sexta-feira, dezembro 02, 2016

DESMONTANDO ESSE ARGUMENTO: "Vocês são contra o aborto, mas defendem a pena de morte para bandidos."



DESMONTANDO ESSE ARGUMENTO:

A Igreja, conforme o Catecismo expõe oficialmente (cf. CIC 2267), só aceita a pena de morte em uma hipótese: Quando não há mais nenhum recurso para um País defender a nação e, sendo assim, pelo bem da vida de inocentes, em nome do bem comum e da justiça, se admite que, não havendo duvidas quanto a identidade do criminoso, se aplique a pena de morte.

Mas, tendo em vista que hoje temos outros recursos mais humanos, como a pena perpétua (o que falta é melhorias nos presídios e a construção de novos, mais humanos), temos como criar Leis que protejam a nação e faça justiça, afinal, o problema do Brasil (e de boa parte do mundo) hoje é uma falha gravíssima na Justiça (na Lei) que não pune mais os crimes que são cometidos, mas é uma falha que pode ser facilmente resolvida, se os legisladores tiverem boa vontade e agirem pensando no bem comum e na justiça.

Em suma: Hoje não se admite a pena de morte, a própria Igreja diz que a pena de morte já não é método diante de possibilidades mais humanas de fazer alguém pagar por seus crimes, como a prisão perpétua, por exemplo.

Quando "fiéis" defendem a pena de morte hoje, estão indo na contra mão daquilo que a Igreja crê: A Igreja crê que toda vida deve ser preservada, e que mesmo o pior criminoso deve ter a chance de se converter um dia, e para que exista essa hipótese de conversão futura, ele precisa estar vivo, preso para sempre (se for o caso), mas vivo. (não se pode punir um assassinato cometendo outro [exceto em raras hipótese quando não há outro meio], pois é contraditório você se dizer ser contra um assassinato, mas buscar fazer o mesmo que o assassino, sendo que há outra forma de o puni-lo sem lhe tirar a vida).

Obs.: A Igreja não defende que a Lei dos homens tenha que soltar um pessoa que se arrependeu de seus crimes e se converteu: Diante de Deus o arrependimento é indiscutivelmente necessário para a salvação e liberta o homem das correntes do pecado, mas se deve pagar a pena terrena prevista para o crime que se cometeu, mesmo estando verdadeiramente arrependido e convertido, pois toda a ação tem consequência e, conforme a Doutrina Social da Igreja (cf. 402 a 405), a punição da Lei é um exemplo que mantém as coisas em ordem, mantém o bem comum (ou ao menos tenta manter), e neste mesmo texto da “DSI” a Igreja se alegra pelo fato de hoje haver uma grande porção dos fiéis (que cresce cada vez mais) contrários a pena de morte.

Por: Thiago A. Borges de Azevedo
Sexta, 02 de Dezembro de 2016.

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