segunda-feira, dezembro 05, 2016

Tabaco, álcool e Cristianismo: entre a razão e o puritanismo



DE MUITOS DEVE ser a dúvida pós-revolução "jujuba": o consumo do álcool e do tabaco é pecado? Resposta: Não. Muito obrigado, até a próxima!

Só isso? Sinceramente eu queria que sim, mas algumas coisas precisam ser trazidas à luz. Se olharmos para a história pós-descobrimento das Américas, veremos que já existiram muitas dúvidas sobre a postura pecaminosa diante de certos hábitos adquiridos com os povos estrangeiros. E uma das controvérsias foi sobre adivinhe o quê? Isso mesmo, o café!

Sim, o hábito de ingerir café foi aprendido dos maometanos. Muitos clérigos achavam que o café era uma invenção satânica (diziam isso por causa dos efeitos da cafeína, sobretudo em excesso, no corpo humano). Diz a tradição que, após alguns sacerdotes italianos insistirem que o papa Clemente VIII proibisse o consumo de café, este provou a bebida e, logo após, disse: O café é tão bom que não podemos deixá-lo para Satanás!




Futuro São João XXIII fumando seu tradicional cigarro


Isso aconteceu na época de Clemente VIII com o café e, por uma infantilização da sociedade, acontece hoje com o tabaco e com o álcool. Evidentemente, já houve outras controvérsias sobre o uso do tabaco. Do que estou falando? Não, não é sobre o fumo, mas sobre mascar tabaco antes e durante a celebração da Santa Missa. Na época, as pessoas viviam mais o primeiro Mandamento: amar a Deus acima de tudo. Isto mesmo: a Deus. Por isso estavam preocupados com a Liturgia e queriam saber se mascar tabaco era considerado uma quebra do jejum eucarístico. – Ah, quem dera fosse essa a preocupação dos cristãos de hoje!

“Mas fumar provoca câncer e beber a embriaguez, além de que ambos os produtos viciam”, dirá algum leitor. Acalme-se, vamos arrumar essa expressão: ingerir tabaco e álcool em excesso pode provocar o vício e outros tipos de males. Ora, nesse caso, trata-se de idolatria (já que não se consegue manter o controle do hábito e põe-se a criatura, no caso o tabaco ou o álcool, como fim último), mas, veja que interessante, os mesmos que condenam o uso do tabaco e do álcool são desmesurados em muitas outras coisas, inclusive no vício da insensibilidade.

“Virtus in medium est”, disse Aristóteles; “a virtude está no meio”. No meio de quê? No meio termo entre dois vícios: A intemperança (ou gula) e a insensibilidade. A intemperança se dá quando se abusa de algo por excesso; a insensibilidade, quando se “abusa” da falta de algo, que é quando se trata a criatura como intrinsecamente má. Ora, isso é resquício de gnosticismo, uma parte dessa heresia que é combatida pela Igreja desde a era apostólica, vide a controvérsia da carne (conf. ICor 8; At 10, 14-15). Como disse Chesterton, “nenhum animal nunca inventou nada tão mau quanto a embriaguez – ou tão bom como a bebida”.

Este grande jornalista inglês (que também era um inglês muito grande), Gilbert Keith Chesterton, proclamado pelo Papa Pio XI Defensor da Fé Católica post mortem, também já dizia que na Igreja Católica o trago, o cachimbo e a Cruz podem andar juntos.




A regra sadia nessa questão parece ser a mesma de muitas outras regras saudáveis – um paradoxo. Beba por estar feliz, mas nunca por se sentir extremamente infeliz. Nunca beba quando estiver infeliz por não ter uma bebida, ou irá parecer um triste alcoólatra caído na calçada. Mas beba quando, mesmo sem a bebida, estaria feliz, e isso o tornará parecido com um risonho camponês italiano. Nunca beba por precisar disso, pois tal ato racional é o caminho para a morte e o inferno. Mas beba por não precisar disso, pois beber irracionalmente é a antiga fonte de saúde do mundo.”




O grande Papa Emérito Bento XVI comemora seus 88 anos de vida (em 26/4/015) com o autêntico chope alemão, em caneca alta, à moda bávara

“Mas faz mal”, dizem alguns. Reproduzo aqui ipsis litteris as palavras de Sávio Breno, integrante do grupo "Escolástica da Depressão", que, em minha opinião são fundamentais: Fazer mal à saúde por si só não é o suficiente para tornar uma conduta pecaminosa. Fosse assim, ninguém poderia comer hambúrguer, beber refrigerante, morar numa grande metrópole ou mesmo jejuar.... São as circunstâncias desse dano à própria saúde que podem ou não o tornar ilícito (vários textos de bons autores católicos na internet explicam essas circunstâncias mais detalhadamente). O problema das drogas, na verdade é outro: a alteração de consciência que elas causam. O cigarro não causa esse tipo de alteração (o álcool só causa quando em excesso), portanto, em circunstâncias normais, seu uso é moralmente neutro. Ou seja, quem quiser dar uma de hobbit e praticar a "arte" da erva-de-cachimbo, pode fazê-lo sem peso na consciência.

Um último argumento que acho necessário tratar aqui é um que ouvi incontáveis vezes ao tratar de tal assunto: “Mas eu já tive problemas com bebida e cigarro”. Minha resposta a esse tipo de contestação é sempre a mesma: “e daí?”. Muito rude? Talvez. O problema é que nessa simples fala ('eu já tive problemas com bebida e cigarro"), em se tratando de normas de conduta de diversas pessoas, está subentendido que a regra de conduta é baseada naquele indivíduo, nas suas experiências, dificuldades, limitações e opiniões. Ora, se formos seguir por este caminho, teríamos que afirmar que não existe nem moral, nem Magistério e nem nada que seja exterior ao sujeito. (...) Em suma, tal fala que visa ser regra para as ações de outros seres humanos é uma fala soberba e cátara (porque pressupõe que aquele indivíduo é puro, e todos os demais devem ser como ele).

Termino indicando a leitura do artigo "A Igreja Católica e o Tabagismo: Uma revisão histórica", que explica muito bem o assunto de um ponto de vista histórico. (...) Sendo assim, caro irmão católico, deixe de ser tacanha e protestante, e pare de julgar seus irmãos que nada estão fazendo de mal; tome uma taça de vinho, relaxe, ria, seja uma pessoa simpática e de bom convívio. O tacanhismo causa muito mais males à alma e ao corpo do que uma garrafa de cerveja trapista ou um fornilho cheio de Dunhill 965.

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Fontes:
• Hereges (Cap. VII), de G.K. Chesterton. Ed. Ecclesiae. Tradução: Antônio Emílio Angueth de Araújo e Márcia Xavier de Brito, disp. em:
http://blogdo.yurivieira.com/2014/04/g-k-chesterton-fala-sobre-o-verdadeiro-prazer-de-beber/
Acesso 15/4/016
• Demais artigos citados no texto.www.ofielcatolico.com.br

sexta-feira, dezembro 02, 2016

DESMONTANDO ESSE ARGUMENTO: "Vocês são contra o aborto, mas defendem a pena de morte para bandidos."



DESMONTANDO ESSE ARGUMENTO:

A Igreja, conforme o Catecismo expõe oficialmente (cf. CIC 2267), só aceita a pena de morte em uma hipótese: Quando não há mais nenhum recurso para um País defender a nação e, sendo assim, pelo bem da vida de inocentes, em nome do bem comum e da justiça, se admite que, não havendo duvidas quanto a identidade do criminoso, se aplique a pena de morte.

Mas, tendo em vista que hoje temos outros recursos mais humanos, como a pena perpétua (o que falta é melhorias nos presídios e a construção de novos, mais humanos), temos como criar Leis que protejam a nação e faça justiça, afinal, o problema do Brasil (e de boa parte do mundo) hoje é uma falha gravíssima na Justiça (na Lei) que não pune mais os crimes que são cometidos, mas é uma falha que pode ser facilmente resolvida, se os legisladores tiverem boa vontade e agirem pensando no bem comum e na justiça.

Em suma: Hoje não se admite a pena de morte, a própria Igreja diz que a pena de morte já não é método diante de possibilidades mais humanas de fazer alguém pagar por seus crimes, como a prisão perpétua, por exemplo.

Quando "fiéis" defendem a pena de morte hoje, estão indo na contra mão daquilo que a Igreja crê: A Igreja crê que toda vida deve ser preservada, e que mesmo o pior criminoso deve ter a chance de se converter um dia, e para que exista essa hipótese de conversão futura, ele precisa estar vivo, preso para sempre (se for o caso), mas vivo. (não se pode punir um assassinato cometendo outro [exceto em raras hipótese quando não há outro meio], pois é contraditório você se dizer ser contra um assassinato, mas buscar fazer o mesmo que o assassino, sendo que há outra forma de o puni-lo sem lhe tirar a vida).

Obs.: A Igreja não defende que a Lei dos homens tenha que soltar um pessoa que se arrependeu de seus crimes e se converteu: Diante de Deus o arrependimento é indiscutivelmente necessário para a salvação e liberta o homem das correntes do pecado, mas se deve pagar a pena terrena prevista para o crime que se cometeu, mesmo estando verdadeiramente arrependido e convertido, pois toda a ação tem consequência e, conforme a Doutrina Social da Igreja (cf. 402 a 405), a punição da Lei é um exemplo que mantém as coisas em ordem, mantém o bem comum (ou ao menos tenta manter), e neste mesmo texto da “DSI” a Igreja se alegra pelo fato de hoje haver uma grande porção dos fiéis (que cresce cada vez mais) contrários a pena de morte.

Por: Thiago A. Borges de Azevedo
Sexta, 02 de Dezembro de 2016.

HISTÓRIA DOS ILLUMINATIS: A estratégia IlLuminati para a dominação mundial.



Devido à importância e a gravidade dos assuntos expostos nesta apostila, pedimos: todas as vezes em que for lida, acalme o seu coração, coloque-se em estado de oração e peça sinceramente, de coração aberto, para DEUS ESPÍRITO SANTO iluminá-lo em seu entendimento, mostrando toda a veracidade do que você está lendo aqui.

