sexta-feira, maio 20, 2016

Poderiam ter roubado o corpo de Jesus?

Àqueles que não se sentiam à vontade perante a afirmação de que Jesus tinha ressuscitado e que encontram o sepulcro onde tinha sido depositado vazio, o que primeiro que lhes ocorre pensar e dizer é que alguém tinha roubado o seu corpo (cf. Mt 28, 11-15).
A lousa encontrada em Nazaré com um rescrito imperial que recorda que é necessário respeitar a inviolabilidade dos sepulcros, testemunha que houve um grande reboliço em Jerusalém motivado pelo desaparecimento do cadáver de alguém procedente de Nazaré, por volta do ano 30.
Contudo, o próprio facto de encontrar o sepulcro vazio não impediria pensar que o corpo tivesse sido roubado. Mesmo tendo isso em conta, causou tal impacto nas santas mulheres e nos discípulos de Jesus que se aproximaram do sepulcro, que mesmo antes de terem visto Jesus novamente vivo, foi o primeiro passo para o reconhecimento de que havia ressuscitado.
No evangelho de São João há um relato preciso que narra como encontraram tudo. Relata que logo que Pedro e João ouviram o que Maria lhes contava, saíram, Pedro com o outro discípulo, e foram ao sepulcro: “Corriam ambos juntos, mas o outro discípulo corria mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo-se inclinado, viu os lençóis no chão, mas não entrou. Chegou depois Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro e viu os lençóis espalmados, e o sudário que tinha sido posto na sua cabeça, não caído junto dos lençóis, mas aparte, ainda enrolado, no mesmo sítio de antes. Entrou também, então, o outro discípulo que tinha chegado primeiro ao sepulcro. Viu e acreditou” (Jo 20, 4-8).
As palavras que utiliza o evangelista, para descrever o que Pedro e ele viram no sepulcro vazio, expressam com vivo realismo a impressão que lhes causou o que puderam contemplar. Para começar, a surpresa de encontrar ali os lençóis que tinham envolvido o corpo de Jesus. Se alguém tivesse entrado para roubar o cadáver, ter-se-ia entretido em tirar os lençóis que envolviam o corpo, para levar só o corpo? Não parece lógico. Além disso, o sudário estava “ainda enrolado”, como tinha estado na sexta­‑feira à tarde quando foi colocado em volta da cabeça de Jesus. Os lençóis permaneciam como tinham sido colocados envolvendo o corpo de Jesus, mas agora não envolviam nada e por isso estavam “espalma­dos”, ocos, como se o corpo de Jesus se tivesse evaporado e tivesse saído sem os desdobrar, passando através deles. E ainda há mais dados surpreendentes na descrição daquilo que viram. Quando se amortalhava um cadáver, primeiro enrolava-se o sudário à volta da cabeça, e depois, tanto o corpo e como a cabeça se envolviam nos lençóis. O relato de João especifica que no sepulcro o sudário permanecia “no mesmo sítio de antes”, isto é, conservando a mesma disposição que havia tido quando estava ali o corpo de Jesus.
A descrição do evangelho assinala com extraor­dinária precisão o que contemplaram atónitos os Apóstolos. Era humanamente inexplicável a ausência do corpo de Jesus. Era fisicamente impossível que alguém o tivesse roubado, já que para tirá-lo da mortalha, teria sido necessário desenrolar os lençóis e o sudário, que teriam ficado por ali soltos. Mas eles tinham diante dos seus olhos os lençóis e o sudário, tal como estavam quando tinham deixado ali o corpo do Mestre na tarde de sexta-feira. A única diferença é que o corpo de Jesus já não estava lá. O resto permanecia no seu lugar.
Até tal ponto foram significativos os restos que encontraram no sepulcro vazio, que lhes fizeram intuir de algum modo a ressurreição do Senhor, pois “viram e acreditaram”.
Bibliografia: M. Balagué, «La prueba de la Resurrección (Jo 20,6-7)» emEstudios Bíblicos 25 (1966), 169-192; F. Varo, Rabí Jesús de Nazaret, BAC, Madrid 2005 (págs. 197-201).
    • Francisco Var

    Quem foi Constantino?


    Flavius Valerius Aurelius Constantinus (272-337), conhecido como Constantino I ou Constantino o Grande, foi imperador do Império Romano nos anos 306 a 337. Passou à história como o primeiro imperador cristão.
    Filho de um oficial grego, Constâncio Cloro, que no ano 305 foi nomeado Augusto ao mesmo tempo que Galério, e de uma mulher que viria a ser Santa Helena. Ao morrer Constâncio Cloro no ano 306, Constantino é aclamado imperador pelas tropas locais, no meio de uma difícil situação política, agravada pelas tensões com o antigo imperador, Maximiano, e seu filho Maxêncio. Constantino derrotou primeiro a Maximiano em 310 e depois a Maxêncio na batalha de Ponte Mílvius, em 28 de Outubro de 312. Uma tradição diz que Constantino antes dessa batalha teve una visão. Olhando para o sol, ao qual como pagão prestava culto, viu uma cruz e ordenou que os seus soldados pusessem nos escudos o monograma de Cristo (as duas primeiras letras do nome grego sobrepostas). Embora tenha continuado a praticar ritos pagãos, desde essa vitória mostrou-se favorável aos cristãos. Junto com Licínio, imperador do oriente, promulgou o chamado “édito de Milão” (ver pergunta seguinte) favorecendo a liberdade de culto. Mais tarde os dois imperadores enfrentaram-se, e no ano 324 Constantino derrotou Licínio e passou a ser o único Augusto do império.
    Constantino levou a cabo numerosas reformas de tipo administrativo, militar e económico, mas onde mais se destacou foi nas disposições político-religiosas, e em primeiro lugar as que encaminhavam à cristianização do império. Promoveu estruturas adequadas para conservar a unidade da Igreja, como modo de preservar a unidade do estado e legitimar a sua configuração monárquica, sem excluir outras motivações religiosas de tipo pessoal. Junto a dispo­sições administrativas eclesiásticas, tomou medidas contra heresias e cismas. Para defender a unidade da Igreja lutou contra o cisma causado pelos donatistas no norte de África e convocou o Concílio de Niceia (ver pergunta O que sucedeu no Concílio de Niceia?) para resolver a controvérsia trinitária originada por Árrio. No ano 330 transferiu a capital do império de Roma para Bizâncio, que chamou Constantinopla, o que implicou uma ruptura com a tradição, apesar de lhe querer dar um carácter de capital cristã. Como então acontecia com frequência, só foi baptizado pouco antes de morrer. Quem o baptizou foi Eusébio de Nicomédia, bispo de tendência arriana.
    Juntamente com as deficiências do seu mandato – entre as que se encontram as generalizados no tempo em que viveu como por exemplo o seu carácter caprichoso e violento – não se lhe pode negar a concessão da liberdade à Igreja e o favorecimento da sua unidade. Não é, no entanto, correcto do ponto de vista histórico que para o conseguir Constantino tivesse determinado entre outras coisas o número de livros que devia ter a Bíblia. Neste longo processo, que não acabou senão mais tarde, os quatro evangelhos eram desde há muito tempo os únicos que a Igreja reconhecia como verdadeiros. Os outros “evangelhos” não foram suprimidos por Constantino, uma vez que tinham sido proscritos como heréticos dezenas de anos atrás.
    Bibliografia: J. de la Torre Fernández e A. García y García, “Constantino I, el Grande”, em GER VI, Rialp, Madrid 1979, 309-312; M. FORLIN PATRUCCO, “Constantino I”, en Diccionario Patrístico y de la Antiguedad Cristiana (ed. A. DI Berardino), Sígueme, Salamanca 1991, 475-477; A. Alfoldi, Costantino tra paganesimo e cristianesimo, Laterza, Bari 1976.

    terça-feira, maio 17, 2016

    Que relação teve Jesus com Maria Madalena?

