quarta-feira, setembro 17, 2014

O Rito Tridentino

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O Rito Tridentino
ORDINÁRIO DA MISSA
PREPARAÇÃO
Orações ao pé do altar


De pé, diante dos degraus do altar, o celebrante começa a Missa, fazendo o sinal da cruz:
In nomine Patris, +  et Filii, et Spiritus Sancti. Amen.
Em nome do + Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém
Ant.: Introibo ad altare Dei.
R. Ad Deum qui lætificat juventutem meam.
Ant.: Subirei ao altar de Deus.
R. Ao Deus que é a minha alegria.
Salmo 42 (este salmo omite-se nas Missas de Defuntos e do Tempo da Paixão)
Judica me, Deus, et discerne causam meam de gente non sancta: ab homine iniquo et doloso erue me.
Julgai-me, ó Deus, e separai a minha causa da causa da gente ímpia. Livrai-me do homem injusto e enganador.
R. Quia tu es, Deus, fortitudo mea: quare me repulisti, et quare tristis incedo, dum affligit me inimicus?
R. Pois vós, ó meu Deus, sois a minha força. Por que me repelis? Por que ando eu triste, quando me aflige o inimigo?
Emitte lucem tuam et veritatem tuam: ipsa me deduxerunt et adduxerunt in montem sanctum tuum, et in tabernacula tua.
Enviai-me a vossa luz e a vossa verdade. Elas me guiarão e hão de conduzir-me a vossa montanha santa, ao lugar onde habitais.
R. Et introibo ad altare Dei: ad Deum qui lætificat juventutem meam.
R. E subirei ao altar de Deus: ao Deus que é a minha alegria.
Confitebor tibi in cithara Deus, Deus meus: quare tristis es anima mea, et quare conturbas me?
Louvar-vos-ei ó Deus, Deus meu, ao som da harpa. Por que estais triste, ó minha alma? E por que me inquietas?
R. Spera in Deo, quoniam adhuc confitebor illi: salutare vultus mei, et Deus meus
R. Espera em Deus, porque ainda o louvarei como meu Salvador e meu Deus.
Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto.
R. Sicut erat in principo, et nunc, et semper: et in sæcula sæculorum.
Amen.
Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Repete a Antífona:
Introibo ad altare Dei.
Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum qui lætificat juventutem meam.
R. Ao Deus que é a minha alegria.
Adjutorium+ nostrum in nomine Domine.
O nosso+ auxílio está em nome do Senhor.
R. Qui fecit caelum et terram.
R. Que fez o Céu e a Terra.
Profundamente inclinado, o celebrante diz o Confiteor, e depois dele, os assistentes.
Confiteor Deo omnipotenti, etc.
Eu pecador me confesso, etc.
R. Misereatur tui omnipotens Deus, et dimissis peccatis tuis, perducat te ad vitam æternam.
R. Que Deus onipotente se compadeça de vós, perdoe os vossos pecados e vos conduza à vida eterna.
Celebrante: R. Amen.
Celebrante: R. Amem.
Os assistentes dizem o Confiteor:
Confiteor Deo omnipotenti,
beatæ Mariæ semper Virgini,
beato Michæli Archangelo,
beato Joanni Baptistæ,
sanctis Apostolis Petro et Paulo,
omnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccavi nimis cogitatione, verbo, et opere:
[percutiunt sibi pectus ter, dicentes]: 
mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. Ideo precor beatam Mariam semper Virginem, beatum Michælem Archangelum,
beatum Joannem Baptistam,
sanctos Apostolos Petrum et Paulum,
omnes Sanctos, et te, pater,
orare pro me ad Dominum Deum nostrum.
Eu pecador me confesso a Deus todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras, obras e omissões, [bate três vezes no peito] por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Portanto, rogo à bem-aventurada Virgem Maria, ao bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
Celebrante:
Misereatur vestri omnipotens Deus, et dimissis peccatis vestris, perducat vos ad vitam æternam. R. Amen.
Que Deus onipotente se compadeça de vós, e perdoando os vossos pecados, vos conduza à vida eterna. R. Amém.
Fazendo o sinal da cruz, o celebrante diz:
Indulgentiam+ absolutionem, et remissionem peccatorum nostrorum, tribuat nobis omnipotens et misericors Dominus: R. Amen.
Indulgência+ absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso. R. Amém.
O celebrante, inclinado, diz:
Deus,
tu conversus vivificabis nos.
Ó Deus, voltando-vos para nós nos dareis a vida.
R. Et plebs tua lætabitur in te.
R. E o vosso povo se alegrará em vós.
Ostende nobis Domine, misericordiam tuam.
Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia.
R. Et salutare tuum da nobis.
R. E dai-nos a vossa salvação.
Domine, exaudi orationem meam.
Ouvi, Senhor, a minha oração.
R. Et clamor meus ad te veniat.
R. E chegue até vós o meu clamor.
Dominus vobiscum.
O Senhor seja convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o vosso espírito.
O celebrante sobe ao altar, dizendo:
Oremus. Aufer a nobis, quæsumus, Domine, iniquitates nostras: ut ad Sancta sanctorum puris mereamur mentibus introire. Per Christum Dominum nostrum. Amen.
Oremos. Pedimos-vos, Senhor, afasteis de nós as nossas iniqüidades, para que, com almas puras, mereçamos entrar no Santo dos Santos. Por Cristo Jesus Nosso Senhor. Amém
O celebrante, inclinado, diz a seguinte oração:
Oramus te, Domine, per merita Sanctorum tuorum, quorum reliquiæ hic sunt, et omnium Sanctorum: ut indulgere digneris omnia peccata mea.
Amen.
Nós vos suplicamos, Senhor, pelos méritos de vossos santos, (beijando o centro do altar) cujas relíquias aqui se encontram, e de todos os demais santos, vos digneis perdoar todos os nossos pecados. Amém.
PRIMEIRA PARTE: ANTE-MISSA
Nas Missas solenes, incensa-se o altar. O celebrante vai para o lado da Epístola, e lê o Introito. Canto solene de entrada, o Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Às primeiras palavras, todos se benzem, ao mesmo tempo que o celebrante.
INTRÓITO [ver Missa do dia]
KYRIE ELEISON
O celebrante, no meio do altar, diz, alternadamente com os assistentes:
S. Kyrie eleison.
M. Kyrie eleison.
S. Kyrie eleison.
M. Christe eleison.
S. Christe eleison.
M. Christe eleison.
S. Kyrie eleison.
M. Kyrie eleison.
S. Kyrie eleison.
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
GLORIA IN EXCELSIS
Canto de alegria, o Gloria in excelsis só se diz nas missas de caráter festivo: Domingos (fora do Advento, Septuagésima e Quaresma), Tempos do Natal, Tempo Pascal, festas de Nosso Senhor, da Santíssima Virgem, dos Anjos e dos Santos, e Missas votivas solenes. Omite-se em todas as outras Missas.
GLORIA IN EXCELSIS DEO.
Et in terra pax hominibus bonæ voluntatis.
Laudamus te. Benedicimus te.
Adoramus te. Glorificamus te.
Gratias agimus tibi propter magnam gloriam tuam.
Domine Deus, Rex coelestis, Deus Pater omnipotens. Domine Fili unigenite, Jesu Christe. Domine Deus, Agnus Dei, Filius Patris.
Qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Qui tollis peccata mundi, suscipe deprecationem nostram. Qui sedes ad dexteram Patris, miserere nobis. Quoniam tu solus Sanctus.
Tu solus Dominus. Tu solus Altissimus, Jesu Christe.
Cum Sancto Spiritu in gloria Dei Patris.Amen.
GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS!
E paz na terra aos homens de boa vontade.
Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai onipotente.
Nós vos louvamos. Nós vos bendizemos.
Nós vos adoramos. Nós vos glorificamos.
Nós vos damos graças, por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito. Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós.
Só vós sois Santo. Só vós sois o Senhor.
Só vós o Altíssimo, Jesus Cristo. Com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai.
Amém.
O celebrante beija o altar, volta-se ao povo e diz:
V. Dominus vobiscum.
O Senhor seja convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com vosso espírito.
Oremus.
Oremos.
COLETA
O celebrante, diante do missal, recita a COLETA. Breve oração que resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembléia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
[ Ver Missa do dia]
...per ómnia saéculua saeculorum.
R. Amen
Conclusão: 
...por todos os séculos dos séculos. R. Amém.
EPÍSTOLA
Nas Missas solenes, a Epístola é cantada pelo subdiácono. Nas outras é lida pelo celebrante, em voz alta. 
[Ver Missa do dia]
No fim, os assistentes respondem: 
R. Deo Grátias!
R.: Graças a Deus!
GRADUAL, ALELUIA, TRACTO
No Tempo da Septuagésima, o Alleluia é substituído pelo Tracto. No Tempo Pascal, omite-se o Gradual, e dizem-se dois Alleluia.
[Ver Missa do dia]
EVANGELHO
O celebrante, ao meio do altar, profundamente inclinado, diz:
Munda cor meum ac lábia mea, omnípotens Deus, qui lábia Isaíae prophétae cálculo mundásti igníto: ita me tua grata miserratióne dignáre mundáre, ut sanctum evangélium tuum digne váleam nuntiáre. Per Christum Domine nostrum. Amem. Jube, Dómine, bene, benedicere. Dominus sit in corde meo et in labiis meis: ut digne et competenter annuntiem evangelium suum. Amen.
Purificai-me, Deus Onipotente, o coração e os lábios, Vós que purificastes os lábios do profeta Isaías com um carvão em brasa; pela vossa misericordiosa bondade, dignai-Vos purificar-me, de vosso santo Evangelho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém. Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. - Esteja o Senhor no meu coração e nos meus lábios, para digna e competentemente proclamar o seu Evangelho.
Amém.
Passa para o lado esquerdo do altar, e lê ou canta o Evangelho. Nas Missas solenes, o Evangelho é cantado pelo diácono, o qual, antes disso, diz, de joelhos:
Munda cor meum, etc.,
Purificai-me, etc.
e em seguida pede a benção ao celebrante:
V. Jube, domne, benedícere R. Dominus sit in corde tuo, et in lábiis tuis, ut digne et competénter annúnties evangélium suum: in nominee Patris, et Fílii,+ et Spíritus Sanctis. Amen.
V. Dai-me, senhor, a vossa bênção. R. Esteja o Senhor no teu coração e nos teus lábios, para digna e competentemente proclamares o seu Evangelho. Em nome do Pai e do Filho+ e do Espírito Santo. Amém.
Toda a assistência está de pé. Às primeiras palavras - Sequentia, etc. faz-se o sinal da cruz na testa, na boca e no peito. Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé. Nas Missas solenes, o livro é levado honorificamente em procissão. É incensado antes de começar a leitura; e, terminada ela, é reverentemente beijado pelo celebrante.
Dominus vobiscum.
O Senhor seja convosco
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com vosso espírito.
Sequentia sancti Evangelii+
secundum NN.
Continuação do santo Evangelho + de NSJC, segundo NN.
No fim, os assistentes respondem:
R. Glória tibi, Domine
R. Glória a Vós Senhor.
[Ver Evangelho do dia]
No fim, responde-se:
R. Laus tibi, Christe
R. Louvor a vós ó Cristo.
O celebrante beija o sagrado texto, dizendo:
Per evangelica dicta
deleantur nostra delicta.
Por este santo Evangelho proclamado, sejam perdoados os nossos pecados.
CREDO
O celebrante vai ao meio do altar e diz o Credo. Este só se diz aos domingos, nas festas de 1a. lasse, nas festas de Nosso Senhor, de Nossa Senhora, nas festas natalícias (nascimento para o céu) dos Apóstolos e Evangelistas, dos Doutores da Igreja e nas missas votivas solenes.
CREDO in unum Deum, Patrem omnipotentem, factorem coeli et terræ, visibilium omnium et invisibilium. Et in unum Dominum Jesum Christum, Filium Dei unigenitum. Et ex Patre natum ante omnia sæcula. Deum de Deo, lumen de lumine, Deum verum de Deo vero. Genitum, non factum, consubstantialem Patri: per quem omnia facta sunt. Qui propter nos homines, et propter nostram salutem descendit de coelis. (Hic genuflectitur) ET INCARNATUS EST DE SPIRITU SANCTO EX MARIA VIRGINE: ET HOMO FACTUS EST. Crucifixus etiam pro nobis; sub Pontio Pilato passus, et sepultus est. Et resurrexit tertia die, secundum Scripturas. Et ascendit in coelum: sedet ad desteram Patris. Et iterum venturus est cum gloria judicare vivos et mortuos: cujus regni non erit finis. Et in Spiritum Sanctum, Dominum et vivificantem: qui ex Patre, Filioque procedit. Qui cum Patre, et Filio simul adoratur et conglorificatur: qui locutus est per Prophetas. Et unam, sanctam, catholicam et apostolicam Ecclesiam. Confiteor unum baptisma in remissionem peccatorum. Et exspecto resurrectionem mortuorum. Et vitam+venturi sæculi. Amen.
CREIO em um só Deus, Pai onipotente, criador do céu e da terra,de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus,nascido do Pai, antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. Ele, por amor de nós, e para nossa salvação, desceu dos céus; e (todos se ajoelham) SE ENCARNOU POR OBRA DO ESPÍRITO SANTO, EM MARIA VIRGEM, E SE FEZ HOMEM. Também por amor de nós foi crucificado, sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; E o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é igualmente adorado e glorificado: ele o que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só Batismo, para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida+do mundo que há de vir.
Amém
SEGUNDA PARTE: SACRIFÍCIO
OFERTÓRIO
Preparação para o Sacrifício
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. O celebrante volta-se ao povo com esta saudação:
Dominus vobiscum.
O Senhor seja convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com vosso espírito.
COLETA
Nas Missas solenes, enquanto o coro canta a antífona do Ofertório, o subdiácono leva para o altar o cálix e a patena com a hóstia, que o diácono apresenta ao celebrante. O acólito leva as galhetas com o vinho e a água.
[Ver Missa do dia]
Oferecimento do pão:
Suscipe, sancte Pater, omnipotens æterne Deus, hanc immaculatam hostiam, quam ego indignus famulus tuus offero tibi, Deo meo vivo et vero, pro innumerabilibus peccatis, et offensionibus, et negligentiis meis, et pro omnibus circumstantibus, sed et pro omnibus fidelibus Christianis vivis atque defunctis: ut mihi, et illis proficiat ad salutem in vitam æternam. Amen.
Recebei, santo Pai, onipotente e eterno Deus, esta hóstia imaculada, que eu vosso indigno servo, vos ofereço, ó meu Deus, vivo e verdadeiro, por meus inumeráveis pecados, ofensas, e negligências, por todos os que circundam este altar, e por todos os fiéis vivos e falecidos, afim de que, a mim e a eles, este sacrifício aproveite para a salvação na vida eterna. Amém
Ao lado direito do altar, o celebrante deita vinho no cálix, a que mistura umas gotas de água, dizendo a seguinte oração:
Deus, qui humanæ substantiæ dignitatem mirabiliter condidisti, et mirabilius reformasti: da nobis per hujus aquæ et vini mysterium, ejus divinitatis esse consortes, qui humanitatis nostræ fieri dignatus est particeps, Jesus Christus Filius tuus Dominus noster: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti Deus: per omnia sæcula sæculorum.
Amen.
Ó Deus, que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza humana e mais prodigiosamente ainda a restaurastes, concedei-nos, que pelo mistério desta água e deste vinho, sermos participantes da divindade daquele que se dignou revestir-se de nossa humanidade, Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor Nosso, que sendo Deus convosco vive e reina em união com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
No meio do altar, o celebrante faz o oferecimento do cálix:
Offerimus tibi, Domine, calicem salutaris, tuam deprecantes clementiam: ut in conspectu divinæ maiestatis tuæ, pro nostra et totius mundi salute, cum odore suavitatis ascendat. Amen.
Nós vos oferecemos Senhor, o cálice da salvação, suplicando a vossa clemência. Que ele suba qual suave incenso à presença de vossa divina majestade, para salvação nossa e de todo o mundo. Amém.
Depois, inclinando-se diz:
In spiritu humilitatis
et in animo contrito suscipiamur a te,
Domine: et sic fiat sacrificum nostrum
in conspectu tuo hodie, ut placeat tibi, Domine Deus.
Em espírito de humildade e coração contrito, sejamos por vós acolhidos, Senhor. E assim se faça hoje este nosso sacrifício em vossa presença, de modo que vos seja agradável, ó Senhor Nosso Deus.
Invocação do Espírito Santo:
Veni, Sanctificator, omnipotens æterne Deus:
et bene dic hoc sacrificum, tuo sancto nomini præparatum.
Vinde, ó Santificador, onipotente e eterno Deus e, abençoai este sacrifício preparado para glorificar o vosso santo nome
INCENSAÇÃO
Segue-se, nas Missas solenes, o rito da incensão. São incensadas primeiro as oblatas, depois a cruz, o altar, celebrante, ministros e fiéis. 
BÊNÇÃO DO INCENSO:
Per intercessionem beati Michaëlis archangeli, stantis a dextris altaris incensi, et omnium electorum suorum, incensum istud dignetur Dominus bene + dicere, et in odorem suavitatis accipere. Per Christum Dominum nostrum. Amen
Pela intercessão do bem-aventurado são Miguel Arcanjo, que está à direita do altar do incenso, e de todos os seus eleitos, digne-se o Senhor abençoar + este incenso, e recebê-lo qual suave perfume. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
O celebrante incensa primeiro as oblatas:
Incensum istud, a te benedictum, ascendat ad te, Domine, et descendat super nos misericordia tua.
Que este incenso, por vós abençoado,
se eleve até vós,
e desça sobre nós a vossa misericórdia.
Em seguida incensa a cruz e o altar, dizendo entretanto os seguintes versículos, tirados do Salmo 140:
Dirigatur, Domine, oratio mea, sicut incensum in conspectu tuo: elevatio manuum mearum sacrificium vespertinum. Pone, Domine, custodiam ori meo, et ostium circumstantiæ labiis meis: ut non declinet cor meum in verba malitiæ, ad excusandas excusationes in peccatis.
Suba como incenso até vós, Senhor, a minha oração; e como o sacrifício vespertino, seja a elevação das minhas mãos. Colocai Senhor uma guarda à minha boca, e uma sentinela à porta de meus lábios, para que meu coração não se deixe arrastar por palavras de maldade, procurando pretextos para pecar.
O celebrante entrega o turíbulo ao diácono, dizendo:
R. Accendat in nobis Dominus ignem sui amoris, et flammam æterne caritatis. Amen.
R. Acenda o Senhor em nós o fogo do seu amor e a chama de sua eterna caridade. Amém

