quarta-feira, maio 25, 2016

As Bodas de Caná!


“Ao terceiro dia, celebrava-se uma boda em Caná da Galileia e a Mãe de Jesus estava lá. Jesus e os seus discípulos também foram convidados.” (Jo 2, 1-2)


Quem seriam os noivos destas Bodas? 


Naturalmente que eram grandes amigos de Jesus e Maria, que com a sua presença, santificaram esta família nascente, antecipando toda a força e beleza do sacramento do matrimônio. Mas o autor do quarto Evangelho, das Cartas e do Apocalipse aponta para outras bodas: as Bodas do Cordeiro, anunciadas ao longo de toda a Bíblia, da primeira à última página. Nelas, Jesus é o Esposo, e cada um de nós e a Igreja inteira é a Esposa. 

As Bodas de Caná são a celebração da família, que se abre ao amor infinito de Deus; mas são também a celebração do amor único e eterno entre Deus e cada um de nós.

Nossa Senhora Auxiliadora, Mãe de Caná

Nas Bodas de Caná, Maria antecipou a hora de Jesus; mas antecipou também a sua hora como Aquela que intercede por nós junto de Deus. A Mãe de Caná é assim, nos Evangelhos, a imagem mais perfeita da Senhora Auxiliadora dos cristãos.

Ser Família de Caná é um estilo de vida, uma forma particular de ser família na grande família da Igreja Católica.

A Família de Caná nasce das raízes hebraicas da fé cristã e cresce no jardim de Nossa Senhora. Como toda a árvore, conhece-se pelos frutos (cf. Mt 12, 33). O fruto distintivo da família cristã é o amor. Diziam os pagãos ao falarem dos primeiros cristãos, segundo Tertuliano: “Vede como eles se amam!” E assim deve continuar a ser hoje.

No Judaísmo, a fé vive-se e celebra-se primeiramente em família. “Eu e a minha família serviremos o Senhor” (Jos 24, 15) proclamou Josué ao chegar a Canaã. As Famílias de Caná querem ser Igrejas Domésticas, pequenos oásis de fé cristã verdadeiramente vivida e celebrada, onde educar seja desafiar para a santidade e crescer seja uma aventura rumo ao Céu.

Os servos de Caná ofereceram a Jesus, com a fé que Maria neles despertou, seis talhas vazias. À Palavra de Jesus, encheram-nas com água. E foi então que o milagre aconteceu. 

Cada Família de Caná oferece a Jesus seis pequenas “bilhas”, que procura esvaziar de tudo o que é mundano. À Palavra de Jesus enche-as de “água” até transbordarem, numa obediência pronta e generosa. Finalmente, experimenta a abundância do amor de Jesus, que por intercessão de Maria, não permitirá que o “vinho” da fé, da esperança e do amor acabe na sua casa.

Por: Prof. Magno Pereira

terça-feira, maio 24, 2016

A DÚVIDA DE SÃO JOSÉ.

Parece que, depois da Anunciação, a Virgem Maria, guardou para si O GRANDE MISTÉRIO que tinha ACONTECIDO com Ela, A ENCARNAÇÃO DO VERBO. Não havia palavras para o expressar nem parece que o Senhor quisesse que o REVELASSE por si PRÓPRIA, nem sequer a S.José. Contudo, Isabel FOI INFORMADA do mistério pelo Espírito Santo, como se deduz da cena da Visitação.


Maria e José teriam falado previamente disso? José acompanhou Maria na visita a Isabel? Já tinha sucedido a Revelação do Anjo a José?

 Os textos evangélicos deixam todas as respostas em aberto…

As traduções que chegaram até nós não facilitam o entendimento dos SENTIMENTOS e ATITUDES de José: a geração de Jesus Cristo foi deste modo: estando Maria, sua Mãe, desposada com José, ANTES DE COABITAREM achou-se ter concebido por OBRA DO ESPÍRITO SANTO. José, seu esposo, SENDO JUSTO ( dikaios) e não querendo expô-la a difamação ( deigmatisai) RESOLVEU repudia-la ( apolusai) secretamente( Mt 1,19)..

É muito difícil crer que José-que era muito Santo e estava sem dúvida dotado do dom de sabedoria, assim como dos outros dons de Espírito Santo, mais do que qualquer outro santo, salvo a Virgem Santíssima-, conhecendo como conhecia Maria, lhe ocorresse pensar em qualquer espécie de infidelidade. O mais razoável é PENSAR QUE JOSÉ RECORDASSE A PROFECIA DE ISAÍAS SOBRE A VIRGEM QUE DEVIA CONCEBER O EMANUEL.

O mais certo é que de algum modo se desse conta de que UM GRANDE MISTÉRIO DIVINO TINHA ACONTECIDO EM MARIA, ainda que talvez não SUSPEITASSE da divindade do Menino que a Virgem trazia no seu seio. 

Mas o Messias ESTAVA ANUNCIADO para aqueles tempos. A DÚVIDA de José não era sobre a INOCENCIA de Maria, mas sim sobre O SEU PRÓPRIO PAPEL E SITUAÇÃO NAQUELE MISTÉRIO. Neste sentido se pronunciaram uma parte dos Padres da Igreja.

Felizmente, as análises filológicas e a exegese bíblica mais recente parecem ter resolvido o difícil texto de Mt 1,19, traduzido de modos muito diversos, afetando, como é lógico, a compreensão em diversos sentidos da atitude de José PERANTE O MISTÉRIO DA CONCEPÇÃO DE JESUS. 

Mateus 1,19 contém três palavras de difícil tradução( dikaios, deigmatizô, apoluô) vistas as diferentes interpretações parece que a mais sólida e congruente é a que se resume a seguir: hoje está claro que ( dikaios) se traduz por JUSTO, não no sentido de ser simplesmente rigoroso observante da lei judia, que favorecia a interpretação segundo o qual José teria pensado que a sua esposa segundo a lei, TINHA DE SER DENUNCIADA E LAPIDADA.

Também não é exato traduzir ( dikaios) simplesmente por bom, OU DE BOM CORAÇÃO. Como José era de BOM CORAÇÃO decidira REPUDIAR ( apolusai) Maria em segredo, para evitar a lapidação que a lei mandava. Esta não pode ser boa tradução visto que ( dikaios) nunca significou BOM ou pessoa de BOM CORAÇÃO, o Grego dispõe de outros termos para expressar esse sentido. O mais razoável é traduzir dikaios por JUSTO no sentido de um RESPEITO TOTAL pela vontade de Deus e pela sua acção na nossa existência. Pode-se resumir assim: na língua hebraica, JUSTO quer dizer PIEDOSO,SERVIDOR IRREPREENSÍVEL de Deus, CUMPRIDOR da VONTADE DIVINA; outras vezes significa BOM E CARITATIVO para com o próximo. Numa palavra, o JUSTO é o que ama a Deus e demonstra ESSE AMOR, cumprindo os seus MANDAMENTOS e orientando toda a sua vida para o serviço dos seus irmãos, os homens.