    Dos evangelhos deduz-se que Maria Madalena sentia um grande amor por Jesus. Tinha sido libertada por ele de sete demónios, seguia-o como discípula, assistia-o com os seus bens (Lc 8, 2-3) e esteve com Maria, a Mãe de Jesus, e as outras mulheres, quando Jesus foi crucificado (Mc 15, 40-41 e par.). Foi, de acordo com os evangelhos, a primeira a quem apareceu Jesus depois da ressurreição, depois de O procurar com lágrimas (Jo 20, 11-18). Daí a veneração que teve na Igreja como testemunha do ressuscitado. Destas passagens não se pode deduzir nem que tenha sido uma pecadora, nem muito menos que tenha sido mulher de Jesus.
    Os que sustentam esta última opinião recorrem ao testemunho de alguns evangelhos apócrifos. Todos eles, talvez com a excepção de uma parte doEvangelho de Tomé, são posteriores aos evangelhos canónicos e não têm carácter histórico, dado que são um instrumento para transmitir ensinamentos gnósticos.
    Segundo estas obras – que embora levem o nome de evangelhos, não são propriamente tais, mas antes escritos com revelações secretas de Jesus aos seus discípulos depois da ressurreição – Mariam (ou Mariamne ou Mariham) – não aparece o nome de Madalena salvo em uns poucos livros – é a que entende melhor essas revelações. Por essa razão é a preferida de Jesus e a que recebe uma revelação especial. A oposição que em alguns destes textos (Evangelho de Tomé, Diálogos do Salvador, Pistis Sophia, Evangelho de Maria) mostram os apóstolos em relação a ela por ser mulher, reflecte a consideração negativa que alguns gnósticos tinham pelo feminino, e a condição de Maria como discípula importante. No entanto, alguns querem ver nesta oposição um reflexo da posição da Igreja oficial de então, que estaria contra a liderança espiritual da mulher que propunham estes grupos. Nada disto é demonstrável. Essa oposição pode antes entender-se como um conflito de doutrinas, as de Pedro e dos outros apóstolos, frente às que estes grupos gnósticos propagavam em nome de Mariam. Em qualquer caso, o facto de se recorrer a Maria é uma forma de justificar os seus fundamentos gnósticos.
    Noutros evangelhos apócrifos, especialmente no Evangelho de Filipe, Mariam (desta vez citada também com o nome de origem, Madalena) é modelo do gnóstico, precisamente pela sua feminilidade. Ela é símbolo espiritual do seguimento de Cristo e da união perfeita com ele. Neste contexto fala-se de um beijo de Jesus a Maria (se é que o texto se pode entender realmente assim), que simbolizam essa união, já que mediante esse beijo, uma espécie de sacramento superior ao baptismo e à eucaristia, o gnóstico se gerava a si mesmo como gnóstico. O tom destes escritos não tem qualquer significado sexual. Por isso, nenhum estudioso sério entende estes textos como um testemunho histórico de uma relação sexual entre Jesus e Maria Madalena. É muito triste que esta acusação, que não tem nenhum fundamento histórico, já que nem sequer os cristãos da época se viram obrigados a polemizar para se defenderem dela, ressurja de vez em quando como uma grande novi­dade.
      • Juan Chapa

      Que diferenças há entre os evangelhos canónicos e os apócrifos?


      A primeira diferença comprovável, já que o facto dos evangelhos canónicos estarem inspirados por Deus não se pode provar, é de tipo externo aos próprios evangelhos: os canónicos pertencem ao cânone bíblico, enquanto os apócrifos não. Isto significa que os canónicos foram recebidos pelas igrejas do Oriente e do Ocidente, desde a geração imediatamente posterior aos apóstolos, como tradição autêntica dos apóstolos, enquanto os apócrifos, ainda que alguns tenham sido usados esporadicamente nalguma comunidade, não chegaram a impor-se nem a ser reconhecidos pela Igreja universal. Uma das razões importantes para essa selecção – comprovável a partir da ciência histórica – é o facto dos canónicos terem sido escritos na época apostólica, entendida em sentido amplo, quer dizer, enquanto viviam, ou os apóstolos, ou os seus próprios discípulos. Assim se depreende das citações que fazem os escritores cristãos da geração seguinte e de que até ao ano 140 se compusesse uma harmonização dos evangelhos tomando dados dos quatro que passaram a ser canónicos (Taciano). Dos apócrifos, pelo contrário, só se fazem referências em tempo posterior, até finais do séc. II. Por outro lado os papiros que se encontraram com textos que se assemelham aos dos evangelhos, alguns de meados do séc. II, são muito fragmentários, sinal de que as obras que representam não foram estimadas o suficiente, para serem transmitidas com cuidado pelas gerações seguintes.
      A respeito dos apócrifos que se conservaram ou que se descobriram em época recente deve dizer-se que as diferenças relativamente aos canónicos são notáveis, tanto na forma, como no conteúdo. Os que se conservaram ao longo da época patrística e medieval são relatos de carácter lendário e cheios de fantasia. Vêm satisfazer a piedade popular narrando detidamente o que diz respeito àqueles momentos que nos evangelhos canónicos não se contam ou se expõem de maneira sucinta. Em geral estão de acordo com a doutrina da Igreja e trazem relatos sobre o nascimento da Virgem, de São Joaquim e de Santa Ana (Natividade de Maria); de como uma parteira comprovou a virgindade de Maria (Proto-evangelho de Tiago); dos milagres que Jesus fazia quando era menino (evangelho do Pseudo Tomé), etc.
      Muito diferentes são os evangelhos apócrifos procedentes de Nag Hammadi (Egipto) que têm um carácter herético gnóstico. Estes têm a forma de dizeres secretos de Jesus (evangelho copto de Tomé); ou de revelações do Senhor ressuscitado explicando as origens do mundo material (apócrifo de João); ou a ascensão da alma (evangelho de Maria [Madalena]); ou são uma pesada manta de retalhos de pensamentos recolhidos de possíveis homilias ou catequeses (evangelho de Filipe). Ainda que alguns possam gozar de notável antiguidade, talvez do séc. II, a diferença relativamente aos evangelhos canónicos salta imediatamente à vista.
      Bibliografia: V. Balaguer (ed.), Comprender los evangelios, Eunsa, Pamplona 2005; A. de Santos, Los evangelios apócrifos, BAC, Madrid 1993 (8ª ed.).
        • Gonzalo Aranda

        segunda-feira, abril 18, 2016

        Que opiniões políticas tinha Jesus?


        Jesus foi acusado perante a autoridade romana de promover uma revolta política (cf. Lc 23, 2). Enquan­to deliberava, o procurador Pilatos recebeu pressões para que O condenasse à morte por esse motivo: “Se soltas Este, não és amigo de César, porque todo aquele que se faz rei, declara-se contra César” (Jo 19, 12). Por isso, no titulus crucis onde se indicava o motivo da condenação estava escrito: “Jesus Naza­reno, rei dos judeus”.

        Os seus acusadores usaram como pretexto a pregação que Jesus realizara acerca do Reino de Deus, um reino de justiça, amor e paz, para O apresentar como adversário político, que poderia acabar por levantar problemas a Roma. Mas Jesus não participou directamente na política nem tomou partido por nenhum dos bandos ou tendências nos quais se perfilavam as opiniões e a acção política das pessoas que então viviam na Galileia ou Judeia.

        Isto não quer dizer que Jesus se desentendesse das questões relevantes na vida social do seu tempo. De facto a sua atenção pelos doentes, pobres e necessitados não passaram inadvertidos. Pregou a justiça e, cima de tudo, o amor ao próximo sem distinções.

        Quando entrou em Jerusalém para participar na festa da Páscoa, a multidão aclamava-o como Messias gritando à sua passagem: “Hossana ao Filho de David! Bendito O que vem em nome do Senhor! Hossana no mais alto dos Céus!” (Mt 21, 9). No entanto Jesus não respondia às expectativas políticas que o povo colocava no Messias: não era um líder guerreiro que viesse mudar pelas armas a situação em que se encontravam, nem tão pouco foi um revo­lucionário que incitasse uma revolta contra o poder romano.

        O messianismo de Jesus só se entende à luz das passagens do Servo Sofredor, de quem Isaías tinha profetizado (Is 52, 13-53, 12) que se entrega à morte para a redenção de muitos. Assim o entenderam claramente os primeiros cristãos ao reflectir, movidos pelo Espírito Santo, sobre o sucedido: “Cristo também sofreu por vós deixando-vos o exemplo, para que sigais as Suas pisadas. Ele que não cometeu pecado, «e em cuja boca não se encontrou a menti­ra»;quando O injuriavam, não injuriava, sofrendo, não ameaçava, mas entregava-Se ao justo Juiz; foi Ele mesmo que levou os nossos pecados em Seu corpo, sobre o madeiro, a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça: «por Suas chagas fostes curados». Porque vós éreis como ovelhas desgarradas, mas agora vos convertestes ao Pastor e Guarda das vossas almas” (1 Pe 2, 21-25).

        Nalgumas biografias recentes de Jesus faz-se notar, ao considerar a sua atitude perante a política do mo­mento, a variedade existente entre os homens que escolhe para serem Apóstolos. É costume citar Simão, chamado Zelote (cf. Lc 6, 15), que – como indicaria o seu próprio apelido – seria um nacio­nalista radical, empenhado na luta pela independência do povo frente aos romanos. Alguns especialistas nas línguas da zona também apontam Judas Iscariotes, cujo apelido, iskariot, parece ser uma transcrição grega popular da palavra latina sicarius, o que o identificaria como simpatizante do grupo mais extre­mista e violento do nacionalismo judaico. No entanto, Mateus exercia o ofício de cobrador de impostos para a autoridade romana, «publicano», ou colaboraci­onis­ta com o regime político estabelecido por Roma, o que naquela altura se considerava equivalente. Outros nomes, como Filipe, denotariam a sua procedência do mundo helenístico que estava muito estabelecido na Galileia.

        Estes dados podem ter alguns detalhes discutíveis ou associar alguns desses homens a posições políticas que só ganharam força décadas depois, mas em qualquer caso são bem ilustrativas do facto de no grupo dos Doze existirem pessoas muito variadas, cada um com as suas próprias opiniões e posicio­namentos, que tinham sido chamados a uma tarefa – própria de Jesus – que transcendia a filiação política e a condição social de cada um deles.

        Bibliografia: José María Casciaro, Jesucristo y la sociedad política (Palabra, Madrid, 1973) 56-59; J. Gnilka, Jesús von Nazareth. Botschaft und Geschichte,Herder, Freiburg 1990 (ed. esp. Jesús de Nazaret, Herder, Barcelona 1993); A. Puig, Jesús. Una biografía, Destino, Barcelona 2005; F. Varo, Rabí Jesús de Nazaret, BAC, Madrid 200
        5.

