que o fato não passava de ilusões diabólicas".
São Francisco de Sales [7]

Finalizo o artigo com uma oração do meu santo de Devoção:




"Ó Jesus, minha esperança e único amor da minha alma, eu não mereço as vossas consolações. Guarde-as para aqueles que Vos têm amado sempre; eu só mereci o inferno, abandonado para sempre de Vós e sem esperança de Vos poder ainda amar. Privai-me de todas as coisas, mas não de Vós. Amo-Vos, miserável como sou. † Jesus, meu Deus, amo-Vos sobre todas as coisas; consagro-me todo a Vós e não quero mais viver para mim mesmo. Dai-me força para Vos ser fiel. — Ó Virgem Santíssima, esperança dos pecadores, tenho confiança na vossa intercessão; fazei que eu ame a meu Deus, meu Criador e Redentor. (II 306.)" [2]

Santo Afonso de Ligório


Fontes:
[1] O Diálogo - Santa Catarina de Sena.
[2] Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III - Sto Afonso - págs. 285- 287.
[3] Escola da Perfeição Cristã - Santo Afonso de Ligório. XI DA ORAÇÃO. Pag 289.
[4] São João da Cruz: Subida do Monte Carmelo, p. 217ss, Capítulo XI / Livro I Capítulo XI;
[5] Santa Teresa D´Ávila - Castelo Interior (Capítulo 9).
[6] São Vicente Ferrer,“Tratado da Vida Espiritual”, 2ª parte, cap. VIII.
[7] São Francisco de Sales (Trat. do Amor de Deus, t.2, c. IV).

Hoje 27 de junho, celebramos Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

A festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é celebrada no dia 27 de junho. 




Conheça mais detalhes sobre a história desta linda devoção:

O Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é de origem oriental, grega. Em fins do século XV, um negociante roubou o quadro do altar onde estava, na Ilha de Creta, onde era venerado pelo povo cristão. Escapou milagrosamente de uma tormenta em alto mar, levando o quadro até Roma. Adoeceu mortalmente e procurou um amigo que cuidasse dele. Estando para morrer, revelou o segredo do quadro e pediu ao amigo que o devolvesse a uma igreja. O amigo prometeu realizar o seu desejo mas, por causa da sua esposa, não quis desfazer-se de um tão belo tesouro. O amigo também morreu sem ter cumprido a promessa.

A Santíssima Virgem apareceu a uma menina de seis anos, filha desta família romana, e mandou-lhe dizer à mãe e à avó que o quadro devia ser colocado na Igreja de São Mateus Apóstolo, situada entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João Latrão, sob o título de Perpétuo Socorro. O quadro foi colocado na igreja de São Mateus no dia 27 de março de 1499. Aí ele foi venerado durante os 300 anos seguintes. A devoção começou a se divulgar em toda Roma.

Os anos no esquecimento

Em 1798, a guerra atingiu Roma e o convento e a igreja, que estavam sob o cuidado dos Agostinianos irlandeses, foram quase totalmente destruídos. Os agostinianos mudaram-se e levaram consigo o quadro. Em 1819, transferiram-se novamente para a Igreja de Santa Maria in Postérula. Com eles foi o ícone, mas como "Nossa Senhora da Graça" era já venerada naquela igreja, o quadro foi posto numa capela interna do convento, onde ele permaneceu, quase desconhecido, a não ser para o Irmão Agostinho Orsetti, um dos jovens frades provenientes de São Mateus.

Orsetti falou a um coroinha, Michele Marchi, que sempre visitava a igreja: “"Veja bem, meu filho, você sabe que a imagem da Virgem de São Mateus está lá em cima na capela: nunca se esqueça dela, entende? É um quadro milagroso”. O Irmão morreu em 1853, com 86 anos.

A redescoberta e os redentoristas

Em Janeiro de 1855, os Missionários Redentoristas adquiriram "Villa Caserta" em Roma, onde estavam as ruínas da Igreja e do Convento de São Mateus. Sem perceber, eles tinham adquirido o terreno que tinha sido escolhido pela Virgem para seu santuário. Iniciou-se então a construção de uma igreja em honra do Santíssimo Redentor e dedicada a Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação. Em dezembro de 1855, um grupo de jovens começava seu noviciado na nova casa. Um deles era Michele Marchi.

Em 1863 uma pregação do padre jesuíta, Francesco Blosi, intrigou os redentoristas, pois dizia que ali havia sido venerado um ícone de grande devoção de Nossa Senhora. Também o cronista da comunidade encontrou alguns escritos sobre antiguidades romanas que diziam que naquela igreja havia um antigo ícone da Mãe de Deus, que gozava de “grande veneração e fama por seus milagres”. Padre Marchi então recordou que sabia onde estava este quadro, seu antigo conhecido da época de coroinha.

A missão

Com esta informação, o Superior Geral, Padre Nicholas Mauron, apresentou uma carta ao Papa Pio IX, na qual ele pedia à Santa Sé que lhe concedesse o ícone do Perpétuo Socorro, para que voltasse ao seu lugar. O papa concedeu a licença e disse: "Fazei-a conhecida no mundo inteiro!". Em janeiro de 1866, os redentoristas buscaram o quadro, que passou por um processo de restauração, tendo sido exposto à veneração em 26 de abril de 1866, na Igreja de Santo Afonso, hoje também conhecida como Santuário Internacional de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A ilha de Creta esteve durante muitos séculos dominada pelos muçulmanos, que destruíram muitos documentos cristãos, por isso nada se descobriu sobre a origem do milagroso ícone, nem mesmo na igreja onde ele era venerado antigamente. É uma pintura em têmpera, sobre uma placa de madeira de lei, de 21 por 17 polegadas, em estilo bizantino, onde se enlaçam a arte e a piedade, a elegância e a simplicidade. Dizem os entendidos que deve ser uma das diversas cópias do retrato da Virgem Santíssima feito por São Lucas e que o pintor era grego, porque são helênicas as letras das inscrições.

Da Igreja de Santo Afonso a devoção se expandiu para todo o mundo, levada pelos missionários redentoristas.

A mensagem

Ícone é o nome dado a uma pintura que, não sendo apenas um quadro ou uma obra de arte, é carregada de significados sagrados e leva seu observador à oração. O Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é formado por quatro figuras: Nossa Senhora, o Menino Jesus e dois arcanjos. A aparição dos arcanjos com uma lança e a cruz mostram ao Menino Jesus os instrumentos de sua Paixão. Assustado corre aos braços da Mãe. Por causa do movimento brusco desamarra a sandália. Maria o acolhe com ternura e lhe transmite segurança. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao Menino, mas a nós. Porém, sua mão direita nos aponta Jesus, o Perpétuo Socorro. As mãos de Jesus estão nas mãos de Maria. Gesto de confiança do Filho que se apóia na Mãe. Na riqueza de seus símbolos, o ícone bizantino tem ainda muito a revelar.

Veja a explicação:









Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Como fazer a Novena:

1- Recolher-se em oração, em casa ou na Igreja.

2- Fazer o Pedido da graça que deseja alcançar.

3- Iniciar a Novena:
a-) rezar a oração de cada dia, deste folheto;
b-) praticar a boa obra de cada dia, podendo-se trocá-la por outra mais conveniente.

Primeiro dia: “Eis aí a sua mãe”. (Jo 19,27)Bondosa mãe do Perpétuo Socorro, que experimentastes as angústias da vida, acolhei o meu pedido. Sois a mãe e tendes o desejo de socorrer a todos, aqui está alguém que é pecador, mas que recorre a vós. Bondosa mãe, socorrei-me sem demora.Rezar: Pai-nosso e 3 Ave-marias. Praticar: esmola a um pobre.