O verbo deigmatizô é muito raro em grego e talvez por isso se tenha traduzido e interpretado de formas muito diversas. É mais usual o verbo composto, não sinónimo daquele ( paradeigmatizô), que tem o sentido perjorativo de EXPÔR AO VEXAME, EXPÔR AS INJÚRIAS. Mas esta ressonância negativa não se inclui necessariamente no verbo simples ( deigmatizô). Este pode significar simplesmente DAR A CONHECER, PÔR À LUZ, REVELAR, TORNAR VISÍVEL, MANIFESTAR sem qualquer ressonância negativa. Será negativa ou não segundo o que se deve a RELUZIR.O que se revela pode ser BOM ou MAU, edificante ou vergonhoso.

O verbo ( luô) de que deriva o termo ( apoluô) utilizado em Mt 1,19, pode significar DESPEDIR, e diz-se especialmente no sentido de DESFAZER, romper o VÍNCULO DO MATRIMÔNIO. Por isso, segundo certos autores, poderia significar REPUDIAR, DIVORCIAR. Mas também pode significar simplesmente DEIXAR LIVRE, DEIXAR IR. 

Por conseguinte pode ser perfeitamente correta a tradução: José, seu Esposo, COMO ERA JUSTO e não queria revelar ( O MISTÉRIO DE MARIA), resolveu SEPARAR-SE DELA SECRETAMENTE.

Por: Prof. Amadeu Pereira - Colaborador do Blog  

A HISTÓRIA DO CRISTO DO VENENO



Em 1602, chegou ao México, então Nova Espanha, uma delegação de dominicanos, trazendo para o seu seminário um belo crucifixo de tamanho natural, com a imagem de Jesus de alvura impressionante.



Essa imagem foi entronizada no lado esquerdo, próximo à entrada da igreja.

Ali havia um clérigo, o qual dedicava especial devoção àquele Cristo. Não deixava passar um dia sem fazer as orações diante dEle e oscular piedosamente Seus venerandos pés. Certa vez, esse sacerdote atendeu em confissão um homem que declarou ter roubado e matado cruelmente. Ante a revelação de tal crime, o religioso afirmou que Deus perdoaria sempre, desde que restituísse o roubado e se entregasse à justiça, pois não bastava se confessar, mas era também necessário se arrepender e reparar o dano sofrido. O criminoso recusou-se a fazê-lo, retirando-se do confessionário furioso. Temendo ser denunciado, maquinou um pérfido plano para assassinar o sacerdote.

Escondido pelas sombras da noite, furtivamente se introduziu na capela e molhou os pés do Cristo com um poderoso veneno. Ninguém o viu e, sorrateiro como havia chegado, ocultou- se num canto sombrio. No dia seguinte, depois de fazer as orações costumeiras, aproximou-se o padre para beijar os pés da imagem, quando, para seu espanto, ela dobrou os joelhos milagrosamente, levantando os pés, de modo a impedir que estes fossem osculados. Enquanto isso, a imagem absorveu o veneno, em consequência do qual sua cor se tornou negra.

O religioso teve ainda maior surpresa quando ouviu soluços provenientes de alguém oculto atrás de uma coluna. Era o assassino do dia anterior, que ali aguardava o efeito de seu maligno plano. Verdadeiramente arrependido ao testemunhar tão maravilhoso prodígio, em prantos, fez por fim uma sincera confissão e logo em seguida entregou-se à justiça, disposto a pagar por seus crimes.
Desde então, a milagrosa imagem passou a chamar-se "Senhor do Veneno". Todos concordavam que o Cristo não só havia protegido seu devoto, absorvendo o veneno, mas Seu misericordioso ato também simbolizava como Nosso Salvador toma a Si nossos pecados, estes sim um terrível veneno, que mata a alma, impedindo- a de alcançar a vida eterna.

Anos depois, a imagem foi transferida para a catedral metropolitana. Quando a igreja de Porta Coeli foi entregue aos sacerdotes do rito Greco-melquita em 1952, o pároco desta incumbiu um renomado artista de esculpir uma cópia, a fim de que o "Cristo do Veneno" pudesse ser venerado também na sua igreja de origem. Darío Iallorenzi (Revista Arautos do Evangelho, Fev/2009, n. 86, p. 39)

A Eucaristia


Jo 6,51-58. É de realçar que jesus até aqui não tinha falado da eucaristia. È só a partir do v. 51 que ele entra directamente neste assunto.



Antes, apresentara-se como o pão do céu e todos tinham compreendido que este pão era a sua mensagem, o seu evangelho, a sabedoria de Deus.

Mas mesmo isto, não era uma pretensão de somenos importância, para os judeus e, de facto, eles reagiram energicamente. 

Mas e a afirmação comer?

Os ouvintes compreenderam as PALAVRAS DE JESUS EM SENTIDO LITERAL( como pode este homem dar-nos a sua carne a comer? Versículo 52: e Jesus NÃO OS CORRIGE, mas afirma e especifica os efeitos da Eucaristia ( Jo, 53-57), pelo contrário, É TÃO FIEL ÀQUILO QUE DISSE, que Jesus PERMITE QUE SE VÃO EMBORA!!!... a partir desse momento, muitos discípulos voltaram atrás e já não andavam com Jesus (Jo 6,66)….

Teria Ele tolerado que este afastamento acontecesse, POR UM SIMPLES EQUÍVOCO???, POR UMA COMPREENSÃO LITERAL? OU UMA COMPREENSÃO METAFÓRICA?

 Em casos semelhantes, outras vezes, Jesus comporta-se diferentemente ( Mt 16,6ss ; Jo 3,3ss; 4,32ss)…
Abrir o texto de hoje causa ainda mais estupefacção: o pão a comer não é apenas a sua doutrina mas também a sua carne.

A carne para um judeu não são os músculos, mas toda a pessoa, considerada no seu aspecto de fraqueza, o homem é carne, mesmo na medida em que é um ser frágil e destinado a morte, segundo a concepção semita, indica a parte fraca, frágil, precária da pessoa; indica o ser humano enquanto destinado a morte.

Face à infidelidade dos homens, Deus sente compaixão dos homens, se recorda que eles são carne, um sopro que vai e não volta (sl 78,39). 

Quando do prólogo da sua obra João diz O VERBO SE FEZ CARNE (Jo1,14), refere-se ao aniquilamento do filho de Deus, fala da sua descida ao nível mais baixo e sublinha a sua aceitação mesmo dos aspectos mais caducos da pessoa humana. COMER ESTE DEUS FEITO CARNE significa então reconhecer que a revelação máxima de Deus passa através do filho do carpinteiro, significa acolher a sabedoria vinda do céu, ou seja, de todos os elementos que caracterizam a fraqueza humana.

