sexta-feira, julho 24, 2015

A Igreja é importante para a salvação?









Este artigo é a resposta que dei a questão levantada por um protestante para um irmão católico que estava em duvidas e creio que este artigo poderá ajudar a muitas pessoas que estejam em dúvidas sobre este tema, o email da pessoa que não quis se identificar está em marrom e minha resposta a seguir:

Um protestante fez a seguinte observação:

" É até possível se discutir com seriedade com os católicos se a chamada intercessão dos santos se concilia com a única Mediação de Cristo. Segundo os católicos, isso seria possível se restringirmos o significado semântico de mediador, na bíblia, quando aplicado a Jesus, somente ao sacrifício salvífico e à nossa salvação. Realmente, eles não crêem que seus santos possam lhes salvar.
Todavia, existe um dogma deles que é inconciliável com a Mediação Única, que é a Necessidade de pertencer à Igreja e de receber seus sacramentos, para poder se salvar. Veja, que se dizemos que a Igreja é necessária, há, na prática, dois mediadores da Redenção: um é o cristo e o outro é a Igreja, porque se cremos em Cristo, mas não cremos na Igreja, não conseguiremos apagar o pecado original, porque não receberemos seu Batismo, pois não pertencemos a Igreja católica. Isso claro, reproduzindo o ensino deles. Nós dizemos que a Igreja, a religião são úteis, mas não necessárias. Podemos ficar só com o Espírito Santo e só com Jesus. Afinal, há um só Mediador. Nenhuma instituição pode-se dizer necessária para a salvação, sem se interpor como um segundo Mediador, pois só haveria acesso ao cristo passando por sua hierarquia e seus sacramentos, o que a constituiria como uma passagem obrigatória no meio dos homens e do Pai, o que só cabe a Jesus.. Pense num gráfico para visualizar:

salvação para os católicos: H--------------Igreja/batismo na Igreja------------Cristo----------Pai ( 2 entes necessários entre o homem e o Pai)

salvação para os verdadeiros cristãos: H-----------------Cristo---------------Pai ( 1 ente necessário entre homem e o Pai) "


Por fim, pergunto eu: Como, ao mesmo tempo, sem haver contradição, Jesus pode ser o único Mediador e a adesão ao clero e a Igreja e a seus sacramentos serem obrigatórias para a Salvação e estarem entre Deus e os homens ???

Irmão, a paz de Jesus

Vejo que está se interagindo com debates protestantes e quando tratamos desse assunto devemos ter muito discernimento pois a maioria das questões se baseiam nas errôneas interpretações biblicas fora do contexto ou erros anacrônicos , ou seja, interpretações com uma visão atual sobre os temas biblicos milenares.

Sim, Jesus é o Unico Mediador de nossa Salvação (cf. II Tim 2,5), agora, em que consiste a Salvação? É a Salvação do Pecado original de Adão como nos diz Paulo:

Romanos 5,12 Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.

Romanos 5,15 Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.

Romanos 5,19 Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.

Ou seja, somos salvos sim do Pecado Original, do pecado de Adão a qual nos privava do acesso ao Pai e que com o batismo recebemos o perdão divino, o batismo para os protestante é apenas um gesto simbólico de conversão pois se baseiam no batismo de João Batista , para nós catolicos é a regeneração espiritual, o perdão do pecado original como diz Paulo:

Atos 19,3-5 "Entao em que batismo fostes batizados?perguntou Paulo. Disseram no Batismo de Joao. Paulo entao replicou"JOAO SO DAVA UM BATISMO DE PENITENCIA DIZENDO AO POVO QUE CRESSE NAQUELE QUE ESTAVA POR VIR DEPOIS DELE, ISSO É EM JESUS". Ouvindo isso foram batizados em nome do Senhor Jesus.

Hebreus 3,4-6 "Mais um dia apareceu a bondade de Deus nosso Salvador e o seu amor para com os homens. E nao por causa de obras da justiça qie tivessemos praticados, mais unicamente em virtude de sua misericordia, Ele nos salvou mediante ao BATISMO DA REGENERAÇÃO E RENOVAÇÃO, pelo Espirito Santo, que nos foi concedido em profusao por meio de Cristo, nosso Salvador"

Tito 3, 5b-6 " Ele nos salvou mediante o BATISMO DE REGENERAÇÃO E RENOVAÇÃO, pelo Espírito Santo, que nos foi concedido em profusão, por meio de Cristo, nosso Salvador."

Paulo afirma que o Batismo de Joao não é importante no plano de salvação como o batismo feito pelos apostólos concedido por Jesus após seu sacrificio na cruz e que é a da remissão do pecado original e nos concede poder participar do Reino de Deus.

Vamos reforçar o que dissemos para não haver duvidas entao:

A Igreja histórica sempre afirmou que o Batismo é eficaz na regeneração, isto é, "faz nascer de novo". A maioria dos Protestantes sustenta que o Batismo é apenas simbólico, uma ordem a ser seguida por obediência, mas não que tem uma eficácia na regeneração ou no perdão dos pecados. Quais são os argumentos históricos que fundamentam o efeito e a necessidade do Batismo? Ananias disse a São Paulo:

"E agora, por que tardas? Levanta-te. Recebe o Batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome" (At 22,16).

Ananias associou o Batismo (não a fé) como meio instrumental de limpar os pecados. São Paulo escreveu:

"E, não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o banho da regeneração e renovação, pelo Espírito Santo" (Tt 3,5).

Na carta de Paulo a Tito, o "banho" é o Batismo que resulta em renascimento, seguido pela renovação pelo Espírito Santo. São Pedro escreveu:

"...Essa água prefigurava o Batismo de agora, que vos salva também a vós, não pela purificação das impurezas do corpo, mas pela qual consiste em pedir a Deus uma consciência boa, pela ressurreição de Jesus Cristo" (1Pd 3,21).

Seja cuidadoso em interpretar isto. Pedro não disse que o Batismo é simbólico. Disse que a corrente do dia de Noé é símbolo do Batismo. Pedro disse: "o Batismo agora salva vocês também". "Pedir uma consciência boa" é um meio de incluir o arrependimento no Batismo. Por fim, o que diz Jesus?

"E disse-lhes: 'Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado'" (Mc 16,15-16).

Mas só que ainda não estamos salvos de poder dizer que estara com certeza no Paraiso Celestial uma vez que ainda seremos julgados pelos nossos atos e Palavras por que no Reino de Deus nao entra nada de impuro (cf. apo 21:27).

Hebreus 9,27 Como esta determinado que os homens morram uma vez só e logo em seguida vem o juizo.

Mateus 12,36 Eu vos digo:no dia do juizo os homens prestarao contas de toda palavra vã que tiverdes proferido.É por tuas palavras que sereis justificados ou condenados.

Mateus 07,22-23 Muitos dirao naquele dia: Senhor, Senhor nao pregamos em vosso nome e nao foi em vosso nome que expulsamos demonios e fizemos milagres? E no entanto eu lhes direi nunca vos conheci, retirai-vos de mim operarios maus

Portanto, digo a você, os Catolicos crêem sim na Salvação Unica por Jesus e que todos os batizados não mais temem a morte espiritual pelo pecado de Adao, mais buscamos, aspiramos o Reino do Pai, este não dizemos que já o recebemos porque não sabemos como o Pai julgara cada um e ninguem deve querer saber antes da hora se nao conhece como é o julgamento de Deus:

" Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos. " Isaias 55, 8-9

Romanos 11,34 Quem pode compreender os pensamentos do Senhor??? Quem jamais foi seu conselheiro???

"O Senhor é quem dirige os passos do homem: Como poderá o homem compreender seu caminho?" (Prov. 20,24).

E ate mesmo Paulo não sabia se tinha sua entrada no Reino garantido:

"Ao contrário, castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros" (1 coríntios 9,27)

Romanos 5,2 "Por Ele que tivemos acesso a graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos NA ESPERANÇA DE POSSUIR UM DIA A GLORIA DE DEUS"

" Com a esperança de conseguir a ressurreição dentre os mortos NÃO pretendo DIZER que já ALCANCEI ESTA META e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu ME EMPENHO em conquistá-la, uma vez que também eu fui conquistado por Jesus Cristo. Consciente de NÃO tê-la ainda conquistado, só procuro isto: prescindindo do passado e atirando-me ao que resta para frente. Persigo o alvo, rumo ao prêmio celeste, ao qual Deus nos chama, em Jesus Cristo" (Filipenses 3,11-14)

Agora eu te pergunto meu irmão, para que possamos fazer as vontades do Pai , devemos ouvir a Jesus, só que Ele nao deixou tudo por escrito, houve também a transmissao oral de seus ensinamentos pelos apóstolos porque como diz a Biblia muitas coisas nao foram escritas (cf. Jo 20: 30-31 e Jo 21:25) então onde ficou depositado estes ensinamentos senão dentro da Igreja de Jesus que é a Catolica , que tem 2000 anos e é a unica que tem sucessao apostolica?

Atos 5,38-39 "Se o seu projeto ou sua obra provem de homens, por si mesma se destruirá, mas se provier de Deus, nao podereis desfazê-la"

Jesus quis sua Igreja para a participacao do Plano da Salvacao porque Ela rege a fé e moral, veja o Concilio de Jerusalem em atos 15, alias eu tenho um artigo sobre isto em meu site nao deixe de ver chama-se Concilio de Jerusalem e a autoridade da Igreja.