Segundo dia: “Meu espírito se alegra em Deus”. (Lc 1,47)Mãe do Perpétuo Socorro, ajudai-me a ser sempre de Deus. Tudo passa como vento, Deus permanece. Eu quero ser de Deus e por isso vos suplico: socorrei-me nesta vida, ajudai-me a não perder Deus nos sofrimentos e necessidades. Bondosa mãe, aumentai minha fé, confiança, e socorrei-me com vosso amor.Rezar: Pai-nosso e 3 Ave-marias. Praticar: em casa, um trabalho com amor.

Terceiro dia: “Seja feita a vossa vontade”. (Mt 6,10)Bondosa Mãe, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, compreendestes e sempre fizestes o que Deus queria, afastai de mim a dureza de coração, o orgulho, o egoísmo de só pensar em mim. Ajudai-me, bondosa mãe, a seguir a vontade de Deus e concedei-me a graça que vos peço.Rezar: Pai-nosso e 3 Ave-marias. Praticar: antes de dormir, agradecer a Deus por tudo que aconteceu no dia.

Quarto dia: “... a mim o fizestes”. (Mt 25,40) Mãe de Jesus e minha mãe, dai-me um coração para ajudar o próximo, misericordioso para perdoar sempre, humilde e manso para carregar e suportar suas fraquezas. Jesus disse que sempre faço a ele, aquilo a que faço aos outros, por isso, ajudai-me a melhor amar Deus e a meus irmãos. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, socorrei-me na graça que vos peço. Rezar: Pai-nosso e 3 Ave-marias. Praticar: arrumar alguma coisa para um pobre.

Quinto dia: “Estarei no meio de vós”. (Mt 18,20) Bondosa Mãe, como vós vivestes com Jesus e José, em casa? Concedei-me amar meus irmãos e aceitar acada um no seu jeito de ser. Dai-nos a paz, compreensão, bondade, alegria para que o espírito de jesus permaneça conosco. Bondosa Mãe, pedi a ele por todos nós. Rezar: Pai-nosso e 3 Ave-marias. Praticar: visitar alguém, se possível, um doente.

Sexto dia: “Vinde a mim, eu vos aliviarei”. (Mt 11,28) Pode a Mãe de Jesus esquecer o filho? Eu sei, ó Maria, que não nos esqueceis, mas tenho medo de eu me esquecer de vós. Peço-vos nunca perder Deus, nem a Fé, e sempre em vós. Ó Maria, feliz de quem vos conhece e a vós recorre, como o filho à sua mãe. Rezar: Pai-nosso e 3 Ave-marias. Praticar: entrar na Igreja e rezar por alguém.

Sétimo dia: “Faça-se segundo tua Palavra”. (Lc 1,38) Maria, sempre fizestes tudo o que Deus vos pediu. Para que eu também seja assim, ajudai-me a ouvir a Palavra de Deus, meditar, viver o que Jesus ensinou. Atendei meu pedido nesta novena, e não deixeis que eu fique acomodado à vida. Rezar: Pai-nosso e 3 Ave-marias. Praticar: ler a Bíblia em Lc 1,39-56.

Oitavo dia: “Olhou para a humildade de sua serva”. (Lc 1,48)Minha Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, quantas vezes me torno orgulhoso, vaidoso, confiante nas coisas que passam. Tudo isso pode ocupar o lugar de Deus em meu coração. Maria, livrai-me desta tentação de trocar Deus pelas coisas da terra e descuidar da casa de Deus em mim. Bondosa Mãe, socorrei-me com a graça de Jesus.Rezar: Pai-nosso e 3 Ave-marias. Praticar: ouvir, conversar com bondade, por exemplo, com um idoso.

Nono dia: “Maria meditava em seu coração”. (Lc 1,48) Quantas vezes, ó Maria, meu coração fica triste, atribulado, cheio de dúvidas, e angustiado. Isso acontece porque não me recolho no silêncio da oração, e nem procuro ver o que Deus quer de mim. Não sei escutar Deus. Maria, peço-vos a graça de acreditar que Deus me ama sempre, mesmo na dor. Rezar: Pai-nosso e 3 Ave-marias. Praticar: passar o dia alegre, não se deixar aborrecer.

Por que o marxismo odeia o Cristianismo


O marxismo autêntico sempre odiou e sempre odiará o cristianismo autêntico. Se não puder pervertê-lo, então terá que matá-lo. Sempre foi assim e sempre será assim.


E por que essa oposição manifestada ao cristianismo por parte do marxismo? Por que o ódio filosófico, a política anticristã, a ação assassina direcionada aos cristãos? Por que o país número um em perseguição ao cristianismo não é muçulmano e sim a comunista Coréia do Norte?

As pessoas se iludem quando pensam no marxismo como doutrina econômica ou política. Economia e política são meros pontos. Marx não acreditava ter apenas as resposta para os problemas econômicos. Acreditava ter todas as respostas para todos os problemas.

Marxismo na verdade é uma crença, uma visão de mundo, uma fé. O socialismo nada mais é do que a aplicação dessa fé por um governo totalitário. O comunismo, por sua vez, é apenas a escatologia marxista, o suposto mundo paradisíaco que brotaria de suas profecias.


E esta fé não apresenta o caráter relativista de um hinduísmo ou de um budismo. Tendo nascido dos pressupostos cristãos, o marxismo roubou seus absolutos e se apresenta como a verdade absoluta, como o único caminho para redenção da humanidade. E ainda que tenha se apossado dos pressupostos cristãos, inverteu tais pressupostos tornando-se uma heresia anticristã.

No lugar do teísmo o ateísmo, no lugar da Providência Divina o materialismo dialético. Ao invés de um ser criado à imagem e semelhança de Deus, um primata evoluído cuja essência é o trabalho, o homo economicus. O pecado é a propriedade privada, o efeito do pecado, simplesmente a opressão social. O instrumento coletivo para aplicar a redenção não é a Igreja, mas o proletariado, que através da ditadura de um Estado “redentor” conduziria o mundo a uma sociedade sem classes. E o resultado seria não os novos céus e a nova terra criados por Deus, mas o mundo comunista futuro, onde o Estado desaparecerá, as injustiças desaparecerão e todo conflito se transformará em harmonia. Está é a fé marxista, um evangelho que não admite rival, pois assim como dois corpos não ocupam o mesmo espaço, duas crenças igualmente salvadoras não podem ocupar o mesmo mundo, segundo o marxismo real.

Sim, o comunismo de Marx era um evangelho, a salvação para todos os conflitos da existência, fosse o conflito entre homem e homem, homem e natureza, nações e nações. Assim lemos em seus Manuscritos de Paris:

O comunismo é a abolição positiva da propriedade privada e por conseguinte da auto-alienação humana e, portanto, a reapropriação real da essência humana pelo e para o homem… É a solução genuína do antagonismo entre homem e natureza e entre homem e homem. Ele é a solução verdadeira da luta entre existência e essência, entre objetivação e auto-afirmação, entre liberdade e necessidade, entre indivíduo e espécie. É a solução do enigma da história e sabe que há de ser esta solução.

E como o marxismo nega qualquer transcendência, qualquer realidade além desta realidade, seu “paraíso” deve se realizar neste mundo por meio do controle total. Não apenas o controle político e econômico, mas o controle social, ideológico, religioso. Não pode haver rivais. Não pode haver cristãos dizendo que há um Deus nos céus a quem pertencem todas as coisas e que realizou a salvação através da morte e ressurreição de Cristo. Não pode haver outra visão de mundo que não a marxista, não pode haver outra redenção senão aquela que será trazida pelo comunismo. O choque é inevitável.