Mas mesmo, depois deste esclarecimento, não fica eliminado o aspecto escandaloso da proposta de jesus, como se pode COMER A SUA PESSOA? 

A reacção de escândalo por parte dos ouvintes é compreensível( v.52), pois compreendem que ele não de refere só à assimilação espiritual da revelação de Deus, mas também a um ( comer real) o que é que Ele quer com isso? 

Muitos textos bíblicos proíbem severamente esta pratica, porque a vida da carne está no sangue ( Lv 17,10-11) e a vida não pertence ao homem mas a Deus.

É nesta altura que se insere o discurso sobre a eucaristia vamos compreender o melhor possível.

Se partimos da constatação que , para alcançar a união de vida com Cristo, BASTA A FÉ na sua palavra, então perguntar-nos-emos com razão: PORQUE É PRECISO TAMBÉM RECEBER ESTE SACRAMENTO DA EUCARISTIA? Porque é que jesus acrescentou uma exigência tão difícil de compreender: COMER A CARNE E BEBER O SEU SANGUE? 

Nós sabemos que no mundo, por falta de presbíteros, aos domingos, a maioria das comunidades cristãs não se reúne `a volta do pão eucarístico, mas sim á volta da palavra de Deus, e estamos certos de que deste único alimento `a sua disposição eles recebem abundantemente a vida.

È significativo que a esse respeito, no v.54, jesus diga que quem come a sua carne e bebe o seu sangue tem a vida eterna, exactamente como no v.47 se afirma que o mesmo resultado o obtém quem acredita na sua palavra. 

POR QUE ENTÃO A EUCARISTIA? 

De mais, há que sublinhar que este sacramento que torna presente a pessoa de cristo, o gesto de se aproximar da eucaristia significa acolher a cristo e assimilar a sua palavra, aceitando que ela entre dentro de nós, anime toda a nossa vida e se torne parte de nós próprios, como acontece com o pão.

Eis a razão porque não se pode receber o pão eucarístico se, antes não se escutou a palavra de Deus. Quem opta por tornar-se uma só pessoa com Cristo sacramentado deve primeiro acolher a sua proposta, é como quando se assina um contrato: é preciso ler e avaliar com atenção todas as cláusulas.

Para ter a vida a vida divina, é indispensável assimilar a pessoa de cristo mediante a adesão à sua palavra.

 MAS É PRECISO TAMBÉM COMER O SEU CORPO E BEBER O SEU SANGUE. COMO? 

Jesus não está a falar de um corpo físico, a sua carne e o seu sangue não se podem comer ou beber materialmente, mas toda a sua pessoa, essa sim, deve ser assimilada, o discípulo deve apropriar-se dela isto pode acontecer através do sacramento através do sinal.

O objectivo que o discípilo de Cristo é chamado a alcançar, é a sua identificação com o mestre, é a união de vida com Ele, ISTO NÃO PODE ACONTECER MATERIALMENTE, PORQUE JESUS MORREU E RESSUSCITOU HÁ MUITOS SÉCULOS. 

Todavia, o seu gesto de amor total, dom da sua vida, podem ser representados todos os dias através de um sinal, durante a última ceia, Ele deixou aos discípulos a sua pessoa, deixou-se a Si mesmo, no sinal do pão, que se deve comer, e no sinal do vinho, que se deve beber, nestes sinais, ele está realmente presente e quem o recebe une-se a ele, torna-se uma única pessoa com Ele.

Por: Prof. 
Amadeu Pereira - Colaborador do Blog

O que é o barrete?

O barrete é um chapéu que pode ser usado tanto na Liturgia quanto fora dela. Também o Bispo, em missas simples nas quais não é obrigatório o uso da mitra, pode celebrar usando o barrete. 



Ele não tem as mesmas cerimônias da mitra: é retirado pela própria pessoa apenas com a mão direita, enquanto curva a cabeça para o lado; ninguém lhe impõe, mas o cerimoniário ou outro ministro pode recebê-lo; geralmente, é usado quando se caminha, enquanto está sentado e na homilia.
Ele nunca foi proibido, mas caiu em desuso, principalmente entre os padres. Pode ser usado em todas as celebrações litúrgicas.

Na imagem, Missa segundo o rito antigo, em São Paulo.
Créditos de imagem reservados.


Retirado da pagina : Ser padre

Galileu não tentava convencer ninguém de que a Terra é redonda

Galileu não tentava convencer ninguém de que a Terra é redonda. Isso todo mundo já sabia no século 17 (Tomás de Aquino, no século 13, já falava da esfericidade da Terra). O que Galileu defendia é que a Terra se move.

Galileu Galilei não morreu queimado. Ele morreu de morte natural em Arcetri rodeado pela sua filha Maria Celeste e os seus discípulos. Foi enterrado na Basílica de Santa Cruz em Florença.

Fonte : Professor Hugo Goes

Você sabia que tinha um padre no Naufrágio do Titanc que se recusou a usar os botes?


O Padre Thomas Bylesa, foi um padre que morreu no naufrágio do Titanic. Ele se recusou a usar os botes para sair do navio,pois queria ficar rezando e ministrando os sacramentos com a tripulação.Seu processo de canonização já foi aberto e curas através de sua interseção já foram registradas na Rússia e na Espanha. 



Quando o Titanic se começou a afundar, a 15 de Abril de 1912, o Padre Thomas Byles teve duas oportunidades para embarcar num barco salva-vidas.

Mas, de acordo com alguns passageiros a bordo do navio em queda, ele renunciou a essas oportunidades para ouvir confissões e oferecer consolação e orações aos que estavam presos a bordo.

Agora, um sacerdote na antiga igreja do Pe. Byles, em Inglaterra, está a pedir que se abra a sua causa de beatificação.

Morreram cerca de 1500 pessoas quando o Titanic chocou contra um iceberg e se afundou no Oceano Atlântico em 1912. Na altura considerado como "inafundável", o navio não tinha barcos salva-vidas suficientes para todos os passageiros, na sua viagem inaugural de Southampton para a cidade de Nova Iorque.

O Pe. Byles estava a viajar no Titanic para presidir ao casamento do seu irmão em Nova Iorque. O sacerdote britânico de 42 anos tinha sido ordenado em Roma 10 anos antes e tinha servido como prior na Igreja de Saint Hellen, em Essex, desde 1905.

Miss Agnes McCoy, uma passageira de terceira classe e sobrevivente do Titanic, disse que o Pe. Byles tinha estado no navio, a ouvir confissões, rezando com os passageiros e dando-lhes a sua benção enquanto o navio se afundava.

O testemunho de McCoy e os de outros passageiros a bordo foi reunido em www.fatherbyles.com.

Helen Mary Mocklare, outra passageira da terceira classe, ofereceu mais detalhes sobre as últimas horas de vida do sacerdote.