O diácono incensa o celebrante, e depois o clero. Nas Missas de defuntos, é incensado só o celebrante.

LAVABO
O celebrante vai à direita do altar e lava as mãos, dizendo entretanto os seguintes versículos do salmo 25:
Lavabo inter innocentes manus meas: et circumdabo altare tuum, Domine. Ut audiam vocem laudis: et enarrem universa mirabila tua. Domine, dilexi decorem domus tuæ: et locum habitationis gloriæ tuæ. Ne perdas cum impiis, Deus, animam meam: et cum viris sanguinum vitam meam. In quorum manibus iniquitates sunt: dextera eorum repleta est muneribus. Ego autem in innocentia mea ingressus sum: redime me, et miserere mei. Pes meus stetit in directo: in ecclesiis benedicam te, Domine. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto. Sicut erat in principio, et nunc, et semper: et in sæcula sæculorum. Amen.
Lavo as minhas mãos entre os inocentes, e me aproximo do vosso altar, ó Senhor, para ouvir o cântico dos vossos louvores, e proclamar todas as vossas maravilhas. Eu amo, Senhor, a beleza da vossa casa, e o lugar onde reside a vossa glória. Não me deixeis, ó Deus, perder a minha alma com os ímpios, nem a minha vida com os sanguinários. Em suas mãos se encontram iniqüidades, sua direita está cheia de dádivas. Eu porém, tenho andado na inocência. Livrai-me, pois, e tende piedade de mim. Meus pés estão firmes no caminho reto. Eu te bendigo, Senhor, nas assembléias dos justos.   Glória ao Pai... Assim como era no princípio...
Nas Missas de defuntos e do Tempo da Paixão omite-se o Gloria Patri.
Oração à Santíssima Trindade 
Inclinado, ao meio do altar, o celebrante diz:
Suscipe, sancta Trinitas, hanc oblationem, quam tibi offerimus ob memoriam passionis, resurrectionis, et ascensionis Jesu Christi, Domini nostri, et in honorem beatæ Mariæ semper Virginis, et beati Ioannis Baptistæ, et sanctorum apostolorum Petri et Pauli, et istorum, et omnium sanctorum: ut illis proficiat ad honorem, nobis autem ad salutem: et illi pro nobis intercedere dignentur in cælis, quorum memoriam agimus in terris. Per eumdem Christum Dominum nostrum. Amen.
Recebei, ó Trindade Santíssima,
esta oblação, que vos oferecemos em memória da Paixão,
Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e em honra da bem-aventurada e sempre Virgem Maria, de são João Batista, dos santos apóstolos Pedro e Paulo, e de todos os Santos; para que, a eles sirva de honra e a nós de salvação, e eles se dignem interceder no céu por nós que na terra celebramos sua memória. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso.
Amém.

