quarta-feira, janeiro 18, 2017

Santo Antão Abade Fundador da vida monástica



Sua vida foi extraordinária, tendo ele lutado contra o demônio e praticado as mais rudes penitências; reuniu os primeiros solitários do Egito, sendo procurado por santos, reis e imperadores.

Em Coma, pequena vila perdida na região de Heracléia (no alto Egito), veio à luz no ano 251 aquele que foi chamado a ser um luzeiro da Igreja por mais de um século. Antão era filho de pais nobres e religiosos que foram também seus mestres, para que o menino não se contaminasse com o paganismo das escolas públicas. Santo Atanásio, primeiro biógrafo e admirador de Antão, afirma que ele não aprendeu as “belas letras”, isto é, as ciências dos gregos, mas que amava muito a leitura. Santo Agostinho chega a dizer que Antão simplesmente não aprendeu a ler, e que toda sua sabedoria e ciência foram favores divinos.

Protegido desse modo no recanto de um lar cristão e nobre, Antão passou sua infância e juventude em grande inocência de vida. Religioso, respeitoso, afável, obediente, era o consolo dos pais.

Aos 20 anos, com o falecimento destes, herdou sua herança, que entretanto não o tornou feliz, porque, mais inclinado para as coisas celestes, só pensava em como melhor servir a Deus.

Certo dia ouviu na igreja as palavras de nosso Divino Mestre ao jovem rico do Evangelho: “Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no Céu; e depois vem, e segue-me” (Mt 19, 21). Essas palavras, que ouvira já tantas vezes, adquiriram um novo significado para ele, e pareceram ser-lhe diretamente dirigidas. Voltando para casa, vendeu o que tinha, distribuiu o produto aos pobres, não reservando senão o indispensável para ele e uma irmã mais nova se manterem.

Estava tudo feito? Não, isso ainda não era o mais perfeito. Voltando à igreja, ouviu outras palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Não vos preocupeis com o dia de amanhã” (Mt 6, 34). Antão deu-se conta de que não dera tudo, era preciso ser mais radical. Recomendou sua irmã a algumas virgens prudentes, despojou-se do que lhe restava e renunciou ao mundo.

quinta-feira, janeiro 12, 2017

O poder da Santa Missa


. Na hora da morte, teu maior consolo será as Missas que durante tua vida ouvistes.
. Cada Missa que ouvistes te acompanhará ao Tribunal Divino e advogará para que alcances o perdão.

. Com cada Missa podes diminuir o castigo temporal que devas pelos teus pecados, em proporção com o FERVOR que a ouças.

. Com a participação devota a Santa Missa rendes a maior homenagem a Humanidade Santíssima de Nosso Senhor. A Santa Missa bem ouvida supre tuas maiores negligências e omissões .

. Pela Santa Missa bem ouvida se perdoam todos os teus pecados veniais que estás decidido a evitar, e muitos outros de que nem sequer te lembras. Por ela também o demônio perde o domínio sobre ti.

. Ainda ofereces maior consolo para as almas benditas do Purgatorio.

. Uma Missa ouvida em quanto vives te trará muito mais proveito do que muitas que ofereçam por ti depois de tua morte .
 . Cada missa assistida por você, vale mais do que mil missas oferecida em sua intenção.

 . Te libertas de muitos perigos e desgraças nas quais possivelmente cairias se não fosse pela Santa Missa.

Lembra-te também de que com ela reduzes teu purgatório.

Com cada Missa aumentas teu grau de gloria no Céu. Nela recebes a benção do Sacerdote, que Deus ratifica no céu.

Durante a Missa te ajoelhas em meio a uma multidão de anjos que assistem invisivelmente ao Santo Sacrifício com suma reverência .
Consegues benções em teus negocios e assuntos temporais.
Quando ouvimos Missa em honra de algum Santo Particular, dando graças a Deus pelos favores pedidos a este Santo ganhamos a sua proteção e especial amor, pela alegria e felicidade de que suas obras seguem.

Todos os dias que ouvimos Missa, alem das outras intenções, devemos honrar ao Santo do dia.

IMPRIMATUR:
JUAN J. CLENNON
Arcebispo de St. Louis

Que circule entre católicos por favor

quarta-feira, janeiro 11, 2017

Contra pseudos apóstolos do século XXI




O negável virou aceitável por meio da mentira, a mentira para muitos virou uma verdade, enquanto aquilo que “é verdade virou incerto”[1] ( Cf. 2Tm 4,3-4). A liberdade para que Jesus entre nos corações, entrou em escassez dando entrada para o próprio eu. O coração do homem abriu-se para os falsos profetas, desprezando o que é de Deus.

Livre de falsos profetas, nunca estaremos, caminhos para se perceber quem o são, existem vários. O homem permanece escondido em seus medos, retira-se da palavra de Deus para acreditar naqueles que se dizem poderosos. Por pura fantasia em querer se tornar um deus, deixou de lado o sangue de Jesus para acreditar no sangue de homens comuns, que em tudo o que fazem glorificam a si mesmos para criar seus fantoches. Prometem só coisas boas, e nunca falam dos sofrimentos de Cristo, não ensinam a superar o Calvário, só prometem assim como Satanás fez, as melhores coisas. 




O homem já não serve mais a Deus se não a si mesmo, distanciou-se de para sem Ele trabalhar suas obras sem amor, tudo isso em nome da vaidade, do querer acarretar riquezas nesta terra pecaminosa, em nome de uma foto nas redes sociais para ganhar fama, em nome do próprio homem, enquanto isso, fazer o bem por amor aos pequeninos de Deus ficou esquecido no lugar mais fundo do coração. O homem abandonou o essencial para a sua vida, a fé em Cristo!

A mensagem de Jesus Cristo ensinou para nossa humanidade que o seu sangue é portador de um poder, um poder que salva, cura e liberta, mas nunca disse que o sangue do homem teria poder algum, nem os santos fazem milagre por méritos próprios, tudo o que fazem é por intercessão, pedindo a Deus por nós. Santos não fazem milagres, quem os faz é Deus, atendendo os seus pedidos. Ora, se nem os santos fazem milagres, que dirá os falsos profetas!

As palavras do Mestre vieram nos ensinar que ao homem não cabe ser reconhecido pelo próprio homem, mas, sim por Ele, porque dEle nada se esconde. Jesus ao mandar São João escrever às sete Igrejas descritas no apocalipse, referindo-se à Igreja de Éfeso, disse: “Sei o que você fez, o quanto trabalhou e como foi perseverante. Sei que não suporta os maus. Sei ainda que não provou os que se dizem APOSTOLOS e não o são. Sofreu por mim e não me desanimou. Apocalipse 2, 2. - Essa mensagem de Jesus revelada em nossos dias, nos exorta a reconhecer o valor das verdadeiras obras “Cf. Mt, 6,3”, o valor de saber discernir entre o certo e o errado, saber perceber em quais lugares se esconde aqueles que se intitulam apóstolos sem reconhecimento da Igreja. Quando Jesus se dirigiu a comunidade de Éfeso por meio da mensagem apocalíptica, alegrou-se em dizer que eles não o desanimaram, pois não se deixaram levar pelas armadilhas dos falsos profetas, e fico a perguntar: O que dirá Jesus para aqueles que se deixam enganar por falsos apóstolos? Coisas boas não serão. 