"Quando o imbate veio, fomos arremessados dos nossos lugares… Vimos diante de nós, a vir do corredor, com a sua mão levantada, o Padre Byles", lembrou ela. "Nós conhecíamo-lo porque ele tinha-nos visitado algumas vezes a bordo e tinha celebrado Missa para nós precisamente nessa manhã."

"Tenham calma, boa gente", dizia ele, e depois continuava pela terceira classe dando a absolvição e bençãos…"

Mocklare continuava: "Alguns à nossa volta ficavam em pânico e era então que o sacerdote voltava a levantar a sua mão e todos ficavam logo calmos, mais uma vez. Os passageiros estavam absolutamente surpreendidos com o auto-controlo absoluto do sacerdote."

Ela contava que um marinheiro "avisou o sacerdote do perigo que corria e suplicou-lhe para embarcar um barco". Apesar de o mariheiro estar ansioso por o ajudar, o sacerdote recusou sair as duas vezes.

"O Pe. Byles podia-se ter salvo, mas não ia deixar o barco enquanto um passageiro ainda ficasse e as súplicas do marinheiro não foram ouvidas," contou Mocklare." Depois de eu entrar no barco salva-vidas, que era o último a partir, e estávamos a afastar-nos devagarinho do Titanic, conseguia ouvir distintamente a voz do sacerdote e as respostas às suas orações."

Mais de um século depois, o Padre Graham Smith - o actual prior na antiga paróquia de Saint Helen do Pe. Byles - é o responsável por abrir a sua causa de beatificação.

Numa afirmação à BBC, o Pe. Smith anunciou o início do processo de começar a tratar da canonização do seu predecessor, que ele considera ser um "homem extraordinário que deu a sua vida pelos outros."

O Pe. Smith disse que na comunidade local, "estamos a esperar e a rezar que ele seja reconhecido como um dos santos do nosso cânon."
O processo de canonização precisa primeiro de reconhecer que a pessoa em questão viveu as Virtudes Cristãs num grau heróico. De seguida tem que ser aprovado um milagre atribuído à intercessão da pessoa para lhe ser conferido o título de "Beato".

Uma vez beatificado, é necessário outro milagre por interecessão do Pe. Byles para ele ser declarado santo.

"Esperamos que pessoas por todo o mundo lhe rezem se estiverem com dificuldade e, se um milagre acontecer, então a beatificação e canonização podem ir para a frente", disse o Pe. Smith.

in Catholic News Agency

Você sabia que quem descobriu o sistema heliocêntrico foi um padre católico?


Nicolau Copérnico (1473 — 1543) foi um astrônomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também cônego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico.
Sua teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente teoria geocêntrica (que considerava a Terra como o centro), é tida como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna.

Fonte : Professor Hugo Goes

A marca da besta - E a mentira protestante



Uma das maiores dificuldades entre os protestantes na interpretação do Apocalipse, está no mau entendimento sobre a (Marca da Besta). Uma marca na mão direita e outra na fronte, sendo assim, alguns lunáticos principalmente os adventistas, judaizantes, TJs e algumas ramificações do protestantismo pentecostal e tradicional, inventam um monte de maluquices sobre a tal (MARCA DA BESTA). A maior maluquice que eles inventaram foi o tal (CHIP) que seria implantado na mão direita e na testa das pessoas.
Meus irmãos Católicos, isso é só mais uma maluquice desses esquizofrênicos, pois não eram apenas os adoradores da Besta que seriam identificados com a tal marca, os Cristãos também eram identificados pelo sinal de Deus em sua fronte.

Nesse artigo eu vou mostrar como é fácil entender a tal (Marca da Besta).
Observem que tanto os Cristãos como os adoradores da Besta eram identificados com uma(Marca).
"3. Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes" (Apocalipse capítulo 7)  

"15. Foi-lhe dado, também, comunicar espírito à imagem da Fera, de modo que essa imagem se pusesse a falar e fizesse com que fosse morto todo aquele que não se prostrasse diante dela. 16. Conseguiu que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos,tivessem um sinal na mão direita e na fronte" (Apocalipse capítulo 13)

Vamos identificar qual era o sinal na fronte dos Cristãos:
"3. Então a glória do Deus de Israel se elevou de cima do querubim, onde repousava, até a soleira do templo. Chamou o Senhor o homem vestido de linho, que trazia à cintura os instrumentos de escriba, 4. e lhe disse: Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem" (Ezequiel capítulo 9)
Segundo o profeta Ezequiel, os Cristãos seriam identificados pelo sinal de uma (Cruz) em sua fronte, ou seja, esse é o sinal da Cruz que se faz até hoje na Igreja Católica, sendo assim, desde o primeiro século, os Cristãos se cumprimentavam e eram reconhecidos fazendo o sinal da Cruz.
(Em nome do Pai, Filho e Espírito Santo em sua fronte)

Agora fica a pergunta:
Qual era o sinal e a marca de identificação daqueles que adoravam a BESTA (Império Romano)?
São João diz que esse sinal era o numero de um homem (666).

"18. Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule o número da Fera, porque é número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis" (Apocalipse capítulo 13)
Qualquer pessoa com seriedade sabe que o (666) se trata do nome de um Imperador Romano chamado CEZAR NERON (Escrito em Grego). 

Para saber mais sobre o assunto, clique e leia o artigo:
Quem é a Besta do Apocalipse? (Império Romano).

Sabendo que a Besta era o Império Romano e o numero da Besta que era o nome de um homem e esse homem era um Imperador, logicamente que a marca da Besta só poderia vir do Império Romano.
Agora eu pergunto:
Se os Cristãos eram identificados com o sinal da Cruz feito em sua fronte, qual era a forma de identificação no Império Romano? A resposta é simples:

                                                           (AVE CEZAR)
Essa era a forma de identificação dentro do Império Romano e aqueles que seguiam e aceitavam as suas ideologias.

Ao dizer: (AVE CEZAR), se levantava a mão direita em direção a fronte da outra pessoa.
Esse era a marca da Besta na mão direita e na fronte. (Tudo bem simples)
Não podemos deixa de relatar uma importância; São João afirma que o anticristo já estava no mundo, naquele momento.

"3. todo espírito que não proclama Jesus esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já está agora no mundo" (I João capítulo 4)

O sinal da Besta nasceu com o Império Romano, agido pelo espírito do anticristo e se tornou sinal e marca para vários anticristos que vieram posteriormente, como Hitler e Mussolini.
Uma particularidade interessante sobre a tal (Marca da Besta), é referente ao fato de ninguém poder comprar e vender se não possuísse essa (MARCA). Na verdade, São João não usa apenas o termo (MARCA) e sim o termo (SINAL).