        Fonte: OpusDei

        Jesus quis realmente fundar uma Igreja?



        A pregação de Jesus dirigia-se em primeiro lugar a Israel, como ele mesmo o disse aos que o seguiam: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15, 24). Desde o começo da sua actividade convidava a todos à conversão: “Comple­tou-se o tempo e aproxima-se o Reino de Deus; arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 15). Mas essa chamada à conversão pessoal não se percebe num contexto individualista, mas tem como objectivo reunir continuamente a humanidade disper­sa para constituir o Povo de Deus que tinha vindo salvar.

        Um sinal evidente de que Jesus tinha a intenção de reunir o povo da Aliança, incluindo a humanidade inteira, para cumprir das promessas feitas ao seu povo, é a instituição dos doze apóstolos, à frente dos quais coloca Pedro: “Os nomes dos doze Apóstolos são estes: O primeiro é Simão, também chamado Pedro, depois André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou” (Mt 10, 2‑4; cf. Mc 3, 13-16; Lc 6, 12-16) (veja-se a pergunta Quem foram os doze Apóstolos?). O número doze faz referência às doze tribos de Israel e manifesta o significado desta iniciativa de congregar o povo santo de Deus, a ekkesía Theou: eles são os alicerces da nova Jerusalém (cf. Ap 21, 12-14).

        Um novo sinal dessa intenção de Jesus foi ter-lhes confiado na Última Ceia o poder de celebrar a Eucaristia que instituiu naquele momento (veja-se a pergunta O que aconteceu na Última Ceia?). Deste modo, transmitiu a toda a Igreja, na pessoa daqueles Doze que estão à frente dela, a responsabilidade de ser sinal e instrumento da reunião começada por Ele e que devia dar-se nos últimos tempos. Com efeito, a sua entrega na Cruz, antecipada sacramentalmente nessa Ceia, e actualizada cada vez que a Igreja celebra a Eucaristia, cria uma comunidade unida na comunhão com Ele mesmo, chamada a ser sinal e instrumento da tarefa por Ele iniciada. A Igreja nasce, pois, da doação total de Cristo pela nossa salvação, antecipada na instituição da Eucaristia e consumada na Cruz.

        Os doze Apóstolos são o sinal mais evidente da vontade de Jesus sobre a existência e a missão da sua Igreja, garantia de que entre Cristo e a Igreja não há contraposição: são inseparáveis, apesar dos pecados dos homens que compõem a Igreja.

        Os Apóstolos eram conscientes, porque assim o tinham recebido de Jesus, de que a sua missão se haveria de perpetuar. Por isso se preocuparam em encontrar sucessores, para que a missão que lhes tinha sido confiada continuasse depois da sua morte – tal como testemunha o livro dos Actos dos Apóstolos. Deixaram uma comunidade estruturada através do ministério apostólico e guiada pelos pastores legí­timos, que a edificam e a sustentam na comunhão com Cristo e com o Espírito Santo, na qual todos os homens estão chamados a experimentar a salvação oferecida pelo Pai.

        Nas cartas de São Paulo consideram-se, portanto, os membros da Igreja como “concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo pedra angular o próprio Cristo Jesus” (Ef 2, 19-20).

        Não é possível encontrar Jesus quando se prescinde da realidade que Ele criou e na qual se comunica. Entre Jesus e a sua Igreja há uma continuidade profunda, inseparável e misteriosa, em virtude da qual Cristo se faz presente hoje no seu povo.



        Bibliografia: Bento XVI, Audiências gerais das quartas-feiras 15, 22 e 29 de Março de 2006.


        Fonte: opusdei

        terça-feira, abril 12, 2016

        QUAL O MENTIROSO? Jesus Cristo ou Martinho Lutero?


        Disse Jesus a Pedro: - “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno (os seres e as paixões) não prevalecerão contra ela” (Mat. XVI,18). E, mais explícito e categórico ainda, o Cristo prossegue: - “Foi-me dado todo o poder no céu e na terra; ide, pois, (revestidos deste poder), e instruí a todos os povos... ensinando-os a observar as coisas que vos
        tenho mandado. E eis que ESTOU convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. (Mat.28,18-20).
        .
        Nada mais claro e positivo. O Cristo, Deus, estará com o chefe dos Apóstolos até ao fim dos tempos. Quer isto dizer que a Igreja existirá eternamente na pureza e na firmeza de sua fé, que será infalível, pois jamais sucumbirá ao peso das falsidades e paixões. Tal é a forma promessa de Jesus. No entanto, Lutero e, após ele, os seus filhos e netos, denominados protestantes, falam que a instituição de Cristo decaiu de sua altura divina, tornando-se um antro de vícios e explorações. E, por isso, quis o monge de Wittemberg reformá-la.
        .
        Qual, pois, o mentiroso? O Divino Mestre ou o frade revoltoso e os seus asseclas?
        Raciocinemos. Se a Igreja sucumbiu, pela influência do erro e das paixões, como afirmam, então temos três enormes mentiras atribuídas a Jesus:
        1ª.: as portas do inferno prevaleceram contra ela, apesar da afirmação contrária de Cristo;
        2ª. : Pedro deixou de ser PEDRA, para se fazer lodo;
        3ª. :Cristo abandonou a Igreja, depois de garantir que ficaria com ela até o fim dos tempos.
        .
        Respondamos protestantes: qual entre os dois é o mentiroso: Jesus ou Barrabás, Cristo ou Lutero?..
        .
        Retirado do Livro: "O diabo, Lutero e o protestantismo" do Padre Júlio Maria.

        segunda-feira, abril 11, 2016

        Erros e perigos da Astrologia



        É lícito (ou, ao menos, convém) a um católico recorrer às previsões astrológicas?

        A maioria das pessoas conhece a Astrologia através dos horóscopos publicados nos jornais. Muita gente lê e acredita nas previsões que são feitas, alguns inclusive seguem as sugestões dadas pelos astrólogos. Mas será que já se perguntaram no que se fundamentam estas previsões? Há base científica? Ou ainda, lembrando que nem tudo pode ser explicado pela ciência, há base racional para a Astrologia? E, fora estas questões, é lícito (ou, ao menos, convém) a um católico recorrer às previsões astrológicas? São questões relevantes, que precisam ser analisadas atentamente e respondidas com precisão. Além do mais, quando se procura entender as origens e as relações da Astrologia com o mundo atual, percebe-se claramente que hoje ela está muito ligada aos movimentos conhecidos por “New Age” ou, Nova Era. No que consiste esta tal de Nova Era?

        Segundo os místicos e astrólogos a New Age (Nova Era) é o advento da Era de Aquário. Para eles, estamos no final da Era de Peixes, dominada pelo pensamento cristão repressivo, retrógrado e preconceituoso. O próximo Eon (ou Era) será o fim da dominação cristã e o início de um tempo de luz, tecnologia e paz. Como disse, a filosofia da Nova Era está intimamente ligada à Astrologia e esta, por sua vez, usa uma roupagem falsa de ciência quando utilizada (erroneamente) conceitos da Astronomia.

        Tanto a Astrologia quanto a noção de Eras estão relacionadas com os movimentos da Terra. Basicamente a Terra possui três movimentos principais. O primeiro é o de rotação em torno do próprio eixo, que dura aproximadamente 24 horas e determina os dias e as noites. O segundo movimento é o de translação em torno do Sol, que dura um pouco mais que 365 dias. Ele determina quais partes do céu estão visíveis a noite pois, se no movimento da Terra o Sol fica na frente de alguma parte do céu, não podemos vê-la. Temos que esperar alguns meses para estarmos num outro ponto da órbita. Desta forma, falamos de “céu de inverno” e “céu de verão”, por exemplo. Quem gosta de espiar o céu sabe: as três Marias aparecem bem no verão e o Escorpião no inverno. O terceiro movimento é o de Precessão. É o mesmo movimento executado por um pião quando está próximo de parar. É uma pequena oscilação do eixo de rotação.

        Portanto, os movimentos da Terra determinam que partes do céu podemos ver em cada época do ano e em cada momento do dia e da noite. Para demarcar o céu e as estações do ano, os astrônomos o dividiram em regiões. São as constelações. As estrelas de uma mesma constelação não precisam estar ligadas entre si. É apenas uma divisão aparente do céu, para facilitar a localização das estrelas. Atualmente, a União Astronômica Internacional divide o céu em 88 constelações, de tamanhos diversos.

        Durante o ano o Sol passa na frente de 13 constelações. São as constelações do Zodíaco. Tenho certeza que você conhece, pelo menos, 12 delas. São os signos, Áries, Peixes, Touro, Escorpião, etc. Não há nada de especial com elas, exceto que o Sol passa pela sua frente. Os astrólogos dizem que seu signo é Peixes, por exemplo, porque o Sol estaria na frente de Peixes de fevereiro a março. Usei este tempo verbal, porque, de fato, o Sol não está na frente de Peixes durante o período que eles falam. É que eles não fazem observações, e também não sabem fazer contas, e parece que não têm vergonha disso.