Desde o inicio os Apostolos sofreram com pessoas que pregavam falsas doutrinas sobre o ensino cristão, como os judaizantes que misturavam judaismo com cristianismo ou os gnosticos que achavam que Jesus era homem e só se tornou Deus depois de sua morte, Paulo vai falar destes em Galatas 1,9 e Joao escreve seu Evangelho frisando Jesus Deus Encarnado principalmente para revelar a verdade aos gnósticos. Entao para seguir a vontade de Jesus é necessario viver na Igreja que nos indica Sua Vontade, Sua doutrina. Igreja que tenha Pedro aquele tem a chave e a autoridade de declarar como voz final sobre os diversos temas sobre a fé que surgem a cada dia..

Nessa certeza Jesus vai dizer sobre aqueles que se levantam contra a Igreja em Mateus:

Mateus 18,15-17 Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão.Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los,DIZE-O A IGREJA. E SE RECUSAR OUVIR TAMBEM A IGREJA, seja ele para ti como um pagão e um publicano.

Quem não a escuta a Igreja se torna um pagão, como a Igreja pode afirmar algo, ter esta autoridade que mostra Jesus dentro da mentalidade dos Protestantes, se para os mesmos a Igreja é somente a união de varias pessoas sem unidade doutrinaria, somente a fé em Cristo?

Dentro do protestantismo não tem como haver consenso entre as seitas que vivem uma doutrina diferente da outra, vivendo um ensinamento cristão diferente de acordo com suas interpretações. Pensamentos diferentes não pode ter uma Única Voz para definir as regras de fé e moral cristã.

Ate mesmo as grandes seitas protestantes se dividiram mantendo-se firme a algumas doutrinas da original e criando outras para si, resultando em muitas divisoes internas por exemplo: as varias igrejas batistas. Hoje em dia se contam mais de 20 ramos batistas, que em 1905 se uniram de maneira um tanto vaga na Liga Mundial Batista; são, entre outros, os batistas calvinistas, os batistas congregacionalistas, os batistas primitivos, os batistas do livre pensamento, os batistas dos seis princípios (porque aceitam como único fundamento da fé e da vida cristã os seis pontos mencionados em Hb 6,1s: arrependimento, fé, batismo, imposição das mãos, ressurreição dos mortos, juízo eterno), os batistas tunkers, os batistas campbellitas, os batizantes a si mesmos, os batistas abertos, os batistas fechados, os batistas do sétimo dia (observantes do sábado e não do domingo), etc.

A Igreja Católica é sem duvida a Igreja de Cristo, basta analisar as Escrituras para perceber que possui todas as caractisticas descritas e pedida por Cristo. Agradecemos a Jesus por deixar a chave ao seu representante, aquele que mantem a ordem na autoridade de pastor chefe ( Jo 21: 15-17), a unidade doutrinária e que mesmo nas grandes discussões , quando pedro fala todos escutam , silenciam porque quando o mesmo fala, não diz como homem, mais como a voz de Cristo a sua Igreja:

Atos 15,7-10-12 ao fim da grande discussao PEDRO levantou-se e lhes disse:.....Porque provocais a Deus impondo um julgo que nem nossos pais e nem nós pudemos suportar? .... toda a assembleia o ouviu em silencio.

" Esta Igreja é Sagrada, a Única Igreja, a verdadeira Igreja, a Igreja Católica, combatendo como sempre o faz, contra todas as heresias. Ela pode combater, mais nunca será vencida. Todas as heresias são eliminadas dela, como as inuteis podas de um galho. Ela permanece firme em sua raiz, em seus galhos , em seu amor. As portas do inferno NÃO a conquistarão"

Santo Agostinho , Sermão aos Catecumenos, sobre o Credo, 6,14, 395 d.C.

Ou então um exemplo melhor veja em Mateus:

Mateus 19, 09 Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio FALSO, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério.

Jesus nos diz nestes versículos sobre o matrimônio falso, quem pode dizer se um matrimonio é falso ou não senao a Igreja Catolica com sua autoridade dada Cristo? Os protestantes preferem legalizar o divórcio, quer um exemplo? Conhece a Benedita da Silva ex governadora do Rio de Janeiro?Ela saiu da seita onde "congregava" e passou a "congregar" em outra porque queria viver com um homem casado e a seita anterior não aceitava segundas núpcias. Não houve problema algum; ela passou a "congregar" em uma seita que aceitava, em uma seita onde as "verdades" pessoais da maior parte dos membros não condenavam segundas núpcias. A seita original ("Assembléia de Deus") não a condenou; para eles ela continua sendo uma "evangélica", mesmo "congregando" alhures.

Lutero mesmo admitiu tal possibilidade: "Confesso, que não posso proibir tenha alguém muitas esposas; não repugna às Escrituras; não quisera porém ser o primeiro a introduzir este exemplo entre cristãos" ( Luthers M.., Briefe, Sendschreiben (...) De Wette, Berlin, 1825-1828, II. 259 ).

Portanto é a Igreja que mantem a ordem na fé e moral cristã para que possamos fazer verdadeiramente os designios e vontade de Deus e assim alcançar a patria Celeste.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a Igreja é o instrumento para a Salvação:

§776 Como sacramento, a Igreja é instrumento de Cristo. "Nas mãos dele, ela é o instrumento da Redenção de todos os homens" o sacramento universal da salvação" pelo qual Cristo "manifesta e atualiza o amor de Deus pelos homens". Ela "é o projeto visível do amor de Deus pela humanidade" que quer que o "gênero humano inteiro constitua o único povo de Deus, se congregue no único Corpo de Cristo, seja construído no único templo do Espírito Santo".

§780 A Igreja é no mundo presente o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da comunhão de Deus e dos homens.

§816 "A única Igreja de Cristo (...) é aquela que nosso Salvador depois de sua Ressurreição, entregou a Pedro para que fosse seu pastor e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la... Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na ( "subsistit in") Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele":

O Decreto sobre o Ecumenismo, do Concílio Vaticano II, explicita: "Pois somente por meio da Igreja católica de Cristo, 'a qual é meio geral de salvação', pode ser atingida toda a plenitude dos meios de salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança somente ao Colégio Apostólico, do qual Pedro é o chefe, a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de que alguma forma, já pertencem ao Povo de Deus".

Espero ter lhe ajudado a mostrar que sem a Igreja para mostrar o caminho é dificil seguir a vontade de Jesus só pela Biblia, pois com 40.000 seitas evangelicas pregando uma doutrina diferente, somente na Igreja Católica encontramos a voz de Cristo, o ponto final nas questões levantadas pelos homens.

a paz de Jesus

Rogerio SacroSancttus

Fonte: Exsurge Domini
Autor :Rogerio SacroSancttus
© Escrito em 03-Julho-2003 - Revisão em 14/Nov/2007

© Livre para copia e difusão na integra e com menção do autor.
Rogério SacroSancttu

quinta-feira, julho 23, 2015

Por que não somos idólatras


O que diz o primeiro mandamento do Decálogo e por que as acusações de idolatria imputadas aos católicos não passam de ignorância e distorção das Escrituras



"Vocês são idólatras! Pois Deus proíbe que sejam feitas imagens. Está escrito...". E por aí vai. Raros são os católicos que nunca ouviram, ou leram, algo parecido vindo de protestantes; e, lamentavelmente, não são raros aqueles que se deixam incomodar por esse tipo de palavrório. O ódio às imagens, todavia, não é recente. Se olhamos para a História da Igreja, vemos que já nos séculos VII-VIII se ergueram os quebradores das imagens, os iconoclastas, que sucumbiram sob a verdadeira fé. Nos tempos modernos, levantando a mesma bandeira de guerra contra as imagens, os protestantes intentam apenas reviver das cinzas a iconoclastia, recorrendo, para tanto, às Escrituras, ainda que de modo superficial.

E o que dizem, quando querem acusar a Igreja Católica de idolatria? Antes de tudo, o refrão: "Está escrito...". E o que está escrito?
"Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que existe em cima dos céus ou debaixo da terra. Não te prostrarás diante dos ídolos, nem lhes prestarás culto, pois eu sou o Senhor teu Deus, um Deus ciumento" (Ex 20, 3-5a).

Pois bem, a Igreja Católica é fidelíssima ao primeiro mandamento, fidelíssima a esse trecho do livro do Êxodo que só pode ser entendido plenamente dentro de toda a Sagrada Escritura. Pois "também está escrito":
"Farás dois querubins de ouro polido nas duas extremidades do propiciatório: um de cada lado, de modo que os querubins estejam nos dois extremos do propiciatório" (Ex 25, 18-19. 37, 7).

"'Faze uma serpente venenosa e coloca-a sobre uma haste. Aquele que for mordido, mas olhar para ela ficará com vida'. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a sobre um poste" (Nm 21, 8-9).

"O altar do incenso devia conter certo peso de ouro refinado. O projeto também descrevia o carro dos querubins de ouro, que com as asas estendidas cobrem a arca da aliança do Senhor. Davi declarou: 'tudo isso me chegou num escrito da mão do Senhor'" (1 Cr 28, 18-19).

"No santíssimo, Salomão mandou instalar dois querubins de madeira de oliveira de dez côvados de altura [...]. Salomão revestiu os querubins de ouro. Mandou também esculpir, nas paredes em redor do templo, figuras variadas: querubins, palmas, cálices de flores [...]" (1 Rs 6, 23-38).

"Dentro e fora do Templo, em volta de todas as paredes internas e externas, tudo estava coberto de figuras, querubins e palmeiras" (Ez 21, 17-18).