Essa mensagem de Jesus deve nos fazer refletir e entender que hoje muitos estão deixando o primeiro amor (cf 1Jo 2,7-8), que o homem deixou de lado a Igreja, esconde-se da verdade assim como Adão se escondeu, corre atrás de palavras bonitas e de pensadores modernos. Este medo do homem só o afasta de Deus, essa pressa do homem e obsessão pela cura está tornando-o cego, o qual não consegue mais diferenciar a verdade da mentira, não é mais a vontade de Deus que escolhe em primeiro lugar, mas a sua própria.

Este fanatismo pelos milagres tem destruído o homem por falta da busca pela verdade. Essa falta de reconhecimento em deixar que Deus faça em nós a sua vontade, está fazendo do homem um ser medroso em vez de temente a Deus, não percebe que o dinamismo da vida só começa quando o medo é vencido. O homem diz ser temente a Deus mas tem medo da morte. Quem tem medo da morte acaba apegando-se a vida aqui na terra e trocando a vida eterna por puras fantasias e contos de fadas. Saibamos discernir entre o certo e o errado, porque somente acreditando que Cristo é o pastor do rebanho e que Ele fundou uma só Igreja para que não se tenha divisão, é que o homem será livre para conhecer a verdade.

Espero que os acontecimentos da nossa época e a audácia de certas pessoas em mentir descaradamente, nos façam perceber melhor se estamos seguimos a Deus ou ao diabo. Não se deixem levar pelo belo, pois assim como a beleza encanta e vem de Deus, existe a falsa, que pode te prender no pecado do egoísmo. Sejamos livres para compreender e dar testemunho da verdade, porque Cristo disse que muitos fariam milagres em seu nome, porém nem todos seriam verdadeiros, nunca se esqueçam que foi o Diabo quem ofereceu só coisas boas aqui nessa terra. Se quereis imitar a Cristo, não fujam do calvário, sofram com alegria, porque é em meio à perseguição que os rios da verdade correm em nossa vista. Vocês serão perseguidos por causa de meu nome!

__________ 

Nota: Texto escrito em virtude do falso profeta Valdomiro Santiago ter utilizado do seu próprio sangue para dizer que tem o poder de curar as pessoas. 


[¹] O negável virou aceitável por meio da mentira, a mentira para muitos virou uma verdade, enquanto aquilo que “é verdade virou incerto”, isto é, o homem na sua capacidade e vontade de buscar o correto, tem ficado cego na sua obsessão pela busca do absoluto. Na busca do correto, acabou  deixando-se levar pela crença do falso. Não é mais o verdadeiro quem predomina, mas o falso, seja na questão material ou espiritual, o homem prefere buscar o falso pelo simples motivo de ser o campo mais fácil de se obter algo que chegue próximo da verdade. A verdade é e somente pode ser entendida na medida que eu me aproximo de Deus, se a verdade vem de Deus e Ele nos deixou uma casa para busca-la e a nossa ignorância não nos permite entrar nessa casa para obtê-la, seremos apenas cegos a caminho de um penhasco, logo nos suicidaremos. - Gilson Azevedo


Por Gilson Azevedo – criador do blog Católicos Defensores da Fé

 ©Livre para copia e difusão na integra com menção do autor. 


sexta-feira, janeiro 06, 2017

São José casou-se uma segunda vez?


Segundo São Mateus, quando a Santíssima Virgem concebeu virginalmente Jesus, estava desposada com São José, apesar de não viverem juntos (Mt 1, 18). Tratava-se de uma situação anterior ao casamento que, entre os judeus, supunha um compromisso tão forte e real que os comprometidos já podiam ser chamados de esposo e esposa, e que só podia ser anulado mediante repúdio.

Do texto de São Mateus, deduz-se que depois da aparição do anjo a José, explicando-lhe que Maria havia concebido por obra do Espírito Santo (Mt 1,20), os dois casaram-se e passaram a viver juntos. A narração da fuga e retorno do Egito, o estabelecimento em Nazaré (Mt 2, 13-23) ou mesmo o episódio da perda do menino no Templo quando tinha doze anos, apontam nessa direção. São Lucas, além disso, ao narrar a anunciação do anjo a Maria, apresenta-a como “uma virgem desposada com José da casa de Davi" (Lc 1, 27). Portanto, segundo os evangelhos, São José casou-se com a Santíssima Virgem. Esse dado, com certeza, pertence à tradição histórica recolhida nos evangelhos.

Se essas foram as segundas núpcias de São José, ou se ele, já ancião e viúvo, não chegou a desposar a Virgem Maria, mas apenas cuidou dela como de uma virgem que teria a seu encargo, são temas que caem no terreno das lendas. Não oferecem garantia alguma de historicidade.

A primeira menção dessas lendas encontra-se no chamado “Protoevangelho de São Tiago", do século II. Relata que Maria permanecia no Templo desde os três anos e que, ao completar doze, os sacerdotes procuraram alguém que se encarregasse dela. Reuniram todos os viúvos do povo, e, depois de um sinal prodigioso – do cajado de José saiu uma pomba – entregaram-lhe a guarda da Virgem. Segundo esta lenda, contudo, José não tomou Maria por esposa. De fato, quando o anjo lhe aparece em sonhos, não diz a José como em Mt 1, 20 “não temas receber Maria por esposa", mas “não temas por esta donzela" (XIV, 2). Outro apócrifo mais tardio, que re-elabora esse relato, o chamado “Pseudo-Mateus", talvez do século VI, dá a entender que Maria foi desposada por José, pois o sacerdote diz a ela: “deves saber que não pode contrair matrimônio com nenhum outro" (VIII, 4); mas, em geral, fala de São José como protetor da Virgem. Por outro lado, o “Livro da Natividade de Maria - uma espécie de resumo do “Pseudo-Mateus"- e a “História de José, o carpinteiro" (IV, 4-5) dizem claramente que José desposou Maria.

Portanto, não há dados históricos que permitam afirmar que São José era casado anteriormente. O mais lógico é pensar que fosse um homem jovem quando desposou a Santíssima Virgem e que só se casou uma vez.

BIBLIOGRAFIA

DANIELOU, J. Los evangelios de la infancia, Herder, Barcelona 1969.

MUÑOZ IGLESIAS, S. Los evangelios de la infancia. IV, BAC, Madrid 1990.

DE SANTOS, A. Los evangelios apócrifos. BAC, Madrid 1993 (8ª ed.)

Qual era a relação entre Maria e José?


Maria Santíssima e São José eram noivos e só foram morar juntos após o casamento. São um exemplo para os noivos da nossa sociedade.
 
De fato, a Virgem Maria manteve sua virgindade inclusive durante sua vida matrimonial: “José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus” (Mateus 1, 24-25)
 
Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo” (Mateus 1, 18-20).
 
Segundo a cultura judaica, José e Maria ainda não haviam se casado e, por conseguinte, não moravam juntos quando Maria engravidou de Jesus.
 
O Evangelho explica que Maria estava desposada com José. Mas o que isso significa?
 
Ainda que a palavra “desponsório” hoje signifique compromisso matrimonial (ou o noivado, a petição da mão), na época bíblica representava um acordo que tinha inclusive mais peso legal que um casamento.
 
Normalmente, os pais organizavam os casamentos, e era seu dever buscar o melhor cônjuge para seus filhos. Isso incluía a escolha da noiva; portanto, o amor não era a base para o casamento.
 
casamento era uma aliança ou acordo entre os chefes das duas famílias. Quando se completava o acordo, o casal estava comprometido e se realizava a cerimônia de compromisso formal, na qual o pai da noiva dava seu consentimento, dizendo ao genro, como Saul disse a Davi: “Hoje serás meu genro” (1 Samuel 18, 21).
 