De forma muito especial (abrangente, detalhada) desde 1846 (há praticamente 170 anos), na Aparição de Nossa Senhora em La Sallete – França, os Céus vêm alertando para os tempos que ora vivemos, o Apocalipse revelado a São João Evangelista na Sagrada Escritura. E por que tão poucos vêem este cumprimento profético? Porque vivem uma prática cristã de aparência (para cumprir carnê/tradição familiar...), formal, fria, oficialista, ou seja, sem o fogo do ESPÍRITO SANTO

A seguir você verá o plano de dominação da humanidade urdido desde o final do século dezoito por satanistas, adoradores do emônio, que visam estabelecer uma Nova Ordem Mundial total (econômica, social e religiosa) de cunho ditatorial através de um controle radical de todos os homens. No entanto, para que este plano alcance sucesso no campo religioso eles precisam destruir todas as religiões existentes, principalmente o catolicismo/cristianismo através da infiltração e cooptação de pseudos religiosos (apóstatas, profanadores e hereges) para destruí-la por dentro (os quinta colunas/cavalos de Tróia) ao atentar contra o Evangelho (confundindo seus claros e absolutos valores), a Doutrina, Dogmas, Tradição e a partir daí implantarem uma falsa religião única, moderna secularista/agradável a sociedade), global e ECUMÊNICA, alegando que se todas levam a DEUS (deslavada hipocrisia), por que não juntá-las? “Por aquele tempo, JESUS pronunciou estas palavras: EU te bendigo, PAI, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. Sim, PAI, EU te bendigo, porque assim foi do Teu agrado.” (Mt. 11, 25-26)

A ESTRATÉGIA ILLUMINATI PARA 
(DOMINAÇÃO MUNDIAL)



A História dos Illuminati e da implantação da Nova Ordem Mundial (NWO) (A História da criação dos Illuminati e o desenvolvimento da implantação da Nova Ordem Mundial (NWO-New World Order), desde Frankfurt na Alemanha em 1773) “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás”. (Apocalipse 2, 9)

– Maio 1, Adam Weishaupt (codinome Spartacus) orientado pelos TREZE integrantes originais, e o Barão Adolph Von Knigge estabeleceram uma sociedade secreta cujo nome adotado foi a Ordem dos ILLUMINATI da BAVIERA em 01 de Maio de 1776, em Ingolstadt, na Baviera, às margens do rio Danúbio. Weishaupt era então um jesuíta e Professor de Lei Canônica na Universidade de Ingolstadt, no estado da Bavária, parte do Sul da hoje atual Alemanha.

O secreto grupo da Ordem dos Illuminati teria como principal objetivo o estabelecimento de uma Nova Ordem Mundial (a semente da atual NWO-New World Order), que estaria sempre sob seu controle. Os seus principais objetivos, a serem atingidos, então primeiramente centrados nos países da Europa, eram (e mais do que nunca CONTINUAM SENDO):

1) Abolição de todos os governos nacionais dos países;
2) Abolição da propriedade PRIVADA;
3) Abolição do direito de herança;
4) Abolição do sentimento de patriotismo;
5) Abolição da família;
6) Abolição das religiões (e de Deus);
7) A CRIAÇÃO DE UM GOVERNO MUNDIAL ÚNICO.

Em julho, a Ordem dos ILLUMINATI junta forças/se infiltra e toma o controle de outra sociedade já não muito secreta naquele tempo, a Maçonaria, em seu Congresso ocorrido em Wilhelmsbad, Alemanha. O Conde de Virieu, um participante da conferência, sai dela visivelmente perturbado. Quando ele foi questionado sobre os ‘trágicos segredos’ a que ele teve acesso, ele replicou: “Eu não posso confiá-los a você. Eu somente posso te afirmar que tudo É MUITO MAIS SÉRIO DO QUE VOCÊ POSSA sequer imaginar“. Deste ponto em diante, de acordo com o seu biógrafo, ‘o Conde de Virieu somente podia falar da ordem da Maçonaria com muito horror.’

Um correio dos ILLUMINATI chamado Lanze foi atingido e morto por um raio, enquanto viajava a cavalo pela região da cidade de Ratisbona (Regensburg). Quando oficiais da segurança da Bavária examinaram o conteúdo de sua mala postal, eles descobriram a existência da Ordem dos ILLUMINATI, e encontraram planos detalhados a serem executados para e durante a já próxima e planejada REVOLUÇÃO FRANCESA. Nos documentos foi encontrada uma ordem por escrito de Adam Weishaupt para Maximiliano Robespierre começar a instigar a revolução na França. Esse documento tinha participação de Franz Xavier Von Zwack na sua redação, um associado Illuminati próximo à Weishaupt.

O Governo da Bavária tentou de várias formas alertar o então Governante da FRANÇA, o rei LUIZ XVI e sua corte do iminente desastre sendo organizado contra seu reinado, mas o governo francês não deu ouvidos aos alertas e avisos (e a vários outros avisos vindos de outras fontes do desastre que se aproximava, inclusive avisos feitos por Saint Germain). Na Bavária, com base nos documentos apreendidos, foram presos todos os elementos integrantes da Ordem dos ILLUMINATI que foram identificados e encontrados, mas Weishaupt e os mais importantes membros da ordem sumiram nos subterrâneos, desapareceram e não puderam mais ser encontrados.

A REVOLUÇÃO FRANCESA:

Os ILLUMINATI como autores da Revolução Francesa: Ernst August von Göchhausen em 1786, em seu livro “Revelações sobre o sistema político cosmopolita“, denunciou uma conspiração maçônica-jesuítica-ILLUMINATI e previu a iminência de uma “revolução mundial inevitável”, três anos antes da Revolução Francesa ACONTECER. No início do século XIX, o padre jesuíta francês Augustin Barruel (parceiro literário de Jacques Lefranc-François também compartilhou desta opinião em um livro, igualmente Pierre-Joseph Clorivière, Antoine de Rivarool) e o estudioso e maçom (Físico) escocês John Robison tentaram mostrar, independentemente uns dos outros, que bem mais do que os fatores tais como a repressão contínua do Terceiro Estado, da fome e da má gestão da crise subsequente do Rei da França Luís XVI, o fator predominante que desencadeou a revolução francesa seria uma preparação metódica do processo revolucionário, cuja execução foi elaborada por um plano anos antes de sua explosão, para que este processo ocorresse, seria necessário principalmente duas coisas:

– Um clima intelectual e cultural adequado que alimentasse as forças potenciais. Como uma situação de grave alteração generalizada que obrigasse a população a reivindicar mudanças.

O clima que se necessitava para a Revolução Francesa foi criado ao longo dos anos advindos do enciclopedismo e do Iluminismo, que foi um movimento do pensamento iluminista.

- Um grupo de líderes e agitadores, que será responsável pela organização, revolta e mobilização das massas para alcançar os objetivos desejados (presumivelmente membros dos ILLUMINATI). Foram propostas, três questões:

- Primeiramente, devemos levar em consideração que todos os ideólogos, os diretores e líderes políticos da Revolução Francesa, sem exceção (Todos já vinham sendo manipulados), teriam sido maçons, dos teóricos propagandistas como Montesquieu, Rousseau, D’Alembert, Voltaire e Condorcet, mesmo os mais proeminentes ativistas da Revolução, do Reino do Terror, do Diretório e os bonapartistas como o Conde de Mirabeau, que criou a Ordem na França e os revolucionários Saint-Just, Camille Desmoulins, Danton, Jacques Hébert, Jean Paul Marat, Robespierre, Filipe de Orleans, Fouché, Emmanuel Joseph Sieyès, François Babeuf (líder da chamada Conspiração dos Iguais e considerado um dos primeiros teóricos do comunismo e um préanarquista), Rouget de L’Isle (compositor de “La Marseillaise“), Lafayette (criador do laço tricolor), e até mesmo Napoleão.

O famoso conde de Cagliostro, que participou nas parcelas do processo revolucionário francês, criou a Maçonaria Egípcia e também recebeu iniciação nos alojamentos de Weishaupt. Por outro lado, o fato de que o grito de Liberdade, Igualdade e Fraternidade ter sido o lema da Revolução Francesa, assim como a divisa da Maçonaria, confirma que, na realidade, incluindo ou não os Illuminati, foram os maçons do século XVIII que desenvolveram a revolução. Também o ícone maçônico o gorro frígio, que simbolicamente e iniciaticamente representa um toque maior que a de uma coroa, desempenha um papel importante na Revolução Francesa, como mostrado no trabalho de Eugène Delacroix “A Liberdade guiando o povo“. - Em segundo lugar, havia na França pouco antes da Revolução Francesa, uma loja de maçons, cujo nome era muito semelhante à original Ordem dos ILLUMINATI de Adam Weishaupt, “Les Illuminati“. Uma vez que este grupo era pequeno e de menor influência, tão pouco como o fato de que os Illuminati franceses eram seguidores de uma tendência mística e uma iluminação radical de Adolph von Knigge, que Weishaupt e seus superiores das TREZE famílias não tinham em mente.

- Finalmente, em fevereiro 1787, foi realizada na França a Assembleia de Notáveis, convocada 12 por Charles Alexandre de Calonne. E nos anos posteriores, 1788 e 1789, uma loja maçônica em Paris, “Amis réunis” recebeu a adesão de alguns indivíduos de posições no topo da Ordem dos ILLUMINATI, como Johann Christoph Bode e o Barão de Busche.

As obras de Barruel e Robison (citadas no início do texto) ganharam popularidade entre os muitos partidários da direita radical e de outros setores. A mencionar, por exemplo, os historiadores ingleses e teóricos da conspiração da década de 1920. Por outro lado, no século XIX, o escritor Charles Louis Cadet de Gassicourt explicou a ação subterrânea das sociedades secretas na Revolução Francesa e o padre Nicolas Deschamps relatou uma conspiração maçônica na Revolução Francesa , igualmente a mesma atitude do historiador Alfred François Nettement. No início do século XX, os livros do historiador francês Augustin Cochin, escrito a partir de um ponto de vista sociológico, assinala a Maçonaria como uma das principais forças a instigar a revolução, igualmente o jornalista Maurício Talmeyr vários anos depois.

E.U.A.: Os Rothschilds conseguem o controle do dinheiro da nova nação dos EUA, através de Alexander Hamilton (seu agente no gabinete do Presidente George Washington), o primeiro Secretário do Tesouro dos EUA, quando ele organiza, propõe e cria o primeiro Banco Central norte americano chamado: First Bank of the United States (Primeiro Banco dos Estados Unidos)”, que foi criado com carta de 20 anos de contrato. Os Secretários de Estado Thomas Jefferson e James Madison lideraram a oposição da criação do banco, pois alegavam que o banco era inconstitucional, e que beneficiaria os comerciantes e investidores à custa da maioria da população.