"Estavam aí o altar de ouro para o incenso e a arca da aliança, toda recoberta de ouro, na qual se encontrava uma urna de ouro que continha o maná, o bastão de Aarão que tinha florescido, e as tábuas da aliança. Sobre a arca estavam os querubins da Glória, que com sua sombra cobriam a bandeja para o sangue da expiação" (Hb 9, 4-5).

E agora? Primeiro, Deus ordena não fazer imagens e, depois, ordena fazê-las. O que acontece? O problema é que Deus se contradiz ou que nós não O entendemos? Não podemos furtar-nos dessa questão.

Indubitavelmente, Deus não se contradiz – senão seria apenas mais um 'deusinho', "feito por mãos humanas" (Sl 113, 4), e não o verdadeiro Deus. O problema tem seu início quando a Bíblia é lida por meio de versículos isolados, sem a necessária unidade de toda a Escritura [1], e quando sua interpretação é submetida inteiramente ao leitor, posto como 'autoridade máxima' do exame bíblico. Tal problema é tão infesto que a própria Sagrada Escritura o denuncia. O episódio da tentação de Jesus no deserto, por exemplo, torna claro como é possível adulterar a palavra de Deus, dando-lhe uma interpretação completamente equivocada: o demônio abriu a Escritura e citou-a para tentar Jesus (cf. Mt 4, 6; Lc 4, 9-10). "Está escrito...", disse [2].

De fato, o uso da Sagrada Escritura para justificar as próprias ideias e interesses, mutilando-a e adulterando-a, gera sérias consequências e tem sido cada vez mais frequente. Lembremo-nos de Lutero – outrora monge católico – e seus seguidores. Esses mutilaram o cânon bíblico, retirando diversos livros de 'suas bíblias', e disseram o sola scriptura. Ora, foi da Escritura que retiraram tal lema e a lista dos livros que lá não deveriam permanecer? Desde a tentação de Jesus no deserto, passando por todas as heresias da História da Igreja até aos nossos dias, más intenções, mutilações e ignorância bíblicas têm nos acompanhado, fazendo a palavra de Deus 'padecer' uma verdadeira paixão em seu 'corpo' dilacerado pelas más interpretações.



Quanto à perícope do livro do Êxodo (20, 3-5a) e outras sobre as imagens, a proibição refere-se aos ídolos e, portanto, às imagens dos ídolos. Um ídolo é uma figura representativa de um deus falso, comum entre os povos pagãos. Diz o salmista: "Os ídolos das nações são prata e ouro, feitos por mãos humanas; têm boca e não falam, têm olhos e não veem, têm ouvidos e não ouvem, têm nariz e não cheiram. Têm mãos e não palpam, têm pés e não andam; da garganta não emitem sons" (Sl113, 4-8).

Quando Deus diz: "Não farás para ti imagem esculpida", a palavra utilizada para "imagem" étemunah (תְּמוּנָה), empregada justamente para falar dos ídolos, dos deuses pagãos, tanto que, na famosa versão dos Setenta – tradução do hebraico para a língua grega, feita nos séc. III-II a.C. –, a palavra é traduzida por eidolon (εἴδωλον), ídolo, com acepção muito diversa da palavra eikon (εἰκών), ícone.

Ou seja, "o primeiro mandamento condena o politeísmo. Exige do homem que não acredite em outros deuses além de Deus, que não venere outras divindades além da única" [3]. Ensina, ademais, o Catecismo: "A idolatria não diz respeito apenas aos falsos cultos do paganismo. Continua a ser uma tentação constante para a fé. Ela consiste em divinizar o que não é Deus. Há idolatria desde o momento em que o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus" [4]. A idolatria, por isso, pode ser de diversas formas. São Tomás de Aquino, ao comentar o primeiro mandamento, admoesta:
"'Não terás outros deuses diante de mim'. Para compreendê-lo é preciso dizer que os antigos de muitos modos transgrediam este Mandamento. Alguns, com efeito, prestavam culto aos demônios: 'Todos os deuses dos povos são demônios' (Sl 95,5). Este é o maior de todos os pecados, é horrível. Ainda hoje muitos transgridem esse Mandamento ao dar ouvidos aos adivinhos e sortilégios. Santo Agostinho ensinava que tais coisas não se fazem sem que se contraia algum pacto com o demônio: 'Não quero que vós tenhais sociedade com os demônios' (1Cor 10, 20) [...]. Outros cultuavam os corpos celestes, julgando serem deuses os astros [...]. Outros cultuavam os elementos inferiores: 'Tomaram o fogo, ou o vento (...) por deuses' (Sab 13, 2). Os homens que usam mal as coisas inferiores, amando-as excessivamente, caem no mesmo erro. Diz o Apóstolo: 'O avaro, o qual é um idólatra' (Ef 5, 5). Outros erravam cultuando homens, aves ou outros animais, ou a si mesmos [...]" [5].

Se queremos, portanto, entender o sentido real do primeiro mandamento, escutemos o Senhor – Aquele que é maior do que Moisés (Hb 3, 3) –, quando testado por um doutor da Lei: "O primeiro mandamento é este: 'Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força'" (Mc12, 29-30; Mt 22, 37-38). Como se vê, com o dever de amarmos a Deus acima de tudo e com totalidade, sendo Deus um só, proíbem-se os ídolos, e as imagens enquanto ídolos. Não se trata, desse modo, de proibição sobre qualquer espécie de escultura, de pintura, de desenho etc., caso contrário a arte como um todo estaria proibida, além de fotografias e objetos de decoração.

Por conseguinte, para a Igreja Católica, as imagens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Sua Santíssima Mãe, dos Santos Anjos e dos Santos, não são ídolos e "o culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. Com efeito, 'a honra prestada a uma imagem remonta ao modelo original' e 'quem venera uma imagem venera nela a pessoa representada'. A honra prestada às santas imagens é uma 'veneração respeitosa', e não uma adoração, que só a Deus se deve" [6]. Uma carta escrita entre os anos de 726 e 730 d.C. ao ímpio Leão III, imperador iconoclasta, é resposta acertadíssima também aos iconoclastas modernos:
"E dizes que nós adoramos pedras, paredes e painéis de madeira. Não é assim como dizes, ó Imperador, mas para nossa memória e nosso estímulo, e para que nossa mente lerda e fraca seja dirigida para o alto por meio daqueles aos quais se referem esses nomes, invocações e imagens; e não como se fossem deuses, como tu dizes – longe de nós! De fato, não pomos nossa esperança nesses 'objetos'. E se é uma imagem do Senhor, dizemos: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, socorre-nos e salva-nos. Se é da sua santa Mãe, dizemos: Santa mãe de Deus, mãe do Senhor, intercede junto ao teu Filho, nosso verdadeiro Deus, para a salvação das nossas almas! Se é do mártir, dizemos: Ó santo Estêvão, protomártir, tu que derramaste o sangue pelo Cristo, com tua liberdade de falar, intercede por nós! E para qualquer mártir que venceu o martírio, assim dizemos, elevamos semelhantes orações por meio deles. E não é verdade que chamamos os mártires de deuses, como dizes, ó Imperador" [7].

Infelizmente, muitos continuarão com uma impiedade desenfreada e tagarelando incompreensões. Deveras, muito mais seria necessário dizer sobre os abusos na interpretação da Sagrada Escritura e as acusações injustificadas feitas à Igreja Católica, provenientes em primeiro lugar da ignorância e, quem sabe, da má intenção; porém, é certo que quem não quer ouvir, não ouve. Que o Senhor tenha piedade de todos nós.


Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Referências

Cf. BENTO XVI. Verbum Domini, n. 39: "única é a Palavra de Deus que interpela a nossa vida, chamando-a constantemente à conversão. Continuam a ser para nós uma guia segura as expressões de Hugo de São Víctor: 'Toda a Escritura divina constitui um único livro e este único livro é Cristo, fala de Cristo e encontra em Cristo a sua realização'"; Catecismo da Igreja Católica, n. 112: "Com efeito, por muito diferentes que sejam os livros que a compõem, a Escritura é una, em razão da unidade do desígnio de Deus, de que Jesus Cristo é o centro e o coração, aberto desde a sua Páscoa".
A respeito desse fato, comenta Bento XVI: "O demônio mostra-se um conhecedor da Escritura, que sabe citar o salmo com rigor; todo o diálogo da segunda tentação aparece formalmente como uma discussão entre especialistas da Escritura: o demônio aparece como teólogo [...]. O debate teológico entre Jesus e o demônio é uma disputa de todos os tempos acerca da correta explicação da Escritura [...]" (Jesus de Nazaré. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2009, p. 46-47).
Catecismo da Igreja Católica, n. 2112.
Catecismo da Igreja Católica, n. 2113.
De decem praeceptis, a. 3; S. TOMÁS DE AQUINO. Os dez mandamentos. Niterói: Editora Permanência, 2014, p. 35-36.
Catecismo da Igreja Católica, n. 2132.
Denzinger-Hünermann, 581.

quinta-feira, julho 02, 2015

“A Modéstia é a Mãe do Amor Verdadeiro” (São João Crisóstomo)



Pe. Divino Antônio Lopes F. P.

“São Paulo quer que as mulheres cristãs (o que há de entender-se também dos homens) se vistam segundo as regras da decência, deixando de todo excesso e imodéstia em seus ornatos”. (São Francisco de Sales, Filotéia, Parte III, Cap. 25); isto é, deixando de lado toda moda escandalosa.

São Dionísio Areopagita escreve: “Salvar as almas, é entre as obras divinas, a mais divina. Portanto, induzir as almas ao pecado pelo escândalo é, entre as obras diabólicas, a mais diabólica.”