Está é a raiz do ódio marxista ao cristianismo. Seu absolutismo não permite concorrência. David H. Adeney foi alguém que viveu dentro da revolução maoísta (comunista) na China. Ele era um missionário britânico e pode ver bem de perto o choque entre marxismo e cristianismo no meio universitário, onde trabalhou. Chung Chi Pang, que prefaciou sua obra escreveu:


“(…) a fé cristã e o comunismo são ideologicamente incompatíveis. Assim, quando alguém chega a uma crise vital de decisão entre os dois, é inevitavelmente uma questão de um ou outro (…) [o autor] tem experimentado pessoalmente o que é viver sob um sistema político com uma filosofia básica diametralmente oposta à fé cristã”

Os marxistas convictos sabem da incompatibilidade entre sua crença e a fé cristã. Os cristãos ainda se iludem com uma possível amizade entre ambos. “… para Marx, de qualquer forma, a religião cristã é uma das mais imorais que há”. (Mclellan, op. Cit., p.54). E Lenin, que transformou a teoria marxista em política real, apenas seguiu seu guru:

“A guerra contra quaisquer cristãos é para nós lei inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste. A moral comunista é sinônimo de luta pelo robustecimento da ditadura proletária”

Assim foi na China, na Rússia, na Coreia do Norte e onde quer que a fé marxista tenha chegado. Ela não tolerará o cristianismo, senão o suficiente para conquistar a hegemonia. Depois que a pena marxista apossar-se da espada, então essa espada se voltará contra qualquer pena que não reze conforme sua cartilha.

Os ataques aos valores cristãos em nosso país não são fruto de um acidente de percurso. É apenas o velho ódio marxista ao cristianismo, manifestando-se no terreno das ideias e das discussões, e avançando no terreno da legislação e do discurso. O próximo passo pode ser a violência física simples e pura. Os métodos podem ter mudado, mas sua natureza é a mesma e, portanto, as conseqüências serão as mesmas.

Se nós, cristãos, não fizermos nada, a história se repetirá, pois como alguém já disse, quem não conhece a história tende a repeti-la. E parece que mesmo quem a conhece tende a repeti-la quando foi sendo anestesiado pouco a pouco pelo monóxido de carbono marxista. Será que confirmaremos a máxima de Hegel, que afirmou que a “história ensina que não se aprende nada com ela”?

Escrito por Eguinaldo Hélio Souza.

O pai adotivo de Jesus?



A maior glória de São José, a mais rica pérola do seu diadema, o título e privilégio que o faz o maior dos Santos é o de Pai do Filho de Deus humanado.

Todos os Santos, escreveu Gerson, se gloriam de serem chamados servos de Deus, servos de Jesus Cristo. São José, e só ele, foi chamado Pai do Salvador, Pai de Jesus Cristo.

Entre os títulos de glória do Santo, este é sem dúvida o maior. O povo, diz o Evangelista, tinha José por pai de Jesus. Estava na idade de trinta anos e todos o tinham por filho de José. Assim dizia e julgava o povo ignorante do adorável mistério da Encarnação do Verbo.

Diz o Evangelista, observa Santo Agostinho; que o povo tinha a Jesus por filho de José, julgando, ter ele nascido como os demais homens e assim falava de Jesus como filho de São José. Todavia, comenta o Padre Cantera, não só o vulgo ignorante chamava a José de pai de Jesus. Os Evangelistas, que narraram e conheceram o mistério da Encarnação e a Divindade de Jesus, chamavam a José pai de Jesus.

Admiravam-se seu Pai e sua Mãe do que se dizia d’Ele. Iam os Pais de Jesus todos os anos a Jerusalém. Ficou Jesus em Jerusalém sem que o soubessem seus Pais. E Nossa Senhora ao encontrar Jesus no templo, lhe diz:
Eis que teu pai e eu cheios de aflição te procuramos.

Sempre no Evangelho, S. José é chamado e considerado Pai de, Jesus. E Jesus mil vezes o havia de chamar Pai, e a ele esteve sujeito e obediente trinta anos desde Belém.

São José, pois, é e deve ser chamado Pai de Jesus, Pai virginal, não Pai carnal e segundo a geração humana, porque Maria Imaculada concebeu, e foi Mãe de Jesus por obra e :graça do Espírito Santo.

São José é a sombra do Eterno Pai, a imagem do Pai de quem procede o Filho, Jesus Cristo. Não devia, pois ser chamado Pai de Jesus?

Pai putativo, genealógico, jurídico ou legal, adotivo, eletivo, nutrício, virginal, afetivo e de ofício de Jesus Cristo. Eis a sua glória: Pai de Jesus.

Retirado do Livro: São José – Pe. Ascânio Brandão

Festas juninas: mais que folclore, expressão da religiosidade popular brasileira



 São João Batista, um dos santos mais lembrados durante as tradicionais festas juninas. Além dele, os festejos fazem memória a Santo Antônio (comemorado em 13 de junho) e São Pedro (29 de junho). Atualmente, as comemorações se apresentam enraizadas na cultura e no folclore popular. Entretanto, mais que folclore, as festas juninas são parte da religiosidade popular brasileira, e estes são alguns aspectos destas celebrações dos quais pouco se fala.

Origem


Apesar de ter se tornado característica do Nordeste brasileiro, as festas juninas tiveram origem na Europa. Na Antiguidade, celebrava-se nesta época do ano deuses pagãos que seriam responsáveis pelo clima – já que neste período ocorre o solstício de verão no hemisfério norte – e pelas boas colheitas. Com o passar dos anos, quando o catolicismo foi se tornando religião predominante na região, foram incorporadas algumas festas pagãs, que tomaram caráter religioso e ajudavam a propagar a fé. Essas festas, então, passaram a se chamar “joaninas”, em homenagem a São João. A tradição chegou ao Brasil com os portugueses.

Instrumento de catequese

Quando os jesuítas chegaram ao Brasil, no século XVI, trouxeram a tradição das festas religiosas e perceberam que isso ajudava na missão de catequizar. Além disso, notaram que as festas juninas coincidiam com o período em que os índios faziam seus rituais pela fertilidade do campo e essa também passou a ser uma festividade para a agradecer pela fartura das colheitas, reforçar os laços familiares e rezar para que a próxima colheita fosse farta. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas deste cereal integram a tradição, como a canjica e a pamonha.

Influências de outros países

As quadrilhas são inspiradas nas danças marcadas dos nobres franceses, de onde vem os gritos “Anavam! Anarriê!”, que, na verdade, seriam os comandos “En avant” e “En arriere”, que em francês significam ir para frente e para trás. Dos espanhóis e portugueses, veio a dança de fitas. E até mesmo os chineses influenciaram esses festejos, com os fogos de artifício, pois, segundo consta, foi na China que teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogo. Nas festas juninas, os fogos passaram a ter um sentido próprio. De acordo com a tradição, seriam fogos para “acordar São João”.

Fogueira


Segundo a tradição, essa prática remeteria a um acordo feito entre Maria e sua prima Isabel. Esta teria que acender uma fogueira no topo de um monte para avisar sua prima que seu filho, João, havia nascido.

Ceia de São João



Nesta véspera do dia de São João, muitos no Nordeste do Brasil vão se reunir em família, com vizinhos e amigos para a tradicional ceia junina. Essa prática remete à ceia natalina, realizada na véspera do Natal esperando o nascimento do Menino Jesus. No caso da ceia junina, espera-se pelo nascimento de João Batista.