“16. Conseguiu que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, tivessem um sinal na mão direita e na fronte, 17. e que ninguém pudesse comprar ou vender, se não fosse marcado com o nome da Fera, ou o número do seu nome” (Apocalipse capítulo 13)

Qual o significado de tudo isso?
Meus irmãos Católicos, o Apocalipse é um livro com muitas figurações, infelizmente não podemos levar essa (MARCA) no sentido totalmente literal, já que essa (MARCA) vem de um(SINAL), ou seja, um (SINAL) feito com a mão direita em direção à fronte. Por esse motivo, já podemos entender que a tal (MARCA) não era uma incisão no corpo humano e sim uma forma espiritual de se referir àqueles que seguiam as ideologia do Império Romano, sendo assim, aqueles que aceitavam ou faziam o sinal (AVE CEZAR) estavam marcados com o nome da (BESTA). Podemos observar São Paulo dizendo que tinha as (MARCAS) de (JESUS) em seu corpo, porém, ele dizia isso em um sentido espiritual e não com incisões em seu corpo.

“17. De ora em diante ninguém me moleste, porque trago em meu corpo as marcas de Jesus” (Gálatas capítulo 6)

Com certeza tal (MARCA) não eram incisões no corpo de São Paulo.    
Mas por que será que ninguém podia comprar e vender se não aceitasse a (MARCA) da besta? Creio que o próprio Evangelho responda isso.

Observem esse texto:
“17. Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido ou não pagar o imposto a César?
18. Jesus, percebendo a sua malícia, respondeu: Por que me tentais, hipócritas? 19.Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto! Apresentaram-lhe um denário. 20. Perguntou Jesus: De quem é esta imagem e esta inscrição? 21. De César, responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”(Mateus capítulo 22)

Nesse maravilhoso texto do Evangelho de São Mateus, vemos Jesus Cristo dando uma aula teológica, o mais importante nesse texto é o fato de Jesus Cristo ter colocado (CEZAR) como oposto de (DEUS ); na época, (CEZAR) era proclamado (Augusto).

O significado desse nome (AUGUSTO) é: DEUS ENTRE OS HOMENS.
Praticamente em todas as moedas do Império Romano, estava a imagem do atual Imperador e as inscrições como:
Ave CEZAR.
CEZAR Augusto.
CEZAR NERON.
AUGUSTO DIVINO.

Observem as imagens:


 
 





Por esse motivo que São João dizia que ninguém poderia comprar e vender sem possuir a(MARCA) do (SINAL) da Besta. 
Para se realizar um comercio, era obrigado a usar as moedas do Império Romano, nessas moedas existia a imagem do Imperador (BESTA) e a inscrição com seu (SINAL) que era feito levantando a mão direita em direção a fronte.
Meus irmãos Católicos, o livro do Apocalipse não é difícil de entender, tendo conhecimentos Bíblicos e Históricos, conseguimos chegar ao total conhecimento de toda simbologia e figuração desse maravilhoso livro.

Pena que alguns lunáticos passam por cima de tudo isso.
E mais uma vez a mentira acaba.


Mateus 24 


34. Em verdade vos declaro: não passará esta geração antes que tudo isto aconteça.

Fonte: Cris Macabeus 


segunda-feira, maio 23, 2016

Por que usamos a palavra "FEIRA" depois dos nomes de dias uteis da semana?



Antes de começar falar da origem e motivo de usarmos a palavra “feira” nos dias da semana, devemos saber qual a origem do nosso calendário.

O nosso calendário foi estabelecido pelo Papa Gregório XIII. Ele mandou construir uma espécie de calendário que marcasse o sol, em Roma no Vaticano, para ver se o calendário de Júlio Cesar estava realmente correto, e o resultado foi uma cartada de mestre, a igreja tornou-se protagonista de uma descoberta mais que histórica, pois Júlio Cesar tinha errado, porque a Terra que dá voltas em torno do sol, não o contrário, assim o Papa Gregório XIII criou o calendário cristão que é o correto, e que a maior parte do mundo o utiliza, onde se comemora o ano novo em 1° de Janeiro. Na época em que isso ocorreu já havia acontecido a revolta protestante, e como sempre, os protestantes protestaram, e se colocaram a não aceitar o calendário cristão, e por muitos anos se utilizaram do calendário de Júlio Cesar comemorando o 1° de abril, como o primeiro dia do ano, foi por meio disso que então o 1° de abril ficou conhecido como dia da mentira, justamente por que os protestantes não quiseram aceitar o calendário instituído pelo Papa Gregório XIII, e começaram pregar as mentiras de Júlio Cesar.

Mas e o termo Segunda-Feira, como surgiu?

“Feira” vem de feria, que, em latim, significa “dia de descanso”, pois antigamente, todos os dias da Semana Santa, eram tidos como feriados, daí surgiu a ideia de se utilizar de “feira”, expressão essa que é somente portuguesa, que é o mesmo que feriados – férias.

Mesmo sendo feriado nos dias da Semana Santa, era comum se ver os mercados funcionar ao ar livre como se estivessem comemorando uma coisa qualquer, deixando-se influenciar pelas culturas pagãs, que usavam nomes de demônios para os dias da semana, então Igreja Mãe e Mestra no modo de ensinar, baniu os nomes pagãos dos dias da semana por volta do ano 563, após um concílio na cidade portuguesa de Braga – daí a explicação para a presença do termo somente na língua portuguesa. Logo se introduziu a palavra "feira" para os dias uteis da Semana Santa. O bispo Martinho de Braga, que era um forte combatente do costume de “dar nomes de demônios aos dias que Deus criou”, decidiu que os nomes dos dias da semana usados até então, em homenagem a deuses pagãos, deveriam mudar. O solis dies que seria a primeira feira, foi substituído por dominica (Domingo), dia do Senhor, e conservou o mesmo nome por ser dedicado a Deus, fazendo a contagem iniciar-se na “segunda-feira”, o saturni dies, dia de Saturno, foi modificado para sabbatum, derivado do hebraico shabbath, o dia de descanso consagrado pelo Velho Testamento, a igreja só deixou o nome sábado em respeito à antiga tradição hebraica.

Espero ter dado uma pequena ajuda na descoberta desse importante assunto para nossa fé. E cabe aqui fazer uma pergunta que tange ao assunto que os protestantes afirmam, que é o de não aceitar nada que a igreja criou.

Se os protestantes dizem que não aceitam nada vindo da igreja Católica, não seria uma contradição tremenda dizer isso e ao mesmo tempo aceitar o nosso calendário?

Paz e bem! Save Roma!

Por: Gilson Azevedo - Curtam: Católicos Defensores da Fé

Uma curiosidade sobre Lutero e a "Sola Scriptura"


Lutero no intuito de pregar contra o purgatório, utilizou-se de todos os livros da bíblia, inclusive os 7 das quais foram excluídos da “bíblia” protestante.