Nos EUA, do outro lado do Oceano Atlântico, a Maçonaria infiltrada pelos ILLUMINATI já se transformara na maior organização e com maior influência que atuava nas eleições dos presidentes governantes norte americanos. John Adams venceu as eleições se opondo à Maçonaria, e seu filho, John Quincy Adams, advertiu sobre a grande ameaça que pairava sobre o seu país representada pela então corrompida Maçonaria e suas lojas espalhadas pelos EUA:

“Eu conscientemente e sinceramente acredito que a Ordem da Maçonaria (Ordem dos Illuminati), se não for o maior, é um dos maiores MAL, tanto moral e político sob o qual a União americana esta agora trabalhando.”

John Robison, um Professor de História Natural e Filosofia na Universidade Edimburgo, na Escócia, publica um livro cujo título é: ’’Provas de uma Conspiração contra todas as Religiões e Governos da Europa”(Proofs of a Conspiracy against all the Religions and Governments of Europe) no qual ele conta que Adam Weishaupt tentou pessoalmente recrutá-lo para a Ordem dos ILLUMINATI. Ele expõe e denuncia os diabólicos planos dos ILLUMINATI para controlar o mundo.

Expansão dos tentáculos dos Rothschild:


Mayer envia Nathan então com 27 anos, à Inglaterra para tomar conta dos negócios da família. Nathan tornou-se banqueiro em Londres.

Investiu pesadamente na Companhia das Índias Orientais (Holanda). O ouro obtido foi emprestado ao governo britânico em troca de papel-moeda, comprado a 50% de seu valor nominal e posteriormente resgatados a 1 por 1, um excelente negócio. Os lucros foram investidos na abertura das filiais da Casa Rothschild, POR CADA UM DE SEUS FILHOS, nos principais centros da Europa: Berlim-Alemanha (Amschel), Viena-Austria (Salomon), Paris-França (Jacob), Nápoles-Itália (Calmann-Carl). A sede da Casa Rothschild nesse ano se estabeleceu em LONDRES (Nathan).

BANCO CENTRAL DOS EUA:

A liberação para renovação das operações do Banco de Rothschild dos EUA (donos e operadores do First Bank of the United States, o primeiro Banco Central americano) começa a correr no Congresso dos EUA para aprovação e a votação é contrária para a sua renovação. Nathan Mayer Rothschild não fica nada satisfeito e ameaça: “Ou o pedido de renovação para a Carta do banco é concedido, ou os EUA irão cair envolvidos na mais desastrosa guerra.”Contudo o Congresso dos EUA permanece firme e a renovação não foi concedida, o que causou que Nathan Mayer Rothschild emitisse outra grave ameaça: “Ensinemos àqueles imprudentes americanos uma lição. Vamos levá-los de volta ao estado de colônia.”

First Bank of the United States, na 116 South 3rd Street, Philadelphia, PA 1910.


Morre o patriarca Mayer Amschel Bauer (ROTHSCHILD). Ele deixou ordens e instruções específicas para a Casa de Rothschild seguir após a sua morte: Todas as posições nos negócios da família são apenas para serem conduzidos pelos homens da família, somente os homens poderiam participar dos negócios familiares, isto incluiu um sexto filho bastardo.

Os casamentos na família deveriam ser apenas entre primos em primeiro e segundo grau para preservar a fortuna da família (dos 18 casamentos pelos netos de Mayer Amschel Bauer- Rothschild, 16 foram entre primos de primeiro grau – uma prática conhecida hoje como endogamia) Nenhum inventário público da família era para ser divulgado. Nenhuma ação legal era para ser tomada relativas a valores de herança, o filho mais velho do filho mais velho deveria se tornar o líder da família (esta condição poderia apenas mudar quando a maioria da família concordasse em uma votação). Estas ordens foram seguidas à risca e Nathan Mayer Rothschild foi eleito o cabeça da família logo após a morte do seu pai, o patriarca Mayer Amschel Bauer- Rothschild.

Viena-Áustria – Na virada do século XVIII para o século XIX, um período de tempo que era conhecido como a “Era dos Rothschilds”, se estima que essa família controlava uma grande parte de toda riqueza da Europa. Contudo alguma coisa não andou bem para os planos dos Rothschilds nesse tempo, que foi o resultado do Congresso de Vienna, no começo do século XIX, o qual começou em Setembro de 1814 e acabou em Junho do ano seguinte (1815) na Áustria. A razão e intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota da França napoleônica na primavera anterior, iniciar a colonização, restaurar os respectivos tronos às famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão Bonaparte (como a restauração dos Bourbon na França) e firmar uma aliança entre os burgueses. Muitos dos governos Europeus estavam em grande débito com os Rothschilds (que financiavam todos os lados envolvidos nas intermináveis guerras no continente europeu QUE ELES PRÓPRIOS E SEUS AGENTES NSTIGAVAM), então eles imaginaram que poderiam usar esse poder como uma ferramenta de barganha e obter mais controle.

Contudo o Czar Alexandre I da Rússia, que não tinha sucumbido à ideia de criar o Banco Central da Rússia, nos moldes do modelo criado pelos Rothschilds (e por eles controlados), não iria longe aceitando o plano, então a ideia do governo central dos Rothschilds falhou. Nathan Mayer Rothschild se enfureceu com essa recusa e por causa disso jurou que algum dia ele ou os seus descendentes iriam destruir a família Romanov e todos os descendentes do Czar Alexander I.

Infelizmente ele foi verdadeiro nesse juramento e 102 anos depois os Rothschilds idealizaram, criaram e patrocinaram a Revolução Bolchevique na Rússia, de cuja trágica história o mundo conhece o desfecho, a criação do Comunismo ateu e sanguinário, que foram usados para cumprir a tal promessa feita por Nathan em destruir a família do Czar Romanov, que foi executada pelos  revolucionários”.

18 e 19 de junho – Batalha de Waterloo:

Na Inglaterra, Nathan Rothschild (o mais esperto, inteligente e astuto dos cinco filhos de Mayer) vê a oportunidade de montar um golpe que lhe permitiria apoderar-se do mercado de capitais ou até mesmo do Bank of England, nas vésperas da batalha de Waterloo. (A Batalha de Waterloo, a 18 de Junho de 1815 em Waterloo, Bélgica, foi um combate decisivo das forças francesas contra as britânicas, e se deu nas proximidades da aldeia belga de Waterloo.

Ocorreu durante o Governo dos Cem Dias de Napoleão, entre seu exército de 72 mil homens recrutados às pressas e o exército aliado de 68 mil homens comandados pelo britânico Arthur Wellesley, Duque de Wellington, (com unidades britânicas, holandesas, belgas e alemãs), antes da chegada de 45 mil homens do exército prussiano.) Nathan Rothschild enviou um espião para Waterloo.

Mal a batalha acabou, com a vitória inglesa das tropas de Wellington seu espião partiu rapidamente de volta a Inglaterra. Entregou a notícia a Rothschild 24 horas antes do próprio correio de Wellington chegar a Londres com as notícias. Rothschild correu para a bolsa em Londres com um ar triste e abatido. Todos no local o seguiam com o olhar. Subitamente, Nathan Rothschild começa a vender seus títulos. Os outros investidores viram que ele tinha começado a vender os seus papéis.

A resposta só poderia ser uma:

Napoleão tinha ganho em Waterloo e Rothschild sabia. Em poucos minutos, todos vendiam. Os preços dos títulos caíram como uma flecha em queda. Entretanto, agentes de Nathan Rothschild começaram a comprar secretamente os papéis por uma fração do seu valor real. Numa questão de horas, Nathan Rothschild passou a dominar a bolsa de Londres, assim como, segundo se supõe, também o Bank of England e praticamente toda a economia da Inglaterra. Nathan mais tarde gabou-se de, que em apenas 17 anos que passou na Inglaterra, ter multiplicado as 20.000 libras que recebera do pai para um novo patamar em 2.500 vezes (valiam então 50.000.000 de libras). Graças à cooperação familiar (e a costumeira IGNORÂNCIA HUMANA), os Rothschild tornaram-se rápida e incrivelmente ricos.

Em meados do século XIX, JÁ dominavam o sistema bancário europeu e eram sem dúvida a família mais rica do mundo.Isso apenas 42 anos após a fundação da ORDEM DOS ILLUMINATI.

Georg Wilhelm Friedrich Hegel

O alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (Stuttgart, 27/08/1770 — Berlim, 14/11/1831)

que foi um filósofo e recebeu sua formação no Tübinger Stift (seminário da Igreja Protestante emWürttemberg). Neste ano Hegel formula aquilo que veio a ser conhecido como a “dialética Hegeliana” – o processo e o método pelo qual os objetivos dos ILLUMINATI serão implantados no planeta. De acordo com “essa dialética” de Hegel, “uma tese mais a antítese é igual a síntese” (thesis plus antithesis equals synthesis). Em outras palavras, primeiro você deve fomentar uma crise, e criá-la. Então haverá uma enorme agitação e clamor do público para que algo seja feito para “resolver o problema” (criado artificialmente). Então o seu grupo (nesse caso os ILLUMINATI) oferecem uma solução que trará aquelas mudanças que o seu grupo realmente e verdadeiramente está procurando implantar, mas que a massa pública bovina e ignorante inicialmente não aceitaria se tal solução fosse apresentada antes da “crise”. Essa situação sempre oferece oportunidade, quando ela assim é criada artificialmente, para se implantar mais e melhores sistemas de controle e restringir mais e melhor a já escassa liberdade individual da massa sempre estúpida e ignorante de todo o processo.

1828 – Amschel Mayer Rothschild, que financia os seus associados ILLUMINATI, expressa sua profunda preocupação com os governos nacionais dos países que tentam regular com suas leis os bancos internacionais, como o banco dele próprio, declarou suas intenções nessa célebre frase:

“SE ME PERMITIREM IMPRIMIR E CONTROLAR O DINHEIRO DE UMA NAÇÃO, EU NÃO ME IMPORTO COM QUEM ESCREVE, COM QUEM FAZ ÀS SUAS LEIS” – Mayer Amschel Bauer (ROTHSCHILD)

Continua … Parte II

Fonte: Livro A Verdade dos Fatos
Via - ADM

quinta-feira, dezembro 01, 2016

Você sabia que Jesuítas sobreviveram à bomba atômica de Hiroshima graças ao Rosário?