Santo Antônio


Ficou conhecido como santo casamenteiro, ao qual as mulheres recorrem quando desejam encontrar um marido. Segundo consta, esse título se deve a um fato: uma jovem pobre teria pedido a bênção do então Frei Antônio porque não conseguia realizar o casamento por causa da baixa condição financeira de sua família, a qual não tinha dinheiro para pagar o dote, as vestimentas e o enxoval; o frei abençoou a moça e pedido que confiasse; passados alguns dias, a mulher teria recebido tudo o que precisava e conseguiu se casar. Santo Antônio também é considerado “padroeiro dos pobres”, invocado diante de situações difíceis. Morreu em 13 de junho de 1231 e foi canonizado em 13 de maio de 1232 pelo Papa Gregório IX, na canonização mais rápida da história. A profundidade de seus textos doutrinários fez com que em 1946 o Papa Pio XII o declarasse doutor da Igreja.

São João Batista


É muitas vezes confundido com João Evangelista. João Batista era filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Anunciou o nascimento do prometido Messias, Jesus Cristo, “preparando os caminhos do Senhor”. Ele batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão. Além do próprio Jesus e de Nossa Senhora, é o único santo do qual a Igreja celebra o nascimento.

São Pedro


Conhecido como o santo que tem as chaves do céu. Segundo as sagradas Escrituras, Jesus confiou “as chaves do céu” a Pedro, ou seja, foi dada a este Santo a autoridade de pastorear a Igreja, interligando-a ao céu. Seu sucessor é o Papa.

Em um artigo sobre as origens dessas festas, o Arcebispo de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Spengler, assinalou os sinais de fé que se podem observar nessas comemorações, principalmente tendo-se em vista os santos comemorados.

“A religiosidade popular que se expressa de forma tão humana e bela, tão simples e rica nas festas juninas pode ser expressão de um desejo latente profundo na alma de nossa gente que busca um mundo melhor, marcado por paz, fraternidade e justiça, e por isso não cansa de lutar para superar todo tipo de dificuldades (Santo Antônio); empenha-se por cooperar na preparação de caminhos em vista de um mundo um pouco melhor para as novas gerações (São João); e deseja um fundamento firme sobre o qual possa construir um futuro promissor, a partir de um projeto claro de nação (São Pedro)”.



Por que às vezes se toca um sino durante a consagração?


Durante a missa pré-conciliar (que se celebrava em latim, e na qual os fiéis viam o sacerdote de costas), muitos fiéis se desconcentravam, se distraíam e não distinguiam os diferentes momentos da celebração.

Então, para chamar a atenção dos fiéis nos momentos culminantes da missa, eram usados pequenos sinos (carrilhão), para orientá-los, especialmente na hora da consagração.

No caso da consagração, havia duas formas de chamar a atenção dos fiéis: o sininho que o coroinha tocava e a colocação de uma palmatória (um tipo de castiçal) com uma vela acesa no altar.



Estes sinais permitiam que as pessoas soubessem que algo importante estava acontecendo, ou que estava a ponto de acontecer. Todos os fiéis se colocavam de joelhos, atitude que se mantém até hoje.

Atualmente, como a missa se celebra em língua vernácula, as pessoas estão mais atentas e sabem qual é o momento da consagração; por isso, o uso do sino foi suprimido como obrigatório e mantido como opcional.


Segundo a Instrução Geral do Missal Romano, “um pouco antes da consagração, o ministro, se for oportuno, adverte os fiéis com um sinal da campainha. Faz o mesmo em cada elevação, conforme o costume da região” (n. 150).



Pe. Henry Vargas Holguín

quinta-feira, junho 23, 2016

Julgar é proibido ou apenas uma interpretação errada?


NÃO JULGUEIS X NÃO JUJUBEIS 

VIVEMOS NA ÉPOCA DO NÃO JULGUEIS, ONDE PEGARAM UM VERSÍCULO ISOLADO PARA DIZER QUE JULGAR É PROIBIDO.

Jesus disse: Não julgueis, e não sereis julgados. (São Mateus 7, 1) Porém, um monte de deturpadores que querem praticar suas obras diabólicas, isolaram este versículo para proibir a correção/exortação, e assim colocarem seus planos de destruição em pratica. Quem usa este versículo no momento que é exortado, é apenas mais um ser que tem na sua cabecinha vazia a pretensão de fazer aquilo que mais os agradam.

VAMOS REFUTAR AS MARIONETES DO NÃO JULGUEIS

Como descrito de início, em Mateus 7, 1, vemos um relato onde Jesus diz: Não julgueis, e não serei julgados. Se interpretarmos este versículo ao pé da letra, isto é, isoladamente sem recorrer ao que vem depois, estaremos criando um anátema, pois nos veículos de 3 a 5 diz: Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão. (Mateus 7, 3-5)


Recorrendo ao versículo 2, percebemos que a mensagem diz: “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” (Mateus 7, 2) Percebemos aqui, que o a tese dos jujubas do não julgueis o próximo já caiu por terra, pois quando Jesus nos exorta dizendo que antes de tudo devemos tirar a trave que está em nossos olhos, é para que saibamos julgar corretamente para que não tenha também crimes contra nós, principalmente se tal crime for o mesmo que o da pessoa com a qual julgamos. Por isso no versículo diz que com o juízo com que julgardes sereis julgados.

Para acabar de uma vez por todas com a tese dos jujubas, termino este assunto com chave de ouro em uma bela exortação de Jesus, que está no mesmo capitulo, basta irmos no versículo 24 onde diz: Não JULGUEIS PELA APARÊNCIA, MAS JULGAI CONFORME A RETA JUSTIÇA. (João 7,24). Ler isso é dar uma chicotada nos modernistas.

Por fim, devemos julgar sem hipocrisia, pois o mundo está cheio de gente para julgar, porem o fazem hipocritamente.

É típico dos protestantes julgar o catolicismo sem nem saber o que é ser um católico, é típico das novas heresias modernistas que estão dentro da igreja católica, usar de argumentos do tipo para poder praticar suas apostasias, cimas e heresias.

Comecemos a ouvir a voz da igreja, a voz da verdade, e não as vozes dos espíritos modernistas que estão destruindo o mundo. Deveras G. K. Chesterton estava certo quando disse que chegaria um dia em que sera necessário desembainhar uma espada por afirmar que o pasto é verde.

DEUS PRA APRENDER DIREITINHO? Então por favor, não jujubeis nos comentários. 

Por: Gilson Azevedo  
© Livre para cópia e difusão na integra com menção do autor

quarta-feira, junho 22, 2016

Missas de cura e libertação: o que a Igreja diz?


Uma pergunta que todo católico precisa saber responder

No Missal Romano, há uma seção intitulada “Missas para diversas necessidades”, a qual pode ser utilizada para diversas finalidades particulares. Existem ainda as Missas especiais de Rogações, as Missas para as Quatro Têmporas e uma Missa “pelos enfermos”. Mas e Missas para “curar e libertar”? Roma jamais promulgou um próprio para uma Missa deste tipo. Por tanto, se não há no Missal Romano um próprio para que se celebre tal culto, não se deve celebrá-lo.

Poderíamos argumentar que “toda Missa cura e liberta”, uma vez que basta o Milagre Eucarístico e a comunhão para sanar todos os males, mas ao que parece este mesmo argumento se vê ultrapassado uma vez que há padres utilizando-se de argumentos espertos que vão desde “estas Missas se celebram de uma forma diferente” até “dinâmicas” que são introduzidas ao gosto do freguês, mesmo sem negar a natureza curativa e libertadora do Sacrifício de Cristo.