O rito do desponsório era realizado um ano antes do casamento propriamente dito. O casal comprometido já era considerado como marido e mulher; é por isso que o evangelista São Mateus os chama de “esposo” e “esposa”. Esperava-se que os noivos fossem fiéis ao longo desse ano de compromisso.

Adoramos Maria ou a veneramos? Ajoelhar-se é adoração?




Por - Gilson Azevedo 

Este estudo tem como objetivo sanar algumas dúvidas acerca do assunto. O texto aborda pontos teológicos sobre a questão da adoração a Deus e respeito aos homens, destacando significados de palavras contidas na bíblia que foram modificadas de seu real contexto.

Desde o século XVI, criou-se uma onda de acusações contra a Igreja, dentre estas, está acusações contra a doutrina de veneração aos santos e de modo especial a Virgem Maria, pessoas mal intencionadas querendo nos identificar como pagãos que se desligaram de Deus.

Ajoelhar-se é adoração?

O termo adoração na bíblia tem várias significâncias, como, por exemplo, vindo do hebraico, ('a.vádh ) significa basicamente "servir". Vemos no Gênesis 14, 4 que: "Durante doze anos eles tinham ('a.vádh ) servido a Codorlaomor, mas no décimo terceiro ano tinham se revoltado". Notamos aqui que o termo se aplica a um tipo de serviço diferente de adoração a Deus. 


Outro termo para adoração que encontramos na bíblia, é o termo "hish.ta.hhawáh", que tem sentido de "curvar-se ou pode denotar-se a ideia de respeito ou cortesia", como podemos ver em Neemias 2,2, que o serviçal do rei estava abatido, muito triste, então sua face estava curvada, ou seja, abaixada perante o rei. A palavra aqui impregnada, ao invés de ser ('a.vádh ), é "hish.ta.hhawáh", dando um sentido de que o serviçal ao fazer tal atitude, não estava adorando o rei, mas fazendo uma reverencia de respeito da época e que também é muito usada nos dias de hoje. Para entender melhor essa questão, vamos buscar um pedaço da história de Ló, onde no Gênesis 19,1 diz: "Pela tarde chegaram os dois anjos a Sodoma. Lot, que estava assentado à porta da cidade, ao vê-los, levantou-se e foi-lhes ao encontro e prostrou-se ("hish.ta.hhawáh") com o rosto por terra". Nota-se aqui, que se o termo for aplicado com outro significado, acontecerá uma deturpação no verdadeiro sentido da ação de Ló. Será que Ló adorava os Anjos por ter feito tal atitude? Não! O escritor do Gênesis não aplicou o termo dando ideia de adoração, mas ideia de cortesia e respeito. Sabemos que era impossível Ló ter adoração aos anjos, pois ele sabia que somente a Deus se prestava o culto de adoração. Por tanto, está sanado aqui a questão do curvar-se diante dos homens. Se toda vez alguém no intuito de atacar a Igreja pegar a palavra "hish.ta.hhawáh" e levar ao pé da letra no sentido de adoração, vai ser levado a dizer que Jacó e os seus eram idolatras de homens, pois vemos um relato em que Jacó junto com os seus curvaram-se diante de Saúl. Nesse acontecimento, não se pode aplicar hish.ta.hhawáh como sendo um ato de adoração, mas sim de respeito ou homenagem.

Agora em relação a curvar-se em sentido de adoração, isso depende da intenção da pessoa que está fazendo, como, por exemplo, o budismo, que se curva diante de deuses em sinal de adoração. Nós católicos nos curvarmos em sinal de adoração somente e apenas diante de Deus, porque somente Ele é digno, já aos santos, prestamos respeito, porque todos os seus méritos são vindos de Deus. Atacar a Igreja de idolatra só porque veneramos os santos, é covardia e falta de interesse pela verdade. Ninguém pode falar de algo sem antes conhece-lo. Já falei em um tópico anterior, que a Igreja não é fiscal de transito ou etc. para ficar fiscalizando a vida de todos os fiéis - lembrando que tem os infiéis – para poder saber o que eles vão fazer na rua. Se alguém sai vestido de católico por ai pregando e praticando aquilo que não condiz com as nossas doutrinas, não caia no erro de atacar a Igreja por causa destes, pois assim como vocês hereges dizem que não devemos culpar um rebanho inteiro por causa de um, vocês também não podem atacar toda a Igreja por causa de uma meia tonelada de infiéis que estão só para bagunçar. Fazer isso é rebeldia contra Deus, porque essa é a Igreja que Ele criou com Amor assim como nos criou. Mas vão nos questionar: Então não culpem todos os protestantes por causa de uns e outros. Bom, o protestantismo por si só já é um erro, é tipo alguém fazer parte de uma facção, mesmo que você seja o mais bonzinho do bando, continua sendo errado por permanecer no erro. Igreja só existe uma, o restante são denominações.

Adoramos a Virgem Maria?

Não! O protestante tem um erro maldito de não conhecer as coisas e sair por aí dizendo o que querem, é tipo um fofoqueiro, não sabe das coisas e fala o que der na telha.

Alguns falam que a Igreja se distanciou dos apóstolos e criou a ideia de que usamos o termo SANTO para idolatrar pessoas que seguiram a Cristo. Bom, nesse caso, podemos dizer que o autor de Os Atos dos Apóstolos estava doido quando disse: E aconteceu que, passando Pedro por toda a parte, veio também aos santos que habitavam em Lida”- Atos 9, 32. Ou então São Paulo estava bêbado ao dizer: “Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos” - Romanos 15, 25. “Aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo” - Colossenses 1, 2

O termo SANTO,  parece que causa pavor/pânico nos protestantes, mas de todos os santos, o que mais causa pânico, é o nome de Maria, igual ao Diabo, que basta dizer Maria, e ele sai pulando igual pipoca.

Vamos ao caso: 

A Igreja católica possuiu três tipos de cultos com a qual todo fiel católico deveria aprender, e modesta parte, isso deveria ser enfatizado nas formações do CRISMA, para que o crismando ao professar o nosso credo, saiba o peso de suas palavras e o porque acreditamos.

Quais são esses três tipos de cultos da Igreja?

1. culto de latria (grego: “latreuo”) quer dizer adorar

2. culto de dulia (grego: “douleuo”) quer dizer honra, venerar

3. culto de hiperdulia (grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima do culto de honra, sem atingir o culto de adoração

O culto da latria (adoração) é único para Deus, nem um católico deve usar este tipo de culto para pessoas, ou aos santos que já estão nos céus, pois isso é um erro gravíssimo.

O culto de dulia (veneração): é devido aos santos(as), nós como católicos, muitas das vezes não conseguimos imitar a Cristo com perfeição, mas as vezes, podemos buscar um pouco do que os santos fizeram para tentar alcançar. Nos inspirar neles, é bíblico. diz: Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós; (Filipenses 3:17) "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (ICor 13,1) "12 para que não vos torneis negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas." (Hb 6,12) Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. (Tiago 5:10) por isso alcancei misericórdia, para que em mim, o principal, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, a fim de que eu servisse de exemplo aos que haviam de crer nele para a vida eterna. (1 Timóteo 1:16) Responderam-lhe: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão. (João 8:39)

Existem diversos exemplos na bíblia sobre o caso, porém, os protestantes deturpam essas passagens porque não admitem que estão errados quanto aos santos.