Voltando-se para a assistência, o celebrante convida-a a orar com ele: 
Orate Frates
Orate fratres, ut meum ac vestrum sacrificium acceptabile fiat apud Deum Patrem omnipotentem.
Orai irmãos, para que este sacrifício, que também é vosso, seja aceito e agradável a Deus Pai Onipotente.
Resposta da assistência:
R. Suscipiat Dominus sacrificium de manibus tuis (vel meis) ad laudem et gloriam nominis sui, ad utilitatem quoque nostram, totiusque Ecclesiæ suæ sanctæ.
R. Receba, o Senhor,
de vossas mãos este sacrifício,
para louvor e glória de seu nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja.
O celebrante responde, em voz baixa:
Em seguida lê a Secreta. À Secreta principal, podem, em certas Missas, ajuntar-se outras, em número igual e segundo as mesmas regras da Colecta.
SECRETA [Ver Missa do dia]
Per omnia sæcula sæculorum.
...Por todos os séculos dos séculos. ..
R. Amen.
R. Amém.
CÂNON
Oblação do Sacrifício
O Cânon constitui a parte central da Missa. Com o Prefácio, começa a grande , a solene oração sacerdotal da Igreja e oblação propriamente dita do Sacrifício. Curto diálogo introdutório entre o celebrante e a assembléia desperta nas almas os sentimentos de ação de graças que convêm à celebração dos santos mistérios.
Dominus vobiscum.
O Senhor seja convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o vosso espírito.
Sursum corda.
Para o alto os corações.
R. Habemus ad Dominum.
R. Já os temos para o Senhor
Gratias agamus Domino Deo nostro
Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
R. Dignum et justum est.
R. É digno e justo.
PREFÁCIO COMUM
Este prefácio diz-se sempre que a Missa o não tiver próprio. Ver a seguir, os Prefácios próprios:
Vere dignum et justum est, aequum et salutare, nos tibi semper, et ubique gratias agere: Domine sancte, Pater omniopetens, aeterne Deus. Per Christum Dominum nostrum, per quem majestatem tuam laudant angeli, adorant dominationes, tremunt potestates; coeli coelorumque virtutes, ac beata seraphim, socia exsultatione concelebrant: cum quibus et nostras voces ut admitti jubeas deprecamur, supplici confessione dicentes:
Verdadeiramente é digno e justo, razoável e salutar, que, sempre e em todo lugar vos demos graças, ó Senhor santo, Pai onipotente, eterno Deus, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. É por ele que os Anjos louvam a vossa Majestade, as Dominações a adoram, tremem as Potestades. Os céus, as virtudes dos céus, e os bem- aventurados Serafins a celebram com recíproca alegria. Aos seus cânticos, vo-lo pedimos, deixai que se unam nossas vozes, para cantarmos em súplice louvor:
PREFÁCIOS PRÓPRIOS (em breve)
Prefácio do Natal - Prefácio da Epifania - Prefácio da Quaresma - Prefácio da Santa Cruz - Prefácio pascal – Prefácio da Ascensão - Prefácio do Sagrado Coração de Jesus - Prefácio de Cristo-Rei - Prefácio do Espírito Santo – Prefácio da Santíssima Trindade - Prefácio da Santíssima Virgem - Prefácio de S. José - Prefácio dos Apóstolos - Prefácio dos Defuntos.
R. Sanctus, Sanctus, Sanctus, Dominus Deus Sabaoth. Pleni sunt cæli et terra gloria tua. Hosanna in excelsis. Benedictus qui venit in nomine Domini. Hosanna in excelsis.
R. Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo. O Céu e a Terra proclamam a vossa glória . Hosana nas alturas.Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!
Continuação do Cânon
O celebrante, profundamente inclinado, beija o altar e continua a grande oração sacerdotal.
Te igitur, clementissime Pater, per Jesum Christum Filium tuum, Dominum nostrum, supplices rogamus ac petimus, uti accepta habeas, et benedicas, hæc dona, hæc+munera, hæc sancta+ sacrificia illibata;
A vós, Pai clementíssimo, por Jesus Cristo vosso Filho e Senhor nosso, humildemente rogamos e pedimos aceiteis e abençoeis estes dons, estas dádivas, estas santas oferendas ilibadas.
Oração por toda a Igreja, em especial pela hierarquia:
In primis, quae tibi offérimus pro Ecclésia tua sancta cathólica:quam pacificáre,
custódire, adunáre et régere dignéris toto orbe terrárum:
una cum fámulo tuo Papa nostro N. et Antístite nostro N. et ómnibus orthodoxis,
atque cathólicae et apostólicae fídei cultóribus.
Nós Vo-los oferecemos, em primeiro lugar, pela vossa santa Igreja católica, à qual vos dignai conceder a paz, proteger, conservar na unidade e governar, através do mundo inteiro, e também pelo vosso servo o nosso Papa..., pelo nosso Bispo..., e por todos os (bispos) ortodoxos, aos quais incumbe a guarda da fé católica e apostólica.
Memento dos vivos
Memento, Domine, famulorum, famularumque tuarum N. et N. et omnium circumstantium, quorum tibi fides cógnita est, et nota devotio, pro quibus tibi offerimus: vel qui tibi offerunt hoc sacrificium laudis pro se, suisque omnibus: pro redemptione animarum suarum, pro spe salutis, et incolumitatis suæ: tibique reddunt vota sua æterno Deo, vivo et vero.
Lembrai-vos, Senhor, de vossos servos e servas NN., e de todos os que aqui estão presentes, cuja fé e devoção conheceis, e pelos quais vos oferecemos, ou eles vos oferecem, este sacrifício de louvor, por si e por todos os seus, pela redenção de suas almas, pela esperança de sua salvação e de sua conservação, e consagram suas dádivas a vós, o Deus eterno, vivo e verdadeiro.
Memória dos Santos
Communicantes, et memoriam venerantes, in primis gloriosæ semper Virginis Mariæ, Genitricis Dei et Domini nostri Jesu Christi: * sed et beatorum Apostolorum ac Martyrum tuorum, Petri et Pauli, Andreæ, Jacobi, Joannis, Thomæ, Jacobi, Philippi, Bartholomæi, Matthæi, Simonis, et Thaddæi, Lini, Cleti, Clementis,+ ysti, Cornelii, Cypriani, Laurentii, Chrysógoni,Joannis et Pauli, Cosmæ et Damiani, et omnium Sanctorum tuorum; quorum meritis precibusque concedas, ut in omnibus protectionis tua muniamur auxilio. Per eundem Christum Dominum nostrum. Amen.
Unidos na mesma comunhão , veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo,*a dos vossos bem-aventurados Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, Tiago, João e Tomé, Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente,+ isto, Cornélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião, e a de todos os vossos santos. Por seus méritos e preces, concedei-nos, sejamos sempre fortalecidos com o socorro de vossa proteção. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso.
Amém.
No dia de Natal e durante a Oitava:
Communicantes, et diem sacratissimum (noctem sacratissimam) celebrantes, quo (qua) beatæ Maria intemerata virginitas huic mundo edidit Salvatorem, sed et memoriam venerantes, in primis ejusdem gloriosæ semper Virginis Mariæ, Genitricis Dei et Domini nostri Jesu Christi:
Unidos na mesma comunhão e celebrando o dia (noite) sacratíssimo (a) em que Maria, sem perder a sua imaculada virgindade, deu a este mundo o Salvador, veneramos em primeiro lugar a memória da mesma gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe do próprio Filho de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo .
Na festa da Epifania:
Communicantes, et diem sacratissimum celebrantes, quo Unigenitus tuus, in tua tecum gloria coæternus, in veritate carnis nostræ visibiliter corporalis apparuit: sed et memoriam venerantes,
in primis gloriosæ semper Virginis Mariæ, Genitricis ejúsdem Dei et Domini nostri Jesu Christi:
Unidos na mesma comunhão , e celebrando o dia (noite) sacratíssimo (a) em que o vosso Filho Unigênito, eterno convosco na vossa glória, apareceu visivelmente na realidade do nosso corpo de carne, veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo.
Desde a Vigília pascal até ao Sábado :
Communicantes, et diem sacratissimum (noctem sacratissimam) celebrantes, Resurrectionis Dominui nostri Jesu Christi secundum carnem: sed et memoriam venerantes, in primis gloriosæ semper Virginis Mariæ, Genitricis Dei et Domini nostri Jesu Christi:
Unidos na mesma comunhão
e celebrando o dia (noite) sacratíssimo (a) da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a carne,
veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria,
Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo.
Na festa da Ascenção:
Communicantes, et diem sacratissimum celebrantes, quo Dominus noster, unigenitus Filius tuus, unitam sibi fragilitatis nostræ substantiam in gloriæ tuæ dextera collocavit: sed et memoriam venerantes, in primis gloriosa semper Virginis Mariæ, Genitricis Dei et Domini nostri Jesu Christi:
Unidos na mesma comunhão e celebrando o dia (noite) sacratíssimo (a) em que vosso Filho Unigênito e Senhor Nosso entronizou à direita de vossa glória a nossa frágil natureza humana,veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo.
Desde a Vigilia do Pentecostes até ao sábado seguinte:
Communicantes, et diem sacratissimum Pentecostes celebrantes, quo Spiritus sanctus Apostolis innumeris linguis apparuit:
sed et memoriam venerantes, in primis gloriosæ semper Virginis Mariæ, Genitricis Dei
et Domini nostri Jesu Christi:
Unidos na mesma comunhão e celebrando o dia sacratíssimo de Pentecostes, em que o Espírito Santo, sob forma de numerosas línguas de fogo, apareceu aos Apóstolos, veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo.
Estendendo as mãos sobre as oblatas, o celebrante diz:
Hanc igitur oblationem servitutis nostræ, sed et cunctæ familiæ tuæ, quæsumus, Domine, ut placatus accipias: diesque nostros in tua pace disponas, atque ab æterna damnatione nos eripi, et in electorum tuorum jubeas grege numerari. Per Christum Dominum nostrum. Amen.
Por isso, vos rogamos, Senhor, aceiteis favoravelmente a homenagem de servidão que nós e toda a vossa Igreja vos prestamos, firmai os nossos dias em vossa paz, arrancai-nos da condenação eterna, e colocai-nos entre os vossos eleitos. Por Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Da Vigília pascal ao sábado e desde a Vigília do Pentecostes até ao sábado seguinte, diz-se:
Quam oblationem tu, Deus, in omnibus, quæsumus, bene + dictam, adscri+ ptam, ra+ tam, rationabilem, acceptabilemque facere digneris: ut nobis Cor+ pus, et San+guis fiat dilectissimi Filii tui Domini nostri Jesu Christi.
Nós vos pedimos, ó Deus, que esta oferta seja por vós em tudo, aben+ çoada, apro+vada, ratifi+  cada, digna e aceitável a vossos olhos, afim de que se torne para nós o Cor+ po e o San+ gue de Jesus Cristo, vosso diletíssimo Filho e Senhor Nosso.
CONSAGRAÇÃO 
Inclina-se sobre o altar, e profere as palavras da consagração da Hóstia. Em seguida adora-a, e eleva-a aos olhos dos assistentes, para que todos a adorem em silêncio. O mesmo faz, depois, para a consagração do Cálice.
Qui pridie quam pateretur, accepit panem in sanctas ac venerabiles manus suas, et elevatis oculis in cælum ad te Deum Patrem suum omnipotentem, tibi gratias agens, bene+ dixit, fregit, deditque discipulis suis, dicens: Accipite, et manducate ex hoc omnes.
Ele, na véspera de sua paixão, tomou o pão em suas santas e veneráveis mãos, e elevando os olhos ao céu para vós, ó Deus, seu Pai onipotente, dando-vos graças, ben+zeu-o, partiu-o e deu-o a seus discípulos, dizendo: Tomai e Comei Dele, Todos.
HOC EST ENIM CORPUS MEUM
ISTO É O MEU CORPO
Consagração do Cálice:
Simili modo postquam cænatum est, accipiens et hunc præclarum Calicem in sanctas ac venerabiles manus suas: item tibi gratias agens, bene+dixit, deditque discipulis suis, dicens: Accipite, et bibite ex eo omnes.
De igual modo, depois de haver ceado, tomando também este precioso cálice em suas santas e veneráveis mãos, e novamente dando-vos graças, ben+zeu-o e deu-o a seus discípulos, dizendo: Tomai e Bebei Dele Todos.
HIC EST ENIM CALIX SANGUINIS MEI,
NOVI ET ÆTERNI TESTAMENTI:
(MYSTERIUM FIDEI)
QUI PRO VOBIS ET PRO MULTIS EFFUNDETUR IN REMISSIONEM PECCATORUM. HÆC QUOTIESCUMQUE FECÉRIT,
IN MEI MEMÓRIAM FACIÉTIS.
ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, DO SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA: (MISTÉRIO DA FÉ!) O QUAL SERÁ DERRAMADO POR AMOR DE VÓS E DE TODOS OS HOMENS PARA A REMISSÃO DOS PECADOS. TODAS AS VEZES QUE ISTO FIZERDES, FAZEI-O EM MEMÓRIA DE MIM
O celebrante continua depois as orações do Cânon:
Unde et memores, Domine,
nos servi tui sed et plebs tua sancta, eiusdem Christi Filii tui Domini nostri tam beatæ Passionis, nec non et ab inferis Resurrectionis, sed et in cælos gloriosæ Ascensionis:
offerimus præclaræ maiestati tuæ de tuis donis ac datis, hostiam +puram, hostiam  +sanctam, hostiam  + immaculatam, Panem  + sanctum vitæ æternæ, et Calicem  +salutis perpetuæ. Supra quæ propitio ac sereno vultu respicere digneris; et accepta habere, sicuti accepta habere dignatus es munera pueri tui justi Abel,
et sacrificium Patriarchæ nostri Abrahæ: et quod tibi obtulit summus sacerdos tuus Melchisedech, sanctum sacrificium, immaculatam hostiam.
Por esta razão, Senhor, nós, vossos servos, com o vosso povo santo, lembrando-nos da bem-aventurada Paixão do mesmo Cristo, vosso Filho e Senhor Nosso, assim como de sua Ressurreição, saindo vitorioso do sepulcro, e de sua gloriação Ascensão aos céus, oferecemos à vossa augusta Majestade, de vossos dons e dádivas, a Hóstia  + pura, a Hóstia  + santa, a Hóstia  +imaculada, o Pão  + santo da vida eterna, e o Cálice da salvação  + perpétua. Sobre estes dons, vos pedimos digneis lançar um olhar favorável, e recebê-los benignamente, assim como recebeste as ofertas do justo Abel, vosso servo, o sacrifício de Abraão, pai de nossa fé, e o que vos ofereceu vosso sumo sacerdote Melquisedeque, Sacrifício santo, Hóstia imaculada.