Os dois argumentos acima são falhos e criminosos em si mesmos, mas não é deles que trataremos. Definamos então as características básicas de uma Missa de Cura e libertação e analisemos se sua natureza condiz ou não com a Doutrina da Igreja. Nestas Missas são introduzidos:
Orações por cura e libertação;
Cantos emotivos e não litúrgicos;
Homilias artificiais, escandalosas e destoantes da Liturgia da Palavra no dia;
Novos momentos na ação litúrgica;
Exposição do Santíssimo Sacramento no ostensório ainda durante a Missa, e;
Gestos alheios às prescrições do Missal Romano.

Reconhecidas estas introduções, analisemos então.

Quanto ao número 1, das orações por cura e libertação.

A autoridade perene e inequívoca do Santo Padre foi exercida por meio da Congregação para Doutrina da Fé, na “Instrução sobre as orações para alcançar de Deus a cura” nos seguintes termos:

Art. 2 – As orações de cura têm a qualificação de litúrgicas, quando inseridas nos livros litúrgicos aprovados pela autoridade competente da Igreja; caso contrário, são orações não litúrgicas.

Art. 3 – § 1. As orações de cura litúrgicas celebram-se segundo o rito prescrito e com as vestes sagradas indicadas no Ordo benedictionis infirmorum do Rituale Romanum.(27)

Por tanto, qualquer oração por cura que não esteja já inserida nos textos litúrgicos ou que não tenha sido devidamente aprovada pelo Bispo Diocesano, conforme o Can. 838 do CDC, não são litúrgicas e NÃO PODEM SER UTILIZADAS NA MISSA. Da mesma forma, qualquer Missa que deseje rogar a Deus pela cura dos enfermos DEVE SEGUIR A PRESCRIÇÃO CANÔNICA em sua forma, o que não inclui nenhuma das outras introduções das quais trataremos.

Não é da tradição católica, e nem foi tratado ou autorizado por Roma em qualquer documento, orações por “libertação” a não ser aquelas dos ritos de exorcismo. Não se podendo inserir orações na Santa Missa alheias àquilo que ordena a Santa Sé, nos restaria questionar se ao menos as de exorcismo poderiam ser utilizadas para o fim de libertação. Sobre isso diz o mesmo documento:

Art. 8 – § 1. O ministério do exorcismo deve ser exercido na estreita dependência do Bispo diocesano e, em conformidade com o can. 1172, com a Carta da Congregação para a Doutrina da Fé de 29 de Setembro de 1985(31) e com o Rituale Romanum.(32)

§ 2. As orações de exorcismo, contidas no Rituale Romanum, devem manter-se distintas das celebrações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas.

§ 3. É absolutamente proibido inserir tais orações na celebração da Santa Missa, dos Sacramentos e da Liturgia das Horas.

O direito permite, no entanto,

§ 2. Durante as celebrações, a que se refere o art. 1, é permitido inserir na oração universal ou «dos fiéis» intenções especiais de oração pela cura dos doentes, quando esta for nelas prevista.

Por tanto, mesmo na Oração Universal a oração pela cura dos enfermos só se faz quando for canonicamente prevista.

Quanto ao número 2, dos cantos emotivos e não litúrgicos.

Já é fato batido e discutido em inúmeros documentos oficiais da Igreja, alguns infalíveis, qual a natureza do canto litúrgico (nO Quirógrafo de São João Paulo II, Tra le sollecitudini, no Documento da 48ª Assembleia Geral da CNBB, etc). No entanto, a “Instrução sobre as orações para alcançar de Deus a cura” ainda nos diz:

Art. 9 – Os que presidem às celebrações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas, esforcem-se por manter na assembleia um clima de serena devoção, e atuem com a devida prudência, quando se verificarem curas entre os presentes. Terminada a celebração, poderão recolher, com simplicidade e precisão, os eventuais testemunhos e submeterão o facto à autoridade eclesiástica competente.

Sem estimular choramingos, labaxúrias ou berros estridentes. O clima da celebração deve manter-se o mesmo de toda celebração litúrgica, principalmente da Eucaristia: silencioso, devocional, piedoso e amoroso.

Quanto ao número 3, das homilias artificiais, escandalosas e destoantes da Liturgia da Palavra no dia.

O Papa Bento XVI nos fala na Sacramentum Caritatis (SC) e na Verbum Domini (VD) sobre a natureza das homilias:


1) A sua «função [portanto, o seu fim] é favorecer uma compreensão e eficácia mais ampla da Palavra de Deus na vida dos fiéis» (SC n. 46 e VD n. 59).

2) «A homilia constitui uma atualização da mensagem da Sagrada Escritura, de tal modo que os fiéis sejam levados a descobrir a presença e eficácia da Palavra de Deus no momento atual da sua vida» (VD n. 59).

3) «tenha-se presente a finalidade catequética e exortativa da homilia» (SC n. 46). A respeito do caráter exortativo, a VD menciona a conveniência de, mesmo nas breves homilias diárias, «oferecer reflexões apropriadas […], para ajudar os fiéis a acolherem e tornarem fecunda a Palavra escutada» (n. 59).

4) Um ponto importante sobre o foco central da homilia: «Deve resultar claramente aos fiéis que aquilo que o pregador tem a peito é mostrar Cristo, que deve estar no centro de cada homilia» (VD n. 59).

Por tanto, não há lugar na homilética litúrgica para homilias como as que costumam figurar nestas Missas.

Quanto ao número 4, dos novos momentos na ação litúrgica.

Não raro, os sacerdotes que se dispõem a este show de horrores na liturgia costumam introduzir momentos estranhos à ação litúrgica que se celebra. Segundas homilias, interrupções à oração eucarística, etc.

Quanto a isso a Instrução Geral do Missal Romano é clara e direta (IGMR 46 à 90), indicando que a Santa Missa consta das seguintes partes:
Ritos Iniciais (entrada, saudação, ato penitencial, Kýrie, Glória e oração coleta);
Liturgia da Palavra (leituras bíblicas, salmo responsorial, aclamação ao Evangelho, proclamação do Evangelho, homilia, profissão de fé e oração universal);
Liturgia Eucarística (preparação dos dons, oração sobre as oblatas, oração eucarística, rito da Comunhão, oração dominical, rito da paz, fração do Pão e Comunhão);
Rito de Conclusão (notícias breves, saudação e bênção do sacerdote, despedida da assembleia, beijo no altar).

Nem dentro nem fora destes momentos a liturgia aceita quaisquer inovações. Algumas celebrações, em especial as pontificais, possuem de fato momentos adicionais mas, no entanto, foram especificamente descritos pela Santa Sé nos livros litúrgicos (Cerimonial dos Bispos, Pontifical Romano, Ritual de Bênçãos, etc) e se prestam à finalidade sacramental para a qual foram criados, em conformidade com a Doutrina e Tradição de sempre.

Quanto ao número 5, da exposição do Santíssimo Sacramento no ostensório ainda durante a Missa.

Sobre o uso da exposição do Santíssimo Sacramento, ou procissão sem o fim para o qual reza a norma, que é a adoração, a Santa Igreja considera ilegítimo, como está abaixo, no Documento do Cardeal Ratzinger já citado anteriormente:

“[…]Também estas celebrações são legítimas, uma vez que não se altere o seu significado autêntico. Por exemplo, não se deveria pôr em primeiro plano o desejo de alcançar a cura dos
doentes, fazendo com que a exposição da Santíssima Eucaristia venha a perder a sua finalidade; esta, de fato, «leva a reconhecer nela a admirável presença de Cristo e convida à íntima união com Ele, união que atinge o auge na comunhão sacramental”».

Oras, se o auge da união com Cristo se atinge na comunhão sacramental e esta é parte da Celebração Eucarística, é para Cristo dentro de si que se deve olhar e não para fora uma vez que “aqui dentro” ele está mais próximo do que “ali fora”. Por tanto, o rito de exposição do Santíssimo Sacramento não cabe na Santa Missa (salvos os casos pontificais presentes nos textos litúrgicos) pois distancia o fiel desta realidade íntima da presença real de Cristo em si.