Há 70 anos aconteceu a explosão da bomba atômica em Hiroshima, um dos episódios mais dramáticos na história da humanidade. No dia 6 de agosto de 1945, festa da Transfiguração, muito perto de onde caiu a bomba “Little Boy”, quatro sacerdotes jesuítas alemães sobreviveram a esta catástrofe e a radiação – que matou milhares de pessoas nos meses seguintes – não causou nenhum efeito neles. Esta história, documentada por historiadores e médicos, é conhecida como o Milagre de Hiroshima.
Os jesuítas Hugo Lassalle, superior no Japão, Hubert Schiffer, Wilhelm Kleinsorge e Hubert Cieslik, estavam na casa paroquial da Igreja jesuíta de Nossa Senhora da Assunção, em um dos poucos edifícios que resistiu à bomba. No momento da explosão, um dos jesuítas estava celebrando a Eucaristia, outro tomando café da manhã e o outros estavam nos arredores da paróquia.
Conforme escreveu o Pe. Hubert Cieslik em um jornal, somente sofreram pequenos ferimentos por causa de cristais quebrados, mas nenhum efeito da radiação, nenhuma perda de audição, nem qualquer outro dano.
Os médicos que atenderam os jesuítas, alguns dias após a explosão da bomba, lhes advertiram que a radiação recebida lhes causaria lesões graves, assim como doenças e inclusive uma morte prematura.
Mas, este prognóstico nunca aconteceu. Não desenvolveram nenhum transtorno e em 1976, exatamente 31 anos após a explosão da bomba, o Pe. Schiffer foi ao Congresso Eucarístico na Filadélfia, relatou sua história e disse que os quatro jesuítas ainda estavam vivos e sem nenhuma doença. Foram examinados por dezenas de doutores cerca de 200 vezes ao longo dos anos seguintes e nunca encontraram em seus corpos qualquer consequência da radiação.
Os quatro religiosos nunca duvidaram de que tinham gozado da proteção divina e, em particular, da Virgem: “Nós acreditamos que sobrevivemos porque estávamos vivendo a Mensagem de Fátima. Nós vivíamos e rezávamos o Rosário diariamente naquela casa”, explicaram.
O Pe. Schiffer escreveu “O Rosário de Hiroshima”, um livro por meio do qual relata tudo o que ele vivenciou.
Nos 70 anos da explosão atômica em Hiroshima, o Bispo de Niigata e Presidente da Cáritas Ásia, Dom Tarcisius Isao Kikuchi, difundiu uma mensagem na qual sublinha que o Japão pode contribuir à paz “não com novas armas, mas com suas atividades de nobreza e grande história no crescimento mundial, de maneira particular nas consideradas nações em via de desenvolvimento”.
O prelado acrescenta que “com esta contribuição ao desenvolvimento, que leva a pleno respeito e à realização da dignidade humana, seria muito apreciado e respeitado pela comunidade internacional”. Cada ano, entre os dias 5 e 15 de agosto, o país celebra uma Oração pela Paz.
Em Hiroshima e Nagasaki morreram cerca de 246 mil pessoas, a metade faleceu no momento do impacto e o resto das pessoas algumas semanas depois pelos efeitos da radiação. A bomba de Hiroshima coincidiu com a solenidade da Transfiguração do Senhor e a rendição do Japão ocorreu no dia 15 de agosto, solenidade da Assunção da Virgem Maria.

ACI 

O verdadeiro sentido do Natal para os Católicos



O verdadeiro Natal nunca muda, pois não muda também a compreensão do que é o Natal na alma dos católicos de verdade.

Nessas almas, mais do que o consumismo estúpido, mais do que a vermelha figura do Papai Noel, em seu trenó deslizante no verão brasileiro, mais do que a maçante Gingle Bells, exaustivamente tocada nas lojas com descartáveis produtos coloridos, ressoa o hino cantado pelos anjos “Glória in excelsis Deo”.

Ressoam as puras notas do “Puer natus est nobis, et filium nobis est datum”. Porque, para nós que “habitávamos nas sombras da morte, para nós brilhou uma grande luz”.

Que se entende, hoje, que é um “Feliz natal, para você” ? No máximo da inocência, um regabofe em família, com presentinhos, beijinhos e indigestão.

E quando o Natal não é tão inocente...

Quando o Natal não é tão inocente se realiza o canto pagão e naturalista; “Adeus ano velho. Feliz ano novo. Muito dinheiro no bolso. Saúde para dar e vender”.

Eis a felicidade pagã: dinheiro, saúde, prazer.

Sem Deus. Sem Redenção. Sem alma. Que triste Natal esse!

Que infeliz e decrépito ano novo, tão igual aos velhos anos do paganismo!

Será que o povo que habitava nas sombras da morte já não vê a grande luz que brilhou para ele em Belém?

Até a luz do Natal está ofuscada. E quão poucos compreendem essa luz!

No presépio se conta tudo.

Tudo está lá bem resumido. Mas o povo olha as pequenas figuras e não compreende o que significa que um Menino nos foi dado, que um Filho nasceu para nós.

No presépio se vê um Menino numa manjedoura, entre um boi e um burro...

A Virgem Maria, Mãe de Deus adorando seu Filhinho que é o Verbo de Deus encarnado, envolto em panos. São José, contemplando o Deus Menino tiritante de frio, à luz de uma tosca lanterna.

Um anjo esvoaçante sobre a cabana rústica. Uma estrela. Pastores com suas ovelhas, cabras e bodes. Um galo que canta na noite. Os Reis que chegam olhando a estrela, seguindo a estrela, para encontrar o Menino com sua Mãe.

Tudo envolto no cântico celeste dos anjos;

“Glória a Deus nas alturas! E paz, na terra, aos homens que têm boa vontade” (Luc. II, 14)

Isso aconteceu nos dias de Herodes, quando César Augusto decretou um recenseamento.

E como não havia lugar para Maria e José na estalagem, em Bethleem, terra de Davi, eles tiveram que se refugiar numa cocheira, entre um boi e um burro.

Porque assim se realizaram as profecias:

* “E tu, Bethleem Efrata, tu és a mínima entre as milhares de Judá, mas de ti há de me sair Aquele que há de reinar em Israel, e cuja geração é desde o Princípio, desde os dias da eternidade”, como profetizou o Profeta Miquéias (Mi. V, 1).

** ”O Senhor vos dará este sinal: uma Virgem conceberá, e dará à luz um filho, e seu nome será Emanuel” (Is. VII,14)

*** “O Boi conhece o seu dono, e o burro conhece o presépio de seu senhor, mas Israel não me conheceu e o meu povo não teve inteligência” profetizou Isaías muitos séculos antes (Is. I,3).

E Cristo, nos dias de Herodes, nasceu em Bethleem que quer dizer casa do pão (Beth = casa. Lêem = pão).

Cristo devia nascer em Belém, casa do pão, porque Ele é o pão que desceu dos céus, para nos alimentar. Por isso foi posto numa manjedoura, para alimentar os homens.

Devia nascer num estábulo, porque recebemos a Cristo como pão do Céu na Igreja, representada pelo estábulo, visto que nas cocheiras, os animais deixam a sujeira no chão, e comem no cocho. E na Igreja os católicos deixam a sujeira de seus pecados no confessionário, e, depois, comem o Corpo e bebem o Sangue de Jesus Cristo presente na Hóstia consagrada, na mesa da comunhão.

Jesus devia nascer de uma mulher, Maria, para provar que era homem como nós. Mas devia nascer de uma Virgem — coisa impossível sem milagre — para provar que era Deus. Este era o sinal, isto é, o milagre que anunciaria a chegada do Redentor: uma Virgem seria Mãe. Nossa Senhora é Virgem Mãe. E para os protestantes, que não crêem na virgindade perpétua de Maria Santíssima, para eles Maria não foi dada por Mãe, no Calvário. Pois quem não tem a Maria por Mãe, não tem a Deus por Pai.

E por que profetizou Isaías sobre o boi e o burro no presépio?

Que significam o boi e o burro?

O boi era o animal usado então, para puxar o arado na lavoura da terra.

Terra é o homem. Adão foi feito de terra. Trabalhar a terra é símbolo de santificar o homem. Ora, os judeus tinham sido chamados por Deus para ser o sal da terra e a luz do mundo, isto é, para dar vida (sal) espiritual, santidade, aos homens, e ensinar-lhes a verdade (luz).

O boi era então símbolo do judeu.

O burro, animal que simboliza falta de sabedoria, era o símbolo do povo gentio, dos pagãos, homens sem sabedoria.

Mas Deus veio salvar objetivamente a todos os homens, judeus e pagãos. Por isso, no presépio de Cristo, deviam estar o boi (o judeu) e o burro (o pagão).

Foi também por isso que Jesus subiu ao Templo montado num burrico que jamais havia sido montado, isto é, um povo pagão que não fora sujeito ao domínio de Deus. E os judeus não gostaram que o burro fosse levado ao Templo, isto é, que Cristo pretendesse levar também os pagãos à casa de Deus, à religião verdadeira. Por isso foi escrito: “mas Israel não me conheceu e o meu povo não teve inteligência”.

Como também o povo católico, hoje, já não tem inteligência para compreender o Natal, pois “coisas espantosas e estranhas se tem feito nesta terra: os profetas profetizaram a mentira, e os sacerdotes do Senhor os aplaudiram com as suas mãos. E o meu povo amou essas coisas. Que castigo não virá, pois, sobre essa gente, no fim disso tudo?” (Jer. V, 30-31).

Pois se chegou a clamar: “Glória ao Homem, já rei da Terra e agora príncipe do céu”, só porque o homem fora até a Lua num foguete, única maneira do homem da modernidade subir ao céu.

No Natal de Cristo, tudo mostra como Ele era Deus e homem ao mesmo tempo.

Como já lembramos, Ele nasceu de uma mulher, para provar que era homem como nós. Nasceu de uma Virgem, para provar que era Deus.

Como um bebê, Ele era incapaz de andar e de se mover sozinho. Como Deus, Ele movia as estrelas.

Como criança recém nascida era incapaz de falar. Como Deus fazia os anjos cantarem.