Profundamente inclinado, o celebrante diz:
Supplices te rogamus, omnipotens Deus, jube hæc perferri per manus sancti Angeli tui in sublime altare tuum, in conspectu divinæ majestatis tuæ: ut quoquot ex hac altaris partecipatione sacrosanctum Filii tui Cor+pus, et San+guinem sumpserimus, omni benedictione cælesti et gratia repleamur. Per eumdem Christum Dominum nostrum.
Amen.
Suplicantes vos rogamos, ó Deus onipotente, que, pelas mãos de vosso santo Anjo, mandeis levar estas ofertas ao vosso Altar sublime, à presença de vossa divina Majestade, para que, todos os que, participando deste altar, recebermos o sacrossanto Cor+po, e San+gue de vosso Filho, sejamos repletos de toda a bênção celeste e da Graça.Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Memento dos defuntos:
Memento etiam, Domine, famulorum famularumque tuarum N. et N. qui nos præcesserunt cum signo fidei, et dormiunt in somno pacis Ipsis, Domine, et omnibus in Christo quiescentibus, locum refrigerii, lucis et pacis, ut indulgeas , deprecamur. Per eumdem Christum Dominum nostrum.
Amen.
Lembrai-vos, também, Senhor, de vossos servos e servas (NN. e NN. ), que nos precederam, marcados com o sinal da fé, e agora descansam no sono da paz. A estes, Senhor, e a todos os mais que repousam em Jesus Cristo, nós vos pedimos, concedei o lugar do descanso, da luz e da paz. Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
O celebrante bate no peito, dizendo:
Nobis quoque peccatoribus, extensis manibus ut prius, secrete prosequitur: famulis tuis, de multitudine miserationum tuarum sperantibus, partem aliquam, et societatem donare digneris, tuis sanctis Apostolis et Martyribus: cum Joanne, Stephano, Matthia, Barnaba, Ignatio, Alexandro, Marcellino, Petro, Felicitate, Perpetua, Agatha, Lucia, Agnete, Cæcilia, Anastasia, et omnibus Sanctis tuis: intra quorum nos consortium non æstimator meriti, sed veniæ, quæsumus, largitor admitte. Per Christum Dominum nostrum. Per quem hæc omnia Domine, semper bona creas, sancti+ficas, vivi+ficas, bene+dicis, et præstas nobis.
Também a nós, pecadores, vossos servos, que esperamos na vossa infinita misericórdia, dignai-vos conceder um lugar na comunidade de vossos santos Apóstolos e Mártires: João, Estevão, Matias, Barnabé, Inácio, Alexandre, Marcelino, Pedro, Felicidade, Perpétua, Águeda, Luzia, Inês, Cecília, Anastácia, e com todos os vossos Santos. Unidos a eles pedimos, vos digneis receber-nos, não conforme nossos méritos mas segundo a vossa misericórdia.Por Jesus Cristo Nosso Senhor.
Amém.
 Por Ele, ó Senhor, sempre criais, santi+ficais, vivi +ficais, aben+çoais, e nos concedeis todos estes bens.
DOXOLOGIA FINAL
PER IP+SUM, ET CUM IP+SO, ET IN IP+SO, EST TIBI DEO PATRI  + OMNIPOTENTI, IN UNITATE  + SPIRITUS SANCTI, OMNIS HONOR ET GLORIA. PER OMNIA SÆCULA SÆCULORUM.
POR E+LE, COM E+LE E N+ELE, A VÓS, DEUS PAI  + ONIPOTENTE, NA UNIDADE DO  +ESPÍRITO SANTO, TODA A HONRA E TODA A GLÓRIA POR TODOS OS SÉCULOS DOS SÉCULOS
O celebrante termina em voz alta:
R. Amen.
R. Amém.
COMUNHÃO Participação no Sacrifício "Pater Noster"
Terminado o Cânon, o celebrante diz em voz alta:
OREMUS.
Præceptis salutaribus moniti, et divina institutione formati, audemus dicere:
OREMOS. Fiéis às ordens do Senhor e, instruídos pelos divinos ensinamentos, ousamos dizer:
Pater noster, qui es in cælis: sanctificetur nomen tuum: adveniat regnum tuum: fiat voluntas tua, sicut in cælo, et in terra. Panem nostrum quotibianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem,
Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação,
R. Sed libera nos a malo.
R. mas livrai-nos do mal
O celebrante diz Amen em voz baixa, e continua:
Libera nos, quæsumus, Domine, ab omnibus malis, præteritis, præsentibus, et futuris: et intercedente beata et gloriosa semper Virgine Dei Genitrice Maria, cum beatis Apostolis tuis Petro et Paulo, atque Andrea, et omnibus Sanctis, da propitius pacem in diebus nostris: ut ope misericordiæ tuæ adiuti, et a peccato simus semper liberi, et ab omni perturbatione securi. Per eumdem Dominum nostrum Jesum Christum, Filium tuum. Qui tecum vivit et regnat in unitate Spíritus Sanctis Deus, Per ómnia saecula saeculórum. R. Amen
Livrai-nos de todos os males, ó Pai, passados, presentes e futuros, e pela intercessão da bem-aventurada e gloriosa sempre Virgem Maria, dos vossos bem-aventurados apóstolos, Pedro, Paulo, André e todos os Santos, dai-nos propício a paz em nossos dias, para que, por vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado, e preservados de toda a perturbação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que, sendo Deus, convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Por todos os séculos dos séculos. R. Amém
Fração da Hóstia 
O celebrante parte a Hóstia ao meio, de uma das partes tira um pequeno fragmento que deita no preciosíssimo Sangue, traçando antes, com ele, sobre o Cálice, três vezes, o sinal da cruz, e dizendo:
Pax  + Domini  + sit semper vobis+cum.
A paz+ do Senhor+ seja sempre con+vosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o vosso Espírito.
Hæc commixtio et consecratio Corporis et Sanguinis Domini nostri Jesu Christi fiat accipientibus nobis in vitam æternam.
Amen.
Que esta mistura sacramental do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja para nós que os vamos receber, penhor da vida eterna. Amém.
AGNUS DEI 
O celebrante bate três vezes no peito, dizendo:
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
R. Miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
R. Miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
R. Dona nobis pacem.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, R. Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, R. Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, R. Dai-nos a paz.
Inclinado, recita a oração seguinte, pela paz da Igreja, depois da qual se dá, nas Missas solenes, o ósculo da paz. O celebrante dá-o ao diácono, este ao subdiácono, o qual o transmite ao clero presente. Na Quinta-feira Santa, diz-se das três vezes: miserere nobis. - Nas Missas de Defuntos diz-se: Dona eis requiem; à terceira vez: dona eis requiem sempiternam. Não se bate no peito.
Domine Jesu Christe, qui dixisti Apostolis tuis: Pacem relinquo vobis, pacem meam do vobis: ne respicias peccata mea, sed fidem Ecclesiæ tuæ: eamque secundum voluntatem tuam pacificare et coadunare digneris: qui vivis et regnas Deus, per omnia sæcula sæculorum.
Amen.
Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos vossos apóstolos: "Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz": não olheis os meus pecados, mas para a fé da vossa Igreja; dai-lhe, a paz e a unidade, segundo a vossa misericórdia. Vós que sendo Deus, viveis e reinais, em união com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Preparação para a Comunhão
Inclinado sobre o altar, o celebrante recita as duas orações seguintes, como preparação imediata para a Comunhão:
Domine Jesu Christe, Fili Dei vivi, qui ex voluntate Patris, cooperante Spiritu Sancto, per mortem tuam mundum vivificasti: libera me per hoc sacrosanctum Corpus et Sanguinem tuum ab omnibus iniquitatibus meis, et universis malis: et fac me tuis semper inhærere mandatis, et a te numquam separari permittas. Qui cum eodem Deo Patre et Spiritu Sancto vivis et regnas Deus in sæcula sæculorum. Amen.
Senhor Jesus Cristo, filho de Deus vivo, que por vontade do Pai, cooperando com o Espírito Santo, por vossa morte destes a vida ao mundo. Livrai-me, por este vosso sacrossanto Corpo e por vosso Sangue, de todos os meus pecados e de todos os males. E, fazei que eu observe sempre os vossos preceitos, e nunca me afaste de Vós, que, sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Perceptio Corporis tui, Domine Jesu Christe, quod ego, indignus sumere præsumo, non mihi proveniat in judicium et condemnationem; sed pro tua pietate prosit mihi ad tutamentum mentis et corporis, et ad medelam percipiendam. Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitate Spiritus Sancti Deus, per omnia sæcula sæculorum. Amen.
Este vosso Corpo, Senhor Jesus Cristo, que eu, que sou indigno, ouso receber, não seja para mim causa de juízo e condenação, mas por vossa misericórdia, sirva de proteção e defesa à minha alma e ao meu corpo, e de remédio aos meus males. Vós, que sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Comunhão do celebrante
O celebrante genuflecte e pegando depois na sagrada Hóstia, diz:
Panem cælestem accipiam, et nomen Domini invocabo.
Receberei o Pão do céu e invocarei o nome do Senhor:
Em seguida bate três vezes no peito, dizendo:
Domine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanabitur anima mea.
Senhor, eu não sou digno, de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva.
Faz sobre si o sinal da cruz com a sagrada Hóstia, antes de a comungar:
Corpus Domini nostri Jesu Christi custodiat  + animam meam in vitam æternam. Amen.
O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo  +guarde a minha alma para a vida eterna. Amém.
Recolhe-se por uns instantes, e depois recita os seguintes versículos:
Quid retribuam Domino pro omnibus quæ tribuit mihi?
Calicem salutaris accipiam, et nomen Domini invocabo.Laudans invocabo Dominum, et ab inimicis méis salvus ero.
Que retribuirei ao Senhor por tudo o que me tem concedido? Tomarei o Cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Invocarei o Senhor louvando-O, e ficarei livre de meus inimigos.
Toma o preciosíssimo Sangue, fazendo antes sobre si o sinal da cruz, dizendo:
Sanguis Domini nostri Jesu Christi  +custodiat animam meam in vitam æternam. Amen.
O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo  +guarde a minha alma para a vida eterna. Amém.
Comunhão dos fiéis 
Os fiéis, ou o acólito por eles, recitam o CONFITEOR:
Confiteor Deo omnipotenti,
beatæ Mariæ semper Virgini,
beato Michæli Archangelo, beato Joanni Baptistæ, sanctis Apostolis Petro et Paulo, omnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccavi nimis cogitatione, verbo, et opere:
[percutiunt sibi pectus ter, dicentes:] 
mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa.   Ideo precor beatam Mariam semper Virginem,
beatum Michælem Archangelum,
beatum Joannem Baptistam, sanctos Apostolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater,
orare pro me
ad Dominum Deum nostrum.
Eu pecador me confesso a Deus todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras, obras e omissões, [bate três vezes no peito] por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Portanto, rogo à bem-aventurada Virgem Maria, ao bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
Voltando-se para os fiéis, o celebrante diz:
Misereatur vestri omnipotens Deus, et dimissis peccatis vestris, perducat vos ad vitam æternam. R. Amen
Que Deus onipotente se compadeça de vós e, perdoando os vossos pecados vos conduza à vida eterna. R. Amém.
Indulgentiam,+ absolutionem, et remissionem peccatorum vestrorum tribuat vobis omnipotens et misericors Dominus. R. Amen.
Indulgência,  + absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso. R. Amém.
O celebrante volta-se para o altar, genuflecte e voltando-se pra os assistentes ergue a Hóstia, dizendo:
Ecce Agnus Dei,
ecce qui tollit peccata mundi.
Eis o Cordeiro de Deus! Eis aquele que tira o pecado do mundo!
E em seguida, três vezes:
Domine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanabitur anima mea.
Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva.
Dirigindo-se à mesa de comunhão diz a cada um dos comungantes:
Corpus Domini nostri Jesu Christi  +custodiat animam tuam in vitam æternam.
Amen.
O Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo  + guarde tua alma para a vida eterna. Amém.
ABLUÇÕES
O celebrante purifica primeiro o cálice e depois os dedos, e toma as abluções. Entretanto vai dizendo:
Quod ore sumpsimus, Domine,
pura mente capiamus,
et de munere temporali fiat nobis remedium sempiternum.
Corpus tuum, Domine,
quod sumpsi, et Sanguis, quem potavi,
adhæreat visceribus meis: et præsta;
ut in me non remaneat scelerum macula, quem pura et sancta refecerunt Sacramenta.
Qui vivis et regnas in sæcula sæculorum.
Amen.
Fazei Senhor, que com o espírito puro, conservemos o que a nossa boca recebeu. E, que desta dádiva temporal, nos venha remédio para a eternidade. Concedei, Senhor, que vosso Corpo e vosso Sangue que recebi, me absorvam intimamente, e fazei que, restabelecido por estes puros e santos Sacramentos, não fique em mim mancha alguma de culpa. Vós, que sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Limpa o cálice e deixa-o coberto no meio do altar. Nas Missas solenes, é o subdiácono quem limpa o cálice e o leva para a credência. 
ANTÍFONA DA COMUNHÃO
O celebrante passa para o lado direito do altar, e recita a antífona da Comunhão.