Que é o escândalo?

Escândalo é uma palavra, ação ou omissão que leva o próximo a ofender a Deus, e expõe assim a dar a morte à sua alma. A mulher que usa roupa imoral (minissaia, tomara-que-cai, transparentes, short, alcinhas, calça centropê, e outras modas pagãs), é escandalosa; ela trabalha com o demônio, para perder as almas que Jesus Cristo veio remir com o seu Preciosíssimo Sangue. Esse tipo de mulher peca duas vezes: uma na ação que pratica, outra na ação que faz praticar o seu semelhante. Faz-se culpada de dois crimes, e por isso digna de dois castigos: “Certamente, uma mulher que veste roupa imoral pode condenar-se. E pode condenar-se, quer pelo pecado que comete ela mesma, quer por que causa a condenação de outras pessoas” (São João Eudes). Ora, se já é criminoso tirar ao próximo a vida do corpo, quanto mais grave não é o crime de perder-lhe a alma: “Se o sangue de Abel bradou ao céu por vingança, qual não será o brado do Sangue de Jesus Cristo contra aqueles que dão escândalo… quem dá escândalo, completa a obra do demônio, seduzindo as almas e levando-as à eterna perdição; é pior que o demônio, que afinal nada mais pode fazer senão rodear-nos qual leão que ruge, porém, do modo invisível e em certa distância, sempre em atitude de fugir quando nota resistência de nossa parte. Inteiramente outra é a influência de quem dá escândalo. Este, com semblante de amigo se acerca de nós; à nossa resistência ele opõe suas blandícias, e não desiste dos seus maus intentos enquanto não os tiver realizado” (Pe. João Batista Lehmann, Euntes Praedicate! Vol. III).

Para essas mulheres escandalosas, secretárias e satélites do demônio, estão reservadas estas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Quem escandalizar a um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor é que se lhe pendure ao pescoço uma mó de atafona, e seja lançado no fundo do mar” (Mt 18,6). Melhor lhes seria, fossem lançadas ao fundo do mar muitas mulheres escandalosas, que pelo exemplo péssimo que dão com suas roupas depravadas, ocasionam a queda e a perdição de seu próximo. Ao fundo do mar deviam ser submersas as artistas que lançam roupas depravadas; as costureiras que confeccionam roupas imorais; os estilistas que desenham modelos indecentes e todas as mulheres que fazem uso destas vestes mundanas e satânicas.

A MULHER QUE USA OU INCENTIVA A ROUPA IMORAL É ASSASSINA

O mau exemplo da moda imoral, já arrastou e continua arrastando milhares de pessoas de todas as idades para o abismo do mal, principalmente os homens curiosos.

A roupa imoral é uma TARRAFA ou REDE, que as PESCADORAS DE SATANÁS usam para pescar as almas dos homens curiosos que não mortificam os olhos. A esses curiosos diz-lhes Jesus: “E, se o teu olho te escandaliza, arranca-o e atira-o para longe de ti. Melhor é que entres com um olho só para a vida do que, tendo dois olhos, seres atirado na geena de fogo” (Mt 18, 9), e no livro de Jó diz: “Eu fiz um pacto com meus olhos: para não olhar para uma virgem” (31, 1).

A ASSASSINA, de todas a mais ASSASSINA, é aquela mãe que compra ou manda fazer roupas escandalosas para as suas filhas. Essa mãe profana a inocência da criança.

Em Levítico 18,21 diz: “Não entregarás os teus filhos para consagrá-los a Moloc, para não profanares o nome de teu Deus”. Estes sacrifícios de crianças que se “fazia passarem” pelo fogo, isto é, que eram queimadas, são um rito cananeu condenado pela Lei (Lv 20, 2-5; Dt 12, 31; 18, 10).
As mães idólatras jogavam as suas criancinhas dentro do deus Moloc (tinha fogo na barriga): “… por seus deuses chegaram até a queimar os próprios filhos e filhas!” (Dt 12,31; Sl 105, 36-38).

A mãe que compra, manda fazer e incentiva ou obriga a sua filha a usar roupas imorais, mata a inocência da filha, entregando-a não ao deus Moloc, e sim, ao demônio. Essas mães idólatras, que idolatram essas modas do demônio agem totalmente contra os ensinamentos da Igreja Católica Apostólica Romana: “Os pais devem então ensinar a seus filhos o valor da modéstia cristã, da sobriedade no vestir, da necessária autonomia em relação às modas, característica de um homem ou de uma mulher com personalidade madura” (Sexualidade Humana: Verdade e Significado, nº 97).

COMO SE DEVE VESTIR UMA AUTÊNTICA CATÓLICA


O nosso corpo é templo de Deus, por isso, é preciso vesti-lo com pudor (Cf. 1 Cor 6,19-20).

É triste ver meninas e moças seminuas em todos os ambientes. Esta maneira pagã de vestir mostra abertamente que os pais estão falhando na educação de seus filhos, sendo que esta omissão os fará chorar amargamente no futuro.

A Santa Igreja Católica Apostólica Romana, orienta os pais sobre a maneira corretíssima e pura de formar os seus filhos na moral católica: “A prática do pudor e da modéstia, no falar, no agir e no vestir, é muito importante para criar um clima apropriado à conservação da castidade, mas isto deve ser bem motivado pelo respeito do próprio corpo e da dignidade dos outros… os pais devem vigiar a fim de que certas modas e certas atitudes imorais não violem a integridade da casa” (Sexualidade Humana: Verdade e Significado, nº 56), e: “A moda não deve nunca fornecer uma ocasião próxima de pecado” (Pio XII, Alocução “Di gran cuore”, nº 30).

É ainda mais triste e escandaloso ver senhoras casadas, que são chamadas para serem exemplo e luz para as meninas e moças, andarem como verdadeiras “adolescentes levianas ou mocinhas pagãs”: “Visto que durante a puberdade um rapaz ou uma jovem são particularmente vulneráveis as influências emotivas, os pais têm o dever, através do diálogo e do seu estilo de vida, de ajudar os filhos a resistir aos influxos negativos que chegam do exterior e poderiam levá-los a subestimar a formação cristã sobre o amor e a castidade” (Sexualidade Humana: Verdade e Significado, nº 97).

Uma mulher casada pode se enfeitar quando for desejo do marido, é importante lembrar, que esse enfeite não consiste em usar roupas imorais, se lambuzar de batom, banhar no perfume ou usar adornos extravagantes, como se fosse uma árvore de natal ou burro de cigano: “O luxo e exagero do teu vestido, acusam a fealdade do teu interior” (São Bernardo de Claraval), e: “Se te enfeitares com vaidade e exagero, para atrair os olhares dos outros, não digas que és interiormente casta e pudica” (São Cipriano), e também: “Uma mulher pode e deve se enfeitar melhor quando está com seu marido, sabendo que ele o deseja; mas, se o fizesse em sua ausência, haveria de perguntar-se a quem quererá agradar com isso” (São Francisco de Sales, Filotéia, Parte III, Cap. XXV).

NÃO PROFANES A SANTÍSSIMA EUCARISTIA

Espantoso é o que se narra na Sagrada Escritura (Lv 10,1ss). Nadad e Abiú, filhos de Aarão, tomando os turíbulos, puseram neles fogo profano e incenso, e com isso, contra a proibição de Deus, entraram para exalar perfumes no tabernáculo santo. Em um segundo, um fogo que se desprendeu do altar investiu contra eles e abrasou-os. Os seus cadáveres, assim como estavam, foram atirados fora; foi proibido descobrir a cabeça em sinal de luto, rasgar as vestes em sinal de pranto por eles.

Tremendo castigo! Mas pensai quão mais tremendo será o castigo das mulheres (meninas, adolescentes, moças, senhoras e idosas), que ousam aproximar-se da Sagrada Comunhão com as suas roupas imorais (minissaia, tomara-que-cai, transparentes, short, alcinhas, calça centropê, e outras modas pagãs). Os dois filhos de Aarão haviam profanado o lugar santo que Deus, com sinais especiais, abençoara; mas as mulheres que com fogo profano, ou seja, com as ROUPAS IMORAIS e com a irreverência no coração, recebem a Santíssima Eucaristia, essas profanam o Corpo e o Sangue do próprio Deus.

Para se aproximar da sarça ardente onde estava Deus, foi imposto a Moisés que tirasse o calçado; mas aos Apóstolos, antes de receberem a Comunhão, foi imposto não somente tirarem o calçado, mas deixarem lavar os pés pelo próprio Jesus, para significar a limpeza que Deus quer de nós quando nos aproximamos do banquete dos Anjos.

A Santa Igreja Católica Apostólica Romana, mãe zelosa e preocupada com os seus filhos, orienta-os sobre a recepção da Santíssima Eucaristia dizendo: “A atitude corporal (gestos, roupa) há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede” (Catecismo da Igreja Católica, 1387).

Aos bispos e sacerdotes que sentem medo de corrigir essa profanação da Casa de Deus, São Gregório Magno diz: “Pois da mesma forma que uma palavra inconsiderada arrasta ao erro, o silêncio inoportuno deixa no erro aqueles a quem poderia instruir. Muitas vezes pastores imprudentes, temendo perder as boas graças dos homens, têm medo de falar abertamente; e segundo a palavra da Verdade, absolutamente não guardam o rebanho com solicitude de pastor, mas por se esconderem no silêncio, agem como mercenários que fogem do lobo… A palavra divina censura aqueles que vêem falsidades porque, por medo de corrigir as faltas, lisonjeiam os culpados com vãs promessas de segurança; não revelam de modo nenhum a iniqüidade dos pecadores porque calam a palavra de censura. Por conseguinte a chave que abre é a palavra da correção porque ao repreender, revela a falta a quem a cometeu, pois muitas vezes dela não tem consciência” (Da Regra Pastoral, Lib. 2,4: PL 77. 30-31).