        A Terra gira um pouco inclinada em torno do Sol, por isso ele cruza em março e setembro, o equador celeste, uma linha imaginária que divide o céu em duas calotas, uma norte e outra sul. O ponto exato em que o Sol cruza este equador em março chama-se Ponto de Áries. Hoje, este ponto está sobre a constelação de Peixes, não de Áries. Ele mudou (e continua mudando) de posição por causa do terceiro movimento que citei, da Precessão dos Equinócios. Este movimento tem um período de 25800 anos. Neste tempo, o Ponto de Áries passa por alguns milênios sobre algumas constelações. É daí que os astrólogos tiram a estória das Eras. De Áries este ponto passou para Peixes (agora) e por volta de 2600 estará na constelação de Aquário.

        Mas se os astrólogos não sabem nem quando o Sol está de verdade na frente de uma constelação, imagina calcular em que época o Ponto de Áries estará sobre a constelação de Aquário! Alguns dizem que já ocorreu na década de 60, outros que seria em 2011, e os mais precavidos põem a data mais além. Nenhum deles, porém, consulta uma tabela astronômica.

        Do ponto de vista filosófico a Astrologia se baseia na ideia de que existem tempos propícios para determinadas atividades e que estudando os ciclos da natureza através dos movimentos celestes podemos conhecer e até prever estes momentos mais favoráveis e usar isto para nosso bem. Como escrevi antes, os astrólogos usam alguns conceitos de astronomia de modo completamente errado e por isso não sabem calcular os “ciclos da natureza”. Independente disso, muitos acham que mesmo assim a filosofia por trás da astrologia faz sentido, pois somos parte integrante de uma natureza muito ampla e estamos integrados a ela. Aí é que a astrologia tem se confundido nos dias atuais com os movimentos Nova Era.

        A Astrologia é condenada pela doutrina católica por que é uma forma de adivinhação que se presta a tentar usar poderes ocultos da natureza, lê-se no parágrafo 2116 do Catecismo da Igreja Católica que:

        “Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas (…). A consulta aos horóscopos, a astrologia, (…) escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus”. O Catecismo enfatiza ainda mais no parágrafo 2117 que “mesmo que seja para proporcionar a este [o próximo] saúde, são gravemente contrárias à virtude da religião”.

        Diversos cientistas já provaram que a Astrologia não funciona, que suas previsões não se tornam realidade e que mesmo que não sejam feitas previsões, o uso dos “tempos propícios” não favorece quem os identifica. Cientificamente dizemos que não há relevância estatística, é um atestado de que não existem estes tempos ou então que, caso existam, não faz diferença conhecê-los, pois não muda nada. Do ponto de vista científico a Astrologia é uma perda de tempo pois é bobagem, do ponto de vista da fé ela é um grave perigo pois nos afasta de Deus, conforme explica o Catecismo. A Astrologia é, portanto, errada e perigosa. Meu signo é a cruz.

        Será mesmo que acreditar em Deus “modifica” o nosso cérebro?


        Estudo norte-americano aponta que quem acredita em Deus é condicionado pela emotividade e menos capaz de pensar de modo crítico - mas dois especialistas em neurociência o desmentem

        Quem acredita em Deus é menos capaz de pensar analiticamente?

        Quem acredita em Deus é menos capaz de pensar criticamente do que um ateu?

        Um ateu tem pensamento crítico mais desenvolvido que um crente?

        É verdade que os crentes têm menos capacidade de pensar analiticamente?

        De acordo com um estudo norte-americano, as pessoas que acreditam em Deus seriam condicionadas pela empatia e pela emotividade e teriam menor capacidade de pensar criticamente. No entanto, dois especialistas italianos em neurociência afirmam que não há nenhuma conexão entre a crença em Deus e a maior ou menor capacidade de raciocínio.

        “Crer em Deus modifica o cérebro”, afirmaria o estudo publicado pela revista “Plos One“, segundo o qual aqueles que creem em Deus tendem a reprimir uma área usada pelo pensamento analítico e a ativar a área responsável pela empatia.

        “Pelo que sabemos sobre o cérebro”, diz o professor Tony Jack, um dos elaboradores desse estudo, “acreditar em algo sobrenatural nos leva a deixar de lado o pensamento crítico para nos ajudar a ter uma compreensão melhor das coisas do ponto de vista social e emotivo” (Adnkronos, 2 de abril).

        Analisando oito experimentos diferentes, feitos com grupos de 159 a 527 adultos, os pesquisadores observaram que as pessoas religiosas seriam mais empáticas do que aquelas que não acreditam em Deus. Segundo esses estudiosos, o cérebro usaria uma “rede analítica” de neurônios que permite pensar criticamente e uma “rede social” de neurônios que permite sentir empatia. “Por causa da tensão entre as duas redes, é possível aprofundar o nosso lado social e emocional. Esta poderia ser a chave para explicar por que a crença no sobrenatural é algo que une a história de culturas diferentes”.

        Pensamento analítico x empatia

        O professor Paolo Maria Rossini, diretor da Área de Neurociências da Policlínica Agostino Gemelli, em Roma, observa que o estudo de Tony Jack foi realizado na Universidade Case Western Reserve, de Cleveland, nos EUA, a partir de publicações anteriores do mesmo grupo de trabalho, que considera que o “pensamento analítico” é frequentemente associado ao ateísmo enquanto um pensamento religioso e transcendente é mais frequentemente ligado a um temperamento socializador e empático.

        Um aspecto em comum

        Continua Rossini: “Alguns acreditam que estas duas formas de relacionar-se com a realidade e com os outros se contrapõem nitidamente. Em ambos os casos, porém, o pensamento envolve circuitos neurais que passam pelos lobos frontais, estruturas que regulam as emoções, a memória e as capacidades de relacionamento pessoal”.

        Ideação e preocupação moral

        Os autores do estudo tinham examinado oito publicações científicas sobre o assunto, todas elas enquadradas em um modelo teórico que “se concentra em diferentes níveis de déficit no ‘processamento social e emocional’, típicos do espectro de distúrbios do autismo (ideação) e de tipo psicopatológico (preocupações morais)”.

        Eles chegaram assim à conclusão, comenta Rossini, de que “a crença religiosa está positivamente associada às preocupações morais e de que a associação negativa entre ‘credo religioso’ e pensamento analítico pode ser explicada pela correlação negativa que liga a preocupação moral ao mesmo pensamento analítico (…) O estudo não apontou, no entanto, nenhum vínculo entre o tipo de ideação e a existência de um credo religioso e espiritual. O que foi descoberto pelos pesquisadores, primeiro, mal se vincula à teoria de que uma crença religiosa e espiritual se correlacione com a percepção das próprias ações, e, segundo, sugere que as diferenças de sexo masculino e feminino podem ser explicadas por diferenças na percepção moral”.

        Deduções “pouco científicas”

        Filippo Tempia, neurocientista, professor da Universidade de Turim e membro do instituto científico da fundação Cavalieri Ottolenghi, também da Itália, declara à Aleteia que “o artigo de Jack e seus colaboradores não diz em absoluto que a fé religiosas modifique o cérebro ou nos leve a pensar de modo menos crítico e mais social e empático. O estudo simplesmente compara pessoas que tendem a pensar de modo mais crítico e analítico e pessoas que respondem de forma mais intuitiva. Nos problemas colocados neste estudo, as respostas intuitivas estão erradas”.

        A primeira conclusão seria a de que o número de pessoas que acreditam em Deus é menor dentro do grupo de indivíduos que raciocina de modo mais analítico. “Este resultado não é novo. O primeiro estudo é de 2012. Na verdade, o objetivo deste novo estudo é outro: dizer se a crença em Deus está ligada a uma maior aptidão social ou maior preocupação moral. Os resultados mostram que esta última, de fato, está relacionada com um grau maior de crença em Deus, mas a atitude social não tem essa relação”.

        Teorias desmentidas

        Tempia acrescenta que este resultado “desmente muitas teorias sociais que tendem a explicar a crença em Deus como um traço evolucionário que foi selecionado por causa dos benefícios sociais que permitia. Outra falsa teoria refutada é a de que a crença em Deus surge da tendência do cérebro a atribuir uma ‘mente’ a tudo o que age: a pedra que cai, a água que corre etc”.

        Este estudo, além disso, “demonstra que a capacidade de compreender as outras pessoas como agentes dotados de vontade não tem relação com uma tendência maior ou menor a acreditar em Deus. O único fator realmente correlacionado com a crença em Deus, para este estudo, é a preocupação moral”.

        O neurocientista observa ainda que “este estudo mal leva o cérebro em consideração: trata-se de experimentos de psicologia sem qualquer medição instrumental”.

        O estudo de Jack e seus colaboradores demonstra que “a correlação entre a tendência a acreditar em Deus e o menor raciocínio analítico não é verdadeira, mas resulta do fato (mostrado nesse trabalho) de que as pessoas com mais raciocínio analítico têm menos preocupação moral com os outros. A verdadeira relação, de acordo com esses autores, é unicamente entre acreditar em Deus e ter maior preocupação moral”.

        Causa ou efeito?

        Uma limitação do estudo de Jack, destaca ainda Tempia, é que ele “não consegue dizer qual é a causa e qual é o efeito: se a preocupação moral leva à crença em Deus ou se a crença em Deus gera a preocupação moral, ou mesmo se a correlação se deve a um terceiro fator não considerado no estudo”.

        Fonte: http://pt.aleteia.org/

        sexta-feira, abril 08, 2016

        Quem foi São Paulo e como transmitiu os ensinamentos de Jesus?