Ele veio salvar objetivamente a todos, mas nem todos o aceitaram. E Herodes quis matá-lo.

Ele chamou para junto de si, no presépio, os pastores e os Reis, para condenar a Teologia da Libertação e os demagogos pauperistas que pregam que Cristo nasceu como que exclusivamente para os pobres. É falso!

Assim como o sol brilha para todos, Deus quis salvar a todos sem acepção de pessoa. Por isso chamou os humildes e os poderosos junto à manjedoura de Belém.

Mas, dirá um seguidor do bizarro frei Betto ou do ex frei Boff, que nada compreendem do Evangelho pois o lêem com os óculos heréticos e assassinos de Fidel e de Marx, sendo “cegos ao meio dia” (Deut. XXVIII, 29): Deus tratou melhor os pastores pobres, pois lhes mandou um anjo, do que os reis poderosos, exploradores do povo, aos quais chamou só por meio de uma estrela. É verdade!!!

Deus tratou melhor aos pastores. Mas não porque eram pastores, e sim porque eram judeus. Sendo judeus, por terem a Fé verdadeira, então, mandou-lhes um sinal espiritual. Aos reis magos, porque pertenciam a um povo sem a religião verdadeira, mandou-lhes um sinal material: a estrela.

No presépio havia ovelhas e bodes, porque Deus veio salvar os bons e os pecadores.

E a Virgem envolveu o menino em panos.

Fez isso, é claro, porque o pequeno tinha frio, e por pudor.

Mas simbolicamente porque aquele Menino —que era o Verbo de Deus feito homem—, que era a palavra de Deus humanada, tinha que ser envolta em panos, pois que a palavra de Deus, na Sagrada Escritura, aparece envolta em mistério, pois não convém que a palavra de Deus seja profanada. Daí estar escrito: “A glória de Deus consiste em encobrir a palavra; e a glória dos reis está em investigar o discurso” (Prov, XXV, 2).

E “Um Menino nasceu para nós, um filho nos foi dado, e o império foi posto sobre os seus ombros, e seu nome será maravilhoso, Deus Poderoso, Conselheiro, o Deus eterno, o Príncipe da Paz” (Is. IX, 5).

Porque todos os homens, em Adão, haviam adquirido uma dívida infinita para com Deus, já que toda culpa gera dívida conforme a pessoa ofendida. E a ofensa de Adão a Deus produzira dívida infinita, que nenhum homem poderia pagar, pois todo mérito humano é finito. Só Deus tem mérito infinito. Portanto, desde Adão, nenhum homem poderia salvar-se. Todos nasceriam, viveriam e iriam para o inferno. E a humanidade jazia então nas sombras da morte.

Mas porque Deus misericordiosamente se fez homem, no seio de Maria, era um Homem que pagaria a dívida dos homens, porque esse Menino, sendo Deus, teria mérito infinito, podendo pagar a dívida do homem. Por isso, quando Ele morreu por nós, foi condenado por Pilatos, representando o maior poder humano — o Império — que O apresentou no tribunal dizendo: “Eis o Homem”. (Jo XIX, 5)

Ele era O Homem.

Era um homem que pagava os pecados dos homens assumindo a nossa natureza e nossas culpas, mas sem o pecado. Era Deus-Menino sofrendo frio e fome por nossos confortos ilícitos e nossa gula, na pobreza e no desprezo, por nossa ambição e nosso orgulho.

E os pastores e os Reis O encontraram com Maria sua Mãe, para mostrar que só encontra a Cristo quem O busca com sua Mãe.

E para demonstrar que diante de Jesus, ainda que Menino, todo poder deve dobrar o joelho.

E os pastores levaram ao Deus Menino suas melhores ovelhas, e seus melhores cabritos, enquanto os Reis Lhe levaram mirra, incenso e ouro. A mirra da penitência. O incenso da adoração. O ouro do poder.

Tudo é de Cristo.

Todos, levando esses dons, reconheciam que Ele era Deus, o Senhor de todas as coisas, Ele que dá todas as ovelhas e cabras aos pastores. Ele que dá aos Reis o poder e o ouro.

Deus é o Supremo Senhor de todas as coisas. Ele é o Soberano Absoluto a quem devemos tudo. E para reconhecer que Ele é a fonte de todos os bens que temos é que devemos levar-Lhe em oferta o melhor do que temos.


Fonte: Catolicismo Romano 

Não seja um barco encalhado, Deus te chama e te espera.


São Luis - Ma – 14 fev, 2013 - Aceitar o plano de Deus é uma tarefa que se torna difícil para metade da humanidade, só se torna difícil, porque os caminhos que buscamos para refletir as palavras do Senhor, são caminhos afastados de Deus e voltados para o mundo, reflexões que na maioria das vezes, são individualistas e secas do amor Divino. Não devemos deixar que o nosso ego fale por nós. Aceitar a proposta de Deus, requer, deixar que Ele nos possua e faça a sua vontade em nossas vidas, pois as nossas vontades, sempre nos levam para o caminho do precipício.  Essa reflexão que irão ler agora, tem o intuito de fazer com que as pessoas saiam dos comodismos que enfrentam, e acreditem mais nos planos de Deus. Narrarei aqui um barco, que é simbolo da fé cristã, levando a entender como não encalhar nas marés que o mundo oferece. Façam uma ótima leitura.

- Imagine-se como um barco! Ele fica encalhado esperando a maré encher; a maré sobe e aos poucos o barco vai se mexendo, então o capitão vem e manda soltar a corda que prende o barco, e logo o começa a andar no alto mar. Mas, o capitão fica sempre atento para que a maré não baixe e todos fiquem encalhados no centro do mar.

Agora pense em você, será que você tem feito isso, soltado as cordas que te prendem e deixam encalhado no precifico, ou você tem ficado no conforto esperando ajuda?


Se você se ver encalhado neste momento, erga suas mãos e peça que a graça e benção de Deus caia sobre sua vida, mas, para isso, é necessário soltar a corda que te prende, pois Deus enviará bênçãos e dons para que você saiba viver como um cristão verdadeiro que a cada dia busca mais e mais a santidade, e se você não soltar esta corda, você não vai conseguir ir a frente. 

Agora depois de ter soltado esta corda, fique atento, vendo o momento em que a maré está querendo abaixar, para que você não encalhe outra vez, pois esse encalhar outra vez, pode ser o começo de um fracasso. Análise e veja que essa maré que vai abaixando, é as coisas que o mundo tem te oferecido, e quanto mais você recebe as coisas terrenais, mais você se afunda no fracasso de um perdedor, de alguém que começou a construir e não foi capaz de ir até o fim. Seja perseverante até o fim, vista sua armadura (Cf. Ef 6, 11-17) e quebre as barreiras que te impedem de estar no caminho certo, peça ajuda de Deus, pois Ele pode tudo, Ele pode te transformar em um novo ser (Cf. Ef 3,20).

A luta é difícil, porém, se resistir até o final, ganhará a recompensa. Não nos cansemos de fazer o bem (Gálatas 6, 9). Pois terá vida eterna aqueles que perseveram na prática do bem, buscando a glória, a honra e a imortalidade (Romanos 2, 7). Pois como um pastor, Ele cuida do rebanho (Isaias 40, 11) e o sustenta pela mão direita e diz: “Não tenha medo; eu mesmo o ajudarei”. (Isaias 41, 13) Sobre vocês pousará o espírito de Deus: espírito de sabedoria e inteligência, espírito de conselho e fortaleza, espírito de conhecimento e temor a Deus. (Isaias 11, 2). E se vocês se desviarem para um lado ou para o outro, ouvirão uma voz atrás: “O caminho é este; é por aqui que vocês devem ir”. (Isaias 30, 21) Muitos farão guerra contra você, mas não o vencerão, pois Deus estará sempre com você. (Jeremias 1, 19) Não diga ‘sou jovem’, porque você irá para aqueles a quem eu o mandar e anunciará aquilo que eu lhe ordenar. (Jeremias 1, 7) E ensine a observar tudo àquilo que ordenei a vocês. Eis que eu estou com você todos os dias, até o fim do mundo. (Mateus 28, 20) Mas lembre-se: se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o filho do homem também se envergonhará dele quando vier na sua glória, na glória do pai e dos santos e anjos.(Lucas 9, 26).


A palavra de Deus nos exorta todos os dias a como proceder e caminhar corretamente em busca da santidade e a como vencer o pecado, para que não tenhamos sobre nós, o medo de ir nas batalhas da vida, do mesmo modo, os santos nos ensinam através de seus testemunhos, a como na medida do possível, conseguir consagrar-se  totalmente a Deus. Busquemos estes exemplos e sobretudo, os ensinamentos do Mestre. 

Ousamos dizer juntos:

Senhor, eis aqui o (a) teu (sua) servo (a), faça-se em mim a tua vontade, e não deixe que a minha reine sobre mim, pois as minhas vontades só me levam ao precipício. Amém!

Pax et bonum! Reflitam!

Por Gilson Azevedo - Criador do blog Católicos Defensores da Fé - Texto de 2013

quarta-feira, novembro 30, 2016

Cuidado com o falso ecumenismo


São Luis - Ma – 26 nov, 2016 - Com a crescente proliferação do ecumenismo, tem se criado novos meios de evangelização, e muitos destes meios, são falsos. O ecumenismo pregado hoje, é uma doença causada pela "teologia" da libertação. Este pseudo ecumenismo, prega noções contrárias as do Apóstolos, contrárias aos ensinamentos dos santos padres. O que hoje se chama de ecumenismo, é contrário aos verdadeiros estudos da Igreja, como, por exemplo, o que se pregava antigamente contra à Filosofia grega. São Basílio e outros eram desconfiados de tais filosofias contrárias à nossa fé. Tertuliano (150-225), deu voz, de forma a mostra um verdadeiro ecumenismo, à mais extrema forma de hostilidade para com o conhecimento grego ao defender sua completa conclusão do pensamento cristão, declarando que: 

O que tem de fato Antenas a ver com Jerusalém? Que concordância há entre academia e a igreja? Qual há entre heréticos e cristãos? ... Abaixo com todas as tentativas de se reproduzir um cristianismo mosqueado por um misto de formas estoica, platônica e dialética! Não queremos nenhuma estranha discussão depois de recebermos Jesus Cristo, nenhum questionamento depois de apreciarmos o Evangelho! Com nossa fé não desejamos mais nenhum credo. [1]

As palavras de Tertuliano nos mostram que, a Igreja naquela época já enfrentava pessoas que queriam trazer de tudo para dentro da Igreja, queriam ter tudo por dogma, queriam trazer um pouco de cada religião para coloca-las como nosso credo. Mas a Igreja repudiou tal ação querendo não mais ter nada de acréscimo em nosso credo. Assim, hoje não devemos jamais querer pedaços do protestantismo, umbandismo, islamismo e entre outras heresias, como credo nosso, queremos apenas o credo passado pelos Apóstolos.