Lutero começou a pregar contra uma verdade incontestável, a de que Deus não é Deus dos mortos, mas sim dos vivos, ele pregou o contrário dessa verdade bíblica, encheu-se da soberba, do espírito da ignorância, e pôs-se a pregar que o purgatório não era uma doutrina bíblica, mas sim uma invenção da igreja, para poder cobrar indulgencias aos fiéis. Por um certo tempo foi espantoso a forma herética da qual Lutero se utilizou para discordar de algo que é dado pelo próprio Deus e ratificado pela própria tradição da igreja, como descreveu São Cipriano, no ano de 249: “…uma coisa é penar muito tempo e purificar-se nas chamas do Purgatório e outra coisa é ter removido todos os pecados, pelo martírio”. (Na luz Perpétua, 5ª. ed., J. B. Lehmann, Ed. Lar Católico, MG,1959).

Até ai estava tudo dando certo ao pai do protestantismo, porém ele nunca imaginou que viria a ser refutado pela própria regrinha inútil que ele criou, a “Sola Scriptura”, Lutero por estar cheio de si mesmo e depressivo, teve uma ideia que o Diabo achou brilhante, que foi rejeitar os livros deuterocanônicos depois de ter perdido num debate, onde seu adversário mostrou que o purgatório é um conceito bíblico, e este o refutou usando justamente um livro deuterocanônico. Lutero ficou meio perturbado sem saber o que fazer, então colocou sua ideia diabólica para prosseguir com o intuito de firmar-se com sua tese, e foi justamente após este episódio histórico, que Lutero começou a mastigar, excluir alguns livros da Bíblia, a crise de fome que ele pegou foi tão grande, que o retardado quis rasgar até o livro de Hebreus, Tiago, Judas e o Apocalipse. Mas não conseguiu.

Então, como acreditar em um homem que toda as vezes que era desmentindo, rasgava os livros da bíblia que provavam que ele esta errado?

Por: Gilson Azevedo

sábado, maio 21, 2016

A primeira mulher a se tornar PhD em Ciência da Computação era uma freira.


Uma freira ajuda a trazer a programação para as massas (meados dos anos 60)

A freira Mary Kenneth Keller é a primeira mulher americana a conquistar um Ph.D. em Ciências da Computação, e foi a primeira mulher a trabalhar no departamento de computação do Dartmouth College, que na época só admitia homens. Lá, Mary ajudou a desenvolver BASIC, uma linguagem de programação que facilita a escrita de softwares por não programadores. Essa freira simpática acreditava que computadores deveriam ser usados para potencializar o acesso à informação e a promover a educação. Keller chegou a escrever 4 livros sobre o assunto.



UM SALVE AS FEMINISTAS QUE DIZEM SER A IGREJA MACHISTA E OPRESSORA...

sexta-feira, maio 20, 2016

Era normal que tantas mulheres rodeassem Jesus?

A atitude e os ensinamentos de Jesus – que depois seguiu a primeira comunidade cristã como se vê no livro dos Actos dos Apóstolos e nas cartas do Novo Testamento – outorgavam à mulher uma dignidade que contrastava com os costumes da época.
Embora houvesse diferenças entre as classes altas e baixas, o comum é que a mulher não tivesse um lugar na vida pública. O seu âmbito era o lar onde estava submetida ao marido: saía pouco de casa e quando saía fazia-o com o rosto coberto com um véu e sem se deter a falar com os homens. O marido podia dar-lhe o libelo de repúdio e despedi-la. Certamente, tudo isto não se aplicava estritamente às mulheres que, por exemplo, tinham de trabalhar ajudando nas tarefas do campo. Mas ainda assim, não podiam deter-se e estar a sós com um homem. Onde se percebe a diferença mais notável com o homem é, no entanto, no plano religioso: a mulher está submetida às proibições da Lei, mas está livre dos preceitos (ir às peregrinações a Jerusalém, recitar diariamente a Shemá, etc.). Não estava obrigada a estudar a Lei e as escolas reservavam-se para os rapazes. Da mesma forma, na sinagoga as mulheres estavam com os meninos, separadas dos homens por um gradeamento. Não participavam no banquete pascal, nem estavam entre os que pronunciam a benção depois das refeições.
Em contraste com isto, nos evangelhos descobrimos muitos exemplos de uma atitude de aberta Jesus: além das muitas curas de mulheres que realiza, na sua pregação propõe frequentemente exemplos de mulheres como a que varre a casa até encontrar a dracma perdida (Lc 15, 8), a viúva que persevera na oração (Lc 18, 3), ou a viúva pobre mas generosa (Lc 21, 2). Corrigiu a interpretação do divórcio (Lc 16, 18) e admitiu que as mulheres o seguissem. Relativamente ao seguimento de Jesus, ou ao grupo dos discípulos, também a atitude de Jesus foi mais aberta. Jesus tinha seguidores, discípulos sedentários, poderia dizer-se, que viviam nas suas casas, como Lázaro(Jo 11, 1; cf. Lc 10, 38‑39), ou José de Arimateia (Mt 27, 57). Do mesmo modo que estes, se podem considerar seguidoras Marta e Maria (Lc 10, 38-41). De Maria diz-se que “sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra” (Lc 10, 39), como uma maneira de mostrar a atitude do discípulo do Senhor (cf. Lc 8, 15.21).
Também no evangelho se fala da missão itinerante de Jesus e dos seus discípulos. Neste contexto há que entender Lc 8, 1-3 (cf. Mt 27, 55-56; Mc 15, 40-41): “Jesus caminhava pelas cidades e aldeias, pregando e anunciando a boa nova do Reino de Deus; andavam com Ele os doze e algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e de doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios, Joana, mulher de Cusa, procurador de Herodes, Susana, e outras muitas, que os serviam com os seus bens”. Há um grupo de mulheres que acompanham Jesus e os Apóstolos na pregação do Reino e que desempenham um trabalho de diaconia, de serviço.
Bibliografia: J. Gnilka, Jesús von Nazareth. Botschaft und Geschichte, Herder, Freiburg 1990 (ed. esp. Jesús de Nazaret, Herder, Barcelona 1993); A. Puig,Jesús. Una biografía, Destino, Barcelona 2005; J. Jeremias, Jerusalén en tiempos de Jesús, Cristiandad, Madrid 2000; J. González Echegaray, Arqueología y evangelios, Verbo Divino, Estella 1994.
    • Vicente Balaguer

    Poderiam ter roubado o corpo de Jesus?

