quarta-feira, janeiro 18, 2017

Santo Antão Abade Fundador da vida monástica



Sua vida foi extraordinária, tendo ele lutado contra o demônio e praticado as mais rudes penitências; reuniu os primeiros solitários do Egito, sendo procurado por santos, reis e imperadores.

Em Coma, pequena vila perdida na região de Heracléia (no alto Egito), veio à luz no ano 251 aquele que foi chamado a ser um luzeiro da Igreja por mais de um século. Antão era filho de pais nobres e religiosos que foram também seus mestres, para que o menino não se contaminasse com o paganismo das escolas públicas. Santo Atanásio, primeiro biógrafo e admirador de Antão, afirma que ele não aprendeu as “belas letras”, isto é, as ciências dos gregos, mas que amava muito a leitura. Santo Agostinho chega a dizer que Antão simplesmente não aprendeu a ler, e que toda sua sabedoria e ciência foram favores divinos.

Protegido desse modo no recanto de um lar cristão e nobre, Antão passou sua infância e juventude em grande inocência de vida. Religioso, respeitoso, afável, obediente, era o consolo dos pais.

Aos 20 anos, com o falecimento destes, herdou sua herança, que entretanto não o tornou feliz, porque, mais inclinado para as coisas celestes, só pensava em como melhor servir a Deus.

Certo dia ouviu na igreja as palavras de nosso Divino Mestre ao jovem rico do Evangelho: “Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no Céu; e depois vem, e segue-me” (Mt 19, 21). Essas palavras, que ouvira já tantas vezes, adquiriram um novo significado para ele, e pareceram ser-lhe diretamente dirigidas. Voltando para casa, vendeu o que tinha, distribuiu o produto aos pobres, não reservando senão o indispensável para ele e uma irmã mais nova se manterem.

Estava tudo feito? Não, isso ainda não era o mais perfeito. Voltando à igreja, ouviu outras palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Não vos preocupeis com o dia de amanhã” (Mt 6, 34). Antão deu-se conta de que não dera tudo, era preciso ser mais radical. Recomendou sua irmã a algumas virgens prudentes, despojou-se do que lhe restava e renunciou ao mundo.

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