O culto da hiperdulia: é o culto especial devido a Maria Santíssima, como Mãe de Deus. É exclusivo à Ela e nasce da necessidade de colocar o culto à Virgem em uma posição privilegiada, acima dos santos, mas sem alcançar o limite, a latria. Neste culto, prestamos o reconhecimento do que está escrito: “E então Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão Bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas Aquele que é poderoso e cujo nome é Santo!” (Lc 1,46-49).

Por mais que venhamos a sanar todas as dúvidas, ainda sim terá um filho da serpente para nos acusar de idolatras, porém, não devemos desanimar, devemos estar prontos para responde-los e dar testemunho da nossa fé. Maria é Mãe de Deus, e dizer que ela foi uma mulher qualquer, é não saber dar valor ao propósito de em sua vida. Se perguntarmos qual o real motivo dos protestantes nos acusarem de tantas coisas, nem um deles sabem dizer, só querem acusar, mas não querem entender.

Por fim, fiquemos atentos às palavras de Jesus Cristo: Vocês serão perseguidos por causa de meu nome.

Autor: Gilson Azevedo
©Livre para copia e difusão na integra com menção do autor. 

Os Reis Magos



O "Dia de Reis" é uma das festas tradicionais mais singelas celebrada em todo o mundo católico. Neste dia se comemora a visita de um grupo de reis magos (Mt 2 1 -12), vindos do Oriente, para adorar a "Epifania do Senhor". Ou seja, o nascimento de Jesus, o Filho por Deus enviado, para a salvação da humanidade. 

O termo "mago" vem do antigo idioma persa e serviu para indicar o país de suas origens: a Pérsia. Eram reis, porque é um dos sinônimos daquela palavra, também usada para nomear os sábios discípulos de uma seita que cultuava um só Deus. Portanto, não eram astrólogos nem bruxos, ao contrário, eram inimigos destas enganosas artes mágicas e misteriosas.

Esses soberanos corretos, esperavam pelo Salvador, expectativa já presente mesmo entre os pagãos. Deus os recompensou pela retidão com a maravilhosa estrela, reconhecida pela sabedoria de suas mentes como o sinal a ser seguido, para orientação dos seus passos até onde se achava o Menino Deus.

Foram eles que mostraram ao mundo o cumprimento da profecia de séculos, chegando no palácio do rei Herodes, de surpresa e perguntando "pelo Messias, o recém-nascido rei dos judeus". Nesta época aquele tirano reprimia a população pelo medo, com ira sanguinária. Mas os magos não o temeram, prosseguiram sua busca e encontraram o Menino Deus.

A Bíblia diz que os magos chegaram à casa e viram o Menino com sua Mãe. Isto porque José já tinha providenciado uma moradia muito pobre, mas mais apropriada, do que a gruta de Belém onde Jesus nascera. Alí, os reis magos, depois de adorar o Messias, entregaram os presentes: ouro, incenso e mirra. O ouro, significa a realeza de Jesus; o incenso, sua essência divina e a mirra, sua essência humana. Prestada a homenagem, voltaram para suas nações, evitando novo contato com Herodes, como lhes indicou o anjo do Senhor.

A tradição dos primeiros séculos, seguindo a verdade da fé, evidenciou que eram três os reis magos: Melquior, Gaspar e Baltazar. Até o ano 474 seus restos estiveram sepultados em Constantinopla, a capital cristã mais importante do Oriente, depois foram trasladados para a catedral de Milão, na Itália. Em 1164 foram transferidas para a cidade de Colônia, na Alemanha, onde foi erguida a belíssima Catedral dos Reis Magos, que os guarda até hoje.

No século XII, com muita inspiração, São Beda, venerável doutor da Igreja, guiado por uma inspiração, descreveu o rosto dos três reis magos, assim: "O primeiro, diz, foi Melquior, velho, circunspecto, de barba e cabelos longos e grisalhos... O segundo tinha por nome Gaspar e era jovem, imberbe e louro... O terceiro, preto e totalmente barbado chamava-se Baltazar (cfr. "A Palavra de Cristo", IX, p. 195)".

Os nomes Melchior, Gaspar e Baltasar foram descobertos em um manuscrito do século V. São Beda (o Venerável) descreveu os Reis Magos como sendo: Melquior velho aproximadamente 70 anos vindo de Ur, terra dos Caldeus - Gaspar moço 20 anos de uma região montanhosa perto do Golfo Pérsico - Baltasar negro 40 anos vindo da Arábia.

Os Reis Magos representavam todas as raças existentes, donde Melquior (raça branca) trouxe ouro representando a realeza de Jesus, Gaspar (raça amarela ou asiática) trouxe incenso representando à divindade e Baltasar (raça negra) a mirra representando a humanidade. Vale salientar que essa suposição só surgiu no século XVI.

De acordo com uma tradição medieval, os magos teriam se reencontrado quase 50 anos depois do primeiro natal, em Sewa, uma cidade da Turquia, aonde viriam a falecer. Na Idade Média começou a devoção aos Reis Magos, suas relíquias foram transladadas de Constantinopla para Milão no século VI. Em 1164 as relíquias foram trazidas para Catedral de Colônia na Alemanha onde se encontram até hoje.

Deus revelou seu Filho ao mundo e ordenou que o acatassem e seguissem. Os reis magos fizeram isto com toda humildade, gesto que simboliza o reconhecimento do mundo pagão desta Verdade. Isso é o mais importante a ser festejado nesta data. A revelação, isto é, a Epifania, que confirma a divindade do Santo Filho de Deus feito homem, que no futuro sacrificaria a própria vida em nome da salvação de todos nós.

quarta-feira, dezembro 28, 2016

Hoje são celebrados os Santos Inocentes, crianças que morreram por Cristo



“Ainda não falam e já confessam a Cristo. Ainda não podem mover os seus membros para travar batalha e já alcançam a palma da vitória”, disse uma vez São Quodvultdeus (século V) ao exortar os fiéis sobre os Santos Inocentes, as crianças que morreram por Cristo e cuja festa se celebra neste 28 de dezembro.
De acordo com o relato de São Mateus, o rei Herodes mandou matar em Belém e seus arredores os meninos menores de dois anos, ao sentir-se enganado pelos Reis Magos, os quais retornaram aos seus países por outro caminho para não lhe revelar onde estava o Messias.
A festa para venerar estes meninos que morreram como mártires foi instituída no século IV. A tradição oriental os recorda em 29 de dezembro, enquanto que a latina, no dia 28 deste mês.
Posteriormente, São Quodvultdeus, Padre da Igreja do Século V e Bispo de Cartago (norte da África), deu um sermão sobre este lamentável feito.
“Que temes, Herodes, ao ouvir dizer que nasceu o Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demónio. Tu, porém, não o compreendes; e por isso te perturbas e te enfureces, e, para que não escape aquele único Menino que buscas, te convertes em cruel assassino de tantas crianças”, expressou.
O Santo ainda acrescenta: “Nem as lágrimas das mães nem o lamento dos pais pela morte de seus filhos, nem os gritos e gemidos das crianças te comovem. Matas o corpo das crianças, porque o temor te matou o coração”.
“As crianças, sem o saberem, morrem por Cristo; os pais choram os mártires que morrem. Àqueles que ainda não podiam falar, Cristo os faz suas dignas testemunhas”, enfatizou São Quodvultdeus.

