terça-feira, outubro 20, 2015

O que significa a palavra “amém”?



Seu significado é tão concreto e especial  que não tem correspondência exata em outros idiomas



Amém” é uma palavra cujo uso na língua hebraica é muito antigo. Do ponto de vista etimológico, “amém” deriva do verbo “aman”, usado para reforçar ou confirmar algo. Basicamente, significa “que conste”, “em verdade”.

Esta palavra não tem equivalência exata nas línguas ocidentais. O seu significado tem de ser entendido como uma resposta de confirmação a algo que é considerado firme, estável, imutável. É por isto que a tradição judaico-cristã manteve esta palavra inalterada, sem traduzi-la: qualquer tradução empobreceria o sentido original da palavra, que, em sentido estrito, só pode ser dita em referência a Deus.

Estendido ao cristianismo, o termo “amém” é muito usado na Bíblia para afirmar que algo “tem de ser”. A palavra é também uma das aclamações litúrgicas mais frequentes como fórmula para encerrar as orações, significando “assim seja”.

Pronunciar a palavra “amém” é proclamar que se tem por verdadeiro o que acaba de ser dito, com o objetivo de ratificar uma proposição ou unir-se a ela. No âmbito do culto religioso, significa que a assembleia “está de acordo” com o que é celebrado e afirmado.

A expressão é usada pelo próprio Jesus nos evangelhos para iniciar um discurso, dando-lhe a conotação de solidez e contundência. É por isso que Jesus diz: “Em verdade, em verdade vos digo”.

Pe Henry Vargas Holguin 

segunda-feira, outubro 19, 2015

SOBRE A ESCOLHA DO DOMINGO


- DOMINGO QUER DIZER: Dia do Senhor; do latim "dies Dominicus".

A igreja de Deus, porém, achou conveniente transferir para o domingo a solene celebração do sábado. Assim como nesse dia começou a brilhar a luz para o mundo universo, assim também nossa vida foi retirada das trevas para a luz, em virtude da ressurreição de Nosso Salvador, realizada naquele mesmo dia, e que nos franqueou os umbrais da vida eterna. Por isso, quiseram os Apóstolos fosse ele chamado "domingo".
Vemos também, pela Sagrada Escritura, que esse dia é memorável, pois nele teve o inicio a criação do mundo, e nele foi comunicado o Espirito Santo aos Apóstolos. ( Catecismo Romano. III Parte: Dos mandamentos [18])

Sendo, pois, Senhor do sábado, Jesus, transferiu a santificação deste dia para Domingo, o dia da sua Ressurreição e da vinda do Espírito Santo à Igreja da Nova e Eterna Aliança, como o atesta toda tradição cristã (Mc 16, 9 e At 2, 1) Jesus ressuscitou no domingo e é pela Ressurreição que Ele inaugura a Nova Criação, pois a primeira fora deteriorada pelo pecado. Jesus não revogou a Lei, mas a APERFEIÇOOU!
Uma dessas coisas foi a mudança do sábado para o Domingo, dia da "Nova Criação"! A ressurreição do Domini, é para nós motivo de alegrar-se, é motivo de anunciar que Cristo cumpriu com suas promessas, ressuscitou para nos comprovar que é morrendo que se vive para a vida eterna.

Quem afirmar que o Dominigo não é o dia do Senhor, esta afirmado que os apóstolos erraram, sabemos que os Apóstolos se reuniam no domingo: "No primeiro dia da semana, tendo-nos nós reunidos para a fração do pão..." (At 20,7). Estariam os Apóstolos errados ao fazer isso? Ou será que os protestantes e adventistas sabem mais que os Apóstolos?

Sabemos que a observância do Sábado sempre foi é fidelidade à Aliança, por tanto este dia é dia de alegria e de oração. Assim por Jesus o Domingo passa também a ser um dia de observância e contemplação a sua ressurreição que traz luz e vida eterna ao mundo. Este dia fica marcado também como um dia de oração e alegria para todos, quem não se alegra com isso, afirma não gostar da ressurreição de Cristo.

Temos um testemunho de São Justino(†165) vindo dos primeiro seculo que nos diz: “No dia chamado do Sol, domingo) celebra-se uma reunião dos que moram nas cidades ou nos campos e ali se lêem, quando o tempo permite, a memória dos apóstolos ou os escritos dos profetas... Celebramos esta reunião no dia do Sol, por ser o primeiro, aquele em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo; o dia também em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos”(Apologia I, 65-67)

Foi em um Domingo que Deus deu inicio a criação do mundo, assim por um domingo, Ele deu inicio a um novo projeto, o projeto de Salvação para toda a humanidade, pois pela ressurreição de Jesus Cristo em um Domingo, surge uma nova aliança entre Deus e o homem, a promessa da vida eterna, o chamado a ser criatura nova, de sermos filhos eternos de Deus Pai. Nisso somos chamado aos Domingos, ressuscitar em Cristo através da Santa Missa, somos chamados a morrer para o mundo e viver uma vida nova em comunhão com Cristo através da Eucaristia, Corpo de Cristo que nos faz sentir-se em sintonia com o Espirito Santo, da mesma forma que no Domingo os Apóstolos receberam a vinda dEle para que estejamos sempre na esperança de chegar a vida eterna, e sermos inspirados como arautos do Evangelho, anunciadores da boa nova.

Paz e bem

Por: Gilson Azevedo

domingo, outubro 18, 2015

A estratégia do demônio: Contrapor ‘um Jesus bondoso’ a ‘uma Igreja malvada´, afirma exorcista



ROMA, 13 Mai. 15 / 05:00 pm (ACI).- “O diabo ataca a humanidade fazendo acreditar que não existe um bem objetivo e que podemos decidir o que é bom e o que é ruim, isto é, caímos no relativismo e o ‘pai da mentira’ também busca enganar os fiéis colocando em oposição ‘um Jesus bondoso’ com ‘umaIgreja má’ que não deixa o homem livre para fazer o que bem quiser”, advertiu o sacerdote e exorcista Cesar Truqui.

Para Satanás “é mais fácil separar e distorcer a imagem de Deus, do que negar sua existência. O diabo sempre separa e opõe um Jesus ‘bondoso’ a uma Igreja ‘má’, que não deixaria o homem livre para fazer o que ele quiser”, assinalou o sacerdote em declarações ao semanário italiano Tempi.

O Pe. Truqui participou do curso sobre exorcismo realizado recentemente em Roma indicou: “O demônio sempre atua da mesma maneira, tentando o santo “em sua santidade” e “o pecador em seu pecado”. Entretanto, existe outra forma de tentação mais difundida atualmente: O relativismo”.

“No Evangelho de São João, Jesus define o diabo como o ‘pai da mentira’, porque nos convence que nós devemos decidir entre o que está bem e o que está mal. Busca convencer-nos de que não existe um bem objetivo. Hoje esta visão é imposta globalmente e por isso Bento XVI ressaltava a ‘ditadura do relativismo’: a impossibilidade de estabelecer com segurança o que é bom e ruim para todos, e que qualquer pessoa pode escolher o que é legal e o que não é, o que é delito e o que não é”, explicou o exorcista.
Além disso, o Pe. Truqui advertiu: “Existe outro engano que deriva disto: pensar que se afastássemos a verdade para aceitar as pessoas, finalmente encheríamos as Igrejas. Mas, na verdade é o contrário. Hoje sabemos claramente que quanto mais a Igreja se ‘mundaniza’, mais o mundo se afasta”.

O Pe. Cesar Truqui afirmou enseguida: “Para diminuir a fé das pessoas, o diabo utiliza “as ideologias, a tecnologia e todos os meios audiovisuais, pela força de propagação que têm. E o meio mais poderoso é a internet por ser uma ferramenta que a pessoa pode utilizar sozinha e através do computador a pessoa pode ter acesso a tudo sem limite nem controle”.

“Os fiéis podem combater o diabo com alguns meios que a Igreja oferece. Para estar atento e superar as tentações diárias, crescentes e difundidas no contexto social, os meios são os que Jesus nos deixou. Jesus, veio salvar-nos para estar junto d´Ele: Participar dos sacramentos da Eucaristia e a Confissão, a oração diária e o terço”, concluiu o Pe. Cesar Truqui.

Fonte: acidigital

sexta-feira, outubro 16, 2015

Onde está procissão na Bíblia?

É inacreditável que os "filhos de Lutero" gritando aos quatro ventos "Sola Scriptura" façam uma pergunta dessa natureza. 

Qualquer pessoa que tenha lido a Bíblia deve ter-se fartado dos textos, onde o povo de Deus realizava suas procissões.

Vamos logo aos exemplos: 



"...procissões de luto diante do Senhor dos exércitos?"(Ml 3,14).
Os dois transportes da Arca da Aliança realizados por Davi, foram em grande festa, onde o próprio rei dançava diante da Arca do Senhor:

"Davi, os anciãos de Israel e os chefes de mil foram para retirar da casa de Obededom a arca da aliança do Senhor, e para transportá-la no meio de regozijo."(1Cr 15,25)

"Davi e toda a casa de Israel dançavam com todo o entusiasmo diante do Senhor, e cantavam acompanhados de harpas e de cítaras, de tamborins, de sistros e de címbalos."(2Sm 6,5)
A bem da verdade toda a caminhada dos israelitas no deserto por 40 anos foi uma LONGA PROCISSÃO, onde a Arca da Aliança sempre ia à frente deles.