Quanto ao número 6, dos gestos alheios às prescrições do Missal Romano.

A IGMR é clara:

42. Os gestos e atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração brilhe pela beleza e nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos[52]. Para isso deve atender-se ao que está definido pelas leis litúrgicas e pela tradição do Rito Romano, e ao que concorre para o bem comum espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação e arbítrio de cada um.
A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a sagrada Liturgia: exprime e favorece os sentimentos e a atitude interior dos presentes.”


Assim, cremos ter justificado conforme o ensinamento da Igreja que: não, Missa de Cura e Libertação NÃO PODE.

segunda-feira, junho 20, 2016

Sabia que um sacerdote católico foi quem propôs a teoria do Big Bang?

                          Albert Einstein e Georges Lemaître (Foto: Domínio Público)
Para muitas pessoas, o pai da teoria do Big Bang (a grande explosão) é o físico russo nacionalizado norte-americano, George Gamov; entretanto, poucos sabem que anos antes esta teoria que busca explicar a origem do universo já tinha sido proposta pelo sacerdote Georges Lemaître.

Hoje, 20 de junho, faz 50 anos do falecimento deste formidável matemático que, desde muito jovem, descobriu sua vocação de religioso e cientista.

O Pe. Lemaître nasceu em Charleroi (Bélgica), em 1894. Era filho de um médico e desde a sua infância se distinguiu por sua habilidade para as matemáticas e seu espírito curioso. Uma atração pelas ciências que enriqueceu com a sua vocação sacerdotal.

Graças aos seus estudos, na década de 1920 teve a intuição de que o universo tinha uma história e se encontrava em evolução; opondo-se assim à concepção de todos os cientistas da época, especialmente Albert Einstein que estava convencido da teoria do universo estático, imutável e eterno.

Como explica o cientista Eduardo Riaza, Lemaître não teve inconvenientes em supor um universo com um passado infinito. Seus estudos de filosofia baseados em Aristóteles e Santo Tomás de Aquino lhes mostraram que sua abordagem não contradizia sua crença em um Deus criador do mundo, já que o universo criado não necessita de um começo no tempo.

“Conhecemos a origem do cosmos por meio da Revelação Divina, mas em teoria nada impediria que Deus tivesse criado o universo desde sempre. Embora o tempo fosse infinito – tanto no passado como no futuro –, não deixaria de ter uma causa”, precisa.

Assim, em 1930, Georges Lemaître propôs um modelo de universo sob o nome de hipótese do “átomo primordial” ou “ovo cósmico”, o qual mais tarde ficou conhecido como o Big Bang. Sua reflexão se apoio em dados registrados pela observação dos espectros de certas galáxias recentemente descobertas.

Segundo o sacerdote, a história do universo é dividida em três períodos.

O primeiro é chamado “a explosão do átomo primitivo”, segunda a qual, há cinco bilhões de anos existia um núcleo de matéria hiperdensa e instável que explodiu sob a forma de uma super-radioatividade. Esta explosão se propagou durante um bilhão de anos e os astrônomos percebem seus efeitos nos raios cósmicos e nas emissões X.

Depois, vem o período de equilíbrio ou o universo estático de Einstein. Afirma que finalizada a explosão, estabelece-se um equilíbrio entre as forças de repulsão cósmicas na origem do acontecimento e as forças de gravitação. Durante esta fase de equilíbrio, que dura dois bilhões de anos, formam-se os nós e nascem as estrelas e galáxias.

Finalmente, seguem os períodos de expansão, iniciados faz dois bilhões de anos. Afirma que o universo se encontra em expansão a uma velocidade de 170 km por segundo de maneira indefinida.

Em 1933, durante um ciclo de palestras organizadas pelo Prêmio Nobel de Física, Robert Andrews Millikan, no qual estiveram tanto Lemaître como Einstein, este último aceitou que o universo se expandia. No entanto, nunca admitiu que o cosmos poderia ter tido um começo; sempre acreditou que Lemaître queria introduzir a criação divina na ciência.

Por sua parte, o sacerdote nunca tentou explorar a ciência em benefício da religião, pois estava convencido de que ambas conduzem à verdade por caminhos diferentes.

“O cientista cristão [...] tem os mesmos meios que seu colega não crente. Também tem a mesma liberdade de espírito [...]. Sabe que tudo foi feito por Deus, mas também sabe que Deus não substitui suas criaturas [...]. A revelação divina não nos ensinou o que éramos capazes de descobrir por nós mesmos, ao menos quando essas verdades naturais não são indispensáveis para compreender a verdade sobrenatural. Portanto, o cientista cristão avança livremente, confiante de que sua pesquisa não pode entrar em conflito com sua fé”, disse em uma ocasião.

O Pe. Lemaître nunca buscou honras nem reconhecimentos, embora diversas republicações e traduções de seus artigos sobre o átomo primordial a partir de 1933 o colocaram no topo da física mundial.

Em 1948, Georges Gamov propôs uma nova descrição do começo do universo; e embora seja considerado hoje como o pai da teoria do Big Bang, as linhas mestres estavam nitidamente presentes na cosmologia do Pe. Lemaître.

Durante sua vida, obteve diversos cargos na Pontifícia Academia das Ciências, sendo assessor pessoal do Papa Pio XII e presidente da mesma em 1960.

Em 1979, durante o discurso do Papa São João Paulo II à Pontifícia Academia das Ciências por ocasião da comemoração do nascimento de Albert Einstein, citou algumas palavras do Pe. Lemaître sobre a relação entre a Igreja e a ciência:

“Precisaria a Igreja da ciência? Certamente que não, a cruz e o evangelho bastam-lhe. Mas ao cristão nada de humano é alheio. Como poderia a Igreja desinteressar-se da mais nobre das ocupações estritamente humanas: a busca da verdade?”.

Fonte: acidigital 

sexta-feira, junho 17, 2016

O Dom de Línguas por São Tomas de Aquino


Os hereges pentecostais (aqui podemos incluir, além dos protestantes os pseudo-católicos da RCc), defendem que a glossolalia praticada por eles constitui um reavivamento do miraculoso “falar em línguas” dos tempos apostólicos.

Afetados por uma grave e profunda anestesia intelectual os pentecostais adoram enrolar a língua para impressionar as mentes incultas e impressionáveis. Histéricos e sentimentais, os pentecostais se gabam de manifestarem o dom do Espírito Santo, enrolando “epileticamente” a língua como sinal da presença da ação do Espírito. Enganam-se a si mesmos, senão enganados por um espírito diabólico.

Santo Tomás de Aquino, ao comentar o Capítulo XIV da primeira carta de São Paulo aos Coríntios, escreveu:


“Quanto ao dom de línguas, devemos saber que como na Igreja primitiva eram poucos os consagrados para pregar ao mundo a Fé em Cristo, a fim de que mais facilmente e a muitos se anunciasse a palavra de Deus, o Senhor lhes deu o dom de línguas” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pag 178.)

Vê-se, portanto, que o dom de línguas foi dado aos primeiros cristãos para que anunciassem a religião verdadeira com mais facilidade. Os Coríntios, por sua vez, desvirtuaram o verdadeiro sentido do dom de línguas:

“Porém, os coríntios, que eram de indiscreta curiosidade, prefeririam esse dom ao dom de profecia. E aqui, por ‘falar em línguas’ o Apóstolo entende que em língua desconhecida e não explicada: como se alguém falasse em língua teutônica a um galês, sem explicá-la; esse tal fala em línguas. E também é falar em línguas o falar de visões tão somente, sem explicá-las, de modo que toda locução não entendia, não explicada, qualquer quer seja, é propriamente falar em língua” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 178-179).