[Ver Missa do dia]
V. Dóminus vobíscum.
V. O senhor seja convosco
R. Et cum spiritu tuo.
R. E também com o teu espírito.
PÓS-COMUNHÃO
À Pós-comunhão principal da Missa podem, em certos casos, como para a Coleta, juntar-se outras.

[Ver Missa do dia]
... per ómnia sáecula saeculórum. V. Amen
... por todos os séculos dos séculos. V. Amém
Despedida
O celebrante volta ao meio do altar, beija-o, e, voltando-se para os fiéis saúda-os:
Dominus vobiscum.
O Senhor seja convosco
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o vosso espírito.
V.Ite, Missa est.
V. Em boa hora vos ide.
Ou, nas missas em que omite-se o Glória:
V. Benedicamus Domino.
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Deo gratias.
R. Demos graças a Deus
Ou ainda, nas missas de Réquiem:
Requiescant in pace.
R. Amen.
Descansem em paz.
R. Amém.
Voltando-se para o altar, recita a seguinte oração
Placeat tibi, sancta Trinitas, obsequium servitutis meæ: et præsta, ut sacrificium quod oculis tuæ maiestatis indignus obtuli, tibi sit acceptabile, mihique, et omnibus pro quibus illud obtuli, sit, te miserante, propitiabile.
Per Christum Dominum nostrum.
Amen.
Seja-vos agradável, ó Trindade santa, a oferta de minha servidão, afim de que este sacrifício que, embora indigno aos olhos de vossa Majestade, vos ofereci, seja aceito por Vós, e por vossa misericórdia, seja propiciatório para mim e para todos aqueles por quem ofereci.
Por Cristo Jesus Nosso Senhor. Amém.
Beija o altar, volta-se para a assistência, e dá a bênção, dizendo:
Benedicat vos omnipotens Deus: Pater, et Filius,  + et Spiritus Sanctus.
Abençoe-vos o Deus onipotente, Pai, e Filho,  + e Espírito Santo.
 R. Amen.
R. Amém.
ÚLTIMO EVANGELHO
O celebrante passa para o lado esquerdo do altar e recita, como último Evangelho, o princípio do Evangelho de São João (que se omite na Quinta-feira Santa e na Vigília pascal).
V.Dominus vobiscum.
O Senhor seja convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o vosso espírito.
+Initium sancti Evangelii secundum Joannem
+ Início do santo Evangelho segundo são João
R. Gloria tibi, Domine.
Glória a Vós Senhor.
In principio erat Verbum et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum. Hoc erat in principio apud Deum. Omnia per ipsum facta sunt, et sine ipso factum est nihil quod factum est; in ipso vita erat, et vita erat lux hominum; et lux in tenebris lucet, et tenebræ eam non comprehenderunt. Fuit homo missus a Deo cui nomen erat Joannes. Hic venit in testimonium, ut testimonium perhiberet de lumine, ut omnes crederent per illum. Non erat ille lux, sed ut testimonium perhiberet de lumine. Erat lux vera quæ illuminat omnem hominem venientem in hunc mundum. In mundo erat, et mundus per ipsum factus est et mundus eum non cognovit. In propria venit, et sui eum non receperunt. Quotquot autem receperunt eum, dedit eis potestatem filios Dei fieri; his qui credunt in nomine ejus, qui non ex sanguinibus, neque ex voluntate carnis, neque ex voluntate viri, sed ex Deo nati sunt. 
(ajoelhar)
:
ET VERBUM CARO FACTUM EST, et surgens prosequitur: et habitavit in nobis: et vidimus gloriam ejus, gloriam quasi Unigeniti a Patre, plenum gratiæ et veritatis.
R. Deo gratias.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João Este veio como Testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era Ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Ali estava a Luz verdadeira, a que ilumina a todo o homem que vem a este mundo Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aos que crêem no seu Nome; Os quais não nasceram do sangue, nem do desejo da carne, nem da vontade do homem, mas nasceram de Deus.E O VERBO SE FEZ CARNE,(ajoelhar): e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória própria do Filho Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. R. Demos graças a Deus
ORAÇÕES NO FIM DA MISSA REZADA
De joelhos diante do altar, o celebrante diz com os fiéis as seguintes preces prescritas pelo papa Leão XIII e por Pio XI enriquecidas de indulgências (10 anos). Este último papa mandou se rezassem pela conversão da Rússia.
Ave Maria,... (três vezes)
Salve Rainha,...
OREMOS: Deus, nosso refúgio e fortaleza, olhai propício para o povo que a Vós clama; e, pela intercessão da gloriosa e imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus, de S. José, seu Esposo, dos vossos bem-aventurados Apóstolos S. Pedro e S. Paulo e de todos os Santos, ouvi misericordioso e benigno as preces que Vos dirigimos para a conversão dos pecadores, para a liberdade e exaltação da Santa Madre Igreja. Pelo mesmo Jesus Cristo Senhor Nosso. V. Amém.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, cobri-nos com o vosso escudo contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o Deus, instantemente o pedimos. E vós, príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém
São Pio X pediu se ajuntasse três vezes a seguinte jaculatória:
V. Sacratíssimo Coração de Jesus.
R. Tende piedade de nós.

segunda-feira, setembro 15, 2014

MARIA MULHER REVESTIDA DE SOL.