Para entender melhor, leia: O que foi a matança dos inocentes? É um fato histórico?

quinta-feira, dezembro 22, 2016

A Igreja é obra de Deus e não do homem




Muitos levado pela falta de leitura e aprofundamento de nossas doutrinas, costumam achar que a Igreja é uma democracia onde podemos e devemos fazer o que bem entender, como se fossemos nós quem a governasse, como se o tipo de governo da Igreja fosse uma bagunça criada pelas mãos do homem. Muitos acabam transformando “a Igreja” numa repartição pública, onde se faz o que quer.

A Igreja de modo especial foi feita/instituída por Deus, e por ser de Deus, ela é um poder religioso, isto é, a Igreja é Teocrática e não democrática. Não podemos fazer na Igreja o que der na telha. Tipo do nada te vem na mente a ideia de colocar tambor de mina na Santa Missa e ao seu bel prazer passar por cima da autoridade divina desrespeitando a Deus, e transformam a Missa em um terreiro de umbanda – lembrando que isso nem se pode chamar de Missa.

A Liturgia é o homem que está a serviço de Deus. É Deus dando seu filho, seu cordeiro, filho único no calvário para a nossa salvação, e cada um de nós devemos contemplar esse mistério. A Liturgia é Deus quem faz, não foi a Igreja quem Criou. Nossas doutrinas, tudo o que temos na Igreja é obra de Deus, e não cabe ao homem modificar.

Sobre Teocracia, tal palavra quer dizer “governo de Deus”. A origem do termo é grega sendo derivado das palavras “theos” = Deus, e kratos, = poder = “Poder de Deus”. Por tanto, se você sai por ai dizendo que é um católico (a) convertido (a), mas por traz de tudo desrespeita as regras da Igreja e traz para dentro de nossas doutrinas coisas que não nos pertence, você está enganando-se a si mesmo e caindo no precipício, pois modificar a regras de Deus foi uma das armadilhas que Satanás usou e usa para enganar a humanidade.

Por fim, parem de modificar as coisas de Deus, porque isso é colocar-se no lugar dEle e ditar as regras. Nem preciso dizer quem foi que um dia quis fazer isso, colocar-se no lugar de Deus.

Não façam neologismo com a palavra de Deus, modifica-la é pecar gravemente, e a Igreja infelizmente está cheia de lobos querendo destruí-la, modificando as palavras contidas nos documentos, nas Sagradas Escrituras, livros e etc. Embora saibamos que eles não vão conseguir, não devemos ficar sentado.

A igreja é essa Teocracia da qual Deus é quem governa, “Tudo foi feito por meio dEle e sem Ele nada foi feito” (Jo 1,3) = ordenador de todas as coisas. Essa Igreja tem como representante um papa, que é o sucessor de Pedro, porém, por ser o papa humano como nós, também está sujeito aos erros, e nesses casos, quando erra, devemos ouvir a palavra de Deus e seu Magistério, porque ela é a verdade e a verdade é imutável.


Para finalizar: Povos, escutai bem! Nações, prestai-me atenção! Pois é de mim que emanará a doutrina e a verdadeira religião que será a luz dos povos. Isaías 51,4


Por Gilson Azevedo 22/12/2016

©Livre para copia e difusão com menção do autor

segunda-feira, dezembro 19, 2016

Você sabia que o pai da contabilidade é um frade O.F.M.?

Luca Pacioli. Luca Bartolomeo de Pacioli O.F.M. 

Luca Pacioli: o pai da Contabilidade 

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas obras, destacando-se a “Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá”, impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração.

A “Summa” foi o mais importante dos dez livros escritos (editada em 10 de novembro de 1494) mas, não o primeiro livro de Paciolo, pois, aos 25 anos, já com grande acervo cultural, produziu uma obra, dentro de sua grande vocação pelos números e cálculos.

Escreveu “Tratactus de Computis et Scripturis” (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 1494 na “Summa”, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.

Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV. Embora não seja ele o autor das partidas dobradas, nem um inovador de coisa alguma nos procedimentos destas e tão pouco o autor do primeiro livro de difusão contabilística, coube-lhe, todavia a primazia da primeira edição “impressa”, pois, várias outras obras, produzidas há milênios, eram todas manuscritas.

O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava inventário e como fazê-lo. 

Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram “Pro” e “Dano”; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.

Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada:

“Per ” , mediante o qual se reconhece o devedor;

“A ” , pelo qual se reconhece o credor.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje.

Além de marcar o início da contabilidade moderna, Pacioli abriu oportunidades para que novas obras sobre a Contabilidade fossem escritas. Através de seus pensamentos, hoje temos conceitos importantes do ramo da Contabilidade, pois ele possibilitou o desenvolvimento da noção de igualdade, equilíbrio de contas, etc. Infelizmente, o número de textos citando Luca Pacioli é bem reduzido. Aqui no Brasil, contando de 1941 até 2014, foi citado apenas 16 vezes.

Paciolo foi coevo de Leonardo Da Vinci (1452-1514), Michelangelo (1475-1564), Maquiavel (1469-1527), Lourenço, o Magnífico (1449-1492), Girolamo Savonarola (1452-1498), Piero della Francesca (1420-1492) e de muitas personalidades de uma “época de ouro” da civilização Mundial que resplandeceu na Itália.

O frei italiano Luca Pacioli é um ícone de nossa história, não só porque teve a primeira obra impressa onde inseriu um Tratado sobre Escrituração por Partidas Duplas, mas, especialmente por ter rompido uma inércia e por fazer conhecido um dos mais importantes critérios de registro que toda a história da humanidade conheceu.

domingo, dezembro 18, 2016

MÁS NOTÍCIAS! SANGUE DE S. GENNARO NÃO SE LIQUEFEZ


Todo dia 16 de Dezembro ocorre o milagre de São Januário onde o Sangue guardado num relicário se liquefaz. Entretanto no dia de Ontem o milagre não ocorreu e o Cardeal Sepe assim como os fieis ficaram apreensivos. Segundo a tradição quando o milagre não ocorre é sinal de uma tragédia próxima ou pedido de conversão urgente para a Igreja, é raríssimo o milagre não ocorrer, as vezes passa séculos sem interrupção.

Más notícias vindo da Itália: o sangue de San Gennaro [São Genaro ou São Januário] não se liquefez. Os fiéis da catedral se inquietaram e o cardeal pediu orações.


Desde o primeiro milênio, o sangue de San Gennaro [272-305 d.C] se liquefaz três vezes ao ano. A liquefação consiste num milagre que ocorre quando o frasco que contém o sangue em estado sólido do santo se torna líquido. O fenômeno ocorre especificamente em três datas: (i) no sábado que antecede o primeiro domingo de maio, aniversário da primeira transladação; (ii) 19 de setembro, festa do martírio de Gennaro; (iii) 16 de dezembro, data em que atrui-se ao santo o prodígio de conter a erupção do vulção Vesúvio, em 1631.

Segunda a tradição, quando o sangue de San Gennaro não se liquefaz pode ser entendido como um prenúncio de grandes catástrofes naturais, pestes ou guerras, como ocorreram ao longo da história:

1. Peste Negra;
2. Explosão do vulcão Vesúvio;
3. Primeira Guerra Mundial;
4. Segunda Guerra Mundial.

terça-feira, dezembro 13, 2016

Por que o Jejum?


“voltai a mim de todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos de luto”(Jl 2,12).