Também o governador Neemias ao inaugurar as muralhas reconstruidas, fez solene procissão com 2 cortejos:
"Fiz então subir à muralha os chefes de Judá, e formei dois grandes coros para o cortejo. Um ia pela direita, por cima da muralha, na direção da porta da Esterqueira."(Ne 12,31).
Portanto.... só nos resta lamentar: Coitados dos filhos de Lutero.... como estão cegos !!!

A Bíblia nos fala de procissões

Os PROTESTANTES mentindo, perseguindo e seduzindo nós católicos, dizem: “Não existem procissões na Bíblia”.

1.º – “Viram as tuas procissões, ó Deus, as procissões do meu Deus, do meu Rei, no santuário: os cantores à FRENTE, ATRÁS os músicos, NO MEIO as jovens, soando tamborins. Lá está Benjamim, o mais novo, conduzindo os príncipes de Judá, com vestes coloridas, os príncipes de Zabulon, os príncipes de Neftali” (Sl 67, 25-26. 28).

2.º – “Mandei então que subissem à muralha os chefes de Judá e organizei dois grandes coros. O PRIMEIRO CAMINHAVA NO ALTO DA MURALHA, para a DIREITA, EM DIREÇÃO da porta do Esterco; ATRÁS dele iam Osaías e a metade dos chefes de Judá - como também Azarias, Esdras, Mosolam, Judá, Benjamim, Semeías e Jeremias, escolhidos dentre os sacerdotes e levando trombetas; DEPOIS Zacarias, filho de Jônatas, filho de Semeías, filho de Matatias, filho de Micas, filho de zacur, filho de asaf, com seus irmãos Semeías, Azareel, Malalai, Galalai, Maai, Natanael, Judá, Hanani, com instrumentos musicais de Davi, homem de Deus. E Esdras, o escriba, ia na FRENTE deles. - Chegando à porta da fonte, SUBIRAM EM LINHA RETA DIANTE DELES pelas ESCADARIAS da cidade de Davi, pelo ALTO da muralha, e pela SUBIDA do palácio de Davi, até a PORTA das águas, ao oriente. O SEGUNDO CORO CAMINHAVA para a ESQUERDA: eu o segui, com a outra METADE DOS CHEFES DO POVO, pelo ALTO da MURALHA, PASSANDO por CIMA da TORRE DOS FORNOS, até a MURALHA LARGA; depois, PASSANDO por CIMA da PORTA de EFRAIM, da PORTA dos PEIXES, da TORRE de HANANEEL e da TORRE dos CEM, até a PORTA das OVELHAS; paramos na PORTA da GUARDA” (Ne 12, 31-39).

3.º – Deus disse então a Josué: “Vê! Entrego nas tuas mãos Jericó, o seu rei e os seus homens de guerra. Vós, todos os combatentes, DAI VOLTA AO REDOR DA CIDADE; PASSAI E DAI VOLTA A CIDADE, e os guerreiros marcham DIANTE DA ARCA DE DEUS. Foi feito como Josué havia dito ao povo. SETE SACERDOTES levando as sete trombetas de chifre de carneiro DIANTE de Deus, PASSARAM e tocaram as trombetas; e a Arca da Aliança de Deus vinha ATRÁS deles. Os guerreiros iam na FRENTE dos sacerdotes que tocavam as trombetas, e a retaguarda seguia ATRÁS da Arca; e marchando, tocavam as trombetas” (Js 6. 2-3.7-9).

4.º – “Desceram, pois, o sacerdote Sadoc, o profeta Natã, Banaías, filho de Joiada, os cereteus e os feleteus. Fizeram Salomão montar na mula do rei Davi e o conduziram a Gion. O sacerdote Sadoc apanhou na Tenda o chifre e o óleo e ungiu Salomão; soaram a trombeta e TODO O POVO gritou: “Viva o rei Salomão!” Depois, TODO O POVO subiu ATRÁS dele, tocando flautas e exultando com tão grande júbilo, que a terra se fendia com seus clamores” (1Rs 1, 38-40).

NOVO TESTAMENTO

1.º – “A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores e os espalhavam pelo caminho, MULTIDÕES que O PRECEDIAM e os que o SEGUIAM gritavam: Hosana ao Filho de Davi...” (Mt 21, 8-9).
2.º – “Enquanto o levavam, tomaram um certo Simão de cirene, que vinha do campo, e impuseram-lhe a cruz para levá-la ATRÁS de Jesus. GRANDE MULTIDÃO DO POVO O SEGUIA, como mulheres que batiam no peito e se lamentavam por causa dele” (Lc 23, 26-27).

3.º – O apostolado de Jesus foi uma PROCISSÃO contínua.
a) “Ao descer da montanha, SEGUIAM-NO MULTIDÕES NUMEROSAS” (Mt 8,1).

b) “Jesus, ouvindo isso, partiu dali, de barco para um lugar deserto, afastado. Assim que as multidões o souberam, vieram das cidades, SEGUINDO-O a pé” (Mt 14, 13).

c) “Depois disso , ele andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. OS DOZE o acompanhavam, assim como ALGUMAS mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena da qual haviam saído sete demônios, Joana, mulher de Cuza, o procurador de Herodes, Susana e VÁRIAS outras, que o serviam com seus bens” (Lc 8, 1-3).

O católico tem o dever de manifestar publicamente a sua fé, lembrando-se das terríveis palavras de Jesus Cristo: “De fato, aquele que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o filho do Homem se envergonhará dele quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos” (Mc 8, 38).

Católico, PERGUNTE aos Protestantes sobre a MARCHA PARA JESUS. Não é isso um COPIAR as PROCISSÕES CATÓLICAS?
A primeira Marcha para Jesus aconteceu em 1987 (Londres, Inglaterra).

Não deveria acontecer... porque não existe na Bíblia NENHUMA PASSAGEM que menciona a Marcha para Jesus.

Não seria isso “idolatria” ou “marchalatria”?

Eles poderiam dizer que é para Jesus; portanto, não é idolatria.
Só que a procissão católica mais criticada por eles é a de CORPUS CHRISTI (Corpo de Deus), que chamam desrespeitosamente de procissão do “bolachão”.

Católico, se a Santíssima Eucaristia fosse um “bolachão”, isto é, um simples alimento de supermercado; será que São Paulo Apóstolo USARIA de tão SEVERAS PALAVRAS com quem a RECEBESSE INDIGNAMENTE? “Por conseguinte, que cada um EXAMINE a SI MESMO ANTES de COMER desse PÃO e BEBER desse CÁLICE, pois aquele que come e bebe SEM DISCERNIR o CORPO, COME e BEBE a PRÓPRIA CONDENAÇÃO” (1 Cor 11, 28-29).

Quem é o Espírito Santo?


Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o Espírito Santo é a "Terceira Pessoa da Santíssima Trindade". Quer dizer, havendo um só Deus, existem nele três pessoas diferentes: Pai, Filho e Espírito Santo. Esta verdade foi revelada por Jesus em seu Evangelho.


O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo da história até sua consumação, quando o Espírito se revela e nos é dado, quando é reconhecido e acolhido como pessoa. O Senhor Jesus no-lo apresenta e se refere a Ele não como uma potência impessoal, mas como uma Pessoa diferente, com seu próprio atuar e um caráter pessoal.

O Espírito Santo, o Dom de Deus

"Deus é Amor" (Jo 4,8-16) e o Amor que é o primeiro Dom, contém todos os demais. Este amor "Deus o derramou em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,5).

Poste que morremos, ou ao menos, fomos feridos pelo pecado, o primeiro efeito do Dom do Amor é a remissão de nossos pecados. A Comunhão com o Espírito Santo, "A graça do Senhor Jesus Cristo, e a caridade de Deus, e a comunicação do Espírito Santo sejam todos vossos" (2Cor 13,13;) é a que, na Igreja, volta a dar ao batizados a semelhança divina perdida com o pecado.


Pelo Espírito Santo nós podemos dizer que "Jesus é o Senhor", quer dizer para entrar em contato com Cristo é necessário Ter sido atraído pelo Espírito Santo.

Mediante o Batismo nos é dado a graça do novo nascimento em Deus Pai por meio de seu Filho no Espírito Santo. Porque os que são portadores do Espírito de Deus são conduzidos ao Filho; mas o Filho os apresenta ao Pai, e o Pai lhes concede a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver ao Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se alcança pelo Espírito Santo.

Vida e Fé. O Espírito Santo com sua graça é o "primeiro" que nos desperta na fé e nos inicia na vida nova. Ele é quem nos precede e desperta em nós a fé. Entretanto, é o "último" na revelação das pessoas da Santíssima Trindade.

O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo do Desígnio de nossa salvação e até sua consumação. Somente nos "últimos tempos", inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, é quando o Espírito se revela e nos é dado, e é reconhecido e acolhido como Pessoa.

O Paráclito. Palavra do grego "parakletos", o mediador, o defensor, o consolador. Jesus nos apresenta ao Espírito Santo dizendo: "O Pai vos dará outro Paráclito" (Jo 14,16). O advogado defensor é aquele que, pondo-se de parte dos que são culpáveis devido a seus pecados os defende do castigo merecido, os salva do perigo de perder a vida e a salvação eterna. Isto é o que Cristo realizou, e o Espírito Santo é chamado "outro paráclito" porque continua fazendo operante a redenção com a que Cristo nos livrou do pecado e da morte eterna.