A Santíssima Virgem disse em Fátima: “Virão modas que ofenderão muito ao Senhor”. Com certeza elas já chegaram, e os pregadores continuam mudos e pecando por omissão: “Todas as sentinelas são cegas, nada percebem; todas elas são uns cães mudos, incapazes de latir; vivem a resfolegar deitados, gostam de dormir” (Is 56, 10).

A Santíssima Virgem fala de modas que OFENDERÃO a Deus. Essa teoria: “Deus olha somente o coração”, é totalmente falsa e difundida por aqueles que não querem mudar de vida.

Fonte: Perfeita Devoção | DIREÇÃO ESPIRITUAL

sábado, junho 20, 2015

Os irmãos biológicos de Jesus ou interpretação errada?








DESMENTINDO O ARGUMENTO PROTESTANTE DE QUE MARIA TEVE VÁRIOS FILHOS

Por: Gilson Azevedo

Os protestantes pegaram um versículo como de costume, para mentir, deturpar e dizer que Maria teve mais de um filho, para dizer que Maria não foi virgem, para caluniar a Mãe de Nosso Senhor. 


Neste estudo, vamos ver o sentido real e teológico da passagem de Mc 6, 3.  Pra isso, vejamos primeiro a passagem: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, IRMÃO de TIAGO, de JOSÉ, de JUDAS e de SIMÃO? Não vivem aqui entre nós também suas IRMÃS?” (Mc 6, 3).

Neste versículo aparecem algumas perguntas, vejamos qual: Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?' Este versículo é usado pelos protestantes para dizer que Maria teve vários filhos. Mais se buscarmos a interpretação de texto = compreensão, veremos que é tamanha cefalia dizer isso com apenas este versículo.


Quando surge a pegunta: Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Nós vemos algo no singular e não no plural. Pois se estivesse no plural seria:


Este homem não é o carpinteiro, (um dos ) filhos de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão?


Devemos com base nisso nos perguntar. Porque a pergunta não se refere a um dos filhos de Maria no plural indicando mais de um filho, e sim o filho de Maria no singular indicando uma pessoa?


Tem algo de errado ai. Mas você diria que em seguida é mencionado os nomes de Tiago, de Joset, de  Judas e de Simão. Para entendermos isso, deve-se buscar a Santa Tradição. 


Vejamos quem eram os doze apóstolos: No Evangelho de Mateus, vê-se: "estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e depois André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus." (cf. 10, 2-4)


Percebemos aqui que "Tiago, irmão do Senhor", não é filho de José. Para entender isso vejamos o seguinte: "grande número de mulheres estava ali, observando de longe. Elas haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, prestando-lhe serviços. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José e a mãe dos filhos de Zebedeu." (Mt 27, 55-56) 

Ja percebemos nesta passagem que tem uma Maria que é mãe de Tiago e que ela é mãe dos filhos de Zebedeu. Antes que alguém alegue que a Maria era a mãe de jesus e se separou de José para morar com Zebedeu, devemos saber que "junto à cruz de Jesus, estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena." (19, 25) O texto original não diz: Mulher de Cleofas, mas diz simplesmente: “a irmã de sua Mãe, Maria, a do Cleofas” (texto grego de Jo 19,25); podia chamar-se Maria, a do Cleofas, por causa do pai ou por outro motivo.


Na parte sublinhada, percebemos que ela era irmã de Maria mãe de jesus e não a Santíssima e Virgem Maria nossa Mãe.

No evangelho de Mateus vemos também: Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo”. Ele respondeu àquele que lhe falou: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Mt 12,46-50 


Como vemos, os que fazem a vontade de Deus são irmão de Jesus, porém Ele não se refere a nós no sentido biológico, somos apenas irmãos espirituais assim como Maria é a Nossa Mãe espiritual.

Voltando paro o termo irmãos de Jesus, sabemos que o Tiago descrito na passagem, diz na sua Carta, e deixa claro que NÃO é irmão de Jesus, mas servo: “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo…” (Tg 1,1).

 PARTINDO DO PONTO TRADIÇÃO VEMOS:
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É importante dizer que nas Sagradas Letras, as palavras "irmão", "irmã", "irmãos" e "irmãs" podem denotar qualquer grau de parentesco. Isto porque, as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzem o nosso "primo" ou "prima", e serve-se da palavra "irmão" ou "irmã". A palavra hebraica "ha", e a aramaica "aha", são empregadas para designar irmãos e irmã do mesmo pai, e não da mesma mãe (Gn 37, 16; 42,15; 43,5; 12,8-14; 39-15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23,21), primos segundos (Lv 10,4) e até parentes em geral (Jó 19,13-14; 42,11). Existem muitos exemplos na Sagrada Escritura. [1]
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Devemos sabe que A palavra "Irmãos"... aparece mais de 530 vezes na bíblia. IRMÃO: aparece mais de 350 vezes. IRMÃ: aparece mais de 100.
IRMÃS: aparece 15 vezes.

Já sabemos que naquela epoca não se usava o termo primo, a palavra Irmão tanto no Hebraico como no Grego Kôine, pode ser empregado para irmão biológico, primo, tio, sobrinho, conterrâneos, compatriotas e discípulos. Santo Agostinho com toda sua sabedoria no descreve: 

“O hábito de nossa Escritura Santa, com efeito, é de não restringir esse nome de ‘irmãos’ unicamente aos filhos nascidos do homem e da mesma mulher; Nem àqueles que nascem de uma só e mesma mulher, ou só do mesmo pai, ainda que nascidos de mães diferentes. Nem mesmo restringir o nome de irmãos a primos de primeiro grau, como são os filhos de dois irmãos ou de duas irmãs. Não são esses unicamente, os que a Escritura costuma chamar de irmão.Santo Agostinho de Hipona, doutor da Igreja que viveu no século IV

Voltando para o começo do texto, quando o autor da pergunta põe sua interrogação ele não esta dizendo que eles eram irmãos biológico de Jesus como já vemos anteriormente, mais para compreender melhor melhor vamos usar a passagem de João 20,17-18.


Jesus Cristo, em João 20,17, diz a Maria Madalena: "Não Me retenhas, porque ainda não subi ao Meu Pai, mas vai aos Meus IRMÃOS e dize-lhes: Subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus." Jo 20, 17 - Agora no próximo versículo, a quem ela se dirigiu? João 20,18: Maria Madalena correu para anunciar aos DISCÍPULOS que ela tinha visto o Senhor e contou-lhe o que Ele tinha falado. FICA CLARO QUE  JESUS AO SE REFERIR NO TERMO "IRMÃOS", ELE QUERIA DIZER SEUS DISCÍPULOS, E NÃO IRMÃOS DE SANGUE. 
Do mesmo modo, Jesus usou amplamente estes mesmos termos, quando, já ressuscitado, chamou os seus discípulos de meus irmãos (Mt 28,10: Vai dizer a meus irmãos que eles devem ir a Galiléia, onde me verão).
Outro ponto a ser visto, é se buscarmos o AT e comparar com NT...

VEJAM ALGUNS VERSÍCULOS SOBRE FILHOS NO NT:


E depois do nascimento de Enos, viveu ainda oitocentos e sete anos e gerou filhos e filhas.” (Gn, 5) Enos teve mais de um filho isso é bem claro na passagem.


Joás tinha sete anos quando começou a reinar. Seu reinado, em Jerusalém, durou quarenta anos. Sua mãe chamavase Sébia; era ela de Bersabéia. 2. Joás fez o bem aos olhos do Senhor durante toda a vida do sacerdote Jojada, 3. o qual lhe deu por esposas duas mulheres, das quais teve filhos e filhas.” (II Crônicas capítulo 24) Joás teve mais de um filho isso é bem claro na passagem.


Agora fica a pergunta: por que nos versículos que falam de Maria não diz que ela teve além Jesus outros filhos e viveu tantos anos??? 


Sabemos que aos 12 Anos, não há Indícios de Irmãos na Festa da Páscoa. Quando Jesus foi a festa da Páscoa em Jerusalém, com a idade de 12 anos (Lc 2,41-51), não se menciona a existência de outros filhos, embora toda a família tivesse peregrinado junto durante uns 15 dias. Ora, Maria e José não poderiam ter deixado em casa, por tanto tempo, filhos tão pequenos.


Vejamos alguns testemunhos da Sagrada Tradição

A Sagrada Tradição da Igreja sempre ensinou a Virgindade perpétua da mãe de Nosso Senhor. Eis alguns testemunhos dos primórdios do cristianismo:
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Santo Inácio de Antioquia ( Século I ): "E permaneceram ocultos ao príncipe desse mundo a virgindade de Maria e seu parto, bem como a morte do Senhor: três mistérios de clamor, realizados no silêncio de Deus" (Carta aos Efésios, PG. V, 644 ss.)