Se ficarmos nessa de mudar o pensamento antigo inovando-o de acordo com o mundo, estaremos definindo que a Igreja não se sustenta em sua verdade, pois modificar a verdade não é algo que se pode fazer, visto que a verdade é imutável. Se algo mudou por total, em vez de permanecer com a mesma visão de sempre, tal credo de verdade não pode sustentar-se, eu não posso dizer, por exemplo, que leite é branco e amanhã dizer que o leite é violeta só porque outra pessoa acha que é violeta e em nome de um pseudo ecumenismo ter que aceitar tal afirmação para não desrespeita-lo. O nosso credo nunca foi modificado, e nunca jamais será, pois no credo está toda uma verdade imutável da qual nem um filosofo ou teólogo desse mundo vai ser capaz de inovar/acrescentar algo. Sejamos fieis a Igreja de Cristo, e anão as falsas teologias.

Minha posição pode até ser vista como incompreensível, irônica, e/ou agressiva, mas, eu não vou me moldar a esse falso ecumenismo que foi envenenado pela pós-modernidade.

Comentário: Gilson Azevêdo

__________

[1] On prescricion against Heretics. Traduzido por Sister Agnes Clare Way, vol. 46 de The Fathers of teh Church: A New Translation. Editado por: Alexandre Roberts e James Donaldson, 10 vols. New York: Charles Scribner's, 1896-1903, vol. 3, p. 246. s

Aborto é crime e psicopatismo - Diga sim a vida


Partindo do principio de que, se eu sou dono do meu corpo e devo ditar as regras do que eu faço ou não com ele, quem sou eu, ou quem é você para dizer o que fazer com o corpo de uma criança que está no ventre desde o primeiro mês de vida? A criança que está no ventre, não faz parte do corpo de uma mulher e nem tão pouco de um homem que induz uma mulher a fazer um aborto. O que está dentro do ventre, é outra vida separada da sua, portanto, não dite as regras por uma criança indefesa. Pessoas que apoiam o aborto, sofrem de psicopatismo e crise de indenidade, assim como a identidade do Brasil está em crise desde 1889.

No mundo existem várias e várias mulheres que queriam ter o dom da fertilidade, que clamam a Deus dia e noite para o ter, enquanto isso, seres psicopatas que vivem em uma situação absurda fazendo assassinato desde seres humanos ao assassinato intelectual, acham que matar crianças é a melhor saída, acham que é melhor cometer um crime do que doar essas crianças a essas mães que não podem ter.

Chegou a época em que os pais se revoltarão contra os filhos e os filhos se revoltarão contra os pais, e nesta afirmação, cabe aqui dizer que pais que abortam o filho, são revoltados e seres sem capacidade para amar, que nunca saberão o valor de uma criança para a humanidade. Nada justifica o assassinato de uma criança, mesmo que a via de tal gravidez seja de um estupro, pois, colocar-se do mesmo lado do estuprador tornando-se um monstro, também é um crime, pois crime por crime não se justifica.

Se não quer ter esse filho, espere os nove meses e doe a criança, porque matando-a, suas mãos estarão sempre sujas de sangue infantil.

Lembre-se das palavras de Nosso Senhor: Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes. Mateus 25,40 - Embora o versículo fale expressamente de uma situação onde Jesus narra as vezes em que alguém deixou de fazer algo a Ele, como, por exemplo, bater na porta e pedir o que comer e não darem o que comer, pedir o que vestir e não darem o que vestir, também essas palavras se relacionam com as crianças, pois todas as vezes que fizerem um aborto, é a Deus quem estão fazendo, estão abortando-o/afastando-o cada vez mais de vossas vidas, do mesmo modo que quanto mais nos afastamos da luz, mais nos aproximamos da escuridão, assim também acontece com aquele que faz maldades para com as crianças.

Por fim, abortar uma criança é um atentando quanto ao mandamento não mataras. Muitos querem respeito, mas poucos são os que fazem por onde merecer. Os filhos devem honrar os pais para que seus dias sejam prolongados aqui na terra, do mesmo modo, os pais devem honrar os filhos. A palavra de Deus nos exorta: Tendo lido a missiva, o rei de Israel rasgou as vestes e exclamou: Sou eu porventura um deus, que possa dar a morte ou a vida?.... II Reis 5,7. Não somos Deus para decidir quem vive e quem morre, é Deus quem da a vida, o sopro vem d'Ele.

Diga não ao aborto.

Por Gilson Azevedo 

terça-feira, novembro 29, 2016

MNEMÔNICA TOMISTA: O que faço para lembrar com certa facilidade das coisas que li?


UM ALUNO pergunta-me o que faço para lembrar com certa facilidade das coisas que li. Bem, como a resposta pode ser útil para outras pessoas além dele, eu a darei de público.

Com Santo Tomás, aprendi que EXISTEM A MEMÓRIA NATURAL (um dos quatro sentidos internos) E A TREINADA, sendo esta última a arte de rememorar, a qual pressupõe algumas regras.

Eis os conselhos básicos do Aquinate:

> BUSCAR SIMILITUDES IMAGÉTICAS das coisas de que se queira lembrar. Neste caso, as imagens podem e devem ser um tanto extravagantes, pois a alma se prende mais ao que é fora do vulgar;

> Tais imagens, sejam quais forem, devem ser intencionalmente dispostas em determinada ORDEM, de modo que de um ponto se passe a outro quase naturalmente;

> Deve-se ter ATENÇÃO ao que se queira lembrar, ou, em termos contemporâneos, FOCO. Em suma, quem se entrega por inteiro a uma atividade tende a lembrar dela com maior facilidade do que a pessoa desatenta ou superficial;

> É necessário MEDITAR acerca do que se queira lembrar, pois recordamos melhor das coisas sobre as quais pensamos com freqüência.

Estes quatro tópicos são hauridos de Cícero e de Aristóteles e sintetizados pelo gênio medieval com maestria.

Há mais: evitar, habitualmente, aglomerações ou lugares agitados é outro conselho de Santo Tomás pegado de empréstimo a Cícero**, para quem "solitudo conservat integras simulacrorum figuras", ou seja, o lugar solitário e silencioso ajuda a conservar as imagens de que a memória se vale para operar. Tomás apenas troca "solitudo" por "sollicitudo", ou seja, solidão por solicitude.

Não por outro motivo, se uma pessoa não é capaz de atenção e recolhimento, torna-se quase impossível para ela exercitar a memória.

Como se vê, são conselhos de uma desconcertante simplicidade...

No mais, faça o que fizer com AMOR, o qual potencializa de maneira extraordinária as energias psíquicas.

** Trata-se do livro "Rhetorica ad Herennium", cuja autoria é hoje posta em dúvida por vários estudiosos.

Professor Sidney Silveira

sábado, novembro 26, 2016

Fundamentos da Crisma


1. A Sagrada Escritura, tanto no Antigo como no Novo Testamento, promete a efusão do Espírito Santo nos tempos messiânicos.

Advertência preliminar: o Espírito ou Sopro (ruach, em hebraico) de Javé, no Antigo Testamento, significa geralmente a força de Deus a suscitar vida e obras dignas do Altíssimo através da história sagrada. Como se entende, os israelitas, não tendo conhecimento do dogma da Ssma. Trindade, ainda não concebiam o Espírito como Pessoa Divina.

Assim já nos primórdios da criação o Espírito aparece sobre o caos do mundo como que para acalentá-lo e nele fomentar a vida; cf. Gên 1,1. No decorrer dos tempos, o Espírito se comunicava aos homens chamados para realizar grandes feitos: os Juízes (cf. Jz 3,10; 6,34; 11,29), Saul (cf. 1 Sam 11,6), Moisés (cf. Núm 11,17), Davi (cf. 2 Sam 23,2), Elias (cf. 4 Rs 2,9), os profetas em geral. Por excelência, como se dirá mais abaixo, dever-se-ia derramar sobre a natureza humana do Messias, chamado a ser Rei, Sacerdote e Profeta em grau eminente (cf. Is 11,2).

Na plenitude dos tempos, a plenitude do Espírito Santo devia ser outorgada não somente a indivíduos privilegiados, mas a todos os justos. É o que prediz muito claramente o profeta Joel: num quadro dramático, Javé promete «derramar seu Espírito sobre toda carne», de modo a renovar o mundo (3,1). Ezequiel, por sua vez, anunciava a renovação interior dos fiéis mediante o Espírito de Deus como característica da era messiânica; dando o seu Espírito ou um novo princípio de vida aos homens, Javé os tornaria observantes da Lei Divina, portadores de frutos de justiça e santidade, que o Espírito faria germinar à semelhança da água que toma fecunda a terra (cf. Ez 36,26s ; 37,14 ; 39,24.29 ; Is 32,15-19; Zac 12,10).

A efusão do Espírito devia efetuar-se por intermédio do Messias. Este em sua natureza humana seria cumulado dos dons do Espírito Santo, a fim de realizar a sua obra de salvação (cf. Is 11,1-3 ; 42,1 ; 61,1).

No Novo Testamento, Cristo aparece realmente como o depositário do Espírito Santo: sobre a sua santíssima humanidade desceu o Espírito no dia do batismo (cf. Mt 3,16), penetrando-a à semelhança do óleo com que se pratica uma unção; dai o nome de Ungido (= Christós, em grego; Mashiah, em hebraico) que toca a Jesus: «O Espírito do Senhor está sobre mim, pois que me consagrou por uma unção», diz o Salvador no inicio da sua vida pública, citando Is 61,1 (cf. Lc 4,17-22).

E note-se como em torno de Jesus, justamente no limiar da era messiânica, como que para assinalar a presença do Ungido, surge um grupo de figuras ricamente agraciadas pelo Espírito Santo: Elisabete (cf. Lc 1,41-43), Zacarias (cf. Lc 1,67), João Batista (cf. Lc 1,15), Maria Santíssima (cf. Lc 1,35), Simeão (cf. Lc 2,25-32), a viúva Ana (cf. 2,36-38)...