Espírito da Verdade: Jesus afirma de si mesmo: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6). E ao prometer o Espírito Santo naquele "discurso de despedida" com seus apóstolos na Última Ceia, diz que será quem depois de sua partida, manterá entre os discípulos a mesma verdade que Ele anunciou e revelou.

O Paráclito, é a verdade, como o é Cristo. Os campos de ação em que atua o Espírito Santo são o espírito humano e a história do mundo. A distinção entre a verdade e o erro é o primeiro momento de tal atuação.

Permanecer e atuar na verdade é o problema essencial para os Apóstolos e para os discípulos de Cristo, desde os primeiros anos da Igreja até o final dos tempos, e é o Espírito Santo quem torna possível que a verdade sobre Deus, o homem e seu destino, chegue até nossos dias sem alterações.

Símbolos

O Espírito Santo é representado de diferentes formas:

Água: O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, já que a água se transforma em sinal sacramental do novo nascimento.

Unção: Simboliza a força. A unção com o óleo é sinônimo do Espírito Santo. No sacramento da Confirmação o confirmando é ungido para prepará-lo para ser testemunha de Cristo.

Fogo: Simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito.

Nuvem e Luz: Símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Assim desce sobre a Virgem Maria para "cobri-la com sua sombra" . No monte Tabor, na Transfiguração, no dia da Ascensão; aparece uma sombra e uma nuvem.

Selo: é um símbolo próximo ao da unção. Indica o caráter indelével da unção do Espírito nos sacramentos e falam da consagração do cristão.

A Mão: Mediante a imposição das mãos os Apóstolos e agora os Bispos, transmitem o "Dom do Espírito".

A Pomba: No Batismo de Jesus, o Espírito Santo aparece em forma de pomba e posa sobre Ele.

Fonte: acidigital

Quem é a "Prostituta" do Apocalipse?


“Um dos sete Anjos das sete taças veio dizer-me: ‘Vem! Vou mostrar-te o julgamento da grande prostituta, que se assenta à beira das águas copiosas: os reis da terra se prostituíram com ela, e com o vinho da sua prostituição embriagaram-se os habitantes da terra’. Ele me transportou, então, em espírito ao deserto, onde vi uma mulher sentada sobre uma besta escarlate, cheia de títulos blasfemos, com sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida com púrpura e escarlate, adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações; são as imundícies de sua prostituição. Sobre a fronte estava escrito um nome, um mistério: ‘Babilônia, a Grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra’. Vi então que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus. E vendo-a, fiquei profundamente admirado.”
(Ap 17,1-6).

João escrevia de dentro de uma prisão, na ilha de Patmos, e o fazia através da linguagem apocalíptica, rica em símbolos e sinais, para que os soldados romanos não entendessem a mensagem cristã caso colocassem as mãos nos manuscritos.

Para entendê-lo, devemos, por isso, entender sua técnica e retraduzir em idéias os símbolos que ele propõe, sob a pena de falsificar o sentido de sua mensagem (como acontece com as profecias de Daniel, também de linguagem apocalíptica, e as diversas ‘continhas’ que foram criadas ao longo dos anos para ‘adivinhar’ o dia da expiação).

Pois bem, um destes símbolos, é o nome Babilônia, que queria referir-se à Roma pagã.

Sabemos que a Roma pagã por sua devassidão moral era comparada à antiga Babilônia.

Antes do Apocalipse, São Pedro em sua primeira epístola utilizou-se do mesmo termo para referir-se à Roma.(1Pd 5, 13).

Como Deus não é um Deus de confusão, o Anjo do Senhor fornece mais detalhes que facilitam a identificação da Prostituta, a inimiga de Deus. Vejamos o restante do trecho:

“O Anjo, porém, me disse: ‘Por que estás admirado? Explicar-te-ei o mistério da mulher e da Besta com sete cabeças e dez chifres que a carrega’. A Besta que viste existia, mas não existe mais; está para subir do Abismo, mas caminho para a perdição. Os habitantes da terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo, ficarão admirados ao ver a Besta, pois ela existia, não existe mais, mas reaparecerá. Aqui é necessário a inteligência que tem discernimento: as sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está sentada.”
(Ap 17, 7-9) 


Pois bem! É incorreto dizer que a prostituta que está sentada sobre os sete montes (que ficam na parte oriental) de Roma é a Igreja Católica, pois na época em que São João Evangelista redigiu o Apocalipse quem ali estava estabelecido era o Império Romano, que oprimia o povo de Deus.

São João estava, justamente, transmitindo a mensagem do Anjo ao povo de Deus, a fim de informar que a vitória dos cristãos contra o Império Romano era iminente:

Os reis que a Prostituta possui, ou seja, os Imperadores Romanos, Farão guerra contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, e com ele vencerão também os chamados, os escolhidos, os fiéis.” (Ap 17, 14).

O Apocalipse era, antes de tudo, uma mensagem reveladora de caráter confortador aos cristãos oprimidos pelo Império Romano. Pois foi Cristo que enviou sua Igreja à Roma.

“Na noite seguinte, apresentou-se-lhe o Senhor e disse: …Tem bom ânimo: porque, como deste testemunho de mim em Jerusalém,assim importa que o dês também em Roma.” (Atos 23,11).
E após anunciada esta vitória dos Cristãos sobre o Império Romano (Babilônia, Roma pagã), lá a Igreja está estabelecida até os dias de hoje. Conforme prometido pela Sagrada Escritura. 


Figura como mero oportunismo a tentativa de associar a Igreja Católica à prostituta do Apocalipse, além de se tratar de um erro grosseiro de interpretação. Sem falar da utilização da maledicência e do falso testemunho contra o Catolicismo.

Por isso, nunca é demais ressaltar o que a própria passagem nos diz: “Aqui é necessário a inteligência que tem discernimento“.


Fonte: pensamentos de deus 

Rezar pelos mortos? Como assim?

Com o Apóstolo São Paulo e com a Santa Igreja, rezemos pelos nossos mortos:





   “Ó Deus, Criador e Redentor de todos os fiéis, concedei às almas de vossos servos e servas (N.N.) o perdão total de seus pecados. Fazei que as nossas piedosas súplicas lhes obtenham a misericórdia que sempre almejaram. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.”
   “Ó Deus, a Quem unicamente compete dar o remédio após a morte, fazei, Vos pedimos, que as almas de vossos servos e servas (N.N.) livres dos contágios adquiridos neste mundo entrem na posse da eterna alegria. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém”

   V.  –  Daí-lhes, Senhor, o descanço eterno.

   R.  –  E entre os esplendores da luz perpétua, descansem em paz. Amém.

Ao lado:
Anjos retirando almas 



do Purgatório libertadas por sufrágio da Santa Missa.

 

 

 

     Por que os católicos rezam pelos mortos?

   Porque a Bíblia ensina que é santo e salutar o pensamento e a prática de rezar pelos mortos. E por isso nos apresenta o Apóstolo São Paulo realizando essa salutar prática.
   De fato, no 2º Livro dos Macabeus, capítulo 12, vers. 43 a 46, lemos: (Judas Macabeu) tendo feito uma coleta mandou duas mil dracmas de prata a Jerusalém para se oferecer um sacrifício pelo pecado. Obra bela e santa, inspirada pela crença na ressurreição, porque se ele  não esperasse  que  os  mortos  haviam de ressuscitar, seria coisa supérflua e vã orar pelos defuntos. Ele considerava que,aos falecidos na piedade está reservada uma grandíssima recompensa. SANTO E SALUTAR ESSE PENSAMENTO DE ORAR PELOS MORTOS, para que sejam livres dos seus pecados”. Este texto do Antigo Testamento tem confirmação em vários outros do Novo Testamento, embora os protestantes o tenham por “apócrifo”. (“Folh. Cat.”, nº 16) Vejamos:
   Assim, São Paulo, na 2ª Epístola a Timóteo, cap. 1, vers. 18, assim ora a Deus pelo amigo Onesíforo“Que o Senhor lhe conceda a graça de obter misericórdia do Senhor naquele dia”.
   Nota: Comparando os vers. 15 a 18 do cap. 1º, com o vers. 19 do cap. 4º desta mesma Epístola, vê-se que Onesíforo já era morto, porque nestes textos, S. Paulo se refere nominalmente a outras pessoas, e quando seria o caso de nomear Onesíforo, seu grande amigo e benfeitor, ele não o faz, mas só se refere “à  casa” e  “à família de Onesíforo”. Daí se conclui que ele não era mais do número dos vivos. E S. Paulo reza por ele, pedindo ao Senhor misericórdia para ele.
   Portanto, os católicos rezam pelos mortos, porque, com a Bíblia e toda a Tradição, desde os tempos apostólicos, crêem na existência do Purgatório.

     Que se entende por Purgatório?