“...os muros de Jerusalém estão em ruínas e suas portas foram incendiadas. Ouvindo tais palavras, sentei-me para chorar e fiquei vários dias desconsolado; jejuei e orei diante do Deus do céu”.(Ne 1,3-4).

“Os ninivitas creram (nessa mensagem) de Deus, e proclamaram um jejum, vestindo-se de sacos desde o maior até o menor. Homens e animais se cobrirão de sacos”.(Jn 3,5.8).

“...Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo demônio. Jejuou quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome”.(Mt 4,1-2).

“Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa”(Mt 6,16).

“Em cada igreja instituíram anciãos e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham confiado”(At 14,23).

“Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum.”(Mt 17,20).

“Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, freqüentes jejuns, frio e nudez!”(2Cor 11,27).

CATECISMO: 

“O quarto mandamento (‘Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja’)...”(§ 2043)
– Veja:

Mandamentos da Igreja.


“Os tempos e os dias de penitência ao longo do ano litúrgico(o tempo da quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja”.(§ 1438).

OUTROS: DOS DIAS DE PENITÊNCIA


Cân. 1249 Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados por lei divina a fazer penitência; mas, para que todos estejam unidos mediante certa observância comum da penitência, são prescritos dias penitenciais, em que os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo ainda mais fielmente as próprias obrigações e observando principalmente o jejum e a abstinência, de acordo com os cânones seguintes.

Cân. 1250 Os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são todas as sextas- feiras do ano e o tempo da quaresma.

Cân. 1251 Observe-se a abstinência de carne ou de outro alimento, segundo as prescrições da Conferência dos Bispos, em todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; observem-se a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta- feira da paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Cân. 1252 Estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade até os sessenta anos começados. Todavia, os pastores de almas e os pais cuidem que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão obrigados a lei do jejum e da abstinência, em razão da pouca idade. ]

Cân. 1253 A Conferência dos Bispos pode determinar mais exatamente a observância do jejum e da abstinência, como também substituí-la, totalmente ou em parte, por outras formas de penitência, principalmente por obras de caridade e exercícios de piedade.

sexta-feira, dezembro 09, 2016

A SUPREMACIA FEMININA



De todos os arvoredos nascentes, aquele, apenas o geminado pôde dar ao mundo sua continuação. De todas as espécies viventes de animais e vegetais, apenas um gênero deles pôde conceber diretamente seu semelhante.

O potencial que cinge, acossa, esmaga à tudo de maneira sutilmente explícita, com o temor e o fulgor que somente a extensa magnitude divina e feroz poderia ter: na justeza de Atena, na sensualidade de Afrodite Pandêmica, na assistência de Panaceia, no esplendor de Juno, na astúcia de Diana, ou mesmo na dissidência de Éris; em toda a história mundial conhecida, de Eva à Cleópatra, Rainha Vitória à “Dama de Ferro”, todas as personalidades femens que governaram a humanidade, possuem algo que às interliga, o sexo feminino; que faz com que possuam a própria energia vital da humanidade.

A figura feminina sempre foi uma figura de atração e enigma, mesmo antes da existência da civilização, bastam poucos minutos debruçando-se sobre a história mundial para dar-se conta de tal fato. É dela que originam-se os homens e à elas retornam do mesmo modo, o homem que procura o seio materno na tenra idade é o mesmo que o sorve em mulher, na maturidade. Não é a infinita superioridade que as perfaz, mas a sutileza com que persuadem o mundo. Não é a auto gestão que revela seu poder, mas a progênie de povos e nações auto geridos.

Ainda assim, o espírito perversor moderno, insiste em percorrer caminhos falhos, na insistência de dar original solução àquilo que já possui resposta, buscando suprimir a ignóbil existência abarrotada por suas dívidas com o passado, buscam expandir e não conter a devastadora energia feminina, num desenfreado apego à sua energia potencial criadora, absurdamente solta, sem as bases da prudência com o acréscimo da abastada paranoia, característica de nossos tempos. A caixa de Pandora foi aberta, e não saíram apenas os males do mundo, mas também as virtudes. Tal como disse Chesterton em sua Ortodoxia, “O mundo moderno não é mal. Sob alguns aspectos é excessivamente bom. Está cheio de virtudes insensatas e desperdiçadas. (...) Os vícios são de fato liberados e eles causam dano. Mas as virtudes também são liberadas; e as virtudes circulam muito mais loucamente, e elas causam um dano muito mais terrível. O mundo moderno está cheio de velhas virtudes cristãs enlouquecidas”, e em sua explicação final “As virtudes enlouqueceram porque foram isoladas umas das outras e estão circulando sozinhas”. Em resumo o que ocorre é justamente isso, proclamar a independência da virtuosa magia feminina de sua própria natureza feminina, tornando-a no fim apenas um ilusório hermetismo empobrecido.

Isolar a persuasão feminina da moderação resulta apenas em uma repulsiva manipulação, tal como a sensualidade autônoma de comedimento é a própria luxúria dramatizada, isolar sua força enérgica de sua sensatez equivale á própria insanidade. “Tornemos homens fracos, façamos mulheres loucas!”, poderia resumir o empenho de nosso século. Todas as catástrofes e violência sofridas ao longo dos anos na humanidade não poderiam justificar a postura ultrajante dos prosélitos da modernidade.

Violência sexual, violência física, violência psicológica, violência doméstica; acaso violência em sua essência não seria apenas violência? A infração, coerção e intimidação de um sujeito utilizando-se de força bruta. A errônea percepção sobre um ser distinto, supostamente superior em essência causou o equívoco. Pode-se considerar, claro, os diferentes tipos de infração, as diferentes motivações, as diferentes perspectivas sobre um ou outro ato, dezenas de explicações, mas há uma força, que permeia a todos os atos violentos, e independente de sua configuração ou do sexo que os pratica e contra o sexo á que se dirige, ele caracteriza-se como pura e propriamente um atentado, atentando contra a razão, atentado contra um indivíduo semelhante e mais que tudo, um atentado contra si mesmo. “Amai ao próximo como a ti mesmo”, o segundo mandamento como lei, aqui é quebrado, é mais que claro o papel da usura. E não adentrando nas justificativas correligionárias do direito penal, abarrotadas de perspectivas ideológicas completamente arbitrárias advindas da sociologia e da psicologia social, que há muito, abandaram o verdadeiro objetivo de suas ciências; agora servindo apenas de perfazentes de uma realidade paralela completamente anárquica de visão progressista. Mas sim considerando sua premissa primeira, a violência em nossos tempos parece eximir de si, como muitos outros atos maléficos, a culpa.

Delrymple disse “A violência, portanto, não é jamais uma pura e simples reação a condições sociais adversas. Não é como a chuva, que cai tão logo se verifiquem as devidas condições climáticas. E tampouco é em si mesma um sinal de injustiça social ou de uma situação política intolerável”. Não se justifica por si mesma, não contorna em diferentes cores seu traçado, tal como a violência contra o homem e contra a mulher não ganham faces diferentes frente à sua execução.