        Paulo é o nome grego de Saulo, homem de raça hebraica e de religião judia, oriundo de Tarso da Cilícia – cidade situada a sudeste da actual Turquia – que viveu no século I depois de Cristo. Paulo foi, portanto, contemporâneo de Jesus de Nazaré, ainda que presumivelmente não chegassem a encontrar-se em vida.

        Saulo de Tarso foi educado no farisaismo, uma das facções do judaísmo do século I. Como ele mesmo narra num dos seus escritos – a Carta aos Gálatas – o seu zelo pelo judaísmo levou-o a perseguir o grupo nascente de cristãos (Gl 1, 13-14), os quais conside­rava contrários à pureza da religião judaica. Até que numa ocasião, a caminho de Damasco, o próprio Jesus se lhe revelou e o chamou para O seguir, como antes tinha feito com os apóstolos. Saulo respondeu a esta chamada, baptizando-se e dedicando a sua vida à difusão do Evangelho de Jesus Cristo (Act 26, 4-18).

        A conversão de Paulo é um dos momentos chave da sua vida, porque é precisamente nesse momento que começa a entender como a Igreja é corpo de Cristo: perseguir um cristão é perseguir o próprio Jesus. Nessa mesma passagem, Jesus apresenta-se como “Ressuscitado” – situação que espera todos os homens depois da morte se seguirem o exemplo do próprio Jesus – e como “Senhor”, sublinhando o seu carácter divino, já que a palavra que se usa para denominar o “Senhor”, Kyrie, aplica-se ao próprio Deus na Bíblia grega. Podemos por isso dizer, que Paulo recebeu do próprio Jesus o evangelho que ía pregar, ainda que, depois, ajudado também pela graça e pela própria reflexão, tenha sabido extrair dessa primeira luz muitas das principais implicações do evangelho, tanto para uma maior compreensão do mistério divino, como para mostrar as suas conse­quências para a condição e o agir dos homens sem fé e com fé em Cristo.

        Paulo, no momento da sua conversão, é apresentado com características de profeta a quem se atribui uma missão muito concreta. Como diz outro dos livros do Novo Testamento, os Actos dos Apóstolos, o Senhor disse a Ananias, que iria de baptizar Paulo: “Vai, porque este é um instrumento escolhido por Mim para levar o Meu nome aos gentios, aos reis e aos filhos de Israel. Mostrar-lhe-ei quanto deve sofrer pelo Meu nome”(Act 9, 15-16). O Senhor disse também ao próprio Paulo: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e põe-te em pé, porque Eu te apareci para te constituir servidor e testemunha das coisas que viste e daquelas pelas quais Eu te aparecerei ainda, livrando-te deste povo e dos gentios, aos quais agora te envio a abrir-lhes os olhos, a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam o perdão dos pecados e a herança entre os santos, mediante a fé em Mim”(Act 26, 15-18).

        São Paulo levou a cabo a sua missão de anunciar o caminho da salvação realizando viagens apostólicas, fundando e fortalecendo comunidades cristãs nas diversas províncias do Império Romano por que passava: Galácia, Ásia, Macedónia, Acaia, etc. Os escritos do Novo Testamento apresentam-nos um Paulo escritor e pregador. Quando chegava a um lugar, Paulo acorria à sinagoga – lugar de reunião dos judeus – para pregar o evangelho. Depois, procurava também os pagãos, isto é, aos não judeus.

        Depois de sair de alguns lugares, quer por ter deixado a pregação incompleta, quer para responder às perguntas que lhe enviavam dessas comunidades, Paulo começou a escrever cartas, que rapidamente seriam recebidas nas igrejas com uma particular reverência. Escreveu cartas a comunidades inteiras e a pessoas singulares. O Novo Testamento transmitiu­‑nos 14 que têm a sua origem na pregação de Paulo: uma Carta aos Romanos, duas Cartas aos Coríntios, uma Carta aos Gálatas, uma Carta aos Efésios, uma Carta aos Filipenses, uma Carta aos Colossenses, duas Cartas aos Tessalonicenses, duas Cartas a Timóteo, uma Carta a Tito, uma Carta a Filémon e uma Carta aos Hebreus. Ainda que não sejam de fácil datação, podemos dizer que a maioria destas cartas foi escrita durante a década que vai do ano 50 a 60.

        O núcleo da mensagem pregada por Paulo é a figura de Cristo do ponto de vista daquilo que reali­zou para a salvação dos homens. A Redenção realiza­da por Cristo, cuja acção está intimamente relaciona­da com a do Pai e a do Espírito, marca um ponto de inflexão na situação do homem e na sua relação com o próprio Deus. Antes da Redenção, o homem cami­nhava no pecado, cada vez mais afastado de Deus. Mas agora temos o Senhor, o Kyrios, que ressuscitou e venceu a morte e o pecado, e que constitui uma só coisa com os que crêem e recebem o baptismo. Neste sentido, pode dizer-se que a chave para entender a teologia paulina é o conceito de conversão (meta­noia), como passagem da ignorância à fé, da Lei de Moisés à lei de Cristo, do pecado à graça.

        Juan Luis Caballero

        Fonte: opusdei

        terça-feira, abril 05, 2016

        Pai-Nosso na missa: de mãos dadas?







                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    





        Mãos dadas? Mãos levantadas? Qual é a melhor postura para rezar o Pai-Nosso na Missa e por quê? 



        Nós, na missa, temos dois momentos de maior importância: a consagração e a comunhão. É na missa que temos nossa unidade; é nela que nos unimos a Jesus e em Jesus, por meio do sacerdócio comum dos fiéis. E dar as mãos é, obviamente, uma distração disso. Nós, católicos, nos unimos na comunhão, e não quando damos as mãos.

        Não há nada na Instrução Geral do Missal Romano que indique que a prática de dar as mãos tenha de ser feita. Na missa, cada gesto é regulado pela Igreja.

        É por isso que temos partes particulares da missa nas quais nos ajoelhamos, partes nas quais nos levantamos, partes nas quais nos sentamos etc. E não há menção alguma nos documentos que fale que precisamos dar as mãos para rezar o Pai-Nosso.

        Portanto, esta prática deve ser evitada durante a celebração da missa. Porém, se alguém quiser fazer isso, que faça (como exceção) com alguém de absoluta confiança, sem forçar ninguém, sem incomodar ninguém e sem a intenção de que isso se transforme em norma litúrgica para todos.

        É preciso levar em consideração que nem todo mundo quer segurar a mão do vizinho, e tentar impor isso pode acabar sendo incômodo em detrimento da oração, da piedade e do recolhimento.

        Outra coisa muito diferente é a oração comunitária fora damissa. Quando se reza fora da missa, não há problema algum em segurar a mão de alguém, pois isso é um gesto muito emotivo e simbólico.

        Esta, como outras atitudes, não é senão a exaltação do sentimento. O estar em comunhão com alguém não consiste tanto em dar as mãos ao rezar o Pai-Nosso, e sim no fato de estar confessado, no fato de estarem em estado de graça e, sobretudo, no fato de estarem preparados para a Eucaristia.

        Se o gesto de dar as mãos fosse necessário, importante ou conveniente para toda a Igreja, os bispos ou as conferências episcopais já teriam enviado uma petição a Roma, há muito tempo, para que tal prática fosse implantada. Não o fizeram e penso que nunca o farão.

        Outra coisa que se vê muito quando se reza o Pai-Nosso é que as pessoas levantem as mãos, como o padre faz, e isso tampouco é correto, porque não cabe aos leigos, durante a missa, fazer os gestos reservados ao sacerdote, nem pronunciar as palavras ou orações do padre, confundindo o sacerdócio comum dos fiéis com o sacerdócio ministerial.

        Só os padres estendem as mãos; é melhor que os fiéis permaneçam como estão ou orem com as mãos unidas, pois a fé interior é o que importa, é o que Deus vê.

        Os gestos externos do padre na santa missa existem para que os fiéis vejam que o sacerdote é o homem designado que intercede por eles.

        Estender os braços na oração já era habitual na Igreja primitiva, mas no contexto de um círculo de oração, na oração privada ou em outro encontro não litúrgico.

        Os gestos na missa são precisos, tanto para o padre quanto para os fiéis; cada um faz sua parte e os fiéis não devem copiar os gestos do sacerdote. Os gestos dos fiéis na missa são suas respostas, seu canto, suas posturas.

        Tanto o gesto de dar as mãos como o de levantar as mãos ao rezar o Pai-Nosso são, nos fiéis, práticas não litúrgicas que, ainda que não estejam explicitamente proibidas no missal, tampouco correspondem a uma liturgia correta.

        Os fiéis não devem repetir, nem com palavras nem com ações, o que o padre faz ao presidir a assembleia litúrgica.

        sexta-feira, abril 01, 2016

        O que eu fiz a Deus para merecer tamanho sofrimento e tortura?


        Irmãos é irmãs, sabemos que Jesus viveu e esteve diante do sofrimento e perseguição, que Ele não cometeu pecados e que era totalmente puro de coração, e justamente na sua crucificação, pela sua dolorosa paixão, um ladrão reconheceu que Jesus Cristo nunca tinha cometido nada para receber tamanho sofrimento e condenação, mas ele sim, por ser um ladrão, fez coisas que o faria digino de tal condenação, porém, a Jesus não tinham crimes que o pudessem condenar, mas é preciso refletir nesta situação e condição que nos apresenta um Cristo condenado sem merecer.