   Purgatório é o lugar de purificação em que as almas  dos justos, que  não  se santificaram  suficientemente neste mundo, hão de completar a sua  purificação, “por intervenção do fogo”, para serem admitidas no Céu, “onde nada de impuro entrará”. (Apocalipse 21,27) É, pois, o lugar em que as almas dos que morrem na amizade de Deus, isto é, em estado de graça – mas com alguma dívida por culpas leves, ou por culpas graves já perdoadas sem a devida expiação – se purificam inteiramente para entrar no Céu, a visão e posse de Deus. Ali gozarão para sempre da sua perfeita felicidade na glória celeste. Agora, só a alma. E depois da ressurreição da carne, unida ao próprio corpo.

     A Bíblia fala deste lugar de purificação?

   Sim:
   1) Ela fala, na 1ª Epístola de São Paulo  aos Coríntios cap. 3, vers. 12 e 15, de um fogo misterioso que salva“O fogo provará o que vale o trabalho de cada um (vers. 12). “Se queimar, sofrerá ele os danos. Mas será salvo passando de alguma maneira através do fogo.”
   2) Ela fala também de um perdão na outra vida. O próprio Jesus Cristo afirmou, no Evangelho de São Mateus cap. 12 vers. 32: “A todo o que disser uma palavra contra o Filho do Homem ser-lhe-á perdoada; ao que disser, porém, contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem nesse mundo, nem no outro.
   Por aí se vê que Jesus Cristo nos ensina que há pecados que serão perdoados também no outro mundo, isto é, após a morte.
   3) A Bíblia fala ainda de uma prisão temporária na “outra vida – Jesus Cristo, em S. Mateus cap. 5, vers.25-26, exorta a reconciliação com os irmãos nesta vida para que “não suceda que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas posto em prisão. Em verdade te digo: não sairás de lá antes de ter pago o último ceitil.” (centavo).
   É evidente que esta prisão temporária, lugar de perdão na outra vida, através de um fogo que purifica e salva, e de onde se sairádepois de pagar o último ceitil, não pode ser o Céu, “onde nada de impuro entrará” (Apocalipse 21,27), nem o inferno,“onde não há redenção” e onde o fogo é eterno. (Mt. 25,41).
   Só resta que esses textos se refiram a um lugar intermediário, transitório e de expiação, que a Igreja, com toda a propriedade, chama de Purgatório, embora esta palavra não esteja na Bíblia. Está a sua realidade que é o que importa.
   Temos que admitir, portanto, com a Bíblia, a existência desse lugar de purificação que Deus em sua Sabedoria e Bondade infinitas, criou para conciliar as exigências da sua justiça divina com as da sua misericórdia. Estão, pois, em erro os que só admitem a existência do Céu e do Inferno, e por isso não rezam pelos mortos. São os falsos crentes.
   Podemos e devemos, pois, fazer orações e oferecer sacrifícios pelos mortos em geral. Devemos rezar por todas as almas, porque não sabemos com certeza, quais estejam realmente precisando, e em condições de receber o mérito impetratório das nossas orações e sacrifícios oferecidos a Deus por elas. Em qualquer hipótese, estas orações e sacrifícios, não ficarão sem efeito. Sobretudo as Santas Missas que fizermos celebrar por elas, pois Deus fará a sua aplicação às almas que mais estiverem precisando.

quarta-feira, outubro 14, 2015

A INTERCESSÃO DOS ANJOS E SANTOS NA BÍBLIA



1 – A Igreja Católica, desde os primeiros séculos do Cristianismo, praticou a devoção aos Anjos e aos Santos, e especialmente a Nossa Senhora, a Rainha de todos eles. Devoção esta que se realiza através de atos de veneração e de pedidos de intercessão junto de Deus, bem como pelo esforço pessoal em imitar-lhes as virtudes. Tudo isso muito de acordo com a Bíblia, a Tradição e o próprio bom senso. Os argumentos da Tradição são patentes. Eis os da Bíblia e do bom senso.

A – Os Anjos na Bíblia

2 – Anjos são seres celestes e mais perfeitos que os homens, pois não dependem em nada da matéria. Eles são seres puramente espirituais, dotados de grande inteligência, força de vontade, e de rapidez de movimentos. Eles são ministros de Deus que os envia a este mundo em missões diversas, relacionadas com a nossa salvação, (Heb. 1,14), missões especiais umas, (Cf.Lucas 1,19-38; Atos 10,22); habituais outras, (Mat. 18,10; Hebr. 1,14).

Os anjos intercedem por nós a Deus


3 – De fato, a Bíblia se refere aos Santos Anjos a executar vários ofícios religiosos para conosco. Assim, ora ela os apresentaoferecendo a Deus as nossas orações (Apoc. 8,3-5); ora, rogandoa Deus por nós (Zac. 1,12-13); ora ainda sendo eles rogados por varões justos. (Gên. 19,17 a 21; 48,15-16; Os. 12,5) Eles foram, por isso, venerados por homens justos. (Gên 18,2; 19,1-2; Núm. 22,31; Jos. 5,13-15) Podemos, pois, e devemos venerá-los (não adorá-los, propriamente falando – Apoc.22,8-9) e pedir-lhes a proteção, pois a Bíblia afirma que eles exercem um “ministério” em favor da nossa salvação. (Heb. 1,14)

4 – Não se pode, é claro, prestar a uma criatura, por mais elevada que seja, um culto latrêutico ou de adoração, que só compete a Deus, e só a Ele se presta, porque este ato significa o reconhecimento dEle como o Senhor Supremo e Absoluto de todas as coisas. Ao passo que o culto de veneração significa a honra, e reverência, o amor e gratidão que se votam também aos Anjos e Santos, como a amigos de Deus e nossos na glória.

5 – Para significar isso, S. João, no Apocalipse, relata um gesto seu, como se se dispusesse a “adorar um Anjo”, e este o proibiu dizendo-lhe: “Não faças isso. Sou servo como tu, e como teus irmãos que têm o testemunho de Jesus.” (…) “A Deus é que deves adorar.”(Apoc. 19,10; 22,8-9) A diferença, porém, entre “adoração” e “veneração” não está tanto no gesto; está mais na intenção interior de quem, por exemplo, se inclina ou se ajoelha diante de uma imagem sagrada. Esta representa na sua mente a pessoa santa a quem quer prestar o seu ato de culto ou devoção. (Cf.”Folhetos Católicos”, nº 05)

B – Os Santos na Bíblia

6 – Distinguimos aqui os Santos do Antigo Testamento e os do Novo. Aqueles só entraram no céu com Jesus Cristo no dia da sua gloriosa Ascensão. Aguardavam aquele glorioso dia num lugar que Jesus chama “Seio de Abraão” (Lc. 16,22), e onde já eram muito felizes, mas não plenamente como na glória. Mas os Santos do Novo Testamento, logo que saem deste mundo, entram na Luz da Glória, onde sempre fruem da perfeita felicidade do céu, onde a caridade atinge a sua plenitude.

Os Santos intercedem por nós a Deus



7 – Os Santos no céu estão na mesma condição dos Anjos, pois conservam as suas naturezas individuais e intelectuais, e possuem a mesma Luz divina na qual vêem a Deus, e em Deus conhecem tudo o que a sua mente pode conhecer. (“Na tua Luz veremos a Luz” – Sal. 35,10) Por isso, a Bíblia afirma que os Santos “julgarão este mundo” (1Cor. 6,2). Para fazerem esse julgamento devem conhecer os atos praticados neste mundo. Portanto, os Santos conhecem as nossas precisões e intercedem por nós como nossos amigos junto de Deus.

É o que lemos em várias passagens da Bíblia

8 – a) Em Jeremias lemos: “E o Senhor me disse: ‘ainda que Moisés e Samuel se apresentassem diante de mim, o meu coração não se voltaria para esse povo.’” (Jer. 15,1) Ora, Moisés e Samuel já não eram do número dos vivos, e podiam, no entanto, interceder pelo povo.

Note-se ainda que, no 2º Macabeus (15,14), diz-se do próprio Jeremias, já falecido, que ele “muito ora pelo povo e pela cidade santa.” Vê-se, pois, que o povo eleito tinha essa fé.

9 – b) No Apocalipse São João narra a visão que teve de Jesus Cristo em seu trono de glória, e diante dEle se apresentavam anciãos“com taças cheias de perfume, que são as orações dos santos.”(Apc. 5,8; 8,4) Esses anciãos significam os “Santos da glória” apresentando a Jesus as orações dos “santos da terra”, os fiéis cristãos nesse mundo. Trata-se de uma forma de mediação secundária dos Santos entre Cristo e os seus fiéis.

10 – c) Na parábola do pobre Lázaro e do rico avaro, Jesus apresenta Abraão sendo rogado pelo mau rico que fora condenado ao inferno. (Lc. 16,27) No caso, o mau rico pedia o impossível. Não podia ser atendido. Mas, com este fato Jesus significou a possibilidade de se pedir ajuda aos amigos de Deus que estão no Céu, pois o mau rico pediu a intercessão de Abrãao.

11 – d) No 1º livro dos Reis Deus prometeu a Salomão não retirar-lhe o trono em vida, e conservar para seu filho (Roboão) o reino de Judá, “em atenção” e “por amor de seu servo Davi (já morto). (1 Reis 11,11-13) Significa que Deus toma em consideração os pedidos de seus amigos da glória, os Santos.