Apocalipse 12

1. Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.
2. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz.
3. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.
4. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho.
5. Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono.

Bem meus irmãos Católicos, esse assunto é complicado e temos que tratar com todo o cuidado, pois é uma ferida no coração protestante, nós sabemos que os filhos da serpente não suportam ouvir falar na (Mulher), pois todos nós sabemos que a serpente tem ódio da Mulher porque ela pisaria em sua cabeça.

Gênesis 3

15. Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.”

Nesse texto de gênesis podemos observar exatamente o que eu estou falando, existem duas descendências, uma da Mulher e outra da serpente, sendo que a descendência da Mulher seria perseguida pela descendência da serpente, pois é exatamente isso que acontece em nossos dias, nós Católicos descendentes da (Mulher) somos perseguidos pela descendência da serpente, mas voltando ao assunto principal que é a respeito da Mulher revestida do sol e a lua debaixo dos seus pés temos que entender Biblicamente qual Mulher possui essas características.

A primeira característica dessa Mulher é que ela estava revestida do sol e tinha a lua debaixo dos seus pés, parece meio obscuro, mas devemos primeiramente entender que Deus estava enviando um sinal, podemos observar isso logo no inicio do versículo “Apareceu em seguida um grande sinal”; então Deus estava enviando um sinal com uma Mulher revestida se sol, só existe um texto na Bíblia fora Apocalipse 12 onde Deus também envia um sinal com uma Mulher.

Isaias 7

14. Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem(Maria) conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco.(Jesus Cristo)

No texto de Apocalipse Deus envia um sinal com uma Mulher que daria a luz ao menino e no texto de Isaias 7 Deus também envia o mesmo sinal, uma Mulher virgem que daria a luz ao menino, todos nós Cristãos sabemos exatamente quem é a Mulher que deu a luz ao menino Deus! Essa Mulher se chama a bem aventurada Virgem Maria, mas no texto do Apocalipse diz que essa Mulher estava revestida de sol e tinha a lua debaixo dos seus pés, acredito que no Antigo Testamento exista um texto que explique isso.

Cântico dos cânticos 6

9. uma, porém, é a minha pomba, uma só a minha perfeita; ela é a única de sua mãe, a predileta daquela que a deu à luz. Ao vê-la, as donzelas proclamam-na bem-aventurada, rainhas e concubinas a louvam.
10. Quem é esta que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temívelcomo um exército em ordem de batalha?

Existem duas observações nesse texto, primeiro que a Mulher bela como a lua e brilhante como o sol era a perfeita escolhida, todos nós sabemos quem foi a escolhida "Virgem Maria"; a segunda particularidade nesse texto se trata da forma com que Deus proclama essa Mulher“Ao vê-la, as donzelas proclamam-na bem-aventurada”; nessa frase Deus está afirmando que a Mulher bela como a lua e brilhante como o sol segundo o livro dos cânticos e revestida do sol com a lua debaixo dos pés segundo o livro do Apocalipse seria proclamada bem aventurada.

Biblicamente só existe uma Mulher que seria proclamada bem aventurada por todas as gerações:

Lucas 1

46. E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor,
47. meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
48. porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,

Qual o significado de tudo isso?

A bem aventurada virgem Maria, bela como a lua e brilhante como o sol, no qual serviu como sinal para vinda do salvador é a mesma Mulher do Apocalipse 12 que também serviu como sinal para vinda do salvador, estava revestida do sol e tinha a lua debaixo dos pés.

Alguns protestantes dizem que essa Mulher é a Igreja, pena mesmo para os protestantes que a Igreja foi enviada por Jesus Cristo e não Jesus Cristo enviado pela Igreja, na tese protestante a Igreja deveria ter nascido antes de Jesus Cristo.

Também não podemos deixar de lado que a Mulher revestida do sol tem um significado muito extraordinário, Maria carregou em seu ventre a luz do mundo e o sol nascente.

Lucas 1

78. Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente,

João 8

12. Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.

Mas essa tese é só mais uma maluquice dos amigos rebelados.

E mais uma vez a mentira acaba.

Autor: Cris Macabeus.

As musicas da igreja Católica única de Jesus Cristo diz tudo sobre a interpretação da Santa Igreja sobre Apocalipse capitulo12.
Quem é esta que avança como aurora?

Quem é esta que avança como aurora,
Temível como um exército em ordem de batalha,
Brilhante como o sol e como a lua,
Mostrando o caminho aos filhos seus?

Ah, ah, ah, minha alma glorifica ao Senhor,
meu espírito exulta em Deus, meu Salvador.
Perfeito é Quem Te Criou
Padre Antônio Maria

Se um dia um anjo declarou
Que tú eras cheia de Deus
agora penso em só eu
para não te dizer também

Cheia de graça oh mãe
cheia de graça oh mãe
agraciada

Se a palavra ensinou
e todos hão de concordar
e as gerações te proclamar
agora eu também direi

Tú és bendita oh mãe
Tú és bendita oh mãe
bem aventurada

Surgiu um grande sinal no céu
uma mulher revestida de sol
a lua debaixo de seus pés
e na cabeça uma coroa

Não há como se comparar
perfeito é quem te criou
se o criador te coroou

Te coroamos oh mãe
Te coroamos oh mãe
Te coroamos oh mãe
Te coroamos oh mãe
nossa rainha

Te coroamos oh mãe
Te coroamos oh mãe
Te coroamos oh mãe
Te coroamos oh mãe
nossa rainha(bis 3x)