Homens e mulheres são absolutamente diferentes, de naturezas orgânicas, fisiológicas e anímicas distintas, mas, apesar de suas diferenças, o que move a violência em ambos os casos partirá de uma mesma essência, uma das faces do mal em sua forma executiva, contra o “eu” e contra o “outro”. Tal essência confluente que não abrirá espaço para o modo de penalidade moderno. A intenção de mergulhar na ótica mais profunda da violência contra a mulher levou as leis jurídicas e todo seu entorno consequente, apenas em um mar sem fim de especulações apocalípticas, sobre o mal do mundo e a subjugação feminina. Erram, não apenas por utilizar de filosofias suplantadas, mas na tentativa audaciosamente pérfida de trazer tais ideais filosóficos á realidade. Como pode-se considerar o funcionamento da condição humana em seus vícios, se, se ignoram as bases dessa natureza? Por que homens subjugam uns aos outros, não apenas mulheres? Por que mulheres também praticam violência, não apenas os homens? Mulheres também torturam, mulheres matam, mulheres persuadem, seduzem e são cruéis, tanto quanto os homens e por sua perícia podem tornar-se tão cruéis quanto e até mais. Como se explicam então essas questões? Á partir do ponto de vista contemporâneo, tais ações não são possíveis, se são, serão puro ato de justiça, uma bela filha da infâmia, geradora e disseminadora do caos, perfeito modo de proteger a violência que supostamente procuram suplantar. Á medida que se procura ver seres humanos, como propriamente seres humanos, nada mais que humano, muito provavelmente, essas questões serão respondidas.

A sensualidade desmedida, a explicitação das categorias mais baixas de preferência e valoração do ser, como indivíduo, demonstram verdades horrendas, aquém não apenas da desvirtuação e do mal gosto, mas de uma intenção caracteristicamente suicida, e de maneira assustadora, a nível coletivo. O deixar-se dominar pela barbárie através das próprias escolhas, desistir de qualquer polimento, em prol do fascínio pelo engrandecimento da própria decadência. Como bem relembra Mário Ferreira dos Santos em Invasão Vertical dos Bárbaros, “Os instintos bárbaros dos homens ameaçam soltar-se totalmente e, quando soltos, a sua fúria leva à destruição total. A história já nos revelou momentos semelhantes, como se viu na ação dos bárbaros em suas invasões. Uma humanidade sem leis destruiria toda a cultura e, se não for contida, terminará por destruir a si mesma.” E isso aplica-se ao novo papel que os sujeitos sociais vêm tomando, e as mulheres, a energia geradora, vigorosamente fértil e sempre mítica figura, agora toma ares de vilão, energia destruidora, infértil, causadora do caos. Shakespeare, ilustra brilhantemente através da sua peça A Megera Domada o papel bem vindo á mulher e que, quase profeticamente, se tornaria o retrato explícito do contrário á mulher moderna:
 
“A mulher irritada é como fonte
remexida: limbosa, repulsiva,
privada da beleza; e assim mantendo-se,
não há ninguém, por mais que tenha sede,
que se atreva a encostar os lábios nela,
a sorver uma gota. Teu marido
é teu senhor, teu guardião, tua vida,
teu chefe e soberano. É ele que cuida
de ti; manter-te, arrisca a vida,
com trabalho penoso em mar e terra;
nas noites borrascosas , acordado;
de dia, suportando o frio, enquanto
dormes em casa no teu leito quente,
tranquila e bem segura. Não te pede
outro tributo além do teu afeto,
mui sincera obediência e rosto alegre,
paga mesquinha de tão grande dívida.
A submissão que o servo deve ao príncipe
é a que a mulher ao seu marido deve.
E se ela se mostrar teimosa, indócil,
intratável, azeda rebelada
contra as suas adoráveis exigências,
que mais será senão por isso abjeta
traidora sim, traidora do seu próprio
devotado senhor? Tenho vergonha
de ver que são tão simples as mulheres,
para fazerem guerra onde deveriam
de joelhos pedir paz ou pretenderem
dominar, dirigir, mandar em tudo,
quando servir lhes cumpre tão-somente,
obedecer e amar? Por que motivo
temos o corpo delicado e fraco,
pouco afeito aos trabalhos e experiências
do mundo, se não for apenas para
que nossas qualidades delicadas
e nossos corações de acordo fiquem
como nosso hábito externo? Deixai disso,
vermezinhos teimosos e impotentes!
(...) Nossa força é fraqueza; somos criança
que mui ambicionando logo cansa.
Abatendo o furor nos exaltamos.
Ponde a mão sob os pés de vossos amos.
Caso o meu queira, a mim já está pronta,
para mim não consiste nisso afronta.
(V.ii)
                                                           
Claro que em sua opulência, tal peça não ficou livre da crítica dos movimentos de “empoderamente feminino” moderno. Pesquisas feministas e artigos, fizeram críticas severas ao texto, dizendo tratar-se de uma “subjugação á personagem feminina forte”. Não é necessário adentrar mais profundamente nessa discussão, o importante aqui é notar que desde sempre a figura feminina teve um papel crucial em diferentes polos da sociedade, mesmo no provérbio bíblico judaico-cristão, vemos a insitência nas dosagens da personalidade feminina "Melhor antes morar num canto lá do eirado, que com mulher rixosa sob o mesmo telhado". (Pv. 21,9) Catarina não diferente, chocou por sua personalidade deveras descomedida, e por permitir a liberação excessiva de sua extensão enérgica feminina, algo que, magicamente, somente as mulheres possuem naturalmente e aprendem a utilizar com prudência já em tenra idade. A figura feminina é a origem do todo, Gaia é mulher, criadora de todas as ordenações do mundo, a mãe Terra igualmente, possuindo em si toda a fertilidade; Deus, é masculino mas para gerar a si mesmo como homem recorreu ao ventre feminino. Ave Maria, disse o anjo, cumprimento de honra e graça, nunca dantes proclamado, apenas á mulher prodigiosa tal foi referido. Por uma mulher, Dante viajou, Inferno, Purgatório e Paraíso; A Divina Comédia é divina, mas por minutos é possível perguntar-se, Divino Deus ou Divina Beatriz? Ulisses por vinte anos percorre sua Odisséia para conquistar os dons que sua deusa protetora Atena o prometera. Em todos esses episódios, fictícios ou reais, a mulher opulente sempre está presente, seja na personalidade incisiva de Atena, ou na virginal docilidade de Maria. A mulher gera, tudo á ela retorna; ela dá a vida e também a tira; pode gerar homens fortes que irromperão nações ou tornar homens fracos que dela farão seu próprio santuário.

Não é de mais força feminina que a sociedade necessita, é do reconhecimento que tal força por si só já é existente, mas sem virtudes, sem a prudência para o comedimento e boas escolhas das ações, sem a justiça para o bom julgamento dos atos e a influência responsável, sem a fortaleza, para confiar em si mesma e lutar quando preciso, sem a temperança para a auto conservação, a humildade e a disciplina para auto crescimento, a força simplesmente sucumbe em si mesma, torna-se nada mais que uma fúria irracional e desmedida, que destrói a tudo que alcança e finda por eximir a si mesma. Esse é o reflexo de muitos dos movimentos políticos contemporâneos, em especial ativistas, que sem objetivos claros, isentos de bases construídas na lógica original, totalmente disformes, tornam-se apenas confrades da destruição em massa, das famílias, das relações interpessoais, da sociedade, de si mesmos.