12 – e) Igual sentido tem a oração de Moisés pedindo a Deus que poupasse o povo culpado em atenção aos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, todos já falecidos. (Êx 32,11-14)

13 – f) Ainda no 2º livro dos Reis a Bíblia narra o milagre da ressurreição de um morto, ao contato com os ossos do profeta Eliseu. (2 Reis 13,21) Nesse fato temos ainda a aprovação da prática católica de venerar as relíquias dos Santos.

14 – g) Se os santos da terra (os fiéis cristãos neste mundo) intercedem junto de Deus pelos irmãos, conhecidos e desconhecidos (são incontáveis os casos nas Epístolas dos Apóstolos), quanto mais os Santos da glória que, na Luz divina, conhecem perfeitamente as nossas precisões (como acima ficou provado). Eles intercedem com certeza por nós junto de Deus.

15 – Por fim, um argumento de razão ou bom senso:

É conforme à natureza dos seres criados por Deus que os inferiores obtenham favores dos superiores também pela mediação de amigos de ambos. A própria mediação de Cristo tem por base este princípio. Ora, os Santos são amigos de Deus e nossos na glória. (Lc. 16,9) Logo, podem, intercedem por nós.

16 – E mais: estando os “Santos da glória” na mesma condição dos Anjos, podem ser venerados, como os Anjos o foram, por homens justos, ou seja, pelos fiéis, conforme se lê na Bíblia. (cf. nº 3 deste folheto) Sobre o culto de veneração dos Santos praticado na Igrejaprimitiva, e não tardiamente, ver “Folhetos Católicos”, nº 04.
Respondendo às objeções


A – Há protestantes que afirmam: após a morte, as almas ficam em estado de esquecimento e não podem interceder pelos vivos. Só após o último juízo terão consciência. E citam erradamente um texto doEclesiastes, que fala da condição dos mortos no túmulo onde “não sabem mais nada…” (9,5-6)

Resposta: Eles aplicam à pessoa toda (corpo e alma) o que só se refere ao seu corpo. O sentido exato do texto nos é dado pelo mesmo Eclesiastes mais à frente – (12,1 e 7: “Lembra-te do teu Criador nos dias de sua juventude (…) antes que a poeira retorne à terra para se tornar o que era; e antes que o sopro de vida (a alma espiritual e imortal) retorne a Deus que o deu”. O que é inteiramente conforme ao que lemos na Epístola aos Hebreus (9,27): “Está determinado que o homem morra uma só vez e depois disto vem o juízo” – particular, logo após a morte.

Daí Jesus ter garantido ao ladrão convertido na cruz (Lc. 23,43):“Em verdade eu te digo, hoje estarás comigo no paraíso” – com vírgula depois de “digo”, como no original grego, e não depois de “hoje”. Logo, com plena consciência logo após a morte.

B – Eles fazem outra objeção por a Bíblia afirmar que há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo. (1 Tim. 2,5)

Resposta: Deve-se completar a citação de São Paulo (que em geral é citada só pela metade) e que continua no vers. 6 assim: “…o qual Se entregou em Redenção por todos”. Portanto, Jesus Cristo é, sim, o único Mediador, mas “de Redenção”. O que não exclui amediação de intercessão dos Anjos e Santos, como acima ficou demonstrado. Muito menos exclui a de Nossa Senhora, a mais Santa que todos os Santos.

Portanto, estão em erro os opositores de mais essa verdade bíblica professada pela Igreja Católica desde os seus começos.

Tem alguma coisa de errado com São Paulo em Colossenses 2,8?

REFUTANDO A OBJEÇÃO SOBRE TRADIÇÃO. 



Veja o tamanho da falta de compreensão deste pastor de seita na esquina. QUERO FAZER A MESMA PERGUNTA: Tem algo de errado com São Paulo quando ele diz:  - "Por tanto, irmãos, ficai firmes; guardai as TRADIÇÕES que vos ensinamos ORALMENTE ou por ESCRITO. Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos afastei de todo irmão que leve vida desordenada e contraria à TRADIÇÃO que de nós recebestes. (II Ts 2,15.3,16)? 

RESPOSTA: Não! 

Vou usar a passagem da carta de São Paulo da mesma forma como esta escrito na imagem do pastor jumentice, para derrubar este argumento de mente fechada e alienada pela idolatria das letras. - A passagem diz: segundo a tradição dos homens, SEGUNDO OS RUDIMENTOS DO MUNDO, E NÃO SEGUNDO CRISTO...

São Paulo se refere as tradições do mundo pagão, as tradições do mundo que corrompem a vida cristã. Ele aqui não esta proibindo seguir uma tradição, apenas pede para que não se submetam a tradições que não condizem com as que Jesus Cristo nos passou ORALMENTE. Por isso ele disse SEGUNDO OS RUDIMENTOS DO MUNDO, E NÃO SEGUNDO CRISTO. Pois quem prega ensinamentos diferente esta pregando anátema. 

O QUE ACONTECEU NA COMUNIDADE DOS COLOSSENSES? 

São Paulo adivertiu os colossenses porque estavam ameaçados pelas ideologias sincretistas, em crenças de forças cósmicas, e influenciados pelos astros e em poderes secretos da mente humana, que ofereciam libertação e salvação. São esses os ensinamentos de tradição pagã que se haviam introduzido na comunidade dos colossenses. São Paulo faz um apelo, para que eles vivam de acordo com os ensinamentos vindos de Jesus Cristo, e não dos ensinamentos pagãs. Por este motivo no versículo 9 ele diz: Pois nele habita toda a plenitude da divindade.

 - Como já descrevi, essa comunidade estava influenciada por crenças de ciosas cósmicas e poderes de mentes humanas. Então São Paulo repassa a eles, que é em Jesus Cristo que habita a plenitude divina e não nas tradições pagãs que tinham como base acreditar em outras divindades. 

O mesmo acontece hoje em nosso meio, estamos no chamado NOVA ERA, Onde as cartas astrais quer nos afirmar que dela provem uma força divina, onde os signos tem haver com a nossa personalidade, onde as adivinhações é para muitos vinda de Deus. Mais nada disso é verdade. Nos afastemos destas praticas, pois Deus abomina. E completo a refutação de uma objeção sem sentido, com o que São João nos fala: "Se alguém vier a vós sem trazer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis"(2Jo 1,10). 
Ora, de qual doutrina falou São João? Certamente foi da doutrina que Jesus Cristo passou para eles de forma oral, uma Tradição viva e eficaz. Se alguém vier até você dizendo que a Tradição dos apóstolos é de homens, apenas diga: 

A tradição dos apóstolos não é uma tradição de homens porque foi vinda de Cristo, e Cristo era homem e Divindade, e logo foi o próprio Deus quem fundou a Igreja...  igreja que vivemos e viveu os apóstolos, também não foi fundada por um homem ou baseada em tradição humana e sim por Jesus Cristo... diferente de milhares de seitas que se denominam igrejas e foram fundadas por homens segundo tradições do mundo. 

Por: Gilson Azevedo

quarta-feira, outubro 07, 2015

QUE É O MODERNISMO?


FILOSOFIA E RELIGIÃO



RACIONALISTA (Campinas):«Que é o chamado «Modernismo», contra o qual a Igreja prescreve um juramento aos clérigos e aos fiéis em determinadas ocasiões da sua vida pública?»

«Modernismo» é, como «Liberalismo», vocábulo em si impreciso, suscetível tanto de bom como de mau sentido. Na história do Cristianismo, designa o movimento que, no fim do século passado e no inicio do presente, tomou vulto, visando dar nova interpretação aos ensinamentos do Catolicismo e acomodá-los à mentalidade moderna. Essa tendência ultrapassou os limites do que é licito, equivalendo a verdadeira diluição e corrupção da mensagem do Evangelho em benefício do agnosticismo e do naturalismo.

A fim de proferir um juízo adequado sobre tal fenômeno, deveremos primeiramente focalizar a sua origem e o seu conteúdo doutrinário.

1. Origens do movimento modernista

É notório que, a partir do séc. XVIII, o pensamento moderno, sob o influxo do criticismo e das descobertas científicas, se foi mais e mais modificando tanto no setor da filosofia como no dos conhecimentos naturais.

Na filosofia, tomaram voga crescente os princípios lançados por Kant (t 1804), segundo os quais a razão não pode chegar a conhecer a verdade em si, mas apenas afirmar seus conceitos subjetivos, como se correspondessem à realidade objetiva; os homens perdiam assim a confiança na inteligência, nas suas afirmações espontâneas e nas suas conclusões, para dar lugar a um indiferentismo doutrinário ora mais, ora menos acentuado.

Doutro lado, as ciências naturais se viram enriquecidas por múltiplas conquistas de história, arqueologia, etnologia, biologia, etc., que puseram em xeque teorias até então tidas como indiscutíveis. O espírito critico se foi aguçando; o homem moderno experimentou a tendência a duvidar do que haviam sempre ensinado os antepassados; a idéia de «evolução» (primeiramente aplicada por Darwin ao setor da biologia) tornou-se a idéia mestra das ciências, despertando na mentalidade moderna uma atitude reservada perante os valores da cultura (a evolução sendo tida como lei universal, parece que já não há valores absolutos).

Ora nem tudo que essa revolução do pensamento afirmava, era errôneo; sem dúvida, muitas das conquistas da ciência moderna equivaliam a um verdadeiro progresso e exigem consideração da parte de todos os pensadores, não excetuados os teólogos.