Temos aqui uma consideração importante. Para São Tomás, o “falar em línguas” pode ser entendido de duas formas:

a) falar em uma língua desconhecida, mas existente, como no caso de Pentecostes, no qual pessoas de várias línguas compreendiam o que os apóstolos pregavam.
b) a pregação ou oração sobre visões ou símbolos.E o doutor angélico confirma isso mais adiante:

“ ‘suponhamos que eu vá até vós falando em línguas’ (I Co 14, 6). O qual pode entender-se de duas maneiras, isto é, ou em línguas desconhecidas, ou a letra com qualquer símbolos desconhecidos” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 183.

No que se refere ao uso público do dom de línguas, o Apóstolo determina que ele nunca deve ser usado sem que haja intérprete, ou seja, sem que haja quem explique os símbolos para os que não os compreendem.

Ora, no que diz respeito a “interpretação das línguas”, na Missa, depois da Epístola e do Evangelho, o padre faz o sermão, pelo qual explica os símbolos dos textos sagrados que foram lidos. O sermão é, pois, a ‘interpretação das línguas’ (Epístola e Evangelho) que foram faladas na Missa. Fica, portanto, bastante claro o verdadeiro significado do dom de línguas, que nada mais é do que:

1 – o milagre de pregar o Evangelho numa língua sem a ter estudado ou
2 – o simples fato de usar uma linguagem simbólica na vida espiritual, seja na oração particular, seja na oração pública, sendo que nesta última é necessário alguém que “interprete as línguas”, ou seja, que explique o significado dos símbolos ao povo, função dos ministros da Igreja.

Haja vista que a primeira forma de falar em línguas é suficientemente clara – ou seja, que é um milagre pelo qual uma pessoa, que tem por ofício pregar às almas, fala numa língua existente sem nunca a ter estudado – consideremos a segunda forma de manifestação desse dom, segundo São Tomás. Neste caso, falar em línguas é uma simples predicação numa linguagem pouco clara, como, por exemplo, falar sobre símbolos, visões, em parábolas, etc:

“(…) se se fala em línguas, ou seja, sobre visões, sonhos (…)” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 208.).


E ainda:
[lhes falarei] “ ‘Em línguas estranhas’, isto é, lhes falarei obscura e em forma de parábolas” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 200.


“(…) em línguas, isto é, por figuras e com lábios (…)” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 200.)


Quem assim procede, isto é, usa de símbolos nas práticas espirituais, tem o mérito próprio da prática de um ato de piedade. Caso o indivíduo compreenda racionalmente o que diz, lucra, além do mérito, o fruto intelectual da ação.

Quem reza o Pai-Nosso, por exemplo, mesmo sem compreender perfeitamente o valor de suas petições, tem o mérito próprio da boa ação de rezar. Por outro lado, quem reza o Pai-Nosso com o conhecimento de seu significado mais profundo, lucra, além do mérito, a consolação intelectual da compreensão de uma verdade espiritual. Por esse motivo, São Paulo exorta aos que “falam em línguas” – ou seja, que usam símbolos nos atos de piedade – para que peçam também o dom de “interpretar as línguas”, quer dizer, de compreender o que diz por meio simbólico, afim de que possa ganhar, além do mérito, a compreensão racional do ato.

Comentado o versículo 27, no qual São Paulo exorta que não falem em línguas mais que dois ou três durante o culto público, diz São Tomas:

“É de notar-se que este costume até agora (…) se conserva na Igreja. Por que as leituras, epístolas e evangelhos temos em lugar das línguas, e por isso na Missa falam dois (…) as coisas que pertencem ao dom de línguas, isto é, a Epístola e o Evangelho” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 208..)

Para São Tomás, a leitura da Epístola e do santo Evangelho, na Missa, são a forma de “falar em línguas” que a Igreja conservou dos tempos apostólicos! Nada mais contrário ao delírio pentecostal carismático!

Que caiam de vez as heresias dos 4 jovens que se sentavam com anglicanos para praticar heresias e vieram para a igreja católica como um presente de Troia/Lutero.  

quarta-feira, junho 15, 2016

Em busca do milagre pessoal e a deficiência da solidariedade moderna


Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.' Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: 'Eu quero, fica purificado.'E, imediatamente, a lepra o deixou.  E Jesus recomendou-lhe: Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua cura.  Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouví-lo e serem curadas de suas enfermidades. Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração. São Lucas 5,12-16

Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar. Esse é o apelo de um leproso que, caído sobre os pés de Jesus, clama por sua cura, uma cura que o salva de todos os preconceitos daquela época, uma cura que o salva de todas as questões sociais que o excluíam da sociedade enquanto leproso.

A lepra tanto naquela época quanto nos dias de hoje, é uma questão que exclui as pessoas do nosso meio. Quando nos deparamos com um leproso, a primeira ação é nos escondermos e distanciar-se daquela pessoa, condenando-as como se fossem um ser sem utilidade para nossa sociedade, não conseguimos ver o exemplo de Jesus, que é estender as mãos para ajudar os necessitados.

Quando agimos dessa forma, sem estender as mãos para ajudar aquele que sofre, não conseguimos levar a imagem de Cristo até aquela pessoa, pelo contrário, fazemos com que aquela pessoa se afaste de nós, sendo assim, nos tornamos os verdadeiros leprosos, leprosos espiritualmente, que faz com que os enfermos se afastem do nosso meio, pois eles olham em nossas atitudes, um ato de ante-humildade e sem misericórdia para com os necessitados, eles olham uma imagem de um ser com atitudes que em nada ajuda no progresso das questões sócias de hoje.

No evangelho de Lucas, percebemos que a fama de Jesus logo se espalhou por todos os lados, sendo assim, multidões corriam atrás Dele em busca de alguma cura, as pessoas queriam um milagre. Mais Jesus fez uma atitude da qual devemos nos questionar. Jesus se retirava para lugares solitários e se entregava a oração total. Este gesto de Jesus, pode ser refletido de uma forma bem compreensível nos dias atuais. As pessoas começaram a procurar Jesus para encontrar a cura de suas enfermidades, mas, muitas dessas pessoas só iam atrás de Jesus por ocasião dos milagres, e não pela busca da salvação eterna, ou pelo desejo de aceitar o plano de salvação proposto por Deus, pois muitos querem os milagres, e poucos querem a salvação eterna.

E nós, como estamos buscando Jesus, será que estamos buscando Ele só pelas curas e milagres, será que somos aqueles que só recorrem a Deus nos momentos de dificuldades?

Irmãos e irmãs, devemos buscar compreender as necessidades do nosso coração, devemos buscar compreender que não são os nossos desejos que nos aproximam da santidade, pois buscar a santidade para alcançar a vida eterna, é deixar-se ser guiado pela Luz de Cristo, se não fazemos isso, estamos enganando a nós mesmos. Busquemos os exemplos dos santos, mas nunca querendo ser a copia dos santos, mas sim, deixando-se ser copia de nós mesmos por meio de nossas obras, pois ainda existe muitas questões que ainda não foram resolvida pelos santos.