    Àqueles que não se sentiam à vontade perante a afirmação de que Jesus tinha ressuscitado e que encontram o sepulcro onde tinha sido depositado vazio, o que primeiro que lhes ocorre pensar e dizer é que alguém tinha roubado o seu corpo (cf. Mt 28, 11-15).
    A lousa encontrada em Nazaré com um rescrito imperial que recorda que é necessário respeitar a inviolabilidade dos sepulcros, testemunha que houve um grande reboliço em Jerusalém motivado pelo desaparecimento do cadáver de alguém procedente de Nazaré, por volta do ano 30.
    Contudo, o próprio facto de encontrar o sepulcro vazio não impediria pensar que o corpo tivesse sido roubado. Mesmo tendo isso em conta, causou tal impacto nas santas mulheres e nos discípulos de Jesus que se aproximaram do sepulcro, que mesmo antes de terem visto Jesus novamente vivo, foi o primeiro passo para o reconhecimento de que havia ressuscitado.
    No evangelho de São João há um relato preciso que narra como encontraram tudo. Relata que logo que Pedro e João ouviram o que Maria lhes contava, saíram, Pedro com o outro discípulo, e foram ao sepulcro: “Corriam ambos juntos, mas o outro discípulo corria mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo-se inclinado, viu os lençóis no chão, mas não entrou. Chegou depois Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro e viu os lençóis espalmados, e o sudário que tinha sido posto na sua cabeça, não caído junto dos lençóis, mas aparte, ainda enrolado, no mesmo sítio de antes. Entrou também, então, o outro discípulo que tinha chegado primeiro ao sepulcro. Viu e acreditou” (Jo 20, 4-8).
    As palavras que utiliza o evangelista, para descrever o que Pedro e ele viram no sepulcro vazio, expressam com vivo realismo a impressão que lhes causou o que puderam contemplar. Para começar, a surpresa de encontrar ali os lençóis que tinham envolvido o corpo de Jesus. Se alguém tivesse entrado para roubar o cadáver, ter-se-ia entretido em tirar os lençóis que envolviam o corpo, para levar só o corpo? Não parece lógico. Além disso, o sudário estava “ainda enrolado”, como tinha estado na sexta­‑feira à tarde quando foi colocado em volta da cabeça de Jesus. Os lençóis permaneciam como tinham sido colocados envolvendo o corpo de Jesus, mas agora não envolviam nada e por isso estavam “espalma­dos”, ocos, como se o corpo de Jesus se tivesse evaporado e tivesse saído sem os desdobrar, passando através deles. E ainda há mais dados surpreendentes na descrição daquilo que viram. Quando se amortalhava um cadáver, primeiro enrolava-se o sudário à volta da cabeça, e depois, tanto o corpo e como a cabeça se envolviam nos lençóis. O relato de João especifica que no sepulcro o sudário permanecia “no mesmo sítio de antes”, isto é, conservando a mesma disposição que havia tido quando estava ali o corpo de Jesus.
    A descrição do evangelho assinala com extraor­dinária precisão o que contemplaram atónitos os Apóstolos. Era humanamente inexplicável a ausência do corpo de Jesus. Era fisicamente impossível que alguém o tivesse roubado, já que para tirá-lo da mortalha, teria sido necessário desenrolar os lençóis e o sudário, que teriam ficado por ali soltos. Mas eles tinham diante dos seus olhos os lençóis e o sudário, tal como estavam quando tinham deixado ali o corpo do Mestre na tarde de sexta-feira. A única diferença é que o corpo de Jesus já não estava lá. O resto permanecia no seu lugar.
    Até tal ponto foram significativos os restos que encontraram no sepulcro vazio, que lhes fizeram intuir de algum modo a ressurreição do Senhor, pois “viram e acreditaram”.
    Bibliografia: M. Balagué, «La prueba de la Resurrección (Jo 20,6-7)» emEstudios Bíblicos 25 (1966), 169-192; F. Varo, Rabí Jesús de Nazaret, BAC, Madrid 2005 (págs. 197-201).
      • Francisco Var

      Quem foi Constantino?


      Flavius Valerius Aurelius Constantinus (272-337), conhecido como Constantino I ou Constantino o Grande, foi imperador do Império Romano nos anos 306 a 337. Passou à história como o primeiro imperador cristão.
      Filho de um oficial grego, Constâncio Cloro, que no ano 305 foi nomeado Augusto ao mesmo tempo que Galério, e de uma mulher que viria a ser Santa Helena. Ao morrer Constâncio Cloro no ano 306, Constantino é aclamado imperador pelas tropas locais, no meio de uma difícil situação política, agravada pelas tensões com o antigo imperador, Maximiano, e seu filho Maxêncio. Constantino derrotou primeiro a Maximiano em 310 e depois a Maxêncio na batalha de Ponte Mílvius, em 28 de Outubro de 312. Uma tradição diz que Constantino antes dessa batalha teve una visão. Olhando para o sol, ao qual como pagão prestava culto, viu uma cruz e ordenou que os seus soldados pusessem nos escudos o monograma de Cristo (as duas primeiras letras do nome grego sobrepostas). Embora tenha continuado a praticar ritos pagãos, desde essa vitória mostrou-se favorável aos cristãos. Junto com Licínio, imperador do oriente, promulgou o chamado “édito de Milão” (ver pergunta seguinte) favorecendo a liberdade de culto. Mais tarde os dois imperadores enfrentaram-se, e no ano 324 Constantino derrotou Licínio e passou a ser o único Augusto do império.
      Constantino levou a cabo numerosas reformas de tipo administrativo, militar e económico, mas onde mais se destacou foi nas disposições político-religiosas, e em primeiro lugar as que encaminhavam à cristianização do império. Promoveu estruturas adequadas para conservar a unidade da Igreja, como modo de preservar a unidade do estado e legitimar a sua configuração monárquica, sem excluir outras motivações religiosas de tipo pessoal. Junto a dispo­sições administrativas eclesiásticas, tomou medidas contra heresias e cismas. Para defender a unidade da Igreja lutou contra o cisma causado pelos donatistas no norte de África e convocou o Concílio de Niceia (ver pergunta O que sucedeu no Concílio de Niceia?) para resolver a controvérsia trinitária originada por Árrio. No ano 330 transferiu a capital do império de Roma para Bizâncio, que chamou Constantinopla, o que implicou uma ruptura com a tradição, apesar de lhe querer dar um carácter de capital cristã. Como então acontecia com frequência, só foi baptizado pouco antes de morrer. Quem o baptizou foi Eusébio de Nicomédia, bispo de tendência arriana.
      Juntamente com as deficiências do seu mandato – entre as que se encontram as generalizados no tempo em que viveu como por exemplo o seu carácter caprichoso e violento – não se lhe pode negar a concessão da liberdade à Igreja e o favorecimento da sua unidade. Não é, no entanto, correcto do ponto de vista histórico que para o conseguir Constantino tivesse determinado entre outras coisas o número de livros que devia ter a Bíblia. Neste longo processo, que não acabou senão mais tarde, os quatro evangelhos eram desde há muito tempo os únicos que a Igreja reconhecia como verdadeiros. Os outros “evangelhos” não foram suprimidos por Constantino, uma vez que tinham sido proscritos como heréticos dezenas de anos atrás.
      Bibliografia: J. de la Torre Fernández e A. García y García, “Constantino I, el Grande”, em GER VI, Rialp, Madrid 1979, 309-312; M. FORLIN PATRUCCO, “Constantino I”, en Diccionario Patrístico y de la Antiguedad Cristiana (ed. A. DI Berardino), Sígueme, Salamanca 1991, 475-477; A. Alfoldi, Costantino tra paganesimo e cristianesimo, Laterza, Bari 1976.

      terça-feira, maio 17, 2016

      Que relação teve Jesus com Maria Madalena?