Em particular, a exegese bíblica pedia atualização. Os resultados da arqueologia e da linguística modernas suscitavam problemas novos referentes à autenticidade, à estrutura e à interpretação dos livros inspirados. As escavações de monumentos do próximo e médio Oriente, assim como os conhecimentos de religiões pagãs, traziam à tona analogias com o Cristianismo que, à primeira vista, surpreendiam, solicitando uma palavra de explicação da parte dos teólogos e historiadores.

Tornava-se assim necessário aos intelectuais católicos levar em conta os resultados recentes das ciências humanas para poder de maneira mais adequada expor aos incrédulos a mensagem do Cristianismo («de maneira mais adequada» não quer dizer «em sentido oposto»).

Em consequência, por todo o decorrer do séc. XIX verificaram-se tentativas de assimilar à doutrina religiosa católica os dados novos da ciência. Contudo, sendo esta uma tarefa difícil, prestou-se a exageros e desvios; nem todos os apologistas cristãos perceberam logo de inicio o que a Igreja poderia adaptar sem trair a sua missão, e o que Ela deveria guardar intato, sob pena de se desdizer e de renegar o Cristo.

Basta recordar, dentre as tentativas malogradas, o indiferentismo de Lamenais, condenado pela Igreja em 1834; o racionalismo de G. Hermes (1835), Guenther (1857) e Frohschammer (1862); o tradicionalismo ou fideísmo (reação contra o racionalismo, só valorizava a fé) de Bautain (1840) e Bonetty (1855); o ontologismo (o homem conhece a Deus por intuição inata) de Rosmini (1861),... a lista de 80 erros modernos catalogados no Silabo de Pio IX (1864).

Em 1870 o Concilio I do Vaticano considerou a problemática, proclamando a índole sobrenatural da fé e a sua harmonia com a razão. Contudo a agitação entre os pensadores católicos mesmos não se dava por acalmada. Muitos, movidos por amor à causa católica, desejavam fazer uma apologética do Cristianismo que levasse em. conta as conclusões mais recentes das ciências profanas assim como os postulados e as preferências da mentalidade moderna; visavam destarte tornar mais atraente a pregação cristã.

Dentre esses estudiosos, é que procedeu a corrente modernista; seus arautos.exageraram a tendência a tornar o Cristianismo simpático ao homem moderno; «modernizaram», com detrimento do patrimônio mesmo que eles queriam defender. Os seus principais representantes são: E. Le Roy e Alfred Loisy, na França; Gl Tyrrell, na Inglaterra; R. Murri, S. Minocchi, G. Semeria, Ernesto Buonaiuti, na Itália. A sua intenção de tomar a Cristandade mais penetrante na vida moderna era inegàvel- mente boa; de modo nenhum pretendiam desligar-se da Igreja. Daí o caráter fortemente sedutor do seu movimento; o protestante P. Sabatier julgava mesmo tratar-se de um «renascimento católico» (cf. «Les Modemistes» pág. 41). Contudo a boa intenção dos modernistas estava minada por um vício radical: o relativismo doutrinário, ou seja, a arbitrariedade com que seus autores trataram as proposições clássicas do Cristianismo; sem distinguir entre o essencial e o acidental, sem respeitar magistério ou. autoridade da Igreja, entregaram-se desenfreadamente à tarefa de adaptar, realizando assim uma obra de destruição tremendamente sorrateira e capciosa.

Tocou ao Papa São Pio X denunciar os erros em curso. Fê-lo primeiramente mediante o decreto «Lamentabili» do S. Ofício, datado de 3 de julho de 1907. Este documento reunia os desvios do modernismo em 65 proposições, que reproduziam de perto os dizeres mesmos dos respectivos autores (em particular, de Loisy). A última dessas proposições .exprime muito bem o espírito do conjunto: «O Catolicismo atual não se pode adaptar à verdadeira ciência, a menos que se transforme em um Cristianismo não dogmático, isto é, em um protestantismo largo e liberal» (cf. Denzinger, Enchiridion 2065).

■ Poucos meses depois, isto é, aos 8 de setembro de 1907, o mesmo Pontífice publicava a encíclica «Pascendi Dominici gregis», que concatenava em síntese lógica as diversas afirmações do modernismo e lhes opunha uma critica muito perspicaz; nesse seu escrito, Pio X apresentava o modernismo como o «rendez-vous» ou compêndio de - todas as heresias, pois, na verdade, não impugnava uma ou outra proposição da doutrina cristã, como as heresias anteriores, mas afetava os fundamentos mesmos da doutrina, como sejam as noções de fé, revelação, veracidade da Bíblia, etc.: «Não é contra os ramos ou os rebentos que os modernistas lançam o machado, mas é contra a raiz mesma, ou seja, contra a fé e suas fibras mais profundas. Tentam fundir entre si o racionalismo e o Catolicismo, usando de tão requintada habilidade que facilmente seduzem os espíritos desprevenidos» (Pio X, ene. «Pascendi»).

Por último, a fim de evitar toda ambiguidade no magistério e nas atitudes práticas tanto dos clérigos como dos leigos, Pio X, a 1' de setembro de 1910, publicou o «Motu proprio» Sacrorum Antistitum, em que prescrevia um juramento antimodernista até hoje em uso.

Nesse documento, o Pontífice primeiramente justificava a medida tomada, lembrando que, embora condenado, o Modernismo persistia em uma espécie de «liga clandestina», cujos membros procuravam instilar na sociedade cristã o veneno das suas opiniões, «publicando livros e jornais anônimos ou munidos de pseudônimos». A seguir, o Papa dava algumas normas para orientação dos bispos e, por fim, o texto do juramento. Este professa aceitar, entre outras coisas, as provas racionais da existência de Deus, a instituição da Igreja por Jesus Cristo, a imutabilidade dos dogmas, a harmonia entre a fé e a razão, o respeito ao magistério e às tradições da Igreja. Tal juramento era declarado obrigatório para todos os clérigos que estivessem para receber as ordens sacras, assim como para os sacerdotes incumbidos da cura de almas, para os dignitários eclesiásticos e superiores religiosos, ao entrarem no exercido de suas funções, e para todos os professores que iniciassem o magistério.

O «Motu proprio» de. 1910 marca o inicio do declínio do Modernismo. Alguns arautos do movimento ainda tentaram fazer valer as suas ideias publicando em sucessivas edições «D programma dei modernisti. Risposta all'Enciclica» (Roma 1908), de autor anônimo. Em breve, porém, a guerra de 1914/1918 desviou a atenção dos pensadores para outros problemas. Ao mesmo tempo, foi-se percebendo que a conciliação entre a razão e a fé se pode perfeitamente obter sem que os cristãos desvirtuem o Credo...

Interessa-nos examinar mais precisamente

2. As principais proposições do Modernismo

1. Os pioneiros do movimento evitavam expor de maneira sistemática e íntegra a sua ideologia. Isto se explica, em boa parte, pelo fato de que o Modernismo, antes de ser propriamente um corpo compacto de doutrinas, constitui um clima, uma atitude geral de pensamento filosófico e religioso, que se inspira na ideia básica de que há antagonismo entre o Cristianismo tradicional e a cultura contemporânea.

Além da proposição 65, citada à pág. 269, merecem referência as afirmações abaixo, transcritas do decreto «Lamentabili»:

57. «A Igreja se mostra inimiga do progresso das ciências naturais e teológicas».

63. «A Igreja se mostra incapaz de defender a moral evangélica, porque adere obstinadamente a doutrinas ditas imutáveis, que não se podem conciliar com o progresso moderno».

64.

65. «O progresso das ciências exige a reforma dos conceitos cristãos concernentes a Deus, ù criação, à revelação, à pessoa do Verbo Encarnado e à Redenção».
66.

2. Para remover este pretenso antagonismo, os modernistas puseram-se a «reformar» os conceitos fundamentais da_ doutrina cristã : assim as noções mesmas de Verdade e Religião...

Verdade não seria mais do que um sentimento pessoal ou um modo de ver que cada um descobre e vai experimentando dentro de si mesmo. Já que tal sentimento é variável de indivíduo para indivíduo e de época para época, a própria noção de verdade torna-se algo de relativo.

São palavras de Loisy: «A verdade, na medida em que é um bem do homem, não é mais imutável do que o homem mesmo. A verdade evolui com o homem, nele, por ele; isto não impede que seja a verdade para ele; aliás, só existem verdades relativas» (Autour d'un petit livre 192). Cf. prop. 58 do decreto «Lamentabili».

Consequentemente, Religião não seria senão esse tipo de sentimento aplicado ao «Divino» ou às coisas de Deus. — Tais conceitos eram o fruto genuíno da orientação geral dos estudos do século passado, que se achavam dominados pela idéia darwinista de «evolução». Vejamos de mais perto como estas noções básicas se aplicaram aos dois principais setores do pensamento religioso :

a) Setor teológico.

Fé vem a ser a percepção de Deus que está presente no mais íntimo do homem em virtude de uma lei de imanência. Toda e qualquer religião visa desenvolver essa percepção.


A percepção de Deus em nós necessita de se exprimir em fórmulas, que são comumente chamadas dogmas, mas que nada têm de perene ou imutável; cada época apresenta «seus dogmas».