        A reflexão que queremos tirar disto, é que os acontecimentos da nossa vida não estão relacionados ao que fizemos a Deus, mas sim, ao que deixamos de fazer a Ele, que é aceitar o seu amor, e deixar que Ele nos conduza, é justamente por não seguirmos o exemplo de Jesus que na cruz disse, Pai, em tuas mãos entrego o meu espirito, que nos encontramos no desespero, porque sem isso, não saberemos suportar este sofrimento que nos reeduca para o caminho da verdade e da verdadeira alegria, nunca conseguiremos olhar que caminhar/andar com Cristo, é estar com uma Cruz rumo a eternidade junto com todos os santos e anjos de Deus Pai.

        Irmãos e irmãs, façamos o mesmo que Jesus fez, deixemos que Deus conduza o nosso espirito, e que possamos dizer juntos: Pai, em suas mãos entrego o meu coração, o meu espirito, para que somente a sua vontade seja feita em minha vida.


        Deixemos de fazer as coisas segundo nossas próprias escolhas, e que esta reflexão nos faça refletir o máximo sobre nossas atitudes.

        Pax et bonum
        Salve Roma

        Senhor, fazei que pela sua dolorosa paixão, eu saiba suportar as tribulações!

        Por: Gilson Azevedo

        quinta-feira, março 31, 2016

        Virei católico! E agora?

        Converter-se ao catolicismo é um ato de vontade em resposta ao chamado da graça. Continuar católico também.



          Aqui vão algumas breves sugestões para você viver na prática a sua nova fé.

        1. Renove a “decoração”!

        Comecemos com um aspecto mais “leve”. Que tal alguma imagem de Nossa Senhora ou do Sagrado Coração no jardim da sua casa? É uma forma, além do mais, de testemunhar aos seus vizinhos que você abraçou seriamente a fé católica e não vai escondê-la!

        Passando para dentro de casa, há elementos visuais essenciais numa casa católica: o crucifixo (um em cada cômodo) e ícones ou imagens de Jesus, de Maria e do seu santo padroeiro. Com a riquíssima história da arte católica, você vai facilmente encontrar algo que se harmonize com o seu gosto pessoal. Eu recomendo também um altar doméstico ou um ícone na parte da casa em que você costuma se recolher para rezar com mais frequência.

        E não se esqueça do carro! Em todo veículo deve haver um rosário e uma medalha de São Cristóvão pendurados no espelho retrovisor.

        Sim, eu sei que isso tudo pode parecer “superficial”, mas são elementos capazes de ajudar você de verdade em sua vida nova de fé – especialmente se forem bentos.

        Passe ainda a usar um crucifixo; conheça e adote uma medalha devocional e, principalmente, o escapulário. Mais que lembretes visuais de que você agora é católico, eles são sacramentais: sinais visíveis da nossa fé e recursos auxiliares para nos estimular na união cada vez mais intensa com Jesus (nada de confundi-los com amuletos!).

        2. Reze!

        Evita a armadilha de querer, da noite para o dia, passar de pagão a santo eremita. Dose os seus esforços. Não se jogue em novenas “porque sim”: querer “fazer” muitas “coisas espirituais” poderá levá-lo ao fracasso – e esse fracasso é o assassino número um do zelo do converso. Seja simples e espontâneo! Apenas se abra de coração para Jesus e vá conversando com Ele durante o dia, do jeito que você começa a conversar com um novo amigo, até formar o hábito suave da oração e da união permanente com Ele.

        E como ir falando com Jesus? O mais importante é a adoração eucarística. Familiarize-se com as paróquias próximas e veja se elas oferecem a adoração perpétua. Quem está ali é Jesus em Pessoa! Além de conversar com Ele, reze todos os dias o rosário: com Maria, chegamos mais rápido a Jesus!

        3. Estude


        Não deixe de estudar a Bíblia e o Catecismo. Continue participando da catequese de adultos, de círculos de estudos bíblicos ou de qualquer outro recurso disponível na sua paróquia. Se não puder, inscreva-se para receber diariamente, por e-mail e grátis, um bom boletim católico que lhe traga conteúdos espirituais como as leituras da missa, as palavras do papa, o santo do dia… Baixe aplicativos católicos no seu telefone. Para manter viva a sua fé, tente aprender algo novo sobre Deus a cada dia. Lembre-se: você não sabe tudo. Nunca. Sempre há algo mais para aprender – ou para recordar.

        4. Entenda que a sua fé não é nas pessoas
        Lembre-se de que você se tornou católico porque estava em busca da Verdade. Você encontrou a Verdade em uma Igreja fundada por Cristo, mas dirigida por homens – e homens falíveis. O papa é infalível quando se pronuncia “ex cathedra”, mas isso não quer dizer que os católicos estejam isentos de cometer erros e de decepcionar você – ou até de escandalizá-lo. Você provavelmente conhecerá paróquias mal administradas, passará por experiências litúrgicas desviadas, entrará em contato com pessoas que vivem um suposto “catolicismo” apenas de palavra… Saiba distinguir.

        5. Pratique a sua nova fé!

        Este é um dos aspectos mais difíceis, mas, se você exercitar todos os dias a sua fé através da oração e dos sacramentos, ela será tão natural quanto respirar. Um desafio é a confissão, mas seus frutos são excelentes: além de nos limpar dos pecados, ela ainda nos torna mais responsáveis. Recorra a ela muitas e muitas vezes.

        6. Lembre-se do porquê da sua conversão


        Daqui a dez anos, a sua fé não vai mais parecer uma novidade entusiasmante. Recorde então os momentos da sua vida que o fizeram aderir ao catolicismo. Comemore sempre o seu “aniversário” de conversão na Vigília Pascal, revivendo o esplendor da sua Primeira Comunhão com aqueles que seguiram o mesmo caminho que você trilhou.

        Converter-se ao catolicismo é um ato de vontade em resposta ao chamado da graça. Continuar católico também. Lembre-se disso na sua oração todos os dias!

        terça-feira, fevereiro 16, 2016

        AS VESTES DO CARDEAL




        A cor vermelha é o símbolo que distingue os cardeais. Nas suas vestes diárias podem usar batina preta com os detalhes em vermelho, além do solidéu e a cruz peitoral que igualmente possuem detalhes em vermelho. Essa cor lembra o sangue de Cristo derramado por nós, sua Igreja, e significa para os cardeais a disposição de testemunhar a fé fielmente até o martírio, se for necessário.


        Além da cor vermelha, três símbolos acontecem nos consistórios que distinguem os cardeais, são eles: A entrega do Barrete vermelho, do anel cardinalício e da bula de nomeação, que atribui a cada cardeal um título ou diaconia de uma Igreja de Roma.


        No rito do consistório, depois da homília do Santo Padre, ocorre a profissão de fé dos novos cardeais, retirada do credo niceno-constantinopolitano, manifestando a unicidade da fé da Igreja. Depois acontece o juramento de obediência de cada cardeal à Igreja Católica na pessoa do Papa e de seus sucessores. Bento XVI comentou em sua homília do consistório de novembro de 2012 que são palavras “carregadas de profundo significado espiritual e eclesial”: «Prometo e juro permanecer, a partir de agora e para sempre enquanto tiver vida, fiel a Cristo e ao seu Evangelho, constantemente obediente à Santa Apostólica Igreja Romana».


        O Santo Padre, então, passa ao momento da entrega do Barrete, do anel cardinalício e da bula de nomeação. Todos esses símbolos exprimem de maneira muito clara a especial união dos cardeais com o Bispo de Roma e a sua missão de colaborar mais estreitamente com o Santo Padre no governo da Igreja.


        Foto de: reprodução.





        O Barrete vermelho (chapéu) é sinal da

        dignidade do Cardinalato.


        O Barrete vermelho é entregue pelo Santo Padre e é sinal da dignidade do Cardinalato. É neste momento que o Papa recorda ao cardeal que o barrete significa a disponibilidade de comprometer-se com força, até a efusão do sangue, pelo desenvolvimento da fé cristã, pela paz e tranquilidade do povo de Deus e pela liberdade e difusão da Santa Igreja Romana.


        O anel sempre foi símbolo de uma união mais estreita, de uma aliança entre duas partes, como a aliança dos noivos representa a sua união, seu compromisso mútuo até que a morte os separe. O anel cardinalício é expressão de uma união mais forte entre o cardeal e a Igreja. Ele recebe o anel enquanto escuta do Papa essas palavras: “Recebe o anel das mãos de Pedro e sabei que, com o amor do Príncipe dos Apóstolos, se reforça o teu amor para com a Igreja”.


        O terceiro símbolo, a entrega da bula de nomeação, reforça ainda mais a estreita união que possuem os cardeais e o Papa. Bento XVI na homília do último consistório lembra aos cardeais que “através da vossa colaboração com os Dicastérios da Cúria Romana, sereis meus preciosos cooperadores antes de tudo no ministério apostólico a favor da catolicidade inteira.”


        Foto de: reprodução.





        A bula de nomeação reforça a

        união dos cardeais com o Papa.


        As vestes dos cardeais, com sua característica cor vermelha, e os símbolos que os distinguem, são para nós, povo de Deus, testemunho de que existem hoje pessoas chamadas pelo Senhor que se comprometem inteiramente em guiar-nos pelos caminhos do Plano de Deus. Agradeçamos ao nosso Pai celestial por essas pessoas e rezemos por sua fidelidade na missão tão importante que lhes foi concedida.

        segunda-feira, fevereiro 15, 2016

        EVOLUCIONISMO : A FARSA DE CHARLES DARWIN


        Descobertas científicas desmentem a teoria evolucionista, oposta ao Criacionismo.