Santo Irineu (130 a 203 dC): "Era justo e necessário que Adão fosse restaurado em Cristo, e que Eva fosse restaurada em Maria, a fim de que uma virgem feita advogada de uma virgem, apagasse e abolisse por sua obediência virginal a desobediência de uma virgem". (Contra as Heresias)

Santo Atanásio (295 a 386 dC): "Jesus tomou carne da SEMPRE virgem Maria".
Dídimo (386 dC): "Nada fez Maria, que é honrada e louvada acima de todas as outras: não se relacionou com ninguém, nem jamais foi Mãe de qualquer outro filho; mas, mesmo após o nascimento do seu filho [único], ela permaneceu sempre e para sempre uma virgem imaculada". ("A Trindade 3,4")
São Jerônimo (340-420 dC): "Cristo virgem e Maria virgem consagraram os princípios da virgindade em ambos os sexos".
Santo Agostinho (354 a 430 dC): "Então, o Senhor tem irmãos? Será que Maria teve ainda outros filhos? Não! De modo algum! (...) Qual é, pois, a razão de ser da expressão "irmãos do Senhor"? Irmãos do Senhor eram os parentes de Maria".   (Comentário do Evangelho de São João, X, 2)
Santo Agostinho: "Concebeu-O [a Cristo Jesus] sem concupiscência, uma Virgem; como Virgem deu-lhe à luz, Virgem permaneceu". (Sermão sobre a Ressurreição de Cristo, segundo São Marcos, PL XXXVIII, 1104-1107)
OUTRO 

[2] 
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O protestantismo também se usa do termo PRIMOGÊNITO  para afirmar que Maria teve mais de um filho.  Lc 2,7: "Maria deu à luz o seu filho primogênito". Mais o que vem a ser um primogênito? 


Literalmente, "primogênito" é o primeiro filho, independente de haver ou não um segundo filho. Em hebrico "bekor" (primogênito) podia designar simplesmente "o bem-amado", pois o primogênito é certamente aquele dos filhos no qual durante certo tempo se concentra todo o amor dos pais. Além disto, os hebreus julgavam o primogênito como alvo de especial amor de Deus, pois devia ser consagrado ao Senhor (Lc 2,22; Ex 13,2; 34,19).

Numa inscrição sepulcral judaica datada de 5 AC e descoberta em Tell-el-Yedouhieh (Egito), em 1922, lê-se que uma jovem chamada Arsinoé MORREU "nas dores do parto do seu filho primogênito". Ora, se ela morreu, então não teve outros filhos além do filho dito "primogênito". 

`Podemos também analisar o termo da seguinte forma:  Se o primogênito fosse restrito àqueles que possuem irmãos, ninguém estaria sujeito a lei da primogenitura, enquanto não nascesse seu irmão. Mas visto que, o primeiro filho (que ainda não tem irmãos mais novos), poucos dias depois de nascer já é sujeito à lei da primogênitura, deduzimos que é chamado primogênito aquele que abre o útero da mãe e que não foi precedido por ninguém, e não aquele cujo nascimento foi seguido por outro de irmão mais novo.

OUTRO PONTO A SER VISTO

É comum nas pregações protestante ouvirmos a expressão IRMÃOS o tempo todo, nem da pra contar ou fazer o calculo do quanto eles repetem isso.

Agora por que usar essa palavra (irmão) se para eles significa irmãos biológico?


Como podemos ver, isso ninguém que seja protestante sabe responder, pois o protestantismo é um poço de mentiras e contradições. 


Conclusão

Fica claro, que Jesus não teve um irmão ou dois, Ele teve muitos e tem, e esses irmãos somos nós filhos de Deus. Como Ele mesmo deixa claro: "Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Mt 12,46-50 


É portanto calunioso afirmar que Maria não foi virgem, é calunioso afirmar que Maria manteve relações com José, alguns diriam que manteve pelo simples fato de ser homem e ser algo que suscita na carne o desejo, mais porem vejamos os religiosos e, busquemos no AT pessoas que se "castraram" ao serviço de Deus, e portanto relembro as palavras de São João Paulo II em sua catequese:" De resto, o Espírito Santo, que tinha inspirado Maria à escolha da virgindade em vista do mistério da Encarnação, e queria que esta acontecesse num contexto familiar idôneo ao crescimento do Menino, pôde suscitar também em José o ideal da virgindade." (João Paulo II - Catequese - 17 a 24/08/1996)  


Santo agostinho nos fala: Assim, consagrou sua virgindade a Deus, enquanto ainda ignorava de quem havia sido chamada a ser mãe. Desse modo, ela ensinava, às outras, a possibilidade de imitação da vida do céu, em um corpo terrestre e mortal, em virtude de um voto e não de um preceito, e realizando-o por opção toda de amor, não por necessidade de obedecer. Cristo, assim, nascendo de uma virgem que, antes mesmo de saber de quem seria mãe, já tinha resolvido permanecer virgem, esse Cristo preferiu aprovar a santa virgindade a impô-la. Dessa maneira, mesmo na mulher da qual haveria de receber a forma de servo, ele quis que a virgindade fosse o efeito da vontade livre." (A Santa Virgindade - Santo Agostinho)


É importante perceber que Jesus Cristo ao estar na Cruz, entrega sua Mãe aos cuidados de João. “26. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho.  Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.” (Jo 19, 26-27Vejamos bem, se Jesus teve outros irmão como afirmam os protestante, porque ele não deixou Maria nos cuidados destes irmãos?  


Um protestante lendo este texto diria: Os irmãos de Jesus Cristo eram incrédulos, por isso ele deixou-a sobre os cuidados de João.

Se Jesus não teve irmãos que eram este incrédulos. Sabemos que um deles era o Apostolo Tiago, e mesmo que ele fosse um irmão biológico de Jesus, Ele teria que deixa-la aos cuidados desses seus irmãos biológico, pois a não crença desses supostos irmãos em Jesus Cristo não quer dizer que eles não seguiam a Lei Mosaica, vivemos em mundo onde muitos acreditam em Deus, mais não acreditam que Jesus Cristo existiu,  exemplo do islamismo que não acreditam em Jesus Cristo como o filho de Deus, mais como um profeta qualquer, e veneram à Maomé como se ele fosse algum tipo de messias ou até mesmo um deus. 


Temos também o exemplo dos Judeus, pois vários Judeus não acreditaram em Jesus Cristo, e sabemos que eles respeitavam as Leis de Moises, e como sabemos nesta leia esta escrito, (Honrar Pai e Mãe). Bom com isso determinamos que estes irmãos biológicos não existiram, pois mesmo sendo incrédulos  jamais eles deixariam de honrar sua mãe por não acreditarem em Jesus Cristo como o Messias. 


E que assim caiam os argumento de hereges que acusam a Ecclesia et Christi.


Paz e bem! 


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[1] Fonte: Veritatis  http://www.veritatis.com.br/apologetica/maria-santissima/547-quem-sao-os-irmaos-de-jesus



[2] Fonte: Veritatis http://www.veritatis.com.br 



Por: Gilson Azevedo
© Livre para copia e difusão na integra e com menção do autor



sexta-feira, junho 19, 2015

Protestantismo e as armadilhas de Satã






O protestantismo tem sido uma verdadeira cessão de espiritismo, umbandismo e proselitismo.

Fazem cessões de adivinhações em suas pregações e além de tudo dão ouvidos ao demônio, ficam dizendo o que o demônio vai fazer na vida das pessoas(MITO) 


Nas seitas protestante tem-se pregado mais o nome de satanás que o de Deus. Mais certamente São João falava deles: "Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isso se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos"(1João 2,19) São Paulo também também faz menção a eles e entre outros hereges ao dizer: O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas( I Timóteo 4,1) 

É comum vermos eles fazerem praticas semelhante as praticas de umbandistas, feiticeiros, e praticante dos diversos tipos de magia. Sobre isso Deus nos afirma: Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou a invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações. ( Dt 18, 10-12, )

É complicado entender estes hereges protestantes, depois eles vem aqui dizer que o catolicismo pratica o espiritismo. Bando de hipócritas! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão. ( Mt 7, 5 ) 

Os protestantes "estão como aquele cego de Jerico"( Lc 18, 35 ) mais de uma forma bem demonica. Eles são cegos guiando cegos, e nas suas esmolas ( DIZIMO 100%), pedem a riqueza e bens materiais desta terra como se isso fosse leva-los a eternidade.  Como pode um cego guiar outro cego? Comparando com a palavra ESMOLA, nos deparamos  com o protestantismo quando eles pedem estes absurdo no dizimo, dizimo que chega a ultrapassar os limites, alguns até dizem que para entrar no céu e ter um bom lugar tem que pagar. O que eles querem é só a riqueza nada mais. 

"Não te afadigues para te enriqueceres, evita aplicar a isso teu espírito". ( Pr 23, 4 ) 

Tudo pra eles é dinheiro. Até nos testemunhos deles. Exemplo: Eu era pobre, agora aceitei Jesus sou um empresario tenho um Camaro, duas mansões, um jatinho, uma fazenda, dois helicópteros... 

Mais tem razão de agirem assim, vivem da "Sola Scriptura" = só a bíblia ( Regra de Fé protestante) 
Devem ter interpretado a passagem de 2 Corintios 8, 9 e entre outras errada, deturpando tudo. Na passagem diz: Vós conheceis a bondade de nosso Senhor Jesus Cristo. Sendo rico, se fez pobre por vós, a fim de vos enriquecer por sua pobreza.

Quando São Paulo Diz: "a fim de vos enriquecer por sua pobreza". A riqueza é o amor de Deus Pai, e a pobreza é ter um coração pobre que busca somente a uma riqueza, que é esse amor de Deus que é uma riqueza eterna. 
E quando fala que nosso Senhor Jesus Cristo. Sendo rico, se fez pobre por vós. Se "referi" a que ele viveu a pobreza sabendo que tesouros da terra, a ferrugem e as traças corroem, e os ladrões furtam e roubam. ( Mt 6, 19 ) E que o verdadeiro tesouro esta no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. ( Mt 6, 20 )

Os protestantes só querem os bens materiais e só querem interpretar a bíblia de qualquer jeito. Como acreditar nesta religião que  vem usando o nome de Deus em vão...