Entre os grandes vultos religiosos da humanidade, sobressai Jesus de Nazaré, que gozou de experiência particularmente íntima de Deus. Comunicou-a a seus discípulos, sem, porém, propor doutrinas precisas; apenas anunciava calorosamente a vinda iminente do reino de Deus e convidava os homens à purificação interior. Os dogmas do Cristianismo são incrustações sobrepostas à pregação de Jesus por ânimos férvidos, como o de São Paulo; ficam estranhos ao conteúdo primitivo do Evangelho, devendo sua origem principalmente à mentalidade helenista. A fusão da mensagem inicial de Jesus com os postulados da cultura grega era necessária para que o Cristianismo pudesse sobreviver no ambiente greco-romano dos primeiros séculos.

Quanto às formas de culto ou aos ritos, são, como os dogmas, outras tantas expressões da experiência religiosa subjetiva dos cristãos; nada têm de fixo ou imutável.

Vista dentro deste quadro, a Igreja não passa de produto da consciência religiosa coletiva; às autoridades eclesiásticas não . cabe senão o papel de exprimir os sentimentos religiosos dos indivíduos. — Tudo, portanto, é variável na história do Cristianismo : doutrina, culto, organização da Igreja...; apenas um elemento é constante, garantindo a unidade básica dos fenômenos : é a experiência religiosa latente em todos os discípulos de Jesus (!). Essa experiência religiosa também se chama Revelação de Deus aos homens. Formas de culto e profissões de fé só têm o valor de meios que, de um lado, manifestam e, de outro lado, favorecem o aprofundamento de tal experiência ou revelação; oxalá com o tempo possam os homens dispensar esses subsídios sensíveis, a fim de realizar umà religião reduzida exclusivamente ao setor do espírito!

Abraçando tais idéias de maneira elegante, os modernistas evitavam combater èxplicitamente algum ponto do Credo da Igreja; antes, pretendiam corroborar a pregação eclesiástica.


No seu «Programma», os modernistas não hesitavam em asseverar que «tinham consciência de ser os mais beneméritos dentre os promotores do reino de Cristo no mundo», «os filhos mais dedicados e ativos da Igreja», os representantes «das mais puras tradições cristãs»!

Palavras vazias, essas, pois o relativismo com que os modernistas focalizavam as verdades religiosas, equivalia a um desvirtuamento das mesmas e os alheava, por completo, & genuína mentalidade da Igreja.

Muito ligada ao relativismo é a atitude ambígua, camuflada, com que os modernistas se apresentavam em público .e disseminavam as suas ideias: além do pseudônimo e do anonimato, manejavam a sátira com arte; infiltravam-se sorrateiramente nas Universidades e nos Seminários, procurando atrair principalmente o jovem clero e os homens de responsabilidade; quando atingidos por alguma censura eclesiástica, mostravam-se solidários entre si, constituindo como que uma onda compacta de resistência.

Assim, quando Pio X resolveu vedar o magistério e as ordens sacras aos adeptos do Modernismo, os pioneiros deste responderam no seu «Programma» (pág. 128), comparando o Pontífice a Juliano o Apóstata, que removeu da cátedra os mestres cristãos !

b) Setor bíblico

Os livros da Escritura Sagrada não seriam senão a cristalização de uma série de experiências «místicas» feitas através dos séculos do Antigo Testamento e no limiar da era cristã. Seu objetivo não seria «ensinar a verdade», mas «purificar o sentimento religioso dos leitores» e levá-los a um teor de vida honesta. Assim se entende que a Bíblia não contém erro nem mentira. Pode ser dita «inspirada por Deus» na medida em que os autores sagrados escreveram sob a impressão de estar unidos ao Supremo Senhor; por conseguinte, a inspiração do profeta Isaias não difere da de Platão ou de Buda.

Sendo assim, não é necessário, para os modernistas, admitir a historicidade das narrativas do Antigo e do Novo Testamento, nem mesmo a dos Evangelhos; estes exprimem o que as gerações cristãs do séc. II pensavam a respeito de Cristo; foi a crença dos discípulos dessa época que «inspirou» os Evangelhos, em vez de ter sido o Evangelho a fonte de inspiração da crença dos cristãos.

«Os Evangelhos foram aumentados por acréscimos e correções continuas, até a época em que 6 cânon foi definitivamente estipulado; donde se segue que nesses livros só ficou vestígio pálido e incerto do ensinamento de Cristo» (prop. 15 do decreto «Lamentabili»).

Em particular com referência às parábolas, Loisy, seguindo o critico liberal Jüllcher, distinguia três etapas na redação das mesmas :

na primeira, os pregadores do Evangelho terão referido as parábolas sem lhes acrescentar explicações, porque essas histórias, tão simples como eram, não ofereciam dificuldade ao povo (assim se terá dado, por exemplo, com a parábola do semeador; cf. Mt 13, 1-23);

mais tarde, em uma segunda etapa, os pregadores, depois de narrar, as parábolas, apresentavam os Apóstolos a pedir a respectiva interpretação a Jesus. Esta segunda fase era indicio de que os cristãos já não. entendiam o sentido primitivo das parábolas e nelas procuravam mistérios (na parábola do semeador, a explicação dada por Jesus já supõe o exíguo sucesso da pregação do Evangelho entre os judeus e a superficialidade de certas conversões de gentios; era a estes fatos posteriores que a explicação atendia, procurando elucidá-los por meio da parábola do semeador : há diversos tipos de solo que recebe a semente...);

na terceira etapa, os pregadores ainda intervieram mais profundamente no teor das parábolas, a fim de dar conta da obcecação e da reprovação de Israel patenteada peia ruptura definitiva entre o Judaísmo e o Cristianismo.

A liberdade de redação assim usurpada pelos Evangelistas £ explicada pela proposição modernista seguinte (n' 14 do decreto «Lamentabili») :

«Em muitas de suas narrativas, os Evangelistas não referiram tanto a verdade quanto aquilo que eles julgaram mais proveitoso aos leitores, fosse mesmo a inverdade».

A própria Divindade de Cristo foi pelos modernistas interpretada em sentido liberal: o «Cristo da fé», tido como Deus, dizem, difere do «Cristo da história», que era mero homem. Não interessa ao exegeta examinar documentos para saber se Cristo nasceu virginalmente, se fez os milagres que Lhe são atribuídos, se ressuscitou dentre os mortos, etc., porque estas proposições carecem de base na realidade histórica, só têm consistência para quem possui fé.

Eis, extraídas do decreto «Lamentabili», algumas proposições que formulam explicitamente tais idéias :

27. «A Divindade de Jesus Cristo não se prova pelos Evangelhos, mas é um dogma que a consciência cristã deduziu da noção de Messias».

29. «Pode-se reconhecer que o Cristo, tal como no-lo mostra a história, é muito inferior ao Cristo, objeto da fé».

35. «Cristo não -teve sempre consciência da sua dignidade messiânica».

36. «A ressurreição do Salvador não é pròpriamente um fato de índole histórica, mas um fato de índole meramente sobrenatural, que não foi demonstrado nem pode ser demonstrado e que a consciência cristã deduziu lentamente dos outros (fatos da vida do Salvador)».

A consequência dessas premissas bíblicas é que o exegta católico pode e deve proceder ao estudo da Sagrada Escritura como ao estudo de qualquer outro livro, sem atender a norma alguma de ordem sobrenatural:

12. «O exegeta que se queira entregar aos estudos bíblicos com proveito, deve, antes do mais, pôr de lado a crença preconcebida na origem sobrenatural da Escritura Sagrada, e não a interpretar de modo diverso do que conviria a documentos meramente humanos».

Haja vista outrossim a seguinte proposição, que exprime bem a ambiguidade característica e intencionada dos modernistas:

24. «Não se pode censurar o exegeta que afirma premissas das quais se segue que os dogmas da Igreja são històricamente falsos ou duvidosos, contanto que não negue diretamente esses mesmos dogmas».

Após esta breve explanação das principais ideias disseminadas pelo Modernismo, procuremos formular sobre as mesmas

3. Um juízo sereno

Sem dificuldades percebe-se que o Modernismo se coloca em oposição frontal aos princípios mesmos da mensagem cristã.

Fixemos alguns pontos que parecem constituir os grandes desvios dessa ideologia.

1) Agnosticismo ou relativismo. O modernista, como vimos, parte do princípio de que só há «verdade para o individuo»; a verdade não é algo de absoluto e válido para todos os tempos, todos os lugares e todos os indivíduos humanos. Ê esse relativismo que permite ao modernista afirmar tudo aquilo que a Igreja afirma, mas afirmar sem compromisso, ... afirmar negando um consentimento interior total.

A posição é cômoda, porque, de um lado, tende a evitar polêmica e, de outro lado, não obriga, sempre deixando margem para evasivas. Em última análise, o Modernismo dá margem a cada um para fazer a religião, ... a sua religião, em vez de «ser feito e dirigido pela Religião». O amor próprio e o orgulho do homem contemporâneo são destarte bajulados; daí o poder de sedução do Modernismo; é realmente o pseudocredo religioso que corresponde à mentalidade dos novos tempos. A religião entendida dentro desta perspectiva fica sendo, em aparência apenas, religião; na verdade, torna-se mero rótulo que dá foros de piedade è irreligião.