        Nossas escolas insistem em ensinar o Evolucionismo como um fato indiscutível

        Desde as primeiras séries de nossos estudos vimos sendo familiarizados com uma explicação – no mínimo estranha – sobre a origem da vida: a teoria da evolução de Charles Darwin, soberana nos manuais de colégio.

        No entanto, um grande número de escolas norte-americanas está excluindo de seus currículos o ensino do darwinismo. O motivo? Um fato certamente de pouca importância – e talvez por isso nunca seja mencionado no Brasil – : a evolução das espécies jamais foi provada cientificamente.

        Paleontologia: faltam evidências

        São extraordinárias as falhas e incongruências da teoria darwiniana. Há muito, ela deixou de ser unânime entre os pesquisadores, pois carece de métodos científicos e vem sendo desmentida por vários ramos da ciência. A paleontologia é atualmente o principal argumento contra tal teoria.

        Observando o documento fóssil, fica claro a existência de uma sucessão hierárquica das formas de vida ao longo do tempo. Quanto mais antigos os estratos fósseis, mais inferiores são as espécies da escala biológica.

        Esse aumento da complexidade das formas de vida no decorrer da história é bastante utilizado pelos evolucionístas como uma argumento a favor de suas hipóteses. Coloca-se esses animais em seqüência e tem-se a impressão de que uns descendem dos outros, como se constituíssem um filão genealógico, desde as formas de vida mais simples, até as atuais.

        Mas há um problema que não pode ser ignorado: se a evolução de uma ameba, ao longo da história, deu-se de modo a resultar em seres mais complexos até chegarmos à vastidão infindável de organismos que temos hoje, então seria imprescindível que tenham existido milhares de formas de transição dos seres, passando de uma espécie até se tornarem outra, sucessivamente.

        No que dependesse de Darwin seria assim. Entretanto, nunca foram encontrados esses animais de transição ¾ os elos perdidos ¾ entre as espécies.

        Essa descontinuidade no registro fóssil é tão contundente para o evolucionismo, que o próprio Darwin afirmou que “talvez fosse a objeção mais óbvia e mais séria” à sua teoria. A confirmação da hipótese evolucionista ficou condicionada ao encontro dos elos perdidos. Mas passaram-se dois séculos e ainda continuam perdidos.

        Quando vemos o aparecimento de novidades evolutivas, ou seja, o aparecimento de novos grupos de plantas e animais, isso ocorre como um estrondo, isto é abruptamente. Não há evidências de que haja ligações entre esses novos grupos e seus antecessores. Até porque, em alguns casos, esses animais estão separados por grandes intervalos de até mais de 100 milhões de anos.

        O Dr. G. Sermont, especialista em genética dos microorganismos, diretor da Escola Internacional de Genética Geral e professor da Universidade de Peruggia e R. Fondi, professor de paleontologia da Universidade de Siena, no livro Dopo Darwin. Critica all’ evoluzionismo, afirmam nesse sentido que: “é se constrangido a reconhecer que os fósseis não dão mostras de fenômeno evolutivo nenhum… Cada vez que se estuda uma categoria qualquer de organismos e se acompanha sua história paleontológica… acaba-se sempre, mais cedo ou mais tarde, por encontrar uma repentina interrupção exatamente no ponto onde ¾ segundo a hipótese evolucionista ¾ deveríamos ter a conexão genealógica com uma cepa progenitora mais primitiva. A partir do momento em que isso acontece, sempre e sistematicamente, este fato não pode ser interpretado como algo secundário, antes deve ser considerado como um fenômeno primordial da natureza.”

        O exemplo mais gritante de descontinuidade no registro fóssil é o que encontramos na passagem do Pré-Cambriano (primeira era geológica), para o Cambriano. No primeiro encontramos uma certa variedade de microorganismos: bactérias, algas azuis etc. Já no Cambriano, repentinamente, o que surge é uma infinidade de invertebrados, muito complexos: ouriços-do-mar, crustáceos, medusas, moluscos… Esse fenômeno é tão extraordinário que ficou conhecido como “explosão cambriana”.

        Ora, se a evolução fosse uma realidade, o surgimento dessa vasta gama de espécies do Cambriano deveria imprescindivelmente estar precedida de uma série de formas de transição entre os seres unicelulares do Pré-Cambriano e os invertebrados do Cambriano. Nunca foi encontrado nada no registro fóssil. Esse é, aliás, um ponto que nenhum evolucionista ignora.

        Outro fato é que os organismos sempre permanecem os mesmos, desde quando surgem, até a sua extinção e quando muito, apresentam variações dentro da própria espécie.

        Ainda mesmo que um animal apresentasse características de dois grupos diferentes, não poderia ser tratado como um elo real enquanto os demais estágios intermediários não fossem descobertos.

        A riqueza das informações fósseis vem servindo contra os postulados evolucionístas. Várias hipóteses de seqüências evolutivas foram descartadas ou modificadas, por se tratarem de alterações no registro fóssil (tal como a evolução do cavalo na América do Norte).

        O próprio pai da paleontologia, o Barão de Couvier, vislumbrou, nessa sucessão hierárquica do dos seres vivos, ao invés de uma evolução, uma confirmação da idéia bíblica da criação sucessiva. As grandes durações da história geológica, que à primeira vista parecem favorecer as especulações dos evolucionístas, fornecem, muito pelo contrário, objeções.

        Cabe lembrar que Santo Agostinho, analisando a criação em seis dias no Gênesis, tem o cuidado de não interpretar dia como intervalo de 24 horas. O Santo Doutor interpreta dia como sendo luz, e luz dos anjostestemunhando a criação de Deus. Os seis dias falam de uma ordem na criação, e não propriamente de uma medida de tempo.

        O mistério dos fósseis vivos.

        Outra objeção à filogênese (evolução genealógica) é apresentada pelos fósseis vivos. Qual a razão que levou várias espécies, gêneros e famílias a atravessarem muitos “milhões de anos” (nas contas dos evolucionistas, é claro), sem sofrer o processo evolutivo que os evolucionístas gostariam de encontrar?

        O celacanto é um peixe que aparece em estratos de 300 milhões de anos atrás. Conhecem-se fósseis desse peixe até em estratos do começo da era cenozóica, isto é, até 60 milhões de anos atrás. Pensava-se que o celacanto tivesse existido durante esse intervalo de tempo de 240 milhões de anos. Acontece que de 1938 para cá, vários espécimes, vivos e saudáveis, foram pescados no Oceano Índico.

        Quer dizer: esse peixe atravessou 300 milhões de anos até nossos dias, enquanto que, de acordo com os evolucionístas, ao longo dessa duração houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos. (Obs: para o presente estudo, utilizamos a contagem de tempo hipotética dos evolucionistas. Sem que isso signifique uma adesão a esses números que buscam justificar a evolução).

        Os foraminíferos e radiolários são seres unicelulares, cujas carapaças são responsáveis por grandes espessuras nas rochas sedimentárias. Os foraminíferos constituem uma das ordens biológicas que aparecem no Pré-Cambriano e que existe até hoje. Vários organismos se extinguiram ao longo do tempo que vai da era paleozóica superior a nossos dias.

        Também fato científico estranho à Teoria. Porque esta faz remontar a origem dos animais pluricelulares aos animais unicelulares. Como explicar, então, que os foraminíferos e radiolários não se transformaram em animais pluricelulares, ao longo de tão dilatada história biológica? Grande mistério…

        Seleção Natural: mecanismo anti-evolução

        Alguém poderia perguntar: e a seleção natural, ocorre? Sim, ocorre. Mas não como Darwin a concebeu. Vejamos o famoso exemplo das mariposas da Inglaterra. Inicialmente elas tinham coloração clara. Acontece que a Revolução Industrial trouxe grande emissão de poluentes e os troncos das árvores ficaram mais escuros. Decorrido algum tempo, as mariposas teriam “evoluído”, tornando-se escuras.

        Durante muito tempo, insistia-se que esse fosse um nítido caso de evolução. Mas o advento da genética mendeliana encarregou-se de negá-lo. Sabe-se hoje que, qualquer mudança nas características de uma espécie só ocorre por estar “contida” no seu material genético e a variação dar-se-á nos limites da carga genética dessa espécie, não passando disso. É o que aconteceu com as mariposas inglesas.

        Elas eram claras e tornaram-se escuras porque em seu conjunto genético havia uma variação genética para a cor escura. As mariposas continuavam e continuam sendo mariposas. Assim como continuam a nascer mariposas claras.

        Não houve, portanto, evolução. Na verdade, a seleção natural ocorre para que os seres permaneçam vivos em um meio ambiente cambiante. E à medida que possibilita a predominância das características mais vantajosas ou superiores em um determinado meio, torna os indivíduos mais parecidos e não mais diferentes. Portanto, não opera, uma diversificação. Ela trabalha como uma força conservadora.