Antes de sua volta ao Pai, Jesus, confirmando as predições do Antigo Testamento, prometeu enviar a todos os fiéis o Espírito Santo, o qual se tornaria o Advogado ou Consolador (= Paráclito) e o Mestre interior de cada um (cf. Jo 7, 37-39; 14,16s. 26 ; Lc 24,49 ; At 1,4). Pelo Espírito e no Espírito de Deus é que haviam de viver os discípulos de Cristo (cf. 1 Cor 12,3).

2. O dom do Espírito foi realmente outorgado na plenitude dos tempos por obra do Messias.


Enquanto Jesus não estava glorificado, o Espírito ainda não era dado, diz o Evangelista S. João (cf. 7,37), pois na verdade o Espírito Santo devia ser enviado aos fiéis não somente como dom do Pai Eterno, mas também como fruto da obra da Redenção (o Espírito devia como que jorrar da Ssma. humanidade de Cristo batida ou ferida contra o madeiro da cruz, à semelhança da água que no deserto emanou da rocha batida pela vara de Moisés a fim de dessedentar o povo ; cf. Núm 20,7-11; 1 Cor 10,4). Consequentemente, logo depois da Ascensão os dons do Espírito Santo começaram a se derramar sobre os fiéis.

Já no dia de Pentecostes, após a descida do Paráclito sobre os Apóstolos, São Pedro podia declarar que a predição de Joel se tinha cumprido sob a forma de primícias (cf. At 2,17-21). A realização plena do oráculo devia abranger a cada um dos cristãos em particular, como acrescentava o Apóstolo à multidão que, impressionada pelo portento de Pentecostes, lhe perguntava o que devia fazer:

“Arrependei-vos; que cada um de vós se faça batizar em nome de Jesus Cristo para a remissão dos pecados; recebereis então o dom do Espírito Santo, pois em favor de vós, de vossos filhos e de todos os que estão longe é que foi feita a promessa” (At 2,38s).

Por conseguinte, após o dia de Pentecostes, através dos tempos, o Espírito Santo havia de ser comunicado aos fiéis... Ora a Escritura mostra como realmente no decorrer de sua obra missionária os Apóstolos, mediante preces e imposição das mãos, comunicavam o Espírito Santo a todos os que abraçavam a fé (a imposição das mãos é rito já usado no Antigo Testamento para simbolizar a aplicação ou a transferência de um dom espiritual ; cf. Num 11,16s.24; 27, 18-20).

Três são os textos mais importantes que a este propósito ocorrem:

a) At 8,4-25. Os Apóstolos em Jerusalém ouviram que na Samaria o diácono Filipe anunciara o Evangelho e batizara muitos recém-convertidos, os quais, porém, não haviam recebido o Espírito Santo (donde se poderia deduzir que o diácono não tinha a faculdade de O conferir). Enviaram então àquela região Pedro e João, os quais, orando e impondo as mãos, comunicaram o Espírito Santo aos fiéis. Aconteceu, porém, que Simão Mago, tendo presenciado o acontecimento, quis comprar do Apóstolo Pedro o poder de dar o Espírito; ora São Pedro não lhe respondeu que não se efetuava comunicação do Espírito, nem que esta era independente de algum rito, mas simplesmente que o poder solicitado não podia ser adquirido a dinheiro.

b) At 19,1-7. Em Éfeso São Paulo encontrou um grupo de doze discípulos, aos quais perguntou se já haviam recebido o Espírito Santo. Ao saber, porém, que só tinham sido batizados no batismo de João, completou-lhes a catequese e mandou-os batizar em nome de Cristo; a seguir, por imposição das mãos, comunicou-lhes o Espírito Santo.

Estes dois episódios sugerem algumas conclusões: 1) a comunicação do Espírito por meio de preces e imposição das mãos é rito diferente do batismo, podendo este ser administrado sem aquela; 2) o ministro do batismo nem sempre está habilitado a proceder à imposição das mãos; esta parece reservada aos chefes da comunidade; 3) muito pouco plausível seria admitir que a comunicação do Espírito Santo tenha sido, por instituição dos homens, associada à imposição das mãos (criatura alguma poderia fazer que tal efeito sobrenatural dependesse de uma cerimônia natural); é de supor, portanto, que Cristo mesmo haja instituído o rito comunicador do Espírito Santo, rito verdadeiramente sacramental.

c) Hebr 6,1-6. O autor sagrado propõe-se recordar aos leitores os artigos fundamentais referentes a Cristo, ou seja, as verdades que eram ensinadas aos catecúmenos logo que entravam no seu currículo cristão (cf. 5,11-14). Seis são esses artigos, que o Apóstolo agrupa em três pares:

- o abandono das obras mortas e a fé em Deus,

- a doutrina sobre os batismos e a imposição das mãos,

- a ressurreição dos mortos e o juízo eterno (6,1s).

Que será a imposição de mãos aqui mencionada ? É, sem dúvida, um rito intimamente associado ao batismo, sem, porém, se confundir com este (como a ressurreição e o juízo final, a penitência e a fé estão intimamente unidas entre si, mas não se identificam mutuamente). Tem por efeito (delicadamente insinuado em 6,4) dar participação no Espírito Santo. Trata-se, como bem se crê, de rito idêntico ao que é referido no livro dos Atos (cc. 8 e 19), de mais a mais que em Hebr 6 é enumerado dentro da mesma série que ocorre em At 2,38s: penitência, fé, batismo, imposição das mãos.

A alusão aos «batismos» (no plural) significa que todo catecúmeno conhecia o valor próprio do sacramento cristão, distinguindo-o bem do batismo de João e dos demais ritos de ablução e purificação que estavam em uso entre os judeus.

Ora note-se que em Hebr 6 a imposição das mãos subsequente ao batismo e comunicadora do Espírito faz parte do fundamento (themélion) da religião cristã. O fundamento, porém, não pode provir senão do Fundador... Donde se segue que o mencionado rito se deve à instituição de Cristo mesmo; de resto, os Apóstolos confessavam que não eram senão «os ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus» (1 Cor 4,1).

Eis, porém, que uma dificuldade se põe: não se poderia dizer que a imposição das mãos na antiga Igreja era destinada apenas a produzir dons extraordinários (glossolalia, profecia, etc.), como se lê em At 19? As subsequentes gerações cristãs não a terão indevidamente transformado em instituição ordinária? — A dúvida se elucida se consideramos, de um lado, que Cristo prometeu o Espírito a todos os fiéis, sem restrição de época; de outro lado, a imposição de mãos, enumerada em Hebr 6 juntamente com a penitência, a fé, o batismo..., aparece como instituição fundamental e, por isto, permanente do Cristianismo; ao contrário, os carismas ou dons extraordinários são graças esporádicas que, na antiga Igreja, eram dadas com frequência em vista de rápida difusão do Cristianismo; por isto, independentemente de dons milagrosos, a comunicação do Espírito por imposição das mãos é necessária na Igreja, destinando-se sempre a produzir o carisma ou o dom máximo, cujos efeitos são, muitas vezes, invisíveis, a saber; o dom da caridade (cf. 1 Cor 12,31).

3. E quando terá Cristo instituído o rito de comunicação do Espírito?


Os teólogos propõem mais de uma sentença sobre o assunto. A resposta mais provável, porém, parece depreender-se das seguintes considerações.

O episódio da descida de Cristo nas águas do Jordão (Mt 3,13-17; Mc 1, 9-11; Lc 3,21s) foi em todos os tempos considerado como uma das cenas mais importantes da vida de Jesus. Muitos Padres e escritores antigos afirmaram ter sido então instituído o sacramento do batismo (pois Cristo por seu contato santificou as águas), sentença que exegetas não-católicos hoje em dia igualmente professam.

Tenha-se em vista o texto:

“Naqueles dias Jesus de Nazaré veio da Galiléia e foi batizado por João no Jordão. E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o Espírito que, como pomba, descia sobre Ele, e dos céus fez-se ouvir uma voz: 'Tu és meu Filho bem-amado, em Ti me comprazo' ” (Mc 1,9-11).

Como se vê, no episódio acima o Evangelista distingue dois atos sucessivos: a ablução ou o contato de Jesus com as águas, e a descida (poder-se-ia dizer: a unção) do Espírito que se deu quando o Senhor emergiu e que sagrou aos olhos do mundo Jesus como Rei, Sacerdote e Profeta dos tempos messiânicos (cf. Lc 4,18 ; At 10,18). Ora a cena que inaugurou a vida pública de Cristo é certamente tipo do que se dá em toda iniciação cristã (o cristão é, sim, um outro Cristo); na base desta observação distinguir-se-ão também dois atos no processo da iniciação cristã: a ablução do catecúmeno e a descida do Espírito Santo, ou seja, o sacramento do batismo e o da confirmação (embora estes dois ritos tenham sido frequentemente administrados durante a mesma função litúrgica na antiguidade, o livro dos Atos dá testemunho de que também podiam ser separados por certo intervalo de tempo). — Em conclusão, pergunta-se : Cristo, na cena inaugural de sua vida messiânica deixando entrever o batismo e a unção dos fiéis por comunicação do Espírito Santo, não terá ao mesmo tempo instituído esses dois ritos sagrados? Enquanto Jesus não estava glorificado (cf. Jo 7, 37-39), o sacramento da crisma não podia ser apresentado de maneira mais concreta; era preciso que viesse a solenidade de Pentecostes para que se pudesse explicitar todo o conteúdo da cena do Jordão.

Resta, porém, ainda uma questão atinente à matéria do sacramento.

4. Se a Sagrada Escritura refere que a comunicação do Espírito se fazia por imposição das mãos, como se justifica a unção hoje praticada juntamente com aquela?

Não há dúvida, é sentença comum entre os teólogos que a matéria próxima do sacramento da confirmação consta de imposição das mãos, impressão do sinal da cruz sobre a fronte do cristão e unção com óleo sagrado.