      Dos evangelhos deduz-se que Maria Madalena sentia um grande amor por Jesus. Tinha sido libertada por ele de sete demónios, seguia-o como discípula, assistia-o com os seus bens (Lc 8, 2-3) e esteve com Maria, a Mãe de Jesus, e as outras mulheres, quando Jesus foi crucificado (Mc 15, 40-41 e par.). Foi, de acordo com os evangelhos, a primeira a quem apareceu Jesus depois da ressurreição, depois de O procurar com lágrimas (Jo 20, 11-18). Daí a veneração que teve na Igreja como testemunha do ressuscitado. Destas passagens não se pode deduzir nem que tenha sido uma pecadora, nem muito menos que tenha sido mulher de Jesus.
      Os que sustentam esta última opinião recorrem ao testemunho de alguns evangelhos apócrifos. Todos eles, talvez com a excepção de uma parte doEvangelho de Tomé, são posteriores aos evangelhos canónicos e não têm carácter histórico, dado que são um instrumento para transmitir ensinamentos gnósticos.
      Segundo estas obras – que embora levem o nome de evangelhos, não são propriamente tais, mas antes escritos com revelações secretas de Jesus aos seus discípulos depois da ressurreição – Mariam (ou Mariamne ou Mariham) – não aparece o nome de Madalena salvo em uns poucos livros – é a que entende melhor essas revelações. Por essa razão é a preferida de Jesus e a que recebe uma revelação especial. A oposição que em alguns destes textos (Evangelho de Tomé, Diálogos do Salvador, Pistis Sophia, Evangelho de Maria) mostram os apóstolos em relação a ela por ser mulher, reflecte a consideração negativa que alguns gnósticos tinham pelo feminino, e a condição de Maria como discípula importante. No entanto, alguns querem ver nesta oposição um reflexo da posição da Igreja oficial de então, que estaria contra a liderança espiritual da mulher que propunham estes grupos. Nada disto é demonstrável. Essa oposição pode antes entender-se como um conflito de doutrinas, as de Pedro e dos outros apóstolos, frente às que estes grupos gnósticos propagavam em nome de Mariam. Em qualquer caso, o facto de se recorrer a Maria é uma forma de justificar os seus fundamentos gnósticos.
      Noutros evangelhos apócrifos, especialmente no Evangelho de Filipe, Mariam (desta vez citada também com o nome de origem, Madalena) é modelo do gnóstico, precisamente pela sua feminilidade. Ela é símbolo espiritual do seguimento de Cristo e da união perfeita com ele. Neste contexto fala-se de um beijo de Jesus a Maria (se é que o texto se pode entender realmente assim), que simbolizam essa união, já que mediante esse beijo, uma espécie de sacramento superior ao baptismo e à eucaristia, o gnóstico se gerava a si mesmo como gnóstico. O tom destes escritos não tem qualquer significado sexual. Por isso, nenhum estudioso sério entende estes textos como um testemunho histórico de uma relação sexual entre Jesus e Maria Madalena. É muito triste que esta acusação, que não tem nenhum fundamento histórico, já que nem sequer os cristãos da época se viram obrigados a polemizar para se defenderem dela, ressurja de vez em quando como uma grande novi­dade.
        • Juan Chapa

        Que diferenças há entre os evangelhos canónicos e os apócrifos?


        A primeira diferença comprovável, já que o facto dos evangelhos canónicos estarem inspirados por Deus não se pode provar, é de tipo externo aos próprios evangelhos: os canónicos pertencem ao cânone bíblico, enquanto os apócrifos não. Isto significa que os canónicos foram recebidos pelas igrejas do Oriente e do Ocidente, desde a geração imediatamente posterior aos apóstolos, como tradição autêntica dos apóstolos, enquanto os apócrifos, ainda que alguns tenham sido usados esporadicamente nalguma comunidade, não chegaram a impor-se nem a ser reconhecidos pela Igreja universal. Uma das razões importantes para essa selecção – comprovável a partir da ciência histórica – é o facto dos canónicos terem sido escritos na época apostólica, entendida em sentido amplo, quer dizer, enquanto viviam, ou os apóstolos, ou os seus próprios discípulos. Assim se depreende das citações que fazem os escritores cristãos da geração seguinte e de que até ao ano 140 se compusesse uma harmonização dos evangelhos tomando dados dos quatro que passaram a ser canónicos (Taciano). Dos apócrifos, pelo contrário, só se fazem referências em tempo posterior, até finais do séc. II. Por outro lado os papiros que se encontraram com textos que se assemelham aos dos evangelhos, alguns de meados do séc. II, são muito fragmentários, sinal de que as obras que representam não foram estimadas o suficiente, para serem transmitidas com cuidado pelas gerações seguintes.
        A respeito dos apócrifos que se conservaram ou que se descobriram em época recente deve dizer-se que as diferenças relativamente aos canónicos são notáveis, tanto na forma, como no conteúdo. Os que se conservaram ao longo da época patrística e medieval são relatos de carácter lendário e cheios de fantasia. Vêm satisfazer a piedade popular narrando detidamente o que diz respeito àqueles momentos que nos evangelhos canónicos não se contam ou se expõem de maneira sucinta. Em geral estão de acordo com a doutrina da Igreja e trazem relatos sobre o nascimento da Virgem, de São Joaquim e de Santa Ana (Natividade de Maria); de como uma parteira comprovou a virgindade de Maria (Proto-evangelho de Tiago); dos milagres que Jesus fazia quando era menino (evangelho do Pseudo Tomé), etc.
        Muito diferentes são os evangelhos apócrifos procedentes de Nag Hammadi (Egipto) que têm um carácter herético gnóstico. Estes têm a forma de dizeres secretos de Jesus (evangelho copto de Tomé); ou de revelações do Senhor ressuscitado explicando as origens do mundo material (apócrifo de João); ou a ascensão da alma (evangelho de Maria [Madalena]); ou são uma pesada manta de retalhos de pensamentos recolhidos de possíveis homilias ou catequeses (evangelho de Filipe). Ainda que alguns possam gozar de notável antiguidade, talvez do séc. II, a diferença relativamente aos evangelhos canónicos salta imediatamente à vista.
        Bibliografia: V. Balaguer (ed.), Comprender los evangelios, Eunsa, Pamplona 2005; A. de Santos, Los evangelios apócrifos, BAC, Madrid 1993 (8ª ed.).
          • Gonzalo Aranda