Fonte: Macabeus 

quarta-feira, setembro 03, 2014

Sao Gregorio Magno - Papa e Doutor da Igreja

No fim do século VI, Roma desabava no caos e com ela agonizava toda uma civilização. 
Os rumos da história mudavam drasticamente quando um monge beneditino foi 
escolhido  Papa. Era Gregório I, a quem a História qualificou de "o Magno".
 Como as furiosas e ritmadas ondas de um mar borrascoso irrompem com violência sobre as areias da praia, sucessivas hordas de invasores assolaram, durante mais de 150 anos, a península italiana. Em 410, os visigodos do rei Alarico I, após devastar vilas e campos, chegaram até Roma, cujas muralhas tinham 800 anos sem avistar um exército estrangeiro. E a esplendorosa e já decadente cidade das sete colinas foi saqueada durante três dias.
Sao Gregorio Magno Papa.jpg
"São Gregório Magno", por Francisco 
Goya - Museu Romântico, Madri
Em vão o Papa Leão Magno tentou deter os vândalos que sulcavam impunemente, em rápidas naves, o Mar Mediterrâneo. O santo Pontífice obteve de seu rei, Genserico, apenas que a população fosse poupada. Mas durante duas trágicas semanas do ano 455, Roma foi minuciosamente pilhada por esses terríveis bárbaros.
Em 472, o suevo Ricimero, apoiado pelos burgúndios, sitiou a capital do império, onde tentou resistir um dos últimos soberanos latinos: Antémio, mera sombra de autoridade num mundo cada vez mais convulsionado. No dia 11 de julho, a velha urbe foi, pelas tropas do caudilho suevo, saqueada mais uma vez.
Como conseqüência de intrigas políticas, Rômulo Augústulo, um jovem de 13 anos, foi proclamado soberano de um império que já não mais existia. Menos de um ano durou essa triste comédia: em 476, Odoacro, à cabeça de várias tribos de germanos, ocupou aquelas terras onde tremia e chorava de medo o último dos imperadores de Roma...
Uma nova horda de invasores submergiu a península no ano de 489: os ostrogodos. Quiçá 200 mil homens, calculam os historiadores. Em poucos anos, eliminaram os ocupantes da véspera, tornaram-se os donos da Itália e seu rei Teodorico entrou triunfalmente na cidade dos antigos césares.
Após a morte deste grande chefe, em 526, a península italiana transformou- se durante mais de duas décadas num imenso campo de batalha onde godos e bizantinos entrechocavam-se ferozmente, disputando palmo a palmo aquela terra ensangüentada. Várias vezes a Cidade Eterna foi sitiada e conquistada. Seus grandiosos monumentos e palácios desmoronavamse e a população, outrora mais de um milhão de habitantes, somava agora menos de 100 mil seres desafortunados, na maioria oriunda de outras regiões desoladas pela guerra.
Finalmente, Belisário e Narses, geniais comandantes do exército bizantino, cujo imperador Justiniano reinava na distante e despreocupada Constantinopla, exterminaram o povo dos ostrogodos. Um capítulo trágico parecia concluído e o futuro despontava sereno no horizonte dos romanos sobreviventes.
A catástrofe
Mas o pior estava ainda por acontecer. O sonho da restauração de um passado grandioso evaporou-se no incêndio de uma nova convulsão social.
Como uma avalanche incontenível, em 568, desembocaram no norte da Itália 100 mil guerreiros seguidos por mais de 500 mil anciãos, mulheres e crianças: os lombardos. Esse povo bárbaro, de religião ariana, logo revelou ser um dos mais cruéis e sanguinários invasores que até então haviam penetrado na Europa ocidental. "À sua chegada, a Itália conservava ainda a forma romana nas suas cidades. Mas quando passavam os lombardos com os seus exércitos, desapareciam até os últimos vestígios da organização romana do município".1 Testemunhas desses acontecimentos narram que "as igrejas eram saqueadas, os sacerdotes assassinados, as cidades destruídas e mortos os seus habitantes". 2 Seu método de conquista consistia na violência e no terror, e para firmarem-se de modo definitivo naquelas terras, eliminavam metodicamente as elites latinas e o resto de aristocracia ainda subsistentes.
Todo o norte da Itália foi conquistado e para Roma acorriam os sobreviventes, fugindo dos horrores que acompanhavam a ocupação lombarda.
A luz da esperança
Outono de 589. Chuvas torrenciais abateram-se sobre a Itália. Os campos ficaram alagados, perderam-se as colheitas e quase todos os rios transbordaram, destruindo pontes e inundando muitas vilas e cidades.
Em Roma, o manso Tibre tornou-se uma torrente impetuosa. Saindo de seu leito e atingindo um nível jamais visto, as águas devastaram a cidade e submergiram no lodo seus bairros menos elevados. O inverno e o novo ano chegaram, e a chuva não cessava de cair. A catástrofe atingiu então proporções apocalípticas: à destruição e à fome acrescentou-se uma epidemia de peste bubônica que se alastrou rapidamente, dizimando a população. Roma agonizava, e muitos se perguntavam se não haveria chegado já o fim do mundo. No auge do drama, atingido pela peste em seu palácio de Latrão, faleceu o Papa Pelágio II.
Sentindo-se desamparados no meio da borrasca, os olhos de todos voltaram-se para a única Luz do mundo: às igrejas acorriam dia e noite os sobreviventes, implorando um raio da luz divina para dissipar as angústias e incertezas que obscureciam o horizonte.
Com efeito, ensina-nos o Papa Bento XVI: "A vida é como uma viagem no mar da História, com freqüência enevoado e tempestuoso, uma viagem na qual perscrutamos os astros que nos indicam a rota [...]. Certamente, Jesus Cristo é a luz por antonomásia o sol erguido sobre todas as trevas da História. Mas para chegar até Ele precisamos também de luzes vizinhas, de pessoas que dão luz, recebida da luz dEle". 3
Assim, os romanos do final do século VI perceberam, admirados, que a luz divina já brilhava para eles num límpido espelho. Então o clero, o senado e todo o povo aclamaram a uma só voz: "Gregório Papa!"
Igreja SGregorio Magno.jpg
No local do antigo mosteiro beneditino 
erigido por  São Gregório Magno
atualmente  se encontra a Igreja de 
San Gregorio al Celio
Era Gregório a "luz da esperança"4 que refulgia naquele ocaso de uma civilização.
Primeiros anos
Vox populi, vox Dei. Gregório foi, sem dúvida, o varão providencial escolhido por Deus para governar a Igreja naqueles tempos difíceis e decisivos.
Viera à luz no ano de 540, numa nobre e antiga família romana, profundamente católica e com longa história de fidelidade à Cátedra de São Pedro.
Eram seus pais o senador Gordiano, que no fim da vida entraria no estado eclesiástico, e Sílvia, dama conhecida por sua piedade e generosidade, que terminaria seus dias retirada do mundo e consagrada ao Senhor. Ambos, e duas tias de Gregório, Tarsila e Emiliana, são venerados como santos.
A mansão familiar erguia-se num dos lados do monte Célio, lugar privilegiado no centro da Roma antiga. Do alto de suas janelas, que dominavam a Via Triumphalis, podia Gregório avistar à direita o majestoso Arco de Constantino, que se erguia diante do Anfiteatro Flávio (o Coliseu) e, à esquerda, o já muito deteriorado Circo Máximo. À frente, do outro lado da avenida, elevava-se, abandonada, a imensa mole do conjunto dos palácios do Palatino, semidestruídos pelos tremores de terra, os incêndios e os saqueios dos bárbaros. A visão desse triste e monumental cenário não pôde ter deixado de despertar na alma romana de Gregório a esperança de uma futura restauração da grandeza perdida.
Entretanto, ao longo de sua infância e juventude, assistiu a acontecimentos que marcariam profundamente sua vida em sentido contrário.
Presenciou, certamente, na noite de 17 de dezembro de 546, a terrível entrada dos ostrogodos em Roma, seguida da deportação de seus habitantes durante 40 dias, período em que a cidade deserta ficou à mercê dos invasores. E quiçá contemplou, desolado, as muralhas da urbe arrasadas por ordem de Totila, o rei dos bárbaros.
Nesse contraste entre a piedade do ambiente doméstico, solidamente arraigado nas tradições romanas, e a instabilidade de um mundo novo que surgia na violência, transcorreram os primeiros anos da existência de Gregório.
Longa preparação
Após o aniquilamento dos ostrogodos pelo exército do imperador Justiniano, durante vários anos reinou na Itália uma relativa paz que permitiu a Gregório, seguindo a tradição familiar, cursar a carreira jurídica.
Sua aguda inteligência e incomum capacidade organizativa destacaramno rapidamente nos meios cultos da época, e sua reputação aumentava com o passar dos anos. Entretanto, como dois robustos galhos de uma mesma árvore, cresciam no seu espírito o desejo de empreender grandes obras para ordenar aquela civilização cambaleante e o anelo de abandonar o mundo para consagrar-se unicamente à contemplação das realidades sobrenaturais.
Quando contava pouco mais de 30 anos, foi nomeado prefeito de Roma, um dos mais altos cargos do governo da cidade. Desempenhou essa função com superior habilidade, enfrentando dificuldades de toda ordem, criadas pelo drama da invasão dos lombardos. Contudo, em meio das mais absorventes ocupações, ressoava sempre na sua alma o chamado a uma vida contemplativa: "Por longo tempo diferi a graça da conversão, ou seja, da profissão religiosa, e, ainda após ter sentido a inspiração de um desejo celeste, eu acreditava ser melhor conservar o hábito secular. Neste período manifestava-se em mim no amor à eternidade, aquilo que eu devia procurar, mas as ocupações assumidas acorrentavam- me"5 - confessava ele, anos depois, numa carta dirigida a São Leandro de Sevilha.
Em 575, concluiu-se o tempo prescrito e Gregório, aliviado, deixou o mais prestigioso cargo da cidade. Três anos transcorridos procurando solucionar casos e situações irremediáveis, convenceram-no da inutilidade de qualquer esforço humano para salvar aquela civilização: sim, a grandeza temporal da urbe dos césares havia naufragado. Esperar, só em Deus...
A graça operou então a definitiva conversão daquela alma feita para voar nos horizontes infinitos da Fé.
Gregório, monge
Junto com as esperanças terrenas, Gregório deixou para sempre a púrpura do patriciado e revestiu-se das insígnias de uma nobreza mais alta: o hábito monacal. Mas, ao invés de abandonar a conturbada Roma e partir para algum claustro distante, transformou o palácio senatorial do Monte Célio em mosteiro beneditino, sob a invocação de Santo André.
Entregando o governo da casa a um experimentado abade chamado Valêncio, começou como humilde súdito sua vida religiosa. Foram os anos mais felizes de sua existência.
Missa SGregorio Magno.jpg
"Missa de São Gregório Magno", 
por Andrea Sacchi - Basílica de São Pedro
Nesse período, pôde Gregório saciar os seus anelos de isolamento, e abundantes graças místicas de contemplação lhe foram concedidas. Com indizíveis saudades, escreveu décadas depois: "Quando vivia no mosteiro, podia ter, de modo quase contínuo, a mente fixa na oração".6
A luz sobre o candeeiro
Entretanto, "não se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para ser posta sobre o candeeiro" (Mt 5, 15). A Sabedoria divina ia lentamente preparando esse varão incomum, por vias não imaginadas por ele, para ser uma verdadeira luz do mundo a brilhar no firmamento da Igreja e da Civilização Cristã.
Após quatro anos de paz monacal foi, por ordem do Papa Bento I, ordenado diácono regional, ou seja, encarregado da administração de uma das regiões eclesiásticas que nessa época dividiam a cidade de Roma. E pouco depois o novo Papa, Pelágio II, que reconhecia em Gregório uma longa experiência em assuntos seculares e uma provada virtude, o enviou como apocrisiário (núncio) à capital do Império do Oriente, Constantinopla.
"Como sucede às vezes a uma nave, atada ao cais de modo descuidado, ser arrastada pelas ondas para fora do porto quando sobrevém uma tormenta, assim encontrei-me subitamente no oceano dos assuntos do século" 7, escrevia ele, narrando sua nova situação.
Seis anos de intenso labor na corte imperial proporcionaram a Gregório um útil contato com a cultura e a grandeza bizantinas, mas também com a sinuosa e ambígua política de seus soberanos. As tendências heterodoxas de monofisismo e nestorianismo, que ainda crepitavam ali, foram combatidas com destemor pelo apocrisiário, o qual sabia aliar aos argumentos teológicos uma fina habilidade diplomática.
Sempre acompanhado por alguns monges de Santo André do Monte Célio, Gregório manteve no belo palácio à beira do Bósforo, onde residiam os apocrisiários do Papa, a vida sacral de um religioso, filho de São Bento. Apesar das múltiplas ocupações, todos ali rezavam, cantavam e estudavam as Escrituras, na inteira observância da disciplina monástica.
Por volta do ano 585, pôde Gregório retornar a Roma. Seu maior desejo era retirar-se definitivamente do mundo e enclausurar-se em seu amado mosteiro de Santo André. Porém, os deveres do apostolado e a voz da obediência o chamaram mais uma vez para outros caminhos.
Uma antiga tradição refere que certo dia, caminhando pelas ruas da cidade, ele deparou-se com um grupo de jovens escravos anglos, provindos da longínqua Britânia. Contristado, ao ver gente tão cheia de qualidades submersa nas trevas do paganismo, exclamou: "Não são anglos, mas anjos!" Providencial encontro que o moveria a fazer todo o possível para levar a luz do Evangelho a esse povo e, mais tarde, a promover a conversão de todos os novos e temidos habitantes de Europa: os bárbaros.
Pediu licença ao Papa para dirigir-se ao país dos anglos, com o objetivo de trazê-los ao seio da Igreja. Mas, atendendo às súplicas do povo romano, que não queria ver-se privado de um varão cuja santidade já era notória, Pelágio II o reteve na Cidade Eterna e, ademais, o chamou a si, para servir-se dele como experimentado conselheiro.
A mais alta das cruzes
Após o falecimento de Pelágio II, foi Gregório o escolhido, por unânime aclamação, para ocupar o trono de São Pedro. Considerando-se, porém, indigno, e espantado diante da incomensurável responsabilidade, fugiu de Roma e ocultou-se nas montanhas e florestas vizinhas. Lá foi achado pelo povo e, então, submeteu-se humildemente diante dos inequívocos sinais da vontade divina. A seu amigo João, Bispo de Ravena, que o censurou por não aceitar imediatamente a eleição, escreveria depois, assumindo a repreensão: "Com benigno e humilde afeto, desaprovas, irmão caríssimo, o fato de haver eu fugido, escondendo-me, do peso do governo pastoral!".8
Foi solenemente sagrado na Basílica de São Pedro, no dia 3 de setembro de 590. Contudo, tendo sempre diante de si a própria insuficiência e indignidade, manifestava sinceramente sua consternação: "Sinto-me de tal modo esmagado pela dor, que apenas posso falar. Tudo o que contemplo causa-me tristeza, e aquilo que para os outros é motivo de consolação, a mim parece-me aflitivo".9
trono de San Gregorio.jpg
Na Igreja de San Gregorio al Celio
em Roma, pode-se visitar o trono
utilizado  pelo Santo Papa.
Mas se a humildade o fazia tremer, a Fé na invencibilidade da Cátedra de Pedro incutia-lhe uma sobrenatural fortaleza: "Estou disposto a morrer antes de ser causa de ruína para a Igreja de Pedro. Acostumei-me a sofrer com paciência, mas, uma vez decidido, lanço-me com ânimo resoluto em direção a todos os perigos".10
O ponto de vista profético
Gregório I subia ao supremo pontificado, numa cidade desmantelada, símbolo de uma civilização em agonia, e numa Igreja convulsionada pelas invasões, por cismas e relaxamentos. Entretanto, a inspirada clarividência que o caracterizaria até o fim, manifestou-se desde o primeiro momento de seu governo. Diante de uma sociedade devastada por crises aparentemente insolúveis, ele apresentou o ideal da vida cristã em toda a sua radical int egridade. O imenso vazio deixado pelo desaparecimento do ius civitatis romano só poderia ser preenchido pelo donum caritatis cristão. 11 O objetivo principal do Papamonge seria, pois, elevar continuamente os espíritos à consideração das realidades sobrenaturais, para então viver os acontecimentos temporais sob uma perspectiva eterna. Esse programa, ele o deixou bem delineado na sua primeira homilia ao povo romano, no segundo domingo do Advento de 590.12
Assim procedendo, São Gregório fechava para sempre a última porta que unia a Europa com o mundo antigo, nascido do paganismo, e plantava a semente de uma nova civilização que cresceria sob a luz do Evangelho, regada pelo preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pastor das almas
Durante os primeiros anos de seu pontificado, a península italiana atravessava uma das piores fases do conflito lombardo. Assim descreveu São Gregório aqueles dias calamitosos: "Por todos os lados vemos luto e escutamos gemidos. As vilas foram destruídas, os castelos demolidos, os campos tornaram-se desertos, a terra está desolada e já não há quem a cultive; poucos habitantes ainda ocupam as cidades. Estamos contemplando a que extremo foi reduzida Roma, a mesma que outrora parecia ser a senhora do mundo! Muitas vezes quebrantada por dores imensas, pela desolação de seus cidadãos, pelos ataques de seus inimigos e as ruínas freqüentes... Nela desapareceu todo o esplendor das glórias terrenas. Desprezemos com toda a alma este mundo quase extinto, e imitemos a conduta dos santos".13
Abandonada quase totalmente pelos bizantinos, a antiga urbe foi duas vezes sitiada pelos ferozes lombardos. Mas em ambas, graças à fortaleza e habilidade do novo Papa, o cerco foi levantado e eles se retiraram. Empenhado não na destruição, mas na conversão dos invasores, São Gregório assinou uma trégua com eles e procurou por todos os meios atraí-los à verdadeira Fé. Depois de não poucas tentativas, foi possível - graças ao fervor e à influência da princesa Teodolinda, filha do rei católico da Baviera e esposa do caudilho dos lombardos - batizar o filho do casal e preparar assim a futura conversão de todo o povo.
A sede de almas do Sumo Pontífice fez reflorescer para a Igreja todo o ocidente da Europa.
relicario.jpg
Relicário com a mão
esquerda de São Gregório
Magno que se venera
na Catedral de 
Cesena, Itália
Na Espanha, apoiou eficazmente São Leandro na difícil evangelização dos visigodos arianos. Quando, por fim, o monarca dessa nação abraçou a religião verdadeira, escreveu São Gregório, cheio de júbilo: "Não posso exprimir com palavras a alegria que sinto porque o glorioso rei Recaredo, nosso filho, aderiu à Fé católica com sincera devoção".14 A Gália mereceu especial atenção do santo Papa. Travou ele boas relações com os soberanos francos, renovou o clero decadente e simoníaco, ordenou a convocação de sínodos e procurou com energia pôr fim às cruéis práticas pagãs que ainda perduravam.
Onde pôde São Gregório manifestar todo seu ardor missionário, foi na conversão da Grã Bretanha. Outrora província do Império, esta ilha tinha sido evangelizada já nos primórdios do Cristianismo. Porém, invadida e dominada pelas tribos dos bárbaros anglos e saxões, a luz da Fé quase se havia apagado. O Pontífice não poupou esforços na conversão desse povo: estabeleceu uma cas a de formação em Roma para os jovens anglosaxões, conseguiu que um dos seus reis contraísse núpcias com uma princesa católica da França e, sobretudo, para lá enviou um grande número de missionários. Destacou-se entre eles Agostinho, que mais tarde seria Arcebispo de Cantuária e que, segundo narram as crônicas, batizou mais de 10 mil neófitos no dia de Pentecostes de 597. Sem dúvida, a conversão deste povo constitui o episódio culminante da obra evangelizadora de São Gregório.
Uma luz inextinguível
No ano de 604, Gregório, na paz dos justos, entregava a alma ao Pastor dos pastores. Apesar de várias moléstias que lhe causavam sofrimentos terríveis, permaneceu firme e vigilante até o fim. A sentinela de Israel partia, mas a luz por ele acendida, "brilhará diante dos homens" (Mt 5, 16) até a consumação dos séculos.
Tudo nesse varão providencial fora grande, graças à sua humilde docilidade diante dos desígnios do Espírito Divino que governa a Esposa de Cristo. Quando todo um mundo parecia desabar no caos, soube São Gregório confiar cegamente no triunfo da Santa Igreja e, pelo dom de sabedoria que o Espírito Santo lhe concedera, discernir novos rumos e metas para o povo de Deus. Pode-se afirmar, sem a menor dúvida, que pelo vastíssimo horizonte descortinado por seu olhar contemplativo passaram todos os problemas do tempo, e não houve obra que ele deixasse de empreender para alargar o Reino de Cristo.
A vida desse Papa admirável constitui um marco fundamental na História da Igreja. Publicou a "Regra Pastoral", um verdadeiro manual de santidade para os pastores do rebanho do Senhor; reformou a Liturgia, criando o estilo de canto que hoje leva seu nome; e fez do conjunto do seu Pontificado o ponto de partida de uma nova civilização, inteiramente cristã.
No entanto, seu único e ardente desejo era servir incondicionalmente, como simples escravo, a Jesus Cristo, o Rei Eterno. Por isso, enquanto do alto da Cátedra de Pedro regia os destinos do mundo, não quis receber outro título senão o de servus servorum Dei - servo dos servos de Deus.
E a Santa Igreja, com maternal gratidão, uniu a grandeza ao nome do escravo: para todo sempre será ele chamado São Gregório, o Magno.
(Pe. Pedro Rafael Morazzani Arráiz, EP - Revista Arautos do Evangelho, Set/2008, n. 81, p. 32 à 37)