A respeito do orgulho que alimenta a posição modernista, segue-se aqui oportuna observação:

«Ao ler as publicações dos modernistas, ficamos surpreendidos e penalizados por encontrar aí tão frequentemente o «Não sou como os demais homens» (do fariseu da parábola de Lc 11,11). Os" modernistas se apresentam como «os homens mais inteligentes e cultos», «os mais ardentemente sinceros, os mais desinteressados», «os mais profundamente religiosos e evangélicos», etc.

Não estamos acostumados a encontrar tais expressões nos lábios dos verdadeiros reformadores católicos, como São Bernardo, por exemplo, ou São Francisco de Assis. Mas algo que impressiona ainda mais do que essas ladainhas um tanto simplórias é o espírito de casta, é a preferência dada ao modo de ver de um grupinho de intelectuais antes que às decisões da hierarquia e ao senso cristão do povo fiel» (J. Lebreton, Modernisme, em «Dictionnaire Apologétique de la Foi Catholique» III 685).

.Que dizer do relativismo capcioso «libertador» dos Modernistas?

— O relativismo constitui verdadeiro atentado não somente contra o Cristianismo, mas também contra a inteligência e a dignidade humanas. Ao homem nega-se assim a capacidade de apreender a realidade como ela é. Ora esse ceticismo é indício de decadência do pensamento.
Ademais, o relativismo restaura o princípio dos sofistas gregos : «O homem é a medida de todas as coisas» (cf. Platão, Teateto 152, fragm. B I); tal princípio caracterizava precisamente a decrepitude da cultura grega. Na verdade, o homem não dá a medida à realidade que o cerca. Em outros termos : o homem não é o critério para se definir o valor das demais criaturas; ele foi feito, antes, para reconhecer os valores que existem independentemente da inteligência humana; é neste reconhecimento que justamente consiste a grandeza do homem. Muito pobre seria o universo, se ele tivesse que ser medido pelas exíguas capacidades humanas.

O relativismo, adaptável a todas as tendências do sujeito, é incapaz de dar estrutura não só ao pensamento, mas à conduta de vida dos que o professam; um tal relativismo solapa a tenacidade e a virilidade indispensáveis para que a personalidade humana se forme.

De modo especial, no setor da Religião, qualquer forma de relativismo é contraditória e absurda, pois Religião significa tomada de posição do homem diante do Absoluto; ora não toca ao homem, relativo e contingente como é, «projetar» o Absoluto e configurar a seu bel-prazer as relações com Ele; antes, compete-lhe receber a mensagem do Absoluto. A verdadeira religião não pode ser aquela que o indivíduo concebe ou imagina em seu modo de ver subjetivo; ao contrário, ela é necessariamente transmitida e intimada ao homem por sinais objetivos que deem testemunho seguro de que Deus é quem se está manifestando.

Dizer, portanto, que a Religião pode variar segundo as épocas e as mentalidades, equivale a desvirtuar e renegar o conceito mesmo de Religião.

2) Igreja e progresso dá civilização. È vão o pressuposto modernista segundo o qual a Igreja, ensinando verdades de fé, seria contrária às conquistas da inteligência humana.

A inteligência mesma, raciocinando sobre a realidade que a cerca, é levada a afirmar algo de transcendente e invisível, ou seja, o mistério de Deus, de que tratam a fé e a Religião: A fé assim aparece como a coroa da sabedoria humana.

Consciente disto, a Igreja não poderia deixar de estimular as conquistas da inteligência, tanto no setor especulativo como no da técnica. Vem a propósito a seguinte declaração do Concilio I do Vaticano (1870) :

«Longe de pôr obstáculo ao cultivo das artes e das ciências humanas, a Igreja as favorece e as promove de várias maneiras. Ela não ignora nem despreza as vantagens que daí resultam para a vida do homem na terra; antes, ela reconhece que, provindo de Deus, o Mestre das ciências, as artes e as ciências fazem voltar a Deus, com o auxilio da graça, desde que sejam cultivadas como convém» (Denzinger, Enchiridion 1799).

A Igreja, portanto, não coíbe a liberdade de pesquisa de seus filhos. Apresentando-lhes as verdades da fé, Ela apenas os preserva de cair em erro, pois o que é certo nó plano da Religião há de ser certo também no plano da ciência (a verdade é uma só); por conseguinte, as verdades da fé não poderão deixar de ser levadas em conta pelo cientista que queira explicar o universo,... levadas em conta ao menos como critérios negativos, ou seja, como termos que não será lícito infringir sem cair no erro.


Apraz ainda citar as palavras de Pio XII dirigidas a intelectuais católicos em 1950 :

«Hoje os teólogos católicos devem poder contar com os nossos filhos cientistas ou técnicos, filósofos ou juristas, historiadores, sociólogos ou médicos, para que estes forneçam aos trabalhos dos teólogos a base de sólidos conhecimentos profanos. No seio da Igreja e em vossa qualidade de intelectuais, tal é a vossa missão privilegiada» (Mensagem a «Pax Romana» de 6 de agosto de 1950).

Esta declaração põe em clara evidência que a Igreja nada tem a temer da parte das pesquisas científicas; estas só poderão contribuir para enriquecer, ao menos indiretamente, o patrimônio da teologia. Na verdade, não há descoberta das ciências naturais capaz de destruir os conceitos de «ser» e «não-ser» e os demais conceitos da Metafísica pelos quais se exprime a Revelação cristã. Em outros termos : a Metafísica não se abala quando a Física se abala; a Metafísica pertence a outro plano que não o da Física; ora foi em termos de Metafísica (para dizer verdades transcendentes, e não para dizer verdades de ordem física, natural) que o Senhor Jesus se dirigiu aos homens.

A história dos últimos decênios demonstra mesmo como o progresso das ciências concorre para corroborar a veracidade das Escrituras Sagradas e da Revelação cristã.

Assim a existência de Jesus já não é posta em dúvida pelos estudiosos sinceros; a sua Divindade se tornou mais evidente depois que os liberais esgotaram todas as tentativas tle explicar Jesus como figura mitológica ou como mero homem endeusado. Sim; tornou-se evidente que se requer mais íé para crer que vinte séculos de Cristianismo estejam baseados em mito, lenda, fraude, alucinação, etc., do que para crer no fato sobrenatural da Encarnação. O pedestal «mito» ou «engano» não sustentaria vinte séculos de Cristianismo; deve ter havido realmente na base deste algo de sobrenatural ou a descida de Deus à carne humana, como sempre ensinou a Tradição cristã. Tal é a conclusão para a qual vão convergindo os mais ponderados dos críticos de nossos dias (cf. em particular J. Guitton no seu livro «JESUS», ed. Itatiaia, Belo • Horizonte, do qual se trata em «P. R.» 7/1958, qu. 4).

3) Aspectos particulares do Modernismo. Já em números anteriores de «P. R.» foram estudados outros temas controvertidos pelos modernistas. Por isto limitamo-nos aqui a indicar os respectivos fascículos.-


Sobre a possibilidade de Revelação Divina e seus critérios de autenticidade, veja-se «P. R.» 11/1958, qu. 1.


A propósito da veracidade dos Evangelhos, cf. «P. R.» 7/1958, qu. 4.


A Divindade de Jesus Cristo já foi considerada em «P. R.» 8/1957, qu. 1.

Sobre a cautela necessária na exegese da S. Escritura c a autoridade da Igreja neste setor, o próprio Loisy em 1892 proferiu palavras de grande valor:

«A critica bíblica, fazendo-nos tocar com o dedo os progressos lentos e difíceis da educação religiosa que Deus, em sua misericórdia, quis dar à humanidade, deve inspirar humildade de espírito, grande indulgência para com aqueles que erram involuntariamente, profunda gratidão para com o Mestre Supremo que não nas quis deixar entregues aos nossos próprios recursos e que colocou diante de nós, para nos guiar através do deserto deste mundo, uma coluna de luz, isto é, o magistério sempre antigo e sempre novo da sua Igreja» (trecho de uma aula inaugural reproduzida em «Etudes bibliques», do mesmo autor, pág. 25. ed. 1901).

É do lamentar, não tenha o estudioso francês observado as normas que ele mesmo assim propunha. Cf. «P. R.» 5/1958, qu. 5.

Em conclusão: passou-se a crise modernista. Os problemas que ela agitou, já hoje quase não são discutidos, porque o próprio progresso das ciências os foi resolvendo... Ficou, porém, o clima modernista. O homem contemporâneo ainda respira uma atmosfera de relativismo religioso, tendendo a considerar-se «medida de todas as coisas». Inegavelmente, essa atitude solapa a grandeza dos cristãos. Quem tem consciência, deste mal, mais facilmente se desvencilha dele... O relativismo religioso é irreligião «envernizada».


Apesar de tudo, o Modernismo teve suas consequências boas. Despertou o interesse dos católicos para novo estudo das fontes da fé; mostrou a necessidade de se aproveitarem os dados da ciência moderna para se penetrar o depósito da teologia sagrada. O esvaziamento das palavras (Religião, fé, experiência de Deus...) empreendido pelos modernistas provocou entre os fiéis a sede de as encher com um conteúdo mais puro e autêntico. Assim de novo se verifica que Deus não permitiria os males se deles não soubesse tirar ainda maiores bens (Sto. Agostinho).


Dom Estêvão Bettencourt (OSB)