Comecemos a deixar que a Igreja nos guie, pois actualmente muitos dos cristãos é que querem guiar a igreja, esquecendo-se, que é Cristo quem nos guia, Ele é a Cabeça deste corpo místico, é Ele quem guia nossa liturgia. Deixemos de criar coisas vindas de nós mesmos, querendo encher os bancos das comunidades, querendo satisfazer os desejos de todos, nem Jesus Cristo agradou a todos, assim, sua igreja nunca irá agradar a todos, pois Ele como cabeça deste corpo místico, nos ensina que devemos agradar a Deus, e não as pessoas, não são as pessoas que fizeram Deus, e sim Deus quem nos fez, e este Deus nos chama a agrada-lo em tudo.  Enquanto ficarmos com o pensamento de agradar as pessoas em tudo, ao ponto de não exortar os erros dos irmãos, continuaremos a ser pessoas que nunca reconhecerão o valor do amor, nunca iremos intender o valor da disciplina, nunca iremos intender o decálogo de Deus, precisamos meditar na ascese com um aprofundamento ortodoxo de nossa igreja. 

Lembre-se, quem quis agradar as pessoas aqui na terra foi o diabo, oferecendo só coisas boas a Jesus, mas Cristo o repreendeu, assim quem quer agradar somente as pessoas e não a Deus, também é repreendido por Cristo. São os nossos gestos e atitudes, que levam outras pessoas querer agradar a Deus.
Paz e bem!

Autor: Gilson Azevêdo - Criador do Blog Católicos Defensores da Fé 

terça-feira, junho 14, 2016

O barco da fé é um dos caminhos para a salvação



Por: Gilson Azevedo



 Evangelho: São Marcos 6,45-52

Imediatamente ele obrigou os seus discípulos a subirem para a barca, para que chegassem antes dele à outra margem, em frente de Betsaida, enquanto ele mesmo despedia o povo. E despedido que foi o povo, retirou-se ao monte para orar. À noite, achava-se a barca no meio do lago e ele, a sós, em terra. Vendo-os se fatigarem em remar, sendo-lhes o vento contrário, foi ter com eles pela quarta vigília da noite, andando por cima do mar, e fez como se fosse passar ao lado deles. À vista de Jesus, caminhando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma e gritaram; .pois todos o viram e se assustaram. Mas ele logo lhes falou: Tranqüilizai-vos, sou eu; não vos assusteis! E subiu para a barca, junto deles, e o vento cessou. Todos se achavam tomados de um extremo pavor, pois ainda não tinham compreendido o caso dos pães; os seus corações estavam insensíveis. 
Mc 6,45-52


O Evangelho de São Marcos nos relata um facto muito importante, o Evangelho nos exorta de um modo especial sobre como caminhar de forma correcta, nos mostra um acontecimento sobre como ter fé no Pai e acreditar com mais força na nossa capacidade de fazer coisas maravilhas em prol do Reino dos Céus.

Marcos nos relata que Jesus convidou os discípulos para subir naquele barco, para que assim pudessem seguir em frente. antes deste relato, 
os discípulos tinham presenciado a multiplicação dos pães e peixes, e isso nos ajuda a refletir melhor sobre a nossa caminha de fé, pois da mesma forma que Jesus convidou os discípulos para subir em um barco, Ele vem convidar a subir neste barco, para que assim, possamos velejar nos quatro cantos do mundo levando a Boa Nova. 



O que representa este barco em nossa vida? 

Esse barco significa a fé, sem fé não podemos ir adiante, este barco é essencial para que possamos caminhar contra as marés deste mundo, lembrem-se da Arca de Noé, pois tudo aquilo que estava dentro dela não foi levado pelo diluvio, isso porque aquela Arca representava a fé, representava uma fé capaz de mover o mundo para salvar vidas. Aquela arca só foi possível existir por meio das obras, sem as obras, a fé é morta, isto é, o barco da vida não existe. Poderia Noé receber tal pedido de Deus e esperar que a Arca se construísse por si mesma? Não! para isso Noé se moveu com tanta força, capaz de construir uma imensa Arca, apenas aceitando o pedido de Deus. Deste modo, somos chamados a ouvir a voz de Deus e por meio da fé que depositamos nEle, nos mover para compartilhar a salvação eterna com todos, é preciso se mexer correr atras daqueles que ainda não subiram no barco da fé em Cristo. 

Cisto é a Luz que vem iluminar os nossos caminhos para enxergarmos a porta da Salvação, que é Ele mesmo. 

Como caminhar contra as marés do mundo actual? 

Caminhar contra as marés deste mundo é cansativo, mais não devemos nos deixar se abater por este cansaço, os discípulos estavam cansados de remar, porque enfrentaram um vento que vinha contrário a eles, mais Jesus ao ver aquela situação, os ensinou a não abaixarem a cabeça quando se rema contrário as coisas deste mundo, Jesus quis mostra-los o valor da fé, pois os discípulos mesmo tendo presenciado a multiplicação dos pães e peixes, ainda não tinham fé o suficiente para acreditar que eles também poderiam fazer o mesmo, e desta forma, Jesus se apresenta ao discípulos andado por sobre as águas.

As águas que o mundo nos oferece, mutias das vezes vem em forma de um diluvio, e querem nos levar para a morte espiritual, mas a exemplo de Jesus, devemos usar a nossa fé para passar por cima destas águas, para que assim possamos praticar obras verdadeiras e concretas. Jesus andou por sobre as águas, e enfrentou a força das correntezas, porém os discípulos ficaram espantados, e se perguntando como Ele fazia aquilo. É deste modo que devemos agir, andar por cima das correntezas deste mundo permitindo que as pessoas se perguntem como conseguimos fazer isso e ao mesmo tempo suportas as chicotadas que o mundo nos oferece. Praticando isso, seremos um reflexo de Cristo para que todos sejam chamados a ter a mesma fé, para qquando chegar o tempo das tempestades, não possam pular deste barco, pois somente os que tem fé permanecem na verdade.

Ter fé não é sentar no sofá e esperar que o prato de comer venha até nós, ter fé, é poder ir aos lugares onde não sabemos, sem ter medo de se confrontar com as injustiças deste mundo, é saber denunciar e praticar meios para que a justiça seja feita, pois o mundo esta sofrendo uma escarces da verdade, e nós como cristãos, temos o dever de anunciar a boa nova, para que a verdade reine nos quatros cantos do mundo. E Para que isso seja feito perfeitamente, devemos ter em mente que s
omente Deus é capaz de nos fazer andar contra as marés deste mundo, mas não basta pedir, temos que levantar e fazer por nós aquilo que Deus faria e faz por nossa humanidade.  

Irmãos e irmãs, que estas palavras adentrem em nosso coração e nos faça crescer na fé, que a cada dia nós possamos sair do comodismo e enfrentar as correntezas deste mundo, sejamos firmes para que os dilúvios da vida não venham nos levar para o precipício do pecado mortal, para que não sejamos os primeiros a pular do barco de Jesus Cristo.  

Que o Espirito Sancto nos inspire sempre na nossa caminhada, e como já dizia São Francisco: “Evangelize sempre, se for preciso use palavras.” Que este belo exemplo de São Francisco nos faça querer usar palavras somente quando realmente for necessário, que nós passamos usar antes de tudo nossas atitudes e gestos diários, para que assim, as pessoas vejam não a nossa pessoa, mais os gestos de Jesus Cristo. Amém!

Na passagem onde reflete sobre os três reis magos que foram foram até Jesus guiados por uma estrela, devemos saber que essa estrela representa a Igreja, mais nem todos querem ir até Jesus sendo guiados por essa estrela, alguns querem seguir Jesus pelo facebook, WhatsApp, etc. estes meios são bons para levar a mensagem do evangelho, mais nunca se deixe pensar que isso é seguir a Cristo. 
Sejamos imitadores deste exemplo, ir até Jesus guiados pela Santa Igreja que Ele mesmo fundou, não sejamos Cristãos sem obras.

Paz e bem!

Autor: Gilson Azevedo - Criador do blog Católicos Defensores da Fé