segunda-feira, setembro 01, 2014

Os católicos adoram imagens?


O cavalo de batalha dos Protestantes é acusar os católicos de adorar imagens. Muitas vezes conseguem confundir os mais simples dizendo que Deus proibiu fazer imagens, etc. Vamos demonstrar aqui que Deus não proibiu fazer imagens, mas aliás mandou fazer.

Imagem: é a representação de um ser em seu aspecto físico. Assim imagem é uma fotografia, uma estátua, um quadro, etc.
Ídolo: é um falso deus, inventado pela fantasia humana (sol, lua, animais, etc.).

Adorar: é o ato de considerar Deus como o único criador e senhor do mundo.

Idolatria: é o ato de adorar o falso deus, ou seja, é considerar o falso deus como criador e senhor do universo.
Venerar: é imitar, honrar, louvar, homenagear, saudar, etc.
Deus proíbe a fabricação de ídolos, não de imagens. Lendo na Bíblia (Ex 20,1-5), percebemos que Deus proíbe severamente a fabricação de ídolos (falsos deuses) para serem colocados no lugar do Deus verdadeiro (criador do universo).

Quando as imagens não são para serem colocadas no lugar de Deus, isto é, quando as imagens não são para serem adoradas, então o mesmo Deus as manda fazer, e muitas. Exemplo das imagens que mandou fazer. Ler (Êxodo 25,18-20) (26,1-2; 37,7-9) (1 Reis 6,23-29) (1 Reis 6,32; 7,36; 8,7) (2 Crônicas3,10-14; 5,8) (Ezequiel 41,17-21) (Números 21,8-9) (1 Crônicas 28,18-19) (Números 7,89) (1 Samuel 4,4) (2 Samuel 6,2) (Hebreus 9,5)

O templo de Deus, construído ricamente pelo rei Salomão, estava cheio de imagens de escultura e Deus se manifestou nesse templo e o encheu de sua glória: (Ezequiel 41,17-20 - 43,4-6). Nesse templo havia até imagens gigantes: (1 Reis 6,23-35) (2 Crônicas 3,10-14) tinha ?a serpente de bronze, querubins de ouro, grinaldas de flores, frutos, árvores, leões?, etc. (Números. 21,9) (Êxodo 25,13) (Ezequiel 1,5; 10,20) (1 Reis 6,18,23; 7,36) (Números 8,4).

É bom lembrar que os primeiros Cristãos usavam imagens nos lugares de culto, nos cemitérios e nas catacumbas. Perseguidos, para auxiliar sua fé tão posta à prova, pintavam e esculpiam naqueles subterrâneos figuras representando Cristo e Sua Mãe Santíssima. O que mostra de passagem que o culto também à Mãe de Cristo é tão antigo quanto o próprio Cristianismo.

Ademais o fato de que Deus apareceu sob forma visível no mistério da encarnação parece um convite a reproduzir a face humana do Senhor e dos seus amigos. As primeiras imagens eram inspiradas pelo texto bíblico (cordeiro,bom pastor, peixe,Daniel, Moisés); mas podiam também representar o Senhor, a virgem Maria, os Santos Apóstolos e Mártires. Desde os inícios da arquitetura sacra as Igrejas foram enriquecidas com imagens tanto a título de instrução dos iletrados.

Então para que servem as imagens?
Elas contribuem para dar aos lugares de culto um aspecto sagrado, e convidam ao recolhimento e à oração (Êxodo 25,22) (1 Reis 6,23-28). Por isso, os querubins da Arca da Aliança não eram simples adornos. Lembravam ainda a mediação secundária dos Anjos (Hebreus 1,14), e integravam os objetos do culto.

Além desses casos, a Bíblia está cheia de ?imagens? e ?quadros? que o Artista Divino ?pintou? com letras Divinas. Esses quadros inspiraram os artistas humanos e escultores em seus lindos painéis esculturas ou imagens.

Nós Católicos, adoramos as imagens?
Não, quem o afirma ou não entende nada de Catolicismo, ou está mentindo e agindo contra a Bíblia. Que é então, que a Bíblia condena como Deuses mudos (Salmos 113,13) e imagens e esculturas de coisas do céu, da terra e das águas? (Êxodo 20,3-5). São os ídolos que os pagãos faziam para representar os seus falsos deuses (Romanos 1,23). De fato os gentios antigos adoravam como ?deuses? do céu a certos astros (Júpiter, Vênus, etc). E da terra a certas aves e quadrúpedes, e das águas a certos anfíbios (Êxodo 32,1-6), (Romanos 1,23).

Os Protestantes precisam entender que nossas imagens não são ídolos, mas recordações dos nossos irmãos na fé. Ídolo é tudo aquilo que toma o lugar de Deus. Assim, os maiores ídolos de hoje são: o poder, o prazer, as riquezas... Quando causam injustiça, exploração, corrupção, morte, etc.

É bom que fique bem claro que nós católicos, não adoramos a nenhuma imagem, nenhum objeto e nenhuma pessoa humana, pois a Igreja nunca ensinou nem mandou adorar a quem quer que seja; mas sempre ensinou em sua doutrina que devemos adorar unicamente Deus, que é o Pai, o Filho e Espírito Santo.