O apóstolo Pedro, sem dúvida um dos mais influentes dos apóstolos de Jesus, escreveu, pouco antes de sua morte, sobre um perigo na interpretação das Escrituras. Ele citou alguns ensinamentos de um outro apóstolo, Paulo, e comentou:

“ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles. Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza; antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno” (2 Pedro 3:16-18). 

Este alerta de Pedro, somente a igreja católica ouve, pois consagramos nossos ouvidos para ouvir a palavra de Deus, e não crescer seguindo a "letra" pois a "letra" mata.

Por: Gilson Azevedo 

Gilson Azevedo
© Livre para copia e difusão na integra e com menção do autor

O bebê que está mudando o debate sobre o aborto

Abortado espontaneamente com apenas 19 semanas de vida, Walter sobreviveu pouco tempo fora do útero. O suficiente para gerar comoção e marcar vidas.

"Amontoado de células"; "Tecido"; "Apenas um feto". Essas são expressões comuns usadas pelas pessoas favoráveis ao aborto para descrever o nascituro, a fim de diminuir a humanidade dessas novas vidas. Porém, o modo como as pessoas rotulam os nascituros não é o que os define, e isso está comprovado pela vida de uma pequena criança. No verão de 2013, Walter Joshua Fretz nasceu com apenas 19 semanas de gestação. Ele viveu por poucos momentos, mas sua vida tem tido um impacto duradouro.
Os pais de Walter, Lexi e Joshua Fretz, mãe e pai de duas meninas (que acolheram sua terceira filha, Mia, no último mês de Setembro), aguardavam ansiosamente a chegada do seu novo bebê, quando, de acordo com o blog de Lexi, ela começou a ter sangramentos. Isso não era algo incomum para ela durante a gestação, mas, quando o sangramento se tornou rosa, ela ficou mais preocupada e ligou para sua parteira, que a aconselhou a ir para uma Unidade de Emergência ( Emergency Room, em inglês).
Na sala de emergência, várias gestantes chegaram depois dela e foram levadas diretamente para a enfermaria. Mas, uma vez que Lexi ainda não tinha completado 20 semanas – ela estava com 19 semanas e 6 dias – as normas do hospital requeriam que ela permanecesse na emergência. Cerca de uma hora depois, Lexi foi capaz de ouvir as batidas do coração de seu bebê e se sentiu aliviada, mas, enquanto aguardava um ultrassom, começou a sentir as familiares dores de parto. Quase cinco horas depois de chegar ao hospital, Lexi deu à luz seu filho, Walter Joshua Fretz. Ela escreve:
Eu estava chorando bastante naquele momento, mas ele era perfeito. Ele estava completamente formado e tudo estava no lugar; eu podia ver o seu coração batendo em seu pequenino peito. Joshua e eu o seguramos e choramos por ele e olhamos para o nosso filho perfeito e pequenino.
A próxima decisão de Joshua parecia natural e insignificante, mas acabaria se tornando um divisor de águas e até mesmo um salva-vidas para muitas pessoas. Ele foi para o carro pegar a câmera de Lexi para tirar fotos de seu filho. A princípio, isso não era o que Lexi queria, mas as fotos de Walter logo se espalharam por toda a Internet. As fotos alcançaram mães enlutadas e ajudaram-nas na perda de seus próprios bebês, e foram usadas para ajudar mulheres a escolher a vida para seus filhos não nascidos.
Lexi recebeu muitas mensagens positivas e compartilhou algumas, incluindo as seguintes:
Acabo de encontrar as imagens de Walter... Eu estou grávida e em uma situação bem ruim esta semana. Fiz meu primeiro ultrassom na semana passada e ele é um menino também. Mas, esta semana, comecei a rezar por um aborto espontâneo ou para decidir acabar [com a gravidez], já que o seu pai está fugindo de toda a responsabilidade. Eu pedi a Deus para me dar um sinal hoje de que ficaríamos bem, ou eu iria em frente e procuraria um aborto amanhã. Algumas horas depois, eu vi o link no Facebook. Fez-me ir às lágrimas. Mas, o mais importante, me fez entender, sem nenhuma dúvida, que eu não posso fazer isso a ele.
Eu costumava acreditar que havia razões para justificar alguns abortos. (...) Mas, agora, olhar Walter ali, deitado no seu peito, me traz vergonha por minhas opiniões passadas e desgosto por cada mulher que decide abortar sem entender o valor da vida que traz dentro de si.
Eu sempre pensei que era uma escolha da mulher interromper uma gravidez! Novamente, falta de entendimento, pensar, ou melhor, ser levada a pensar que, nesse estágio, uma mulher poderia abortar um feto (um aglomerado de células!) Quão errada eu estava!!! Estou feliz porque você escolheu compartilhar sua história e as belas fotos desse momento tão triste da sua vida! Foi uma lição para mim!
Estou grávida há 8 semanas e por 3 delas eu fiquei em profunda agonia, sem saber se mantinha ou abortava o bebê (não estou numa boa situação para ter crianças no momento), mas você pôs a minha vida em perpectiva. Eu posso amar este bebê e "me virar" e isso basta para mim agora. Eu vou manter essa criança que estou carregando e guardá-la para a eternidade.
Essas fotos de Walter revelam a humanidade da criança não nascida. Elas provam, sem sombra de dúvidas, que se trata de uma pessoa, e não de uma partícula ou de um monte de tecido. O que levanta a questão: Por que é legalmente permitido acabar com a vida de um ser humano não nascido?
"Só porque a criança na barriga da mãe não pode ser vista por nós, isso não significa que ela seja um pouco de células", escreve Lexi. "Walter estava perfeitamente formado e era muito ativo no útero. Se ele tivesse apenas mais algumas semanas, teria tido uma chance de lutar na vida. (...) Em meio a toda a nossa dor, fico feliz porque algo de bom pode sair disso. Rezo para que o Senhor continue usando as fotos de Walter para impactar a muitos."
Fonte: Live Action News | Tradução: Equipe Christo Nihil Praeponere

quinta-feira, junho 18, 2015

O sentido teológico das imagens



INTRODUÇÃO



Antes de analisarmos o sentido Teológico das Imagens no Antigo e Novo Testamento, convém que penetremos nos seus aspectos de natureza ou essência do termo na terra de canaã, onde tudo começou, bem como a mesma fora divulgada na Bíblia hebraica, até que o Apóstolo Paulo em seus escritos desse ao Cristianismo o autêntico sentido Teológico àqueles que em vida, depois do Batismo foram associados na terra à Imagem do Deus Celeste.


I- NATUREZA DO TERMO IMAGEM.


Na concepção antiga a imagem não era apenas uma semelhança do ser representado, mas participava dele, em certo sentido era ele mesmo. Quando Raquel leva os terafim de Labão, esse se queixa que os seus deuses lhe foram roubados (Gn 31, 19.30) quando os danitas levam na sua expedição a imagem que pertencia a Micas, esse os acusa de ter furtado o seu deus (Jz.18, 20.24;Gn 35,2.4; Ex 32,1.4). As imagens dos deuses ofereciam-se holocaustos (Os 4,13), libações (Jr 7,18), trigo, azeite, bolos e toda espécie de comidas (Jr 7,18; Os 2,8) preparava-se-lhes a mesa (Is 65,11; Br 6,26). As imagens eram beijadas e acariciadas (1Rs 19,18; Os 13,2); apertava-se-lhes a mão (Sl 44, 21) e eram carregadas em procissão (Is 46, 7; Jr 10, 5), o povo ajoelhava-se ou prostrava-se diante delas (1Rs 19,18); em torno do altar dançava-se, gritava-se e alguns se feriam (1Rs 18, 26. 29); muitas vezes o culto era acompanhado de ações impudicas (Dt 23, 18s; Os 4, 14. 18).


II- DIVULGAÇÃO DAS IMAGENS


a) Em Canaã: Nos tempos mais antigos os santuários cananeus (as chamadas alturas: bãmõt) não possuíam imagens de deuses, mas apenas colunas de pedra (mossebõt), representado a divindade masculina, e estacas de madeira (‘?serãh; ou Asera) representando a divindade feminina. Daí que nas escavações dos antigos lugares de culto de raras vezes foram encontradas imagens de deuses (as estatuetas pequeninas, porém são freqüentes: os chamados ídolos). Aliás, na destruição de uma cidade, os vencedores as levaram, provavelmente como troféu, ou os habitantes as escondiam num lugar mais seguro (Is 46,7). 

Num templo de Betsan foram descobertas umas imagens pedra (sem cabeça), uma imagem menor de bronze, representando Astarté (1 Sm 31,10) e pedras consagradas a Mical a deusa Anat; num templo de Hasor, uma imagem de um deus e outra de um leão em estilo heteu. Em b?lu’a (Transjordânia) foi encontrada uma grande pedra sagrada moabítico-egípicia, na qual uma deusa (Astarté) apresenta o rei de Moab a um deus (Kemós).


Perto de dibãn (Transjordânia) veio a lume uma pedra consagrada a um deus da guerra (Kemós?); em outros lugares ainda algumas pequenas imagens de deuses de bronze. Em 1Sm 31,10 menciona um templo de Astarté em Betsan mas geralmente as deusas eram veneradas nas capelas laterais dos santuários.