Há autores que querem justificar tal sentença dizendo que os Apóstolos efetuavam a unção juntamente com a imposição das mãos, mas que S. Lucas, cioso de brevidade nos Atos dos Apóstolos, quis mencionar apenas um dos dois ritos. Tal explicação não deixa de parecer um tanto artificiosa. Reconheça-se o silêncio da Escritura, sem formular alguma interpretação a respeito. O fato é que do séc. III em diante os escritores (Tertuliano, em 200 aproximadamente; Hipólito Romano, em 220...) atestam a prática da unção. Pois bem, tenha estado em vigor entre os Apóstolos ou não, esta era sugerida por textos da S. Escritura mesma que apresentam o Espírito Santo como o Bálsamo, e a comunicação do Espírito como a unção com que são agraciados o Redentor e os remidos (daí os nomes de Cristo = Ungido, e cristãos...).

Assim notem-se, além do trecho de Lc 4,18 (citado à pág. 102 deste fascículo), os dizeres de S. Pedro em At 10,38: “Deus ungiu (Jesus de Nazaré)] com o Espírito Santo e poder»; o que quer dizer: o Pai derramou sobre a santíssima humanidade de Jesus a plenitude dos dons do Espírito Santo, de sorte que o Redentor, como homem, vivia continuamente sob o impulso do Espírito de Deus. A ideia, aliás, de que o Salvador seria o Ungido por excelência se deriva da noção de que Ele se tornaria eminentemente Rei, Sacerdote e Profeta e, por conseguinte, deveria receber uma unção, como os reis e sacerdotes a recebiam no Antigo Testamento (cf. 1 Sam 10,ls; Ex 29,30). No que diz respeito aos cristãos, observe-se que os Apóstolos apresentam a comunicação do Espírito como sendo «a unção que provém do Santo» (1Jo 2,20.27; cf. 2 Cor 1,21).

Foram essas concepções que sugeriram aos antigos chefes das comunidades cristãs simbolizassem a comunicação do Espírito Santo não somente mediante a imposição das mãos, mas também mediante uma unção com bálsamo sagrado; o cristão reproduz, sim, a vida do Cristo; é, espiritualmente, um «ungido». — A praxe da unção, desde que promulgada pela voz oficial da Igreja, goza de indiscutível autoridade para o católico, pois não é necessário que todos os ritos do culto estejam explicitamente delineados nas páginas da Sagrada Escritura.

Dom Estêvão Bettencourt (OSB)

DE ONDE VIEMOS? ONDE ESTAMOS? PARA ONDE VAMOS?


Tema: Filosofia

Em síntese: Cada pessoa humana é uma ideia de Deus concebida desde toda a eternidade e criada no tempo oportuno a fim de desenvolver suas virtualidades e voltar plenamente realizada à Casa do Pai. Cada um de nós pode dizer com Cristo: "Saí do Pai e vim ao mundo; de novo deixo o mundo e volto para o Pai" (Jo 16, 28).

* * *

As três perguntas deste título impõem-se a todo ser humano que reflita: Qual é o sentido desta vida? Muitas respostas foram dadas a tais questões, inclusive a da reencarnação, que é um postulado sem fundamento. Procuraremos, a seguir, formular a resposta numa perspectiva cristã, que certamente dilatará o coração.

1. DE ONDE VIEMOS?

Redigiremos a nossa resposta abrindo os olhos em torno de nós. Vivemos num universo harmonioso e equilibrado entre milhões de astros que percorrem suas órbitas bem dimensionadas, de modo a maravilhar quem contempla o makrokosmos, que tem seu paralelo na beleza do mikrokosmos (olho, ouvido, coração humanos extasiam o observador).

Ora toda esta grandeza deve ter um Planejador e Criador, uma inteligência Suprema que, com seu poder, deu origem a tal realidade vertiginosamente desmedida. Contudo, esse sábio Planejador e Criador há de primar também pelo amor; deve ser santo e perfeito em tudo.

Ora um axioma filosófico antigo nos diz que "o Bem é difusivo de Si". Isto quer dizer que o Supremo Sábio, também chamado "Deus", é supremamente difusivo de Si; quis comunicar-se a fim de que seres não existentes viessem a existir e gozar da sua bem-aventurança.

É nesse fundo de idéias que se coloca a origem de cada um de nós. Com efeito, Deus em sua eternidade concebeu o modelo ou protótipo de cada qual, configurado à imagem e semelhança do Criador. Essa idéia de Deus deve tornar-se realidade neste mundo em tempo oportuno ou nos decênios de vida que passamos na terra. Ele nos criou como uma semente embrionária, cheia de virtualidades, que devemos desenvolver por nossa conta, a fim de nos adequarmos ao modelo ou protótipo que o Pai tem para cada qual de nós. No centro do plano do Pai está a figura do Cristo Jesus, Irmão mais velho, ao qual basicamente nos devemos configurar (cf. Rm8, 29). Diz o Apóstolo que tudo foi criado nele e para Ele (cf. Cl 1, 15s).

2. ONDE ESTAMOS?

Deus criou para o homem o palácio deste mundo, palácio que só elevadas pesquisas da inteligência humana podem tentar explicar, tão inteligentemente foi ele estruturado.

A idéia de Deus (que era cada um de nós antes de ser criado) foi feita realidade palpável quando Deus o houve por bem (digamos: nos séculos XX e XXI). É de notar, porém, que a criancinha que nasce neste mundo é muito embrionária; está cheia de potencialidades que devem ser desenvolvidas para que essa criatura atinja "o estado do Homem Perfeito", a medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4, 13). A tarefa de se desabrochar é entregue aos cuidados de cada um(a); cada qual se esculpe, se burila e se configura segundo o ideal que concebe; alguns o fazem muito sabiamente, aplicando seus talentos à prática do bem; outros são menos felizes, pois desperdiçam os seus talentos na leviandade e frivolidade de vida. Cada qual fica sendo assim responsável pela sua estrutura definitiva,... estrutura com a qual ele(a) se apresentará ao Pai quando este chamar de volta a sua criatura. Cada segundo de nossa vida tem sua repercussão na eternidade; é como uma semente que lançamos à terra e que dará frutos bons ou não de acordo com a qualidade do tratamento recebido.

Estas afirmações valem não somente para os cristãos, mas também para todos os homens e mulheres de boa vontade; não conhecem Jesus Cristo, mas têm o coração aberto à Verdade e ao Bem, praticam sua religião ou vivem sem religião, julgando sem hesitação que estão no caminho certo. Se Deus não lhes revelou o Evangelho e eles o ignoram sem culpa própria, não serão julgados segundo os padrões do Evangelho, mas segundo a fidelidade à sua consciência sincera e aberta à Verdade e ao Bem. Poderão salvar-se mediante Cristo e sua Igreja na qualidade de membros invisíveis da Igreja.

Destas considerações se depreende o valor da vida presente; ela é breve e cheia de percalços, de modo que o(a) sábio(a) não perde tempo e vigia assiduamente. Para o fiel cristão, recomendam-se como recursos indispensáveis a Eucaristia e a oração.

O encontro com Deus não é algo de meramente futuro, mas já ocorre sob os véus da fé na vida presente. O Criador não abandona sua criatura neste mundo, mas acompanha-a, dando-lhe os subsídios necessários para o bom êxito de seus esforços e permitindo-lhe gozar os benefícios da experiência de Deus, que habita nos corações justos. O Deus conhecido veladamente na terra é o mesmo que se dá reveladamente na eternidade. Poucos pensam nisto e poucos têm a coragem da coerência.

O mundo colorido e sonoro que nos cerca é tão sedutor que às vezes pode empalidecer a visão do além; o indivíduo mergulha nos afazeres materiais, que são muito exigentes e pode não fazer caso do Principal, que é a vida eterna. Não seja assim o cristão; trabalhe com zelo em tudo que empreender, mas sempre com o olhar voltado para o Eterno; haja no cristão sempre um fio condutor intocável que leve ao encontro de Deus através das múltiplas tarefas temporais.

3. PARA ONDE VAMOS?


Vamos para a Casa do Pai, que nos concebeu, criou e acompanhou neste mundo a fim de chegarmos à vida eterna([1]). Somos peregrinos, aos quais diz S. Agostinho:

"O peregrino quer subir. Mas para onde irá ele? Para o sol, a lua, as estrelas? O céu é a Jerusalém eterna, onde moram os anjos, com os quais viveremos. Na terra peregrinamos longe deles; durante a peregrinação, suspiramos; ao chegar à pátria sentiremos grande alegria" (Comentário aos Salmos).

Veremos então Deus ou a Beleza Infinita face-a-face e todas as nossas aspirações serão saciadas. Diz ainda S.Agostinho: "Serás insaciavelmente saciado". Veremos nossos familiares e amigos em Deus ou contemplando Deus.

Consciente destas verdades, escreve São Paulo:

"Sabei que quem semeia com parcimônia, também colherá com parcimônia, e quem semeia com largueza, também com largueza colherá" (2Cor9, 6).

A colheita será proporcional à semeadura. Em poucas palavras podemos afirmar com o mesmo Apóstolo:

"O que o olho não viu, o que o ouvido não ouviu nem o coração humano jamais percebeu. Eis o que Deus preparou para aqueles que O amam" (1Cor2, 9).

O amor abrirá o olho da mente; quanto mais ardente for ele, tanto mais propiciará uma visão nítida de Deus, ao passo que o amor lânguido será menos clarividente. Deus é amor, e quanto mais o amamos, tanto mais afinidade temos com Ele.

Feitas estas observações, só resta ao cristão compenetrar-se do valor da vida presente, que é a ante-câmara da eternidade. O tempo é precioso, como lembra S. Agostinho:

"Tanto Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei. Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e aí Vos procurava; com o meu espírito deformado, lançava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco.

Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós. Chamastes, clamastes e rompestes minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e curastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume; aspirei-o profundamente e agora suspiro por Vós. Saboreei-Vos e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e comecei a desejar ardentemente a vossa face" (Confissões).

Vemos assim que um fiel cristão não pode dizer que não sabe o que há no além. Diga antes que possuirá a plenitude dos bens dos quais um certo antegozo é concedido aos que sinceramente buscam a Deus. O próprio Deus se dará às criaturas em vez de lhes dar subsídios para a caminhada de peregrinos.

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[1] Entende-se, porém, que aqueles que morrem com o amor voltado para Deus, mas ainda contraditado por escórias do "pecadinho" de cada dia terão de fazer um estágio de purificação. Este nada tem a ver com fogo, mas será a ocasião de repudiar por completo as raízes de todo e qualquer pecado.