Por Rebeca Dias


O Livro de Ouro da Mitologia Grega – Thomas Bulfinch, 2001.
Contos e Lendas da Mitologia Grega – Claude Pousadoux, 2001.
Shakeaspeare, A Invensão do Humano – Harold Bloom, 2001.
Ortodoxia – Chesterton, 2008.
Personas Sexuais – Camile Paglia.
Virtudes Fundamentais – Josef Piper, 1960.
Artigo – A Pobreza do Mal – Theodore Delrymple, Revista: Dicta e Contradicta.
Odisséia –  Homero, 1978.
A Bíblia Sagrada – Padre Antônio Pereira de Figueiredo.
Bíblia em Versos –  Isnard Rocha, 1992.

terça-feira, dezembro 06, 2016

Os Cruzados queriam pilhar. As intenções boas eram mascaras



Curso Cruzadas Parte: 2
Veja a parte 1 AQUI


REFUTANDO ESTÁ MENTIRA

Uma opinião comum entre os historiadores é a de que o aumento da população na Europa originou uma crise, devida ao excesso de “segundos filhos” de nobres, treinados nas artes bélicas de cavalaria, mas sem terras ou feudos onde se estabelecer.

Por esse motivo, as Cruzadas seriam uma válvula de escape, mandando esses homens belicosos para longe da Europa, onde pudessem obter terras para si à custa dos outros.

Os pesquisadores atuais, graças à ajuda de bancos de dados computadorizados, desmontaram esse mito.

Hoje sabemos que os “primeiros filhos” da Europa foram os que responderam ao apelo do Papa em 1095, e também nas Cruzadas seguintes.

Empreender uma Cruzada era uma operação extremamente cara.

Os Senhores tiveram que hipotecar suas terras para angariar os fundos necessários.

Além do mais, não estavam interessados em reinos no além-mar. Como os soldados de hoje, o Cruzado medieval orgulhava se de estar cumprindo o seu dever, mas queria voltar para casa.

Após o espetacular sucesso da Primeira Cruzada, com Jerusalém e grande parte da Palestina em seu poder, quase todos os Cruzados voltaram.

Somente um pequeno grupo ficou para consolidar e governar os territórios recém-conquistados.

Foram raras as pilhagens.

Embora de fato sonhassem com as grandes riquezas das cidades do Oriente, praticamente nenhum Cruzado conseguiu recuperar os seus gastos.

Mas não foram nem o dinheiro nem as terras o principal motivo que os levaram às Cruzadas: o que queriam era fazer penitência pelos seus pecados e merecer a própria salvação fazendo boas obras em terras distantes.


Continua... 

Curso em refutação aos mitos das cruzadas.

Autor: Thomas F. Madden.

As Cruzadas foram contra pacíficos muçulmanos que nada fizeram contra o Ocidente?



Curso Cruzadas Parte: 1

Não há nada de mais falso. 

Desde os tempos de Maomé, os muçulmanos lançaram-se à conquista do mundo cristão. 

E fizeram um ótimo trabalho: após poucos séculos de incessantes conquistas, os exércitos muçulmanos tomaram todo o norte da África, o Oriente Médio, a Ásia Menor e a maior parte da Península Ibérica. 

Em outras palavras: ao findar o século XI, as forças islâmicas já haviam capturado dois terços do mundo cristão. 

A Palestina, terra de Jesus Cristo; o Egito, berço do monaquismo cristão; a Ásia Menor, onde São Paulo estabeleceu as primeiras comunidades cristãs. 

Não conquistaram a periferia da Cristandade, mas o seu núcleo. E os impérios muçulmanos não pararam por aí: continuaram pressionando pelo leste em direção a Constantinopla, até que finalmente a tomaram e invadiram a própria Europa.

Se uma agressão não-provocada existiu, foi a muçulmana. Chegou-se a um ponto em que só restava à Cristandade defender-se ou simplesmente sucumbir à conquista muçulmana. 

A Primeira Cruzada foi convocada pelo Papa Urbano II em 1095 para atender aos apelos urgentes do Imperador bizantino de Constantinopla, Aleixo I Comneno (1081-1118). 

Urbano convocou os cavaleiros cristãos para irem em socorro dos seus irmãos do Leste. 

Foi uma obra de misericórdia: livrar os cristãos do Oriente de seus conquistadores muçulmanos. 

Em outras palavras, as Cruzadas foram desde o início uma guerra defensiva. 

Toda a história das Cruzadas do Ocidente foi a história de uma resposta à agressão muçulmana.

Continua... Os Cruzados queriam pilhar. As intenções boas eram mascaras

Curso em refutação aos mitos das cruzadas. 


(Autor: Thomas F. Madden.)

segunda-feira, dezembro 05, 2016

Você sabia que o champagne foi criado por um monge da Igreja católica?


A História do Champagne

"Estou bebendo estrelas." Dom Pérignon 

"Estou bebendo estrelas", teria dito Dom Pierre Pérignon, monge beneditino, tesoureiro da abadia de Hautvillers, ao beber pela primeira vez o espumante vinho de Champagne, que ele teria "descoberto". No entanto, a história real por trás dessa lenda diz que Pérignon, durante boa parte da vida, tentou é criar uma maneira de acabar com a espuma que seus vinhos produziam.

Foi Pérignon, quem prescreveu usar somente uvas tintas, como a Pinot Noir, para produzir os vinhos brancos (lembrando que todo vinho é originalmente branco e só ficam tintos caso sejam macerados com a casca tinta). Contudo, os vinhos da região costumavam apresentar um grave "defeito". 

O defeito que deu origem ao espumante 

O Champagne é um vinho espumante originário da região de Champagne, que fica a 150 quilômetros de Paris. A sua descoberta, foi feita pelo  monge Dom Pérignon (1668-1715), como já disse acima. Dom Pérignon é hoje uma marca desse tipo de vinho. 

Ele era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, naquela região francesa e ficou curioso com a afirmação dos vinicultores de que certos tipos de vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados. Acontece que, nesse processo, os gases estouravam as rolhas ou arrebentavam as garrafas. 

Dom Pérignon então experimentou garrafas mais fortes e rolhas amarradas com arame, conseguindo obter a segunda fermentação dentro do recipiente... e assim surgiu um vinho espumante e delicioso que depois seria batizado de Champagne.

Até 1846, o Champagne era uma bebida de paladar doce, não existindo o seco (brut) ou o meio seco (demi-sec). Foi uma firma inglesa que primeiro encomendou um vinho espumante sem açúcar, durante certo tempo somente consumido na Inglaterra. Hoje o mundo inteiro (inclusive os franceses) aprecia e consome o Champagne seco, mais vendido que o doce.

Mesmo sendo criado no final do século XVII, só no reinado de Luís XV (1710-1774), o Champagne tornou-se uma bebida famosa. Sua amante, Madame Pompadour, que ficou conhecida também pelo apoio que dava às artes, exaltava a bebida. Dizem que a origem do formato das taças usadas para se tomar o vinho foi inspirada no formato dos seus seios. Que seja. Meio estranho, mas a origem é essa. 

Mas, durante a Revolução Francesa, o Champagne tornou-se uma bebida maldita por sua associação com a nobreza e o luxo da corte francesa. No Império de Napoleão o vinho foi reconduzido ao seu lugar de destaque. A primeira marca de luxo do Champagne (Cuvée de Prestige) foi feita por ordem do Czar Alexandre II, quando da ocupação da França pelas tropas russas. As primeiras embalagens foram feitas em garrafas de cristal puro. Daí a marca Cristal. O sucesso do vinho atingiu o apogeu na Bèlle É poque e a partir daí acabou conquistando todo o mundo.



Neste final de ano, como sempre é feito, milhões de pessoas em todo o mundo estarão estourando champagnes, inclusive nós, brasileiros, tudo isso, graças ao monge 
Dom Pérignon