A Bíblia fala algumas vezes de imagens de deuses (lRs 15,13; 2Rs 21,7; Ez 8,3ss), outras são conhecidas pelas escavações: uma pedra sagrada (incompleta) representando uma deusa-serpente (tellbet-mirsim), um relevo de Atargatis-Derketo (Ãscalon), da época romana, numerosos pequenos relevos e estatuetas de barro, para o culto doméstico, e ainda algumas pe­dras sagradas da deusa Kadés (na Síria). Até hoje nenhuma imagem foi encontrada que pudesse ser considerada como imagem de Javé. Há apenas uma moeda não-israelita, de Gaza (século V A.C.), em que Javé é representado como Diôniso (Haas, Bilderatlas).­


b) Na Bíblia hebraica: Temos diversas palavras para imagem selem, t'münãh, tab'nit, etc.; além disso, termos depreciativos para imagens de deuses, tais como 'elilim (deuses miúdos, nulidades: Is 2,8.18-20), siqqus (abominação: Jr7,30; 16,18; significando Abominação da desolação), gillulim (coisas tor­tas? Ez 6,4). A distinção que se fazia originariamente entre imagem talhada (pesel) e imagem fundida (massekãh) não foi sempre mantida, de sorte que pesel pode indicar qualquer imagem (Ex 20,4; Is 44,10). No culto legítimo, toda e qualquer imagem, também de Javé, era severamente proibida, Ex 34,17 proíbe particularmente as imagens fundidas, Ex 20,23, imagens de ouro e prata, que representassem "outros deuses que não Javé". Ex 20,45 e Dt 5,8s proíbem toda espécie de imagens que pudessem "suscitar o ciúme de Javé"; portanto: deuses alheios; Lv 26,1 proíbe imagens feitas para serem adoradas. Em todos esses textos, excetuando-se Ex 34, 17, que é de teor muito geral, só se fala em imagens de outros deuses. Em Dt 4,15-18 as imagens de Javé são também proibidas pelo motivo de que Javé, no Sinai, não se demonstrou em figura nenhuma; Is 40,12-18 proíbe as imagens, porque nenhuma criatura seria capaz de representar o Criador do universo. Que o culto legítimo de Javé era de fato sem imagens, vê-se bem nas narrativas bíblicas; só a arca era o símbolo da presença de Deus. Os querubins na arca e nas paredes do templo, e os touros que carregavam a bacia de bronze, nunca foram objetos de adoração. Só a serpente de bronze (Num 21,8ss) foi, mais tarde, venerada com sacrifícios de perfumes e, por este motivo, afastada do templo (2Rs18,4). Também o efod e os terafim, que se encontrava em alguns santuários de Javé (Jz 8,27; 17,5; 1Sam 21,9; Os 3,4), não podem ser considerados como imagens de Javé, pois nunca foram objeto de culto. O que eram na realidade ainda não sabemos com certeza. No culto ilegítimo, porém, parece ter havido imagens de Javé.


A imagem feita por Micas, que os danitas lhe tiraram, deve ter representado Javé; Micas, como seu nome indica (quem é igual a Javé?), era um devoto de Javé (Jz 17,4s.13; 18,24.30). As imagens de touros, em Dan e Betel (1Rs 12,28-38; ÊX 32,1-6), talvez tenham sido, na concepção do rei Jeroboão, apenas suportes de um Javé invisível. O povo, no entanto, venerava-os como sendo "os deuses que libertaram Israel do Egito" (Os 8,5; 13,2), por­tanto, como se fossem representações do próprio Javé, e como se fosse esse um simples deus da natureza um Baal (Os 2,18); por isso essas imagens foram estigmatizadas mais tarde como "deuses alheios" (lRs 14,9; SI 106,19-21; 2Crôn.11,15). A reforma de Josias (2Rs 23,4-20) conseguiu expurgar,o culto Oficial, mas não acabou com culto ilegítimo (Jer 44,8ss). Só depois do cativeiro todas as imagens desapareceram do culto, e de modo tão radical, que os judeus detestavam não apenas as imagens de Javé ou de outros deuses, mas quaisquer representações de um ser vivo. 


Opuseram-se várias vezes, e com violência, contra a introdução de imagens em Jerusalém (Ant. 18,3.1; 6,2.8). Nem todos, porém, partilhavam dessas idéias rigorosas; provam-nos os numerosos afrescos e mosaicos nas sinagogas de Bet-Alfa, Gérasa, Naara e Dura_Europos e túmulos judaicos em Roma, enfeitados com representações de animais e de homens.

No século II dC os rabinos ainda proibiam toda e qualquer imagem (Mechilta sobre Êx 20,4); no século IV foram permitidas como enfeites, não como objetos de culto (Lev 26,1).

III O homem como imagem de Deus.

a) No AT: Que o homem foi criado segundo a imagem de alguma divindade, era uma idéia muito espalhada na antiguidade (p.ex. Ovid. Metam. 1,83), particularmente entre os babilônios­ (p. ex., epopéia de Gilgamexe 1,80ss). Assim também em Gn 1,26, Deus (elõhim) diz: "façamos­ o homem à nossa imagem" (hebr.: como o nosso selem), "segundo a nossa semelhança" (hb.: como o nosso d"müt em Gn 1,27 (Deus criou o homem à sua imagem [selem]), 5,1 e 9,6 (pois é à sua imagem [selem] que Deus fez o homem) provam que as duas expressões de 1,26 (imagem e semelhança) têm o mesmo sentido: significam que a pessoa humana tem semelhança com a de Deus, e não se trata de uma distinção, p. ex.: entre uma semelhança natural e outra sobrenatural (pela graça).

Na concepção do autor sacerdotal essa semelhança nem se baseia na imortalidade (esta noção lhe era desconhecida), nem exclusivamente na forma do Corpo Humano. O homem é parecido com Deus (Gn 5;1) como o filho com seu pai (5,3), porque recebeu do seu Criador algo divino. (2,7); Sendo imagem de Deus, ele representa Deus entre as demais criaturas. (Em Ba­bel o rei é chamado "imagem de. Marduc" entre os seus súditos, isto é, o representante vivo de Deus na terra).

Por isso a vida do homem é inviolável (Gn 9,6). Ele é como que um Deus de segunda categoria, coroado (Sl 8,6) com beleza e glória (imagem é, com poder e glória que irradiam visivelmente); ele é um rei, cons­tituído por Deus para reinar sobre os demais seres vivos (Gn 1,28: Sl 8,7ss; Eclo 17,3). Não indica que para o autor sacerdotal o homem, depois, tivesse perdido essa semelhança. E só mais tarde (Sab 2,23s) que a semelhança com Deus é relacionada com a imortalidade, para a qual Deus criou o homem, e que lhe foi roubado pelo demônio.

b) No NT, imagem tem sempre o sentido de representação de um objeto ou de uma pessoa; por isso a lei mosaica é apenas a sombra e não a imagem das coisas vindouras (Hb 10,1). 
Quando S. Paulo chama o homem de "imagem de Deus e reflexo de sua glória" (lCor 11,7s) , ele se inspira, certamente, na concepção de Gn 1,26s. O homem, criado imediatamente por Deus, representa e reflete a glória do criador. Contudo, o primeiro homem foi feito "da terra" (Adão; Gn 2,7); tornou-se imagem da terra, é terrestre; não é "do céu", celeste, como, o "Segundo Homem", Cristo (l Cor 15,47). O cristão, "predestinado para se tornar semelhante à imagem do Filho de Deus" (Rom 8,29), imagem é, para alcançar uma perfeita semelhança com o Cristo glorificado, deve "trazer a imagem do homem celeste" (l Cor 15,49), representar e realizar no corpo e na alma o Cristo glorificado. Por isso o cristão, que como homem é a imagem, do Adão terrestre, deve ser transformado inteiramente, para alcançar o estado do Segundo Adão, o Cristo glorificado que, por sua vez, é a imagem de Deus (2Cor 4,4; Col 1,15); “Possuía a forma divina e tomou a forma de escravo, tornando-se semelhante aos homens” (Fp 2,6s). E' por ser Filho de Deus, que Cristo é, no sentido pleno da palavra, a imagem de Deus (2Cor 4,4; Col 1,15), o representante perfeito de seu Pai entre os homens ( Jo 1,14.18; 12,45; 14,19; Hb 1,3; Sab 7,26).

Conclusão: Dentro do contexto do Novo Testamento, São Paulo distingue Ídolos de Imagens. Ambos não são sinônimos. 

Independentemente de Imagem ser escultura, pintura, etc.........Imagem é tudo aquilo que excita a vista. O ato Encarnatório do Deus feito Homem, na pessoa e na Imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 1), Ele mesmo provou visivelmente e concretamente que é a Imagem do Deus Invisível. Por isso que o Cristão é "predestinado para se tornar semelhante à imagem do Filho de Deus" (Rom 8,29), imagem é, para alcançar uma perfeita semelhança com o Cristo glorificado, deve "trazer a imagem do homem celeste" (l Cor 15,49), representar e realizar no corpo e na alma o Cristo glorificado. Por isso o cristão, que como homem é a imagem, do Adão terrestre, deve ser transformado inteiramente, para alcançar o estado do Segundo Adão, o Cristo glorificado que, por sua vez, é a imagem de Deus Celeste (2Cor 4,4; Col 1,15).


Paz e Bem!
Pe. Eduardo




Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: Padre Eduardo
Transmissão: Padre Eduardo