        Ademais, se a evolução existisse realmente, a seleção natural se encarregaria de barrar o seu processo, pois os seus mecanismos de atuação são antagônicos. Um ser vivo que desenvolvesse uma característica nova (patas, asas, olhos…) não se beneficiaria enquanto ela não estivesse absolutamente desenvolvida. Ao contrário, seria prejudicial. Por que a seleção natural iria favorecer um animal com um órgão em formação? Essa característica nova, além de não cumprir as funções da estrutura que a deu origem, ainda não desempenha a sua própria função porque ainda está em desenvolvimento.

        Assim, pela teoria da evolução houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos e aves. Ora, um peixe que estivesse desenvolvendo características de anfíbios, patas por exemplo, nem nadaria e nem se locomoveria com destreza porque suas nadadeiras estariam se convertendo em patas. Pois bem, a seleção natural se encarregaria de eliminá-lo, por sua debilidade.

        Golpe derradeiro: a genética

        Quando ficou patente que a seleção natural por si só era incapaz de explicar o processo evolutivo as mutações foram escolhidas como uma tentativa de salvar a teoria evolucionista.

        As mutações constituem a única hipótese potencialmente capaz de gerar uma característica nova. Entretanto, elas não ocorrem para adaptar o organismo ao ambiente e nem há condições de se saber o gene a sofrer mutações. É um processo absolutamente fortuito.

        Erros de leitura do DNA – o que é realmente raríssimo – causam as mutações. A mutação só acontece se a alteração no DNA modificar o organismo. Em geral, esses erros não provocam nenhum resultado porque o código genético está engendrado de modo tão formidável, que torna neutras as mutações nocivas. Mas quando geram efeitos, eles são sempre negativos.

        Com efeito, não há registro de mutações benéficas e a possibilidade delas existirem é tão reduzida que pode ser descartada. Em seres humanos, existem mais de 6 mil doenças genéticas catalogadas, por exemplo, melanoma maligno, hemofilia, alzheimer, anemia falciforme. Essas doenças – e grande parte das catalogadas – foram localizadas nos genes correspondentes. Assim se todas as mutações que as causaram fossem corrigidas, teríamos uma espécie de homem perfeito. Esse é, aliás, um indício de que esse homem perfeito tenha existido, como é ensinado no Gênesis.

        A genética, ao invés de corroborar a hipótese evolucionista, desacreditou-a ainda mais. Atestou a impossibilidade de que um organismo deixe de ser ele mesmo. As famosas experiências do biólogo T. Morgam com a mosca da fruta (geralmente citadas em manuais escolares) elucidam muito bem essa questão: As mutações, em geral, mostram deterioração, desgaste ou desaparecimento geral de certos órgãos; nunca desenvolvem um órgão ou função nova; a maioria provoca alterações em caracteres secundários tais como cor dos olhos e pelos, sendo que, quando provocavam maiores modificações, eram sempre letais; os mutantes que se equiparam à mosca normal, no que diz respeito ao vigor, são uma minoria e, mutantes que tenham sofrido um desenvolvimento realmente valioso na organização normal, em ambientes normais, são desconhecidos.

        Darwin fraudou

        E se a realidade não colabora, pior para ela, diria Darwin. Os escândalos sobre falsificações foram uma constante na história do evolucionismo. O próprio pai da teoria fraudou. No seu livro “As expressões das emoções no homem e nos animais” foi utilizada uma série de fotografias forjadas a fim de comprovar suas hipóteses.

        E ainda recentemente foi descoberto mais um embuste: o archeoraptor. Com uma imaginação bem apurada, muitos aclamavam esse achado como sendo a ligação entre as atuais aves e os dinossauros. Não passava de uma mistura mal-ajambrada de peças de diversos fósseis.

        O evolucionismo não é científico!

        Estamos diante de um fato insólito na história da ciência. A teoria da evolução, de Darwin a nossos dias, não só não se confirmou, mas se tornou cada vez mais insustentável. Entretanto, ela continua sendo defendida e propalada como verdadeiro dogma. É uma vaca sagrada contra a qual ninguém tem o direito de discordar, apesar de seu inteiro despropósito.

        Porque tanta insistência? Haverá por detrás disso uma segunda intenção de seus propugnadores (ou pelo menos de uma parte deles)? Engels dá-nos uma pista numa de suas cartas a Marx: “o Darwin que estou lendo agora é magnífico. A teologia não estava destruída em algumas de suas partes, e agora isso acaba de acontecer”.

        Reside nisso toda a questão. Aceita-se o evolucionismo para não se aceitar a Deus. Desde a sua origem, essa teoria esteve impulsionada mais pelo desejo de prover o ateísmo de fundamento científico, do que em encontrar a origem das espécies.

        Atribuir ao acaso toda a ordem perfeita e harmônica do universo é um inteiro disparate. O cientista que toma essa atitude joga para trás todos os parâmetros científicos (em nome dos quais ele fala)e lança mão de argumentos filosóficos que a própria ciência já desmentiu.

        É impossível admitir o acaso como resposta para um fenômeno tão manifestamente racional como é o finalismo presente na organização do mundo. Mesmo Darwin sabia o quanto eram absurdas as suas formulações, e admitiu a que fins elas serviam: “estou consciente de que me encontro num atoleiro sem a menor esperança de saída. Não posso crer que o mundo, tal como vemos, seja resultado do acaso, e, no entanto, não posso considerar cada coisa separada como desígnio divino.”

        Por tudo isso é que a teoria da evolução não pode reclamar para si a denominação de científica. A obstinação e a atitude de seus adeptos demonstram que o evolucionismo consiste em um movimento filosófico e religioso.

        É uma concepção do universo para a qual nada mais é estável, tudo está sujeito a um eterno fluir. E mais ainda, tudo quanto há na vida social, desde o direito até a religião, foi fruto da evolução, inclusive a idéia de Deus.

        Essa teoria se espalhou para todos os campos do conhecimento, sobretudo nas ciências humanas. E seus resultados foram funestos, não só para a pesquisa, mas também no campo prático, basta lembrar que ela serviu de fundamento para as mais mortais concepções de Estado que já existiram: o comunismo e o nazismo.

        O evolucionismo funciona como fundamento do relativismo contemporâneo. Fato esse , aliás, o único capaz de explicar o porque de se defendê-lo com tanta contumácia, pois, uma vez derrubado este bastião, não há nada que justifique a ideologia relativista, nem na ciência e nem no senso comum das pessoas.

        Enfim, encerramos mencionando a Quinta Via de Santo Tomás de Aquino, em que o Doutor Angélico lembra que a teleologia (fim inteligente) presente em todo o universo reclama a necessidade de Deus. “Vemos que algumas coisas, como os corpos naturais, carentes de conhecimento, operam em vista de um fim; o que se conclui de operarem sempre ou freqüentemente do mesmo modo, para conseguirem o que é ótimo; donde resulta que chegam ao fim, não pelo acaso, mas pela intenção. Mas, assim como a seta é dirigida pelo arqueiro, os seres sem conhecimento não tendem ao fim sem serem dirigidos por um ente conhecedor e inteligente. Logo, há um ser inteligente, pelo qual todas a coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus.”

        sexta-feira, fevereiro 05, 2016

        Qual a diferença entre frei e padre?

        Há gente que pergunta com frequência: Frei é Padre? Qual estudou mais? Quem é mais importante? Quem é melhor?
        Brincando para fazer pensar: tem frei que é padre e tem frei que não é padre. Tem padre que é frei e tem padre que não é frei. “Padre” e “Frei” são títulos como “Bacharel”, “Doutor”, entre outros. Vamos alinhavar isso:


        Padre vem de “pater”, que significa “pai” em latim. É um título para o sacerdote: um homem retirado do povo para servir o sagrado, para santificar... como um bom pai de família. Ao falar em padre, normalmente se pensa em padre que trabalha numa paróquia. Pensa-se numa espécie de pai para a comunidade.
        Frei vem de “frater” que significa “irmão”, “frade” em latim. Frade é membro de uma congregação religiosa, homens que vivem uma mesma regra e mesmo ideal, num convento. É título do religioso. Entre si e perante os outros, os frades se chamam de “frei”, uma abreviação de “frade”.

        Sacerdócio – ser padre – é uma vocação. Como o casamento é uma vocação. Ser religioso é outra vocação (ser franciscano, jesuíta, salesiano, redentorista, dominicano, etc.; mais de uma dessas congregações seus religiosos são chamados de freis, como título interno. Os beneditinos se intitulam de “dom”). As duas vocações não se repelem. Colaboram.

        Há freis que, além de se sentirem chamados a serem religiosos, membro de uma congregação ou Ordem, sentem-se também vocacionados a serem padres. Isso é possível. E são chamados de frei do mesmo jeito. E há os frades (freis) que não se sentem chamados para serem padres, permanecem freis – irmãos leigos. Dentro de um convento podem até ser superiores, assim como vocês conhecem “freiras”, “irmãs” no mundo feminino; temos os “freis” e os “irmãos” no mundo masculino. Então, um religioso que é ordenado padre tem dois títulos: Padre e Frei. O grau de sacerdócio é o mesmo. Nem há diferença nos estudos: todos os padres devem ter cursos de Filosofia e Teologia como base. Alguns se especializam em alguma matéria, tanto entre os chamados padres diocesanos (ou seculares) como entre os religiosos. E o frei – sendo padre ou não – deve cumprir os mesmos votos: Pobreza, obediência e castidade.

        E lembre-se: Vocação é um chamado que carece de uma resposta. É uma opção, escolha. Não obrigação